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PSICANÁLISE

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PSICANÁLISE
1. A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE
Sigmund Freud (1856 – 1939) – nasceu na antiga Checoslováquia, em Freiberg;
Aos 4 anos foi morar em Viena e lá permaneceu até a Segunda Guerra;
Médico neurologista, vai à Paris fazer um estágio com o médico Jean Charcot, que utilizava a hipnose para produzir e fazer desaparecer os sintomas da HISTERIA;
A histeria era reproduzida, através da hipnose e das sugestões do médico;
O sistema nervoso seria dotado de uma predisposição HEREDITÁRIA e o TRAUMA produziria um “estado hipnótico”, provocando um reflexo corporal;
O paciente narra o momento traumático, sob hipnose;
O acontecimento traumático deveria ser REAL;
Esse método eliminava e produzia o sintoma, mas não chegava à causalidade;
Freud conhece outro médico, Breuer – que também trabalhava com a hipnose;
O método de Breuer chamava-se CATÁRTICO;
Através da hipnose, remontar à pré-história psíquica da doença e localizar o acontecimento traumático;
1893–1895: Freud e Breuer publicam, conjuntamente, suas experiências com a HISTERIA;
A hipnose era utilizada para fazer o paciente recordar da época em que o sintoma apareceu pela primeira vez;
O TRAUMA teria sido vivenciado na primeira infância;
Lembrar (através da HIPNOSE) – despertar o afeto – falar;
As lembranças do trauma estão inteiramente ausente da consciência;
Problemas com a técnica de Breuer: nem todos os histéricos podiam ser hipnotizados;
O método catártico não impede que novos sintomas apareçam no lugar dos que foram eliminados;
Abandonando a hipnose (1887-1896): conceito de RESISTÊNCIA/DEFESA – força psíquica que se opõe a que as representações patogênicas se tornem conscientes;
As representações sempre são de natureza aflitiva: vergonha, asco e autocensura;
O ego, ao se deparar com essa representação, a repulsa e dela se defende;
Suposição de haver uma inteligência inconsciente.
2. A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
Freud considera “A interpretação dos Sonhos” a sua obra mais valiosa;
Um dos livros mais importantes do século XX;
Sonhos: via real que leva ao conhecimento das atividades inconscientes;
Os sonhos possuem um sentido;
São realizações de DESEJOS inconscientes;
A pessoa que sonha, sabe o significado do seu sonho, mas a CENSURA impede que esse saber seja sabido;
A CENSURA faz uma deformação onírica, protegendo contra o caráter ameaçador dos desejos;
O sonho inscreve-se em dois registros:
Conteúdo manifesto: sonho lembrado e contado;
Conteúdo latente: permanece oculto, inconsciente, só podendo ser alcançado pela INTERPRETAÇÃO;
O trabalho de distorção do sonho, Freud chama de ELABORAÇÃO ONÍRICA ou TRABALHO DO SONHO;
Partes que aparecem omitidas ou confusas: ação da CENSURA;
Freud percebe que certos desejos e conflitos eram representados no sonho de forma semelhante, independente do sonhador;
Sonhos típicos: possuem símbolos já existentes e presentes no inconsciente de cada indivíduo. Podem ser encontrados na arte, nos mitos, na religião. Há uma constância da relação entre o símbolo e o simbolizado;
Campos privilegiados pelo simbolismo onírico: corpo humano, pais, filhos, nascimento, morte, nudez, sexualidade;
Freud localiza no inconsciente o impulso à formação dos sonhos;
Origem dos desejos que se realizam nos sonhos:
Restos diurnos não-satisfeitos: desejos despertados durante o dia e não satisfeitos (pertencentes ao Pcs/Cs);
Restos diurnos recalcados: desejos que surgiram durante o dia e, por causas não externas, foram suprimidos (do Pcs/Cs que foram transferidos para o Ics);
Desejos que nada têm que ver com a vida diurna: pertencem ao Ics e emergem durante o sono;
Impulsos decorrentes de estímulos noturnos: fome, sede, sexo, etc.
ATENÇÃO!!! Um desejo que ficou insatisfeito durante o dia pode contribuir, mas não pode produzir um sonho sozinho, deve apoiar-se em um desejo inconsciente → só os desejos inconscientes podem produzir um sonho → estes são indestrutíveis, assim como qualquer conteúdo inconsciente.
3. TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE
Ao lado de “A Interpretação dos Sonhos”, essa obra traz as contribuições mais originais e significativas para o conhecimento humano;
As observações clínicas levaram Freud a investigar a sexualidade;
Descoberta do Complexo de Édipo: as moções sexuais atuam nas crianças sem necessidade de estimulação externa;
Segundo a opinião popular:
Sexualidade ausente na infância;
Aparece apenas na puberdade;
Presente apenas na atração entre os sexos;
Objetivo: união sexual
3.1 PRIMEIRO ENSAIO: AS ABERRAÇÕES SEXUAIS
Objeto sexual: a pessoa de quem provém a atração sexual;
Alvo sexual: a ação para a qual a pulsão impele;
A OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA aponta uma série de DESVIOS tanto quanto ao objeto sexual como ao alvo sexual:
Homossexualidade, zoofilia e pedofilia;
Estudar as perversões;
3.2 SEGUNDO ENSAIO: 
O descaso para com o infantil:
Opinião médica e popular: a pulsão sexual está ausente na infância;
Casos que apareciam sobre a presença da sexualidade na infância: depravação precoce;
AMNÉSIA INFANTIL: fenômeno psíquico que, na maioria das pessoas, encobre os primeiros anos da infância. Há um recalcamento das impressões infantis;
Três características ESSENCIAIS da manifestação da sexualidade infantil
Nasce apoiando-se em uma das funções somáticas vitais;
É auto-erótica , ou seja, não reconhece nenhum objeto sexual;
Seu alvo acha-se sob o domínio de uma zona erógena.
O recém-nascido já traz germes de moções sexuais que vão sofrendo uma supressão progressiva. A vida sexual se torna facilmente observável por volta dos três ou quatro anos de idade;
Manifestações da sexualidade infantil: o CHUCHAR, a atividade ANAL, atividade da zona GENITAL;
Fases do desenvolvimento da organização genital:
Fase Oral ou Canibalesca: atividade sexual ligada à nutrição. O chuchar é resíduo dessa fase (renúncia do objeto alheio);
Organização sádico –anal: mucosa erógena do ânus e intestino;
Genital ou fálica: exibe um objeto sexual e certo grau de convergência das aspirações sexuais para esse objeto. Fase edípica;
Fase de latência: a sexualidade será sublimada – dirigida às finalidades não –sexuais: aprendizagem, esportes, etc.
3º. ENSAIO: AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE
Puberdade: mudanças que levam à vida sexual infantil a sua configuração normal definitiva;
A pulsão sexual coloca-se à serviço da função reprodutora;
Apenas com a puberdade se estabelece a separação nítida entre os caracteres masculinos e femininos;
No Complexo de Édipo, culmina a sexualidade infantil que influencia de maneira decisiva a adulta;
O homem busca a imagem mnêmica da mãe e a mulher, busca a do pai;
Importante! A escolha objetal da época da puberdade tem de renunciar aos objetos infantis.

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