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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA DISCIPLINA: GENÉTICA Prof. Me. João Marcelo Castro Genética e Biologia molecular j.marcelo@ufpi.edu.br CÓDIGO GENÉTICO • “Dicionário” correspondência da → seqüência de nucleotídeos levando à seqüência de aminoácidos; • Códon → 3 bases nucleotídicas no RNAm que codificam cada aminoácido (“palavra”); • Códon: • RNAm A, G, C e U;→ • “escrita” da direção 5’ para 3’; • 64 combinações diferentes de bases; 1 códon 3 nucleotídeos no RNAm 7 códons 21 nucleotídeos CÓDIGO GENÉTICO CÓDIGO GENÉTICO 61 dos 64 códons possíveis codificam os 20 aminoácidos padrão Códons de terminação ou de parada ou sem sentido; não codificam AA. UAG / UGA / UAAUAG / UGA / UAA CÓDIGO GENÉTICO • Características: • Especificidade – um determinado códon sempre codifica o mesmo AA; • Universalidade – é conservado em todas as espécies; • Redundância ou Degeneração – um AA pode ter mais de 1 trinca que o codifica; • Contínuo – sempre lido de 3 em 3 bases. Degeneração do código O CÓDIGO GENÉTICO É REDUNDANTE • 20 aminoácidos devem ser codificados por, pelo menos 3 bases Leu Pro ArgLisIle UUA CCU AUU AAA CGG CUG CCG AUA AAG CGA Códon: cada grupo de três nucleotídeos consecutivos PAREAMENTO CÓDON-ANTICÓDON • Pareamento de bases Watson-Crick nas duas primeiras bases do códon • 3’-5’ to 5’-3’ (pareamento anti-paralelo) COMPONENTES DA TRADUÇÃO • AAs: • Dieta AAs essenciais;→ • RNAt ou moléculas adaptadoras: • Em humanos existem em torno de 50 espécies de RNAt, enquanto bactérias possuem em torno de 30-40 espécies; • RNAt isoaceptores RNAt diferentes aceitam o mesmo aa, mas têm anticódons diferentes • Sítios de ligação ao AA – extremidade 3’ do RNAt se liga ao grupo carboxila do AA; • Anticódon seqüência de 3 nucleotídeos que reconhece o → códon específico do RNAm; • Pode estar carregado ou descarregado. AA é ligado aqui •RNAT: 50 tipos de RNAt para 20 aa: alguns aas possuem mais de um RNAt específico 50 tipos de RNAt para 20 aa: alguns aas possuem mais de um RNAt específico Estrutura secundária: folha de trevo O pareamento códon-anticódon é complementar e antiparalelo 1 anticódon pode reconhecer mais de um códon Componentes da TraduçãoComponentes da Tradução COMPONENTES DA TRADUÇÃO • Aminoacil-RNAt sintetase: • Família de enzimas que ligam AA aos seus RNAt → ↑ especificidade que aumenta a fidelidade da tradução da mensagem genética; COMPONENTES DA TRADUÇÃO • RNAm (molde); • Ribossomos: Ribossomos: grandes complexos de RNAr e proteínas compostos por duas subunidades. Ribossomos: grandes complexos de RNAr e proteínas compostos por duas subunidades. São as estruturas responsáveis pela síntese protéica (local da síntese). Livres ou no RER. São as estruturas responsáveis pela síntese protéica (local da síntese). Livres ou no RER. Ribossomo de eucariotos: subunidades 60S (5S, 5.8S e 28S/49 proteínas) + 40S (18S/33 proteínas) Ribossomo de eucariotos: subunidades 60S (5S, 5.8S e 28S/49 proteínas) + 40S (18S/33 proteínas) Em procariotos: subunidades 50S (5S e 23S/36 proteínas) + 30S (16S/21 proteínas) Em procariotos: subunidades 50S (5S e 23S/36 proteínas) + 30S (16S/21 proteínas) RNAr: responsáveis pela estabilização do complexo de iniciação e dos demais participantes da tradução RNAr: responsáveis pela estabilização do complexo de iniciação e dos demais participantes da tradução COMPONENTES DA TRADUÇÃO • Fatores protéicos: • Fatores de iniciação, alongamento e terminação ou liberação. • ATP e GTP. • Sítio P: neste sítio, o códon de iniciação é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta metionina – primeiro aa da tradução. • Sítio A: neste sítio, o códon adjacente é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta o próximo aa da cadeia polipeptídica. • Sítio E: depois de ser traduzido, o códon é posicionado no sítio E (ou sítio de saída) para seu desligamento com o RNAt, agora descarregado. Ribossomos: RECONHECIMENTO DOS CÓDONS PELO RNAT • A ligação entre códon do RNAm e anticódon do RNAt é antiparalela; • O códon é lido de 5’ para 3’; o anticódon também deve ser lido de 5’ para 3’. Portanto a primeira base do códon pareia com a última base do anticódon; ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Ativação dos AAs: • Ligação dos AAs aos seus RNAt ocorre no citosol pelas aminoacil- RNAt sintetases. • Duas lig. de alta energia Aminoacilação do RNAt Etapa 1Etapa 1 Requer: • 20 aas • 20 aminoacil-tRNA sintetases • Energia – ATP • RNAt ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Iniciação: • O RNAm liga-se a menor das 2 subunidades ribossômicas e ao aminoacil-RNAt de iniciação; • Na E. coli, a seqüência reconhecida no RNAm pelo ribossomo é chamada de seqüência de Shine- Dalgarno (nos eucariotos o “cap” do RNAm é reconhecido pelo ribossomo) 6 a 10 bases longe → do códon de iniciação AUG; Etapa 2Etapa 2 ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Iniciação: • O aminoacil-RNAt de iniciação pareia com o códon AUG, que é o códon que sinaliza o início da proteína a ser sintetizada; • Em bactérias e na mitocôndria, esse RNAt de iniciação carrega uma metionina N-formilada (grupo formila é adicionado pela enzima transformilase). Nos eucariotos, a metionina não está formilada; Etapa 2Etapa 2 INICIAÇÃO - PROCARIONTES Etapa 2Etapa 2 Requer: • RNAm • aminoacil-tRNA de iniciação – metionina • códon de iniciação – AUG • Subunidade 30S e 50S • Fatores de iniciação • GTP • Cofator enzimático – Mg+2 Formação do complexo de iniciação Formação do complexo de iniciação em eucariotosem eucariotos Formação do complexo de iniciação em eucariotos Formação do complexo de iniciação em Formação do complexo de iniciação em eucariotoseucariotos Formação do complexo de iniciação em eucariotos Formação do complexo de iniciação em eucariotos Formação da alça: •Estimular o início da tradução; •Promover a reiniciação de ribossomos, de forma que ao terminarem na extrem. 3’, as subunidades liberadas já estariam localizadas próximas À extrem. 5’; •Estabilizar o mRNA contra degradação; •Permitir aos fatores que se ligam à extrem 3’ regular a iniciação da tradução Cauda Poli(A) estimula a formação de um complexo de iniciação 5’. ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Alongamento: • Estrutura do ribossomo (três sítios): • Sítio A: aminoacil-tRNA • Sítio P: peptidil-tRNA • Sítio E: saída Etapa 3Etapa 3 ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Alongamento: • Dividido em 3 etapas: • 1) tRNA carregado liga-se ao sítio A; • 2) Formação da ligação peptídica entre os aa que estão ligados aos tRNAs nos sítios P e A; • 3) Translocação movimento do ribossomo no sentido 5’ 3’. Etapa 3Etapa 3 ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Alongamento: • Fatores de alongamento são necessários (EF-Tu, EF-Ts, EF-G); • EF-Tu (fator Tu de alongamento) liga-se a um GTP + tRNA carregado (complexo triplo); • EF-Ts (fator Ts de alongamento) regenera EF-Tu –GDP em EF- Tu – GTP; • EF-G (fator G de alongamento) necessário para mover o ribossomo para o próximo códon (translocação) Etapa 3Etapa 3 ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA • Alongamento: • Fatores de alongamento são necessários (EF-Tu, EF-Ts, EF-G); • Peptidil transferase (ribozima) liga o → peptídeo em formação e o AA a ser adicionado; • Após a ligação peptídica se formar, o ribossomo avança 3 nucleotídeos na direção3’ Translocação (requer energia, GTP) .→ • O RNAt não-carregado vai para o sítio E antes de ser liberado e o RNAt carregando o peptídeo vai para o sítio P . Etapa 3Etapa 3 Etapa 3: Etapa 3: Alongamento - procariontes Requer: • Complexo de iniciação • aminoacil-tRNA especificados pelos códons • Fatores de alongamento • Peptidil transferase • GTP Etapa 3: Etapa 3: Alongamento - procariontes ETAPA 3: ALONGAMENTO TANSLOCAÇÃO O ribossomo se move em direção à extremidade 3´do mRNA, o peptidil-tRNA está, agora, no sítio P deixando o sítio A aberto para o terceiro aminoacil-tRNA. O tRNA não-carregado é deslocado para o sítio E, desligando-se imediatamente do ribossomo. A translocação envolve o complexo fator de elongação EF- G-GTP. ETAPA 4 • Terminação: • Ocorre quando 1 dos 3 códons (UAA, UAG, UGA) de terminação é “colocado” no sítio A; • Na E. coli, os fatores de terminação ou liberação reconhecem esses códons e ocorre a liberação do complexo ribossomal. TERMINAÇÃO Etapa 4Etapa 4 -Hidrólise da lig. peptidil-RNAt terminal; -Liberação do peptídeo livre e do RNAt; -Dissociação do ribossomo 70S. Requer: • Códons de terminação • Fatores de liberação Etapa 4 - Etapa 4 - Terminação Nas bactérias, assim que um códon de terminação ocupa o sítio ribossômico A, três fatores de liberação ou terminação, as proteínas RF1, RF2, RF3: •O RF1 reconhece os códons de terminação UAG e UAA, e o RF2 reconhece UGA e UAA. •Ou o RF1 ou o RF2 (dependendo de que códon esteja presente) liga-se ao códon de terminação e induz a peptidil transferase a transferir a cadeia polipeptídica crescente para uma molécula de água em vez de para um outro aa. •RF3 forma um complexo com GTP e liga-se ao ribossomo Visão Geral da TraduçãoVisão Geral da Tradução Diferenças entre procariotos e eucariotos Iniciação O 5´-CAP do mRNA liga-se aos fatores de iniciação e à subunidade 40S. O mRNA é lido a partir do códon de iniciação. reconhecimento da sequência Shine-Dalgarno A síntese proteica é iniciada com metioninas não-modificadas. Fatores de iniciação: eIF-1, eIF-1A, eIF-2, eIF-2B, eIF-3, eIF-4A, eIF-4B, eIF-4E, eIF-4G, eIF-5. A síntese proteica é iniciada com um resíduo de metionina modificada: N-formil-metionina. Fatores de iniciação: IF-1, IF-2, IF-3. Alongamento Fatores de alongamento: eEF-1α, eEF-1βδ, eEF-2. Factores de alongamento: EF-Ta, EF-Ts, EF-G. Finalização Fatores de terminação: eRF-1, eRF- 2. Fatores de terminação: RF-1, RF- 2, RF-3. Após a tradução, algumas proteínas, antes de assumirem a sua conformação nativa, têm a sua estrutura primária alterada por modificações pós-translacionais, como por exemplo: Fosforilação Carboxilação Modificações Pós-translacionais e a Estrutura Tridimensional Etapa 5: Protrombina As proteínas assumem a sua conformação nativa com o auxílio das chaperonas ou proteínas do estresse ou proteínas do choque térmico (heat shock proteins). Conformação Desnaturada Conformação Nativa Modificações Pós-translacionais e a Estrutura Tridimensional Etapa 5: Ajudam as proteínas a se moldar, associar a outras proteínas de maneira estável e tornarem-se estruturas ativas, evitando a associação de proteínas ainda não dobradas corretamente Diferenças e semelhanças entre eucariotos e procariotos O esquema geral é o mesmo, e a síntese em si ocorre em estruturas similares: os ribossomos Mas, em eucariotos a transcrição está separada da síntese de proteínas (tradução) pela membrana nuclear Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40
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