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ADICIONAL NOTURNO (73 CLT) É devido ao empregado urbano que trabalha no período entre 22 e 5 horas. Seu adicional será de 20% sobre a hora diurna. Para o empregado rural o horário noturno será das 21 às 5 horas para a lavoura e das 20 às 4 horas na pecuária e seu adicional será sempre de 25%. Além dos 20% a mais na hora noturna, o empregado que trabalhar neste período terá o direito as reduzidas noturnas. Conforme o parágrafo 1º do artigo 73 da CLT, a hora do trabalho noturno será considerada como 52 minutos e 30 segundos. Na prática devemos adicionar 14,28% sobre as horas que o empregado fizer em horário noturno. O sistema de informática que organiza as folhas-ponto faz este trabalho, mas devemos ter cuidado para ser bem parametrizado. Em outras palavras, sempre que alguém for contratado para trabalhar X horas noturnas, devemos considerar 52,5 minutos e não uma hora “do relógio”. Por exemplo, se contratar uma pessoa para trabalhar 8 horas por sai, na verdade, ele poderá trabalhar apenas 52,5 minutos X 8 = 7 horas. Caso fique 8 horas “do relógio”, deverá receber uma hora extra. No caso dos advogados terão seu horário noturno será das 20 às 5 horas e o seu adicional será de 25% (par. 3º, do art. 20 da lei 8.906/94). O adicional noturno integrará o cálculo do salário para todos os seus efeitos. (Súmula 60 TST) ADICIONAL INSALUBRIDADE É devido ao empregado que presta serviços em atividades insalubres, sendo calculado em razão de 10% (grau mínimo); 20% (grau médio) e 40% (grau máximo) do salário mínimo. (Artigos 189 até 192 CLT) A Súmula Vinculante nº 4 do STF disse que: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagens para servidor público ou empregado, nem ser substituído por decisão judicial”. Através desta ordem, alterou-se a Súmula 228 do TST, a qual ficou assim: “A partir de 9/05/2008, data da publicação da Súmula Vinculante 4 do STF, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico do funcionário.” No entanto, o STF, através da Resolução 185/2012 TST, suspendeu a súmula 228 do TST, dizendo que, enquanto não for editada lei, regulando o cálculo do adicional insalubridade será feito sobre o salário mínimo. O adicional de insalubridade integrará o cálculo das demais verbas. (Súmula 139 TST) ADICIONAL PERICULOSIDADE É devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com elemento inflamáveis ou explosivos. O contato permanente tem sido considerado como diário. (artigo 193 CLT) O adicional sempre será de 30% sobre o salário básico do empregado. (par. 1º do artigo 193 CLT e súmula 191 TST) Os empregados que operam bombas de combustível tem direito ao adicional periculosidade. (Súmula 39 TST) Não são acumulativos os adicionais de insalubridade e de periculosidade (par. 2º, artigo 193), devendo ser paga o mais benéfico ao empregado em cada caso. Como estas parcelas detém base de cálculo diferente, dependerá do salário básico do funcionário e o grau de insalubridade. FÉRIAS As férias constituem um direito do empregado de deixar de trabalhar e de estar a disposição do empregador durante um determinado número de dias por ano. Tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade física e psíquicas do empregado. Artigo 129 CLT = “Todo empregado terá direito anualmente ao gozo do período de férias, sem prejuízo da remuneração”. Art. 130 = Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Art. 131 = Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; (2 dias em caso de falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, etc.; 3 dias em virtude de casamento; 1 dia por ano para doação de sangue; exame vestibular; comparecer em juízo) II – licença maternidade ou aborto; III – acidente de trabalho; Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. ORIENT. JURISP. 386 TST = FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO Também chamado de Gratificação Natalina, foi instituído pela lei 4090/62, passando a ser devido a todo empregado. Foi colocado na Constituição Federal no seu artigo 7º, VIII. O cálculo é de 1/12 por mês de serviço, considerando como mês a fração igual ou superior a quinze dias. Esta forma garante o décimo terceiro proporcional. Em um ano completo, usamos uma vez o salário básico, mais a média de todo o ano (janeiro até novembro) das parcelas variáveis. A primeira parcela deve ser paga em 30/11 e a segunda parcela em 20/12 de cada ano. Havendo demissão por iniciativa do empregador ou pedido de demissão por iniciativa do empregado, o funcionário terá direito ao décimo terceiro proporcional ao ano trabalhado. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS O FGTS foi criado pela Lei 5.107/66 e passou a ser regida pela Lei 8036/1990. Na Constituição esta parcela vem descrita no artigo 7º, III. Esta verba tem como ideia principal a garantia do empregado, que ao ser demitido terá valores para seu sustento e de sua família, enquanto estiver procurando um novo emprego. Na prática, o empregador depositará 8% de todas as verbas salariais do empregado, em uma conta especial na Caixa Econômica Federal, em nome do empregado, e este ultimo terá o direito de sacar todo este valor após sua demissão sem justa causa. Além disso, ao demitir um funcionário, o empregador deverá pagar uma multa de 50% sobre todos os valores que estão depositados na conta deste mesmo empregado. Desses 50%, 40% irá paraa conta vinculada do empregado e 10% ficará como forma de tributo, ao governo. O empregado então, ao seu demitido sem justa causa, poderá sacar de sua conta na Caixa Econômica Federal, a soma de todos os depósitos do período de trabalho, mais a multa equivalente a 40% desses recolhimentos. Súmula 63 TST = A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. Hipóteses de Saque: Mesmo estando depositado em uma conta bancária, em nome do funcionário, na Caixa Econômica Federal, o empregado não pode utilizar livremente dos depósitos feitos em sua conta de FGTS. Podemos dividir em 2 subgrupos: Hipóteses mais comuns de movimentação após a extinção do contrato de trabalho. Em caso de extinção por demissão ou rescisão indireta, o empregado sacará todo o valor depositado em sua conta vinculada, com o acréscimo de 40% do que havia depositado. Em caso de extinção do contrato por pedido de demissão ou demissão por justa causa, o empregado não terá direito a multa de 40% e não poderá sacar imediatamente o valor depositado em sua conta de FGTS. Estes valores ficarão em sua conta e ele poderá sacá-los caso fique três anos sem fora do regime de FGTS (sem carteira assinada, desempregado, autônomo, empregador, funcionário público estatutário) e também em caso de aposentadoria ou falecimento do empregador (será sacado pelos sucessores). Hipóteses de movimentação na vigência do contrato de trabalho. Pagamento de imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação; Quando o trabalhador ou seus dependentes for acometido por câncer, vírus HIV ou estágio terminal de doença grave; Quando o trabalhador completar 70 anos de idade; Urgência por desastre natural (aconteceu no Catarina); AVISO PRÉVIO - Lei 12506/2011 O Aviso Prévio é a notificação dada por uma das partes do contrato de trabalho, à outra parte, comunicando sua intenção de rescindir o contrato. Com sentido de parcela trabalhista, será concedido na proporção mínima de trinta dias aos empregados. Além disso, a Lei 12.506/11 acrescenta ao aviso prévio mínimo, mais três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de sessenta dias, perfazendo um total de até noventa dias. Lei 12.506/2011: Art. 1º = O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. TABELA DE TEMPO DE SERVIÇO E DIAS DO AVISO PRÉVIO (CONFORME NOTA TÉCNICA Nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE) Tempo de Serviço Ano Completo Aviso Prévio Dias Até antes de 01 30 01 33 02 36 03 39 04 ... 42 ...
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