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Tutela Antecipada x Medida Cautelar (Conforme CPC 1943)

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REVISÃO – SIMULADO (APS) e B1
TUTELA ANTECIPADA – ARTIGO 273 – CPC (SATISFATIVA)
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; OU  
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. (obs – VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES PAUTADA EM PROVA INEQUÍVOCA + INCISO I, OU, INCISO II. LOGO, CAPUT + INCISO I OU INCISO II.) 
§ 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.  
§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.  
§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A.  
§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.  
§ 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento.  
§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.  
OBS: A lógica é bem simples, o réu tem o Ônus de impugnar especificadamente todos os pedidos feitos pelo Autor (Art. 302 CPC), se não o faz presume-se que concorda com o pedido que não foi impugnado. Desta forma, se há concordância do próprio réu com o pedido admite-se a concessão da tutela antecipada.
§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. (FUNGIBILIDADE – CAUTELAR E TUTELA ANTECIPADA)
FUNGIBILIDADE – TUTELA CAUTELAR e TUTELA ANTECIPADA – 
Art. 273 - § 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)
A fungibilidade consiste na possibilidade do juiz conferir a tutela de urgência, ainda que nominada de modo equivocado pelo requerente. Não é pelo rótulo, mas pelo pedido de tutela formulado, que se deve admitir ou não seu processamento em juízo. O que não pode deixar de ser observado é o atendimento dos pressupostos justificadores da RESPECTIVA providência de urgência. 
Se, por exemplo, se requereu medida satisfativa (antecipatória) dentro do procedimento próprio da ação cautelar típica, o provimento preventivo somente será deferido se presente os requisitos da antecipação de tutela (art. 273, CPC), e não da cautelar. A manobra, portanto, de lançar mão do procedimento cautelar para tentar obter antecipação de tutela dentro apenas dos condicionamentos menos rigorosos do art. 798 é expediente que o juiz deverá coibir.
CAUTELAR X TUTELA ANTECIPADA – 
As medidas cautelares preservam a utilidade e eficiência do provimento final do processo, sem contudo, antecipar resultado de ordem do direito material para a parte promovente (são apenas conservativas). 
Já a tutela antecipada proporciona à parte medida provisoriamente satisfativa do próprio direito material cuja realização constitui objeto da tutela definitiva a ser provavelmente alcançada no provimento jurisdicional de mérito. (são satisfativas).
Em linhas gerais, quanto aos requisitos, diferenciam-se cautelar e tutela antecipada: A tutela cautelar exige apenas, em cognição sumária, a prova de dano grave e de difícil reparação (periculum in mora) e a plausibilidade das alegações (fumus boni iuris) . Já a tutela antecipada possui requisitos probatórios mais rígidos, como verossimilhança das alegação e prova inequívoca, previstos no art. 273, do CPC.
OBS – NÃO CONFUNDIR TUTELA ANTECIPADA COM TUTELA CAUTELAR: enquanto a tutela antecipada tem caráter satisfativo antecipado, o juiz antecipa, no todo ou em parte, o que o autor só conseguiria na sentença,  a medida cautelar objetiva resguardar o direito, não antecipa portanto, a satisfação, apenas acautela uma situação para não prejudicar uma futura ação.
Tutela antecipada - caráter satisfativo
Tutela cautelar - caráter acautelatório OU conservativo
TUTELA CAUTELAR - CONSERVATIVA
PROCESSO PRINCIPAL X PROCESSO CAUTELAR –
Processo principal – busca a composição da lide, ou seja, tem por escopo a definitiva solução da lide.
Processo cautelar – busca outorgar situação provisória de segurança para os interesses dos litigantes. Dirige-se a segurança e garantia do eficaz desenvolvimento e do profícuo resultado do processo principal, ou seja, visa afastar situações de perigo para garantir o bom resultado na composição final da lide. Possui NATUREZA PROVISÓRIA, AUXILIAR E ACESSÓRIA. 
É provisória, pois: as medidas cautelares têm duração temporal limitada àquele período de tempo que deverá transcorrer entre a sua decretação e a superveniência do provimento final ou definitivo da ação principal. Estão destinadas a ser absorvidas ou substituídas pela solução definitiva de mérito do processo principal. 
É auxiliar e acessória, pois: o processo cautelar está acima de tudo, preocupado em assegurar o resultado prático do processo principal, tendo pois, função auxiliar e acessória de servir a tutela do processo principal, protegendo o direito até final discussão.
O processo cautelar pode ser instaurado antes (preparatório) ou no curso (incidente) do processo principal.
Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.
PODER GERAL DE CAUTELA – ART. 798 – CPC
Ao regular o poder cautelar do juiz, a lei, segundo a experiência da vida e a tradição do direito, prevê várias providências preventivas, definindo-as e atribuindo-lhes objetivos e procedimentos especiais. 
A essas medidas atribui-se a denominação medidas cautelares TÍPICAS ou NOMINADAS. É o caso, por exemplo, do arresto, do sequestro, das antecipações de prova, do atentado, etc. (art. 813 a 889 do CPC).
Mas a função cautelar não fica restrita às providências típicas, porque o instituto da lei é assegurar meio de coibir qualquer situação de perigo que possa comprometer a eficácia e utilidade do processo principal. Daí existir, também, a previsão de que caberá ao juiz determinar outras medidas provisórias, além das específicas, desde que julgadas adequadas, sempre que houver fundado receio que uma parte antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão de grave e difícil reparação (CPC. Art. 798).
Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.
Logo, há medidas que o próprio legislador define e regula suas condições de aplicabilidade (nominadas ou típicas), e há também medidas que são criadas e deferidas pelo próprio juiz (inominadas ou atípicas), diante de situações de perigo não previstas ou não reguladas expressamente pela lei.
ESSE PODER DE CRIAR PROVIDÊNCIAS DE SEGURANÇA, SEMPRE É CLARO, POR PROVAÇÃO DA PARTE, FORA DOS CASOS TÍPICOS JÁ ARROLADOS PELO CÓDIGO, RECEBE, DOUTRINARIAMENTE, O NOME DE PODER GERAL DE CAUTELA.
REQUISITOS ESPECÍFICOS DA TUTELA CAUTELAR
Os requisitos específicos da tutela cautelar são, basicamente, dois:
1 – fumus boni iuris – A plausibilidade do direito invocado por quem pretende segurança, ou seja, a aparência do bom direito. 
	Para a ação cautelar, não é preciso demonstrar-se cabalmente a existência do direito material em risco, bastando que seja apresentado oselementos que prima facie possam formar no Juiz uma opinião de credibilidade mediante um conhecimento sumário e superficial. 
	Logo, não se pode, bem se vê, tutelar qualquer interesse, mas tão somente aqueles que, pela aparência, se mostram plausíveis de tutela no processo principal.
	É que, sendo inviável o processo principal, não se concebe possa deferir-se a tutela cautelar, cujo objetivo maior é precisamente servir de instrumento para melhor e mais eficaz atuação do processo de mérito. 
2 – periculum in mora – Um dano potencial, um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do perigo da demora, risco esse que deve ser objetivamente apurável.
	Para obter a tutela cautelar, a parte deverá demonstrar fundado temor de que, enquanto aguarda a tutela definitiva, venham a faltar as circunstâncias de fato favoráveis à própria tutela, em decorrência de risco de perecimento, destruição, desvio, deterioração ou qualquer mutação de pessoas, bens ou provas necessários para a perfeita e eficaz atuação do provimento final do processo principal.
	Diz a lei que o perigo, justificador da atuação do poder geral de cautela, deve ser: fundado, relacionado a um dano próximo (iminente ou imediato) e que seja grave e de difícil ou improvável reparação.
*****A PRESENÇA DOS DOIS REQUISITOS (fumus boni iuris / periculum in mora) nas cautelares, sempre será necessária, não havendo nenhuma hipótese em que não seja necessária a demonstração de ambos, isso, nas cautelares, podendo no máximo ser dispensada para concessão de liminar, em caso de apresentação de caução, todavia, ainda que tenha caução, no curso do processo será obrigatória a demonstração de tais requisitos. 
******O preenchimento de ambos os requisitos portanto, pode ocorrer no início, até mesmo por meio de justificação prévia, ou, em caso de caução, no curso do processo cautelar.
CONTESTAÇÃO E PROCEDIMENTO PÓS-CONTESTAÇÃO NA CAUTELAR
Art. 802. O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.
Parágrafo único. Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:
I - de citação devidamente cumprido;
II - da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Art. 803. Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (arts. 285 e 319 - REVELIA); caso em que o juiz decidirá dentro em 5 (cinco) dias. 
Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida.
DA LIMINAR NA CAUTELAR
Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.
LOGO: NA CAUTELAR, NÃO HÁ NECESSIDADE DE OUVIR O RÉU, OU MESMO QUE ELE CONTESTE, PARA QUE SEJA DEFERIDA A LIMINAR. ALIÁS, O EFEITO SURPRESA É O QUE SE ESPERA DA CAUTELAR. 
A LIMINAR PORTANTO, PODE SER CONCEDIDA, COM OU SEM JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA, A DEPENDER DO CASO CONCRETO. 
Obs - LIMINAR – É qualquer medida inicial, tomada antes do debate em contraditório do tema que constitui o objeto do processo. Não confundir liminar com medida de urgência. O termo liminar apenas identifica o momento em que o provimento é decretado pelo juiz, e não o conteúdo do mesmo, que pode ou não conter medida de urgência. 
DA SUBSTITUIÇÃO, MODIFICAÇÃO OU REVOGAÇÃO DAS CAUTELARES
É característica da medida cautelar a possibilidade de sua substituição, modificação ou revogação, a QUALQUER TEMPO. Vejamos:
Art. 805. A medida cautelar poderá ser substituída, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a lesão ou repará-la integralmente. 
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório.
Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no prazo do artigo antecedente e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas.
Isto se dá, pois as medidas cautelares são concedidas em atenção a uma situação passageira, formada por circunstâncias que podem modificar-se de repente, exigindo uma nova apreciação.
ARRESTO
Art. 813. O arresto tem lugar:
I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
II - quando o devedor, que tem domicílio:
a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;
b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;
IV - nos demais casos expressos em lei.
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:   
I - prova literal da dívida líquida e certa; 
II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente.  
Parágrafo único. Equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentença, líquida ou ilíquida, pendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se.  
Art. 815. A justificação prévia, quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas.
Art. 816. O juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia:
I - quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei;
II - se o credor prestar caução (art. 804).
Art. 817. Ressalvado o disposto no art. 810, a sentença proferida no arresto não faz coisa julgada na ação principal.
Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.
Art. 819. Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor:
I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas;
II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do advogado do requerente e custas.
Art. 820. Cessa o arresto:
I - pelo pagamento;
II - pela novação;
III - pela transação.
Art. 821. Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora, não alteradas na presente Seção.
COMPROVAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DO ARRESTO
A existência do crédito líquido e certo do requerente só pode ser demonstrada mediante prova documental (“prova literal”, no dizer do Código, art. 814, nº1) – fumus boni iuris.
Quanto á situação de perigo, de que cogita o art. 813 (periculum in mora), admite-se que sua ocorrência seja evidenciada ou suprida através de três expedientes:
Prova documental (art. 814, nº I);
Justificação prévia (art. 814, nº II) (oitiva de testemunhas)
Caução (art. 816, nº II).
CAUÇÃO (ARRESTO)
Admite o Código que a justificação e a prova documental do perigo de dano sejam dispensadas, em qualquer caso, desde que o pretendente ao arresto preste caução (art. 816, nº II), que pode ser real ou fidejussória (art. 804) e deve ser estimada de plano, mas sujeita à posterior revisão, à luz do contraditório.
A caução dispensa, de imediato, o promovente da prova inicial da causa aresti, apenas para efeito de obtenção da liminar, mas não o libera do dever de fundamentar sua pretensão cautelar em algum permissivo da tutelapreventiva especifica nem o dispensa do ônus da prova a ser produzida na summária cognitio, caso ocorra contestação do pedido.
A caução, in casu, exerce a função de contra cautela, já que o juiz, para conceder o arresto, basear – se à apenas e tão somente na informação unilateral do credor sobre o perigo de dano.
SEQUESTRO
Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:
I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando Ihes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;
II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar;
III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;
IV - nos demais casos expressos em lei.
Art. 823. Aplica-se ao seqüestro, no que couber, o que este Código estatui acerca do arresto.
Art. 824. Incumbe ao juiz nomear o depositário dos bens seqüestrados. A escolha poderá, todavia, recair:
I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes;
II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea.
Art. 825. A entrega dos bens ao depositário far-se-á logo depois que este assinar o compromisso.
Parágrafo único. Se houver resistência, o depositário solicitará ao juiz a requisição de força policial.
ARRESTO x SEQUESTRO
Embora o arresto e o seqüestro sejam medidas cautelares que visam igualmente à constrição de bens para assegurar sua conservação até que possam prestar serviço à solução definitiva da causa, há entre eles profunda diversidade de requisitos e conseqüências.
Assim é que o seqüestro atua na tutela da execução para a entrega de coisa certa, enquanto o arresto garante a execução por quantia certa. Em decorrência disto, o seqüestro sempre visa um bem especificado, qual seja, o bem litigioso, exatamente aquele sobre cuja posse ou domínio se trava a lide, que é objeto do processo principal.
 Já o arresto não se preocupa com a especificidade do objeto. Seu escopo é preservar um valor patrimonial necessário para o futuro resgate de uma divida de dinheiro. Qualquer bem patrimonial disponível do devedor, portanto, pode prestar-se ao arresto.
PAGAMENTO DE QUANTIA ($$$) – ARRESTO – BENS INDETERMINADOS.
ENTREGA DE COISA – SEQUESTRO – BEM ESPECÍFICO. 
BUSCA E APREENSÃO
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.
Art. 841. A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá:
I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;
II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a Ihe dar;
III - a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.
§ 1o Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.
§ 2o Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.
§ 3o Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
Art. 843. Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.

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