Buscar

A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE D CONTEÚDOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Prévia do material em texto

�PAGE �
 SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO.........................................................................................................�
42 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................�
3 PRIMEIRO MOMENTO............................................................................................5
4 PARTE A..................................................................................................................6
5 PARTE B..................................................................................................................7
6 2° MOMENTO...........................................................................................................8
74 CONCLUSÃO	�
8REFERÊNCIAS	�
��
INTRODUÇÃO
 Há muito o tema da diversidade cultural tem sido discutido em vários fóruns acadêmicos e sociais, sempre permeado por inúmeras tensões e conflitos. No âmbito educacional, não obstante a diversidade de discursos parece não haver mais dúvida que a educação escolar deve incorporar em suas práticas o respeito e a valorização das diferenças. No entanto, no bojo desse consenso, figuram armadilhas que, ao contrapor a tradicional homogeneização da escola, pendem para um relativismo extremo, incorrendo no risco da banalização do outro.
 Entendemos que a educação física escolar, como componente curricular de ensino, deve contribuir conjuntamente com os educando e demais educadores para com os processos educativos significativos, no que tange a diversidade cultural, pois além de contemplar as práticas da cultura corporal, também, pode dialogar sobre as influências e contribuições de diferentes povos na nossa cultura. A educação física escolar comumente aborda e/ou desenvolve suas aulas a partir de conteúdos relacionados aos esportes, o que reduz ou até elimina o acesso dos educandos ao contato com outras práticas corporais (jogos, brincadeiras, danças e lutas), provenientes de diferentes povos. Diante dessa situação e entendendo a educação física como um dos componentes curriculares que pode e deve contribuir para apresentação, diálogo e reflexão acerca da temática Diversidade Cultural resolvemos desenvolver intervenção em aulas regulares e, nesta perspectiva, possibilitar aos educando o (re)conhecimento das influências de diferentes povos. A pesquisa teve como objetivo central observar a valorização das crianças e os processos educativos envolvidos diante do levantamento, apresentação, aprendizado e diálogos acerca dos jogos e brincadeiras de diferentes culturas. Propusemos aos educando de uma turma de 3ª série do 1º ciclo do ensino fundamental, que levantassem junto a seus pais ou responsáveis a sua descendência e, conjuntamente, uma ou mais brincadeiras/jogos relacionados a esta. Como resultados, observamos a valorização dos jogos e brincadeiras de diferentes culturas pelas crianças e os processos educativos, sendo que uns-com-os-outros, em processo de diálogo igualitário, foram ensinando.
DESENVOLVIMENTO
  Para que se pudesse analisar e buscar de forma mais próxima informações sobre dificuldades existentes na turma, dando-se inicio a elaboração do projeto de intervenção, cujo principal objetivo seria o de melhorar os aspectos negativos e acrescentar os pontos positivos para que se ampliassem o conhecimento e experiências dos alunos, os planos de aula foram elaborados de acordo com a necessidade e faixa etária dos alunos (que variam entre 15 e 19 anos), objetivando através dos diversos conteúdos proporcionarem satisfação e ao mesmo tempo qualidade no ensino dos alunos, auxiliando no processo de socialização e cooperação, o qual terá grande contribuição no desenvolvimento de princípios como: respeito mútuo, cooperação, solidariedade, trabalho coletivo, respeito às diferenças e o principal, a participação de todos.
   A educação física dentro do ambiente escolar tornou-se obrigatória após se tornar componente curricular obrigatório, pois vem a todo instante provar sua fundamental importância quando se trata de desenvolvimento, crescimento e formação do cidadão em sua totalidade, podendo nos nortear através de diversas concepções e abordagens que vem auxiliar na elaboração dos conteúdos e das aulas a serem ministradas a fim de solucionar os problemas apresentados dentre do âmbito escolar.
A diversidade vista do ponto cultural pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças, que foram construídas pelos sujeitos sociais ao longo das relações históricas. Portanto o “diferente” só passa a ser percebido dessa forma, porque nós seres humanos assim os identificamos.
A dificuldade em transmitir o conhecimento está muitas vezes ligado ao fato do professor querer que os envolvidos tenham o mesmo grau de aprendizagem, sabemos que em um mesmo grupo nem todos possuem a mesma formação, nem todos vivem a mesma experiência e saem com o mesmo conhecimentos O ideal é que todo educador tenha em mente a importância de propiciar ao seu aluno um ambiente que priorize e estimule o respeito à diversidade, ajudando a formar cidadãos mais educados e respeitosos que se preocupam com os outros, possuindo o espírito de coletividade.
a) NOME E Idade- 
b) Formação
 Licenciatura plena Educação Física 
c) Formação complementar (especialização/área) 
Pós-graduação Educação Especial Inclusão.
 d) Tempo de atuação no ensino e) Jornada de trabalho semanal Iniciou-se em Março de 2015
f) Nível de atuação (Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio)- Ensino Fundamental e Médio 
 Parte B: 
Identificação da visão do professor sobre as questões relacionadas à diversidade no ambiente escolar. Professor (a), conforme seus conhecimentos, responda:
 a) O que é diversidade? 
Diversidade e tudo que torna uma peoa diferente da outra, não somente raça, cor ou credo, mas sua forma de agir, penar ou interagir com o mundo.
 b) Como você trabalha com as questões da diversidade na escola?
 Há muita dificuldade para trabalhar com tanta diversidade e fazer com que seja aceita entre os alunos. Tento construir entre eles conceitos de solidariedade, amizade, respeito e que um se coloque no lugar do outro compreendo e perdoando. 
c) Quais diversidades estão em evidência na sua escola?
 Vejo muito a questão do desrespeito de um colega com o outro. 
d) Quais ações a escola deveria realizar para a promoção do respeito à diversidade na escola? 
Diante dessa situação e entendendo a educação física como um dos componentes curriculares que pode e deve contribuir para apresentação, diálogo e reflexão acerca dos jogos e brincadeiras de diferentes culturas resolvemos desenvolver intervenção em aulas regulares e, nesta perspectiva, possibilitar aos educando o (re) conhecimento das influências de diferentes povos.
 
Diversidade cultural e educação física escolar
Com a intenção de esclarecer e/ou elucidar a proposta estabelecida, têm-se a seguir relatos de experiências e ações que demonstram os encaminhamentos e procedimentos por nós abordados nas aulas de educação física com o objetivo de promover a igualdade na diversidade sociocultural escolar, dirimindo preconceitos especificamente na clientela anteriormente mencionada. Para isso, concebemos as aulas de Educação Física Escolar como verdadeiros laboratórios humanos no que se refere à temática do trabalho e para o desenvolvimento do respeito à igualdade em meio à diferença. Pois, ser diferente não significa ser ‘anormal’.
Acreditamos ser possível promover uma escola pública mais igualitária e que consiga reconhecer e respeitar a unidade na diversidade; almejamos uma escola pública com mais qualidade onde todos sejam percebidos enquanto senhores de seu próprio ‘destino’ e sujeitos passíveis de transformação, a si mesmose ao meio em sua volta. Vislumbramos um futuro em que as diferenças serão diminuídas - senão dirimidas - e que todos sejam efetivamente percebidos, respeitados e reconhecidos por sua unicidade frente ao meio da inata diversidade a que todos humanos estão inevitavelmente ‘condenados’.
Podemos assegurar que além dos aprendizados realizados pelos educandos, nós mesmos aprendemos muito, e de modo significativo. Entendemos, no entanto, que nossa experiência e pesquisa foi uma aproximação inicial com o tema transversal Diversidade Cultural nas aulas de Educação Física, e que há necessidade de experiências de trabalhos e estudos mais prolongados, efetivos e aprofundados, nossa e de outros colegas educadores.
Portanto, a Educação Física deve construir e desenvolver um processo educativo que além de refletir sobre as coisas e o mundo, fomente a autonomia do educando, para que o mesmo após anos na escola, possa discernir e compreender os valores atribuídos pela sociedade a respeito da cultura corporal da diversidade de povos que influenciaram e continuando influenciando a nossa cultural corporal. Deixamos claro a não intenção de esgotar o diálogo, mas de alguma forma contribuir para processos educativos, nas aulas de educação física, principalmente no que concerne a diversidade cultural, mais especificamente, jogos e brincadeiras de diferentes culturas, favorecendo reflexões para um outro olhar nos conteúdos e processos educativos da Educação Física Escolar.
Assim, entendemos que tudo aquilo que somos é, na verdade, apenas uma dentre diferentes formas de ser(mos) humanos e estar(mos) no mundo, e que o outro não é mais ou menos igual, mas, sim, diferente. E, como tal, também têm algo a contribuir. Dessa forma, a possibilidade de enfrentamento das desigualdades de oportunidades, estereótipos, preconceitos e sectarismos, ainda diluídos nos cotidianos escolares, dado pela perspectiva intercultural de educação para outro tipo de relação social escolar: o compartilhar democrático, pautado pelo diálogo mútuo entre diferentes perspectivas.
Diante da diversidade de culturas é de competência do professor, ter claro os objetivos e resultados que pretendem alcançar com uma atividade para que os alunos tenham as mesmas oportunidades, mas com estratégias diferentes. O trabalho diversificado envolve atividades realizadas em grupos ou individualmente previamente planejadas ou de livre escolha por aluno e/ou professor.
Mas a educação física nem sempre abrange todos os alunos, por falta de planejamento, as aulas tendem a divisão dos alunos em vários aspectos como sexo, diferença de habilidade motora, diferença cultural de práticas esportivas, evitando assim as trocas de conhecimentos entre os alunos, e atrapalhando a vivência de outras práticas culturais esportivas.
Com base nessa visão, a cultura desportiva e competitiva, historicamente dominante nas propostas curriculares da Educação Física, pode criar resistências à inclusão de pessoas que são encaradas como menos capazes para um bom desempenho numa competição. Muitas das proposições de atividades feitas em Educação Física, realizadas na base da cultura competitiva, podem ser observadas nas escolas. A prática desportiva, quando usada sem os princípios da inclusão, é uma atividade que não favorece a cooperação, que não valoriza a diversidade e que pode gerar sentimentos de insatisfação e de frustração.
Podemos identificar ao abordarmos a diversidade na educação, muitos elementos que influenciariam ou se destacariam ao abordarmos esse tema, como gênero, raça/etnia, idades, culturas, experiências e outros. É muito importante que os professores de Educação Física, como os de outras disciplinas, conheçam e trabalhem esse tema em suas aulas, pois sabendo que cada aluno é diferente, o professor terá diversas maneiras de ajudar no desenvolvimento de cada um.
Para Brandão (1986), o diferente e a diferença são partes da descoberta de um sentimento que, armado pelos símbolos da cultura, nos diz que nem tudo é o que eu sou e nem todos. são como eu sou. Mais que as diferenças, o que está em jogo é a imensa diversidade que nos informa é o que nos constitui como sujeitos de uma relação de alteridade.
alteridade revela-se no fato de que o que eu sou e o outro é não se faz de modo linear e único, porém constitui um jogo de imagens múltiplo e diverso. Saber o que eu sou e o que o outro é depende de quem eu sou, do que acredito que sou, com quem vivo e por quê. Depende também das considerações que o outro tem sobre isso, a respeito de si mesmo, pois é nesse processo que cada um se faz pessoa e sujeito, membro de um grupo, de uma cultura e sociedade. Depende também do lugar a partir do qual nós nos olhamos. Trata-se de processos decorrentes de contextos culturais que nos formam e informam, deles resultando nossa compreensão de mundo e nossas práticas frente ao igual e ao diferente.
Diante da pergunta de quem são os jovens e o que vão buscar na escola, Dayrell (1996, p.139) afirma que: 
Para grande parte dos professores, perguntas como estas não fazem muito sentido, pois a resposta é óbvia: são alunos. E é essa categoria que vai informar seu olhar e as relações que mantém com os jovens, a compreensão de suas atitudes e expectativas. Assim, independente do sexo, idade, da origem social, das expectativas vivenciadas, todos são considerados igualmente alunos, procuram a escola com as mesmas expectativas e necessidades. ( ... ) A homogeneização dos sujeitos como alunos corresponde à homogeneização da instituição escolar, compreendida como universal.
Educar é, então, um desafio, posto que se processa no interior de um embate entre "interesses, dominação, exploração revelando a existência do poder e seu exercício sobre os indivíduos, grupos ou sociedades tidos como diferentes. Educar tem sido o meio pelo qual o diferente deve ser transformado em igual para que se possa submeter, dominar e explorar em nome de um modelo cultural que se acredita natural, universal e humano." (Gusmão, op. cit.
Considerações finais
 
Podemos afirmar com base nos registros em pesquisa de campo, que com a valorização nas aulas de educação física dos conhecimentos dos educandos provenientes de ambientes externos a escola, promovemos maior participação, envolvimento e generosidade destes para com os colegas no ambiente escolar, que com entusiasmo apresentaram aos colegas suas descobertas sobre sua origem e jogos/brincadeiras relacionados.
 Podemos assegurar que além dos aprendizados realizados pelos educandos, nós mesmos aprendemos muito, e . Entendemos, no entanto, que nossa experiência e pesquisa foi uma aproximação inicial com o tema transversal Diversidade Cultural nas aulas de educação física, e que há necessidade de experiências de trabalhos e estudos mais prolongados, e aprofundados, nossa e de outros colegas educadores.
  O papel da Educação Física sob esta área adquire a função de instrumento facilitador quando na prática, demonstra o sentido, o significado concreto, a intenção e aplicabilidade dos conteúdos adquiridos em sala de aula na teoria. Transcendendo para a vida em sociedade. A atividade motora é um meio de adaptação, de transformação e de relacionamento com o mundo, dessa forma é que se percebe a relações que a Educação Física esta inserida e as conexões estabelecidas com as demais áreas do conhecimento. O que acaba acontecendo na sala de aula é a transmissão do conhecimento pelo professor de maneira igual, independente de qualquer origem social, idade, experiência de seus alunos. A escola não é mais a mesma, aquele espaço específico, em que se via e/ou atendia apenas crianças tidas como normais. Com o crescimento do discurso da inclusão e diversidade, cada vez mais se vê surgir na sociedade uma nova escola, mais aberta, diversa e integral, tornando o espaço escolar mais colorido e rico em aprendizagem. A entrada das crianças com necessidades educativas especiais na escola, verdadeiramente representou um marco social, fruto de uma enorme conquista histórica,como se verá adiante, ainda há muito há fazer para a construção de uma escola efetivamente inclusiva e comprometida com a diversidade.
É importante destacarmos que a apesar dos avanços da educação física em nosso país, ainda há a necessidade de novas políticas públicas, trabalhos com família, modificações nos ambientes educacionais, a garantia de direitos e suas diretrizes existente nos sistemas sócios educacionais, que apesar de serem garantidos na Lei, ainda há precariedade e exclusão no ensino em muitas regiões, afinal é através da educação que mudaremos a visão da sociedade, transformando em um novo modelo igualitário para todos independente de sua condição física ou social, mas na construção de uma educação para todos.
Verificamos que os professores encontram várias dificuldades no trabalho cotidiano com as diversas turmas em que atuam, como alunos com deficiência, turmas mistas e grandes diferenças culturais. Verificamos também que alguns tentam adotar metodologias de trabalho dando mais atenção aos alunos com maiores necessidades. No que diz respeito às dificuldades dos professores trabalharem com a diversidade dos alunos mais habilidosos e os alunos de pouca habilidade, os professores mostraram adotar diferentes métodos, partindo do princípio que a diferença de habilidade seja um ponto positivo, pois esses alunos mais habilidosos podem auxiliar os menos habilidosos, e essa constatação se mostra como um importante método de trabalho, ou seja, incluir através da cooperação. Também o planejamento das aulas através de metodologias desafiadoras para todos os alunos é uma excelente estratégia de aprendizagem em meio à diversidade. Assim, podemos dizer que a educação física escolar deve ser repensada e estudada para que seus profissionais possam ser devidamente capacitados e possam efetivamente contribuir para uma educação onde todos tenham os mesmos direitos de participar, se expressar e aprender. Aprender com suas especificidades e mais ainda, com suas diferenças.
 
REFERÊNCIA
 Aparecida. A motricidade humana na escola: da abordagem comportamental à fenomenológica. Revista Corpoconsciência - FEFISA, Santo André, nº12, p.23-37, 2003.
 BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari K. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.
 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. S.E.F. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC / SEF, 1997.
 Coletivo de Autores (1992) Metodologia de Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez
Darido, S. (2007) Apresentação e Análise das Principais abordagens da Educação Física Escolar. Revista Brasileira de Ciência e Esporte,Campinas v.28 n.2 p .162 jan.
Fernandes, Anoel. As abordagens pedagógicas renovadoras na Educação Física Escolar e a autonomia: algumas reflexões, Rede pública estadual, LETPEF - UNESP, Rio Claro.
GONÇALVES JUNIOR, Luiz. Cultura corporal: alguns subsídios para sua compreensão na contemporaneidade. São Carlos: EDUFSCar, 2003.
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749
Kishimoto, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
educacao fisica
 
 A importância da diversidade de conteúdos nas aulas de Educação Física
2016
 
 A importância da diversidade de conteúdos nas aulas de Educação Física
Trabalho de Educação Física apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de . Filosofia da Educação e Pensamento Pedagógico Organização do Trabalho Pedagógico Psicologia da Educação e da Aprendizagem Seminário da Prática II
2016

Outros materiais

Perguntas Recentes