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RESUMO DIREITO PENAL IV

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Penal IV: Prof.ª Bernadethe Moser
AULAS DIGITADAS
HITALO FRANKLIN VIEIRA SILVA
CAMPOS DOS GOYTACAZES, 2014.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Penal IV – CCJ0034
Prof.ª Bernadethe Moser - bemoser@ig.com.br – cel.: (22) 98137- 2930
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 01 - APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
Não houve aula – O SIA estava bloqueado para o professor.
AULA 01 - APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
Explicações sobre diversidades.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A disciplina Direito Penal IV tem por objeto de estudo os crimes contra a Administração Pública e a introdução ao estudo da Legislação Penal Especial. Será objeto de estudo e discussão a expansão do Direito Penal e consectário surgimento de novas formas de criminalidade, de novos ramos do Direito Penal e, consequentemente, de novas formas de controle social introduzidas pelo processo de desenvolvimento sócio-político, econômico e de globalização da sociedade. Com base na premissa de que é essencial o debate a partir dos suportes teóricos pedagógicos apresentados pelo docente e seu confronto com suas experiências profissionais, bem como com os temas objeto de maior controvérsia no atual contexto social serão selecionadas, ao longo da disciplina, as principais figuras típicas afetas aos citados crimes em espécie. Para tanto serão estudados critérios de descrição das condutas típicas, fixação de pena em abstrato, em concreto e consequente adoção de medidas de política criminal pelo Sistema de Justiça Criminal Brasileira para fins de controle social-penal.
Desta forma, conclui-se que a disciplina Direito Penal IV visa o fomento do raciocínio crítico-jurídico acerca da Parte Geral do Direito Penal, das Teorias da Sanção Penal e seus reflexos no estudo dos crimes em espécie para, em consonância com os objetivos do Curso, sempre sob o foco de sua constitucionalidade de modo a possibilitar ao estudante o desenvolvimento de competências e habilidades que o capacitem, graças à criação de uma rede de sentidos, a compreender o fenômeno jurídico como um todo para fins de atuação acadêmica e profissional.
AULA 01 - APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
EMENTA
Crimes contra a Administração Pública. Legislação Penal Especial: Lei de Crimes Hediondos e equiparados (Lei n.8072/1990) Lei de Tortura (Lei n.9455/1997). Lei de Drogas. Lei n. 11.343/2006. Lei de Abuso de Autoridade (Lei n. 4898/65). Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). Estatuto do Desarmamento (Lei n.10826/2003). Lei Maria da Maria da Penha - Crimes de violência doméstica contra a mulher (Lei n.11340/2006).
OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer a relevância do estudo integrado entre as Teorias do Delito, da Sanção Penal e os crimes em espécie, previstos na Parte Especial do Código Penal e na Legislação Penal Especial e sua necessária subsunção aos princípios constitucionais.
Desenvolver o raciocínio crítico-jurídico acerca dos Crimes contra a Administração Pública.
Fomentar a leitura, o estudo e a análise crítica acerca dos Crimes contra a Administração Pública.
Identificar os critérios de seleção dos bens jurídico-penais a serem tutelados pela Legislação Penal Especial e as medidas de política criminal adotadas pelo Sistema de Justiça Criminal Brasileira para fins de controle social-penal.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Reconhecer a necessária subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais para fins de promoção de um sistema penal pautado na dignidade da pessoa humana.
Aplicar os institutos previstos na Parte Geral do Código Penal aos crimes contra a Administração Pública e aos crimes previstos na Legislação Penal Especial selecionada.
Avaliar a incidência e consectários dos conflitos de Direito Intertemporal nos crimes contra a Administração Pública e na Legislação Penal Especial.
MAPA CONCEITUAL
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Legislação Penal Especial. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. ISBN 9788502089716
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 7.ed. v.4. São Paulo: Saraiva, 2012 ISBN 9788502086272.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. Parte Geral. Parte Especial. 6.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. ISBN 978-85-203-3567-3.
Administrar é gerenciar, planejar, customizar determinado bem ou sequência de ação visando o bom funcionamento da coisa.
Todas as vezes que há malversação, desvio, corrupção na administração pública, vemos deturpação de finalidade, atravancamento no funcionamento e...
Crimes contra a administração pública: Peculato, Peculato culposo, Excesso de Exação, 
Constituição Federal/88 servidor público RJU/8112 PAD;
Na esfera penal o servidor público terá sua conduta tipificada.
Cabe ação cível decorrente do PAD
Administração direta Autarquia (INSS)
Administração Indireta Fundação Pública 
Serviço Social Autorizado SENAI, SESC, SESI e SENAC
Equiparados a funcionário público se submete à mesma legislação.
No sistema inquisitivo há uma confusão de funções.
Entidades, Órgãos, Agente políticos e honoríficos.
Emprego público: Celetista e estatutário. 
Cargo em comissão e cargo de confiança. Nomeação.
Função Pública: Mesário e Conciliador. É responsabilizado como se fosse funcionário público.
Livro sobre Tribunal de Júri: Maniqueísta e manipuladores. São pressionados a modificar opiniões em conformidade com a hegemonia local.
Princípios da Administração Pública:
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Definição de funcionário público art. 327, CP.
Art. 327.Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1.º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2.º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
Crimes funcionais: aqueles praticados por funcionários públicos pessoa física que se entrega a funcionalidade do Estado.
Crime funcional próprio: a função: ser funcionário é elementar e essencial para tipificar o crime, sua falta resulta em atipicidade absoluta: corrupção, corrupção passiva, prevaricação, 
Particular que usurpa a função pública e aufere vantagens... Nada impede que 
Crime funcional impróprio: pode resultar em atipicidade relativa podendo entretanto, ser responsabilizado por outro crime Peculato x Apropriação Indébita ou Furto ou Receptação.
Concurso de pessoas: autor, coautor, partícipe Penas diferenciadas em face de colaboração, negação do crime, 
Autoria:
Servidor público Autoria direta.
Particular coautor ou partícipe por força do art. 30, CP
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Tem que entrar na esfera de conhecimento do particular de que o autor é funcionário público.
O servidor público não pode alegar estado de necessidade, nem princípio da insignificância, principalmente quando se trata de dinheiro em espécie.
Verificar diferenças:
Dolo:
Dolo Eventual:
Culpa: 
Iter criminis culpabilidade diferenciada somente para o partícipe.
Autoria mediata:
Autoria colateral (não existe concurso de pessoas):
Autoria incerta:
Autoria ignorada:
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Penal IV – CCJ0034
Prof.ª Bernadete
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22)99791-4361
AULA 03 – PECULATO – ART. 312, CP
PECULATO APROPRIAÇÃO art. 312, caput, 1ª parte, CP.
Diz respeito ao chefe de seção que tem a posse ou detenção do bem e se apropria, respondendo por peculato apropriação.
O servidor é o chefe de seção que pratica delito funcional impróprio que lembra a apropriação, com inversão de posse, com animus definitivo, podendo ser dinheiro, papel de crédito: promissória, ações; bens móveis público ou particular sob a tutela do serviço público, como nos casos de apreensão ou guarda: canetas, microcomputador, veículos, etc. 
Particular que sabe da função do servidor, ao praticar o delito, responde como coautor no peculato.
Particular que não sabe da função do servidor, responderá por apropriação indébita art. 168, CP.
Particular que só vigiou para os outros executarem o delito, responderá como partícipe.
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
PECULATO DESVIO art. 312, caput, parte final, CP.
Ocorre quando o servidor dá destinação diversa da exigida: carro a disposição para trabalho e desvia combustível para seu carro particular.
Desvio de verba recebida por conta de impostos que deveria ser lançada em determinada conta é feita em outra.
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
PECULATO FURTO art. 312, § 1º, CP.
O simples funcionário que não é o chefe e assim, não tem a posse: Subtrair
Malversação: é a mesma diferença entre furto e apropriação não tem a posse x tem a posse.
Chamar o vigia para tomar café. Policial que subtrai peças de veículo apreendido.
§ 1.º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
PECULATO CULPOSO art. 312, § 2º, CP.
Quando o funcionário age com imprudência, negligência ou imperícia.
Chave deixada em cima da mesa sob alegação de esquecimento.
Carcereiro que esquece a chave na porta da grade da cela.
Se o agente repara o dano, extingue a punibilidade
§ 2.º Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
§ 3.º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM art. 313, CP.
Terceira pessoa comete o erro e o servidor se aproveita disso em benefício próprio. Diante do equívoco.
Se o servidor induziu o erro no terceiro, responderá por concussão.
Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
PECULATO ELETRÔNICO art. 313-A, CP.
Delegado de polícia que insere dados falsos relativos a adulteração de veículo Propina.
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
PECULATO USO art. XXX, CP.
O servidor se apropria de bem ou coisa pública, sem animus definitivo, usando em benefício próprio e devolvendo-o após o uso.
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Penal IV – CCJ0034
Prof.ª Bernadete
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 04 – Ver art. 227, CP (AV1 Com consulta).
Concussão - Art. 316, CP. Compelir, forçar, constranger, obrigatoriedade.
Funcionário Público
Crime formal
Concussão equiparação.
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
• Vide art. 4.º, f, da Lei n. 4.898, de 9-12-1965.
• Vide art. 1.º da Lei n. 9.613, de 3-3-1998.
Excesso de exação meio vexatório
§ 1.º Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
• Vide art. 3.º, II, da Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
§ 2.º Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
Corrupção Passiva – Art. 317, CP. Educadamente
Funcionário Público
Crime formal
Se houver a corrupção passiva, a entrega de valores não configura a corrupção ativa.
Se houver contraproposta configura também a corrupção ativa diante da passiva.
Bilateralidade e vantagem de cunho econômico.
Corrupção passiva
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
•• Pena alterada pela Lei n. 10.763, de 12-11-2003.
• Vide art. 3.º, II, da Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
Causa de aumento / Qualificadora / Ver banca art. 319, CP.
§ 1.º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2.º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
• O Decreto n. 4.410, de 7-10-2002, promulga a Convenção Interamericana contra a corrupção.
• O Decreto n. 5.687, de 31-1-2006, promulga a Convenção das Nações Unidas contra a corrupção. • Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Corrupção Ativa – Art. 333, CP. Educadamente;
O particular.
Crime formal.
Situação constrangedora para o particular.
Se houver a corrupção ativa, somente o aceite configura a corrupção passiva. A entrega é mero exaurimento.
Bilateralidade e vantagem de cunho econômico.
Corrupção ativa
Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
•• Pena alterada pela Lei n. 10.763, de 12-11-2003. • Vide art. 337-B do CP.
• Vide art. 6.º, 2, da Lei n. 1.079, de 10-4-1950. • Vide art. 299 do CE.
• O Decreto n. 4.410, de 7-10-2002, promulga a Convenção Interamericana contra a corrupção.
• O Decreto n. 5.687, de 31-1-2006, promulga a Convenção das Nações Unidas contra a corrupção.
Causa de aumento de pena (parágrafo único por extenso) art. 319, CP.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Prevaricação (Crime doloso)
Não existe bilateralidade, interessepessoal ou sentimento
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
•• Artigo acrescentado pela Lei n. 11.466, de 28-3-2007.
• Vide art. 349-A do CP.
• Vide art. 50, VII, da LEP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
CASO CONCRETO Método de cobrança da professora
Tipificar a conduta;
Analisar concurso de agentes e de crimes;
Momento consumativo do crime;
Ver Exemplos Diferenciadores
Policial que libera caminhão com suspeita de roubo ou furto;
Médico que opera pelo SUS e cobra a parte (duplicidade);
Prevaricação
Deixar de emitir atestado de óbito.
Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318, CP.
Funcionário Público
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 318. Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa
•• Pena alterada pela Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
• Vide art. 144, § 1.º, II, da CF.
• Vide art. 334 do CP.
• Vide Súmula 560 do STF e Súmula 151 do STJ.
• Vide Lei n. 4.729, de 14-7-1965.
Contrabando ou descaminho Art. 334, CP.
Particular
Contrabando ou descaminho
Art. 334. Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
• Vide art. 318 do CP.
• Vide art. 144, § 1.º, II, da CF.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• A Portaria n. 2.439, de 21-12-2010, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, estabelece procedimentos a serem observados na comunicação ao Ministério Público Federal de fatos que configurem crimes de contrabando e descaminho.
• Vide Súmula 560 do STF.
• Vide Súmula 151 do STJ. 
§ 1.º Incorre na mesma pena quem:
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho;
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.729, de 14-7-1965.
§ 2.º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.729, de 14-7-1965.
§ 3.º A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 4.729, de 14-7-1965
Cola inteligente: Crimes que admitem tentativa: Art. 14, II, CP
Condescendência criminosa Art. 320, CP Complacência, 
Condescendência criminosa Complacência, 
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Tráfico de influência art. 332, CP.
Particular em nome do funcionário público.
•• Rubrica com redação determinada pela Lei n. 9.127, de 16-11-1995
Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 9.127, de 16-11-1995.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
•• Parágrafo único com redação determinada pela Lei n. 9.127, de 16-11-1995.
• Vide art. 337-C do CP, sobre tráfico de influência em transação comercial internacional.
• Vide art. 357 do CP, sobre exploração de prestígio.
Particular em nome do funcionário público.
Exploração de prestígio
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Advocacia administrativa Advogado
Advocacia administrativa
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa.
•• Vide art. 91 da Lei n. 8.666, de 21-6-1993 (licitações e contratos da Administração Pública.
Violência arbitrária
Art. 322. Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Abandono de função
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
§ 1.º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 2.º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Art. 324. Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Violação de sigilo funcional
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
§ 1.º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
•• § 1.º, caput, acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
•• Inciso I acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
•• Inciso II acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
§ 2.º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
•• § 2.º acrescentadopela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
Violação do sigilo de proposta de concorrência
Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa
•• Prejudicado este artigo pelo disposto no art. 94 da Lei n. 8.666, de 21-6-1993 (licitações e contratos da Administração Pública), constante deste volume.
• Vide arts. 85 e 99 da Lei n. 8.666, de 21-6-1993 (licitações e contratos da Administração Pública).
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Conceito de Funcionário Público
Art. 327.Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
• Vide art. 3.º da Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
§ 1.º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
• Funcionário público estrangeiro: Vide art. 337-D do CP.
§ 2.º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 6.799, de 23-6-1980.
• Vide arts. 83 e 84 da Lei n. 8.666, de 21-6-1993 (licitações e contratos da Administração Pública).
Usurpação de função pública
Tomar para si, praticou ato de ofício, auferir vantagem é qualificadora.
Se não praticou ato de ofício é estelionato
Art. 328. Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
• Vide arts. 324 e 359 do CP.
• Vide arts. 45 e 46 da LCP.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Resistência Violência ou ameaça
Mera exaltação não configura nem resistência, nem desobediência.
Pode ocorrer contra terceira pessoa: outro servidor ou policial que dá apoio.
Não há absorção quando da tentativa de homicídio ao funcionário
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos.
• Vide arts. 284, 292 e 795 do CPP.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
§ 1.º Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2.º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Desobediência Ignorar
Resistência passiva.
Mera exaltação não configura nem resistência, nem desobediência.
Cursos para compreensão das posições tomadas pelas pessoas ou opor resistência ou desobedecer.
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa.
• Vide arts. 163, 245 e 656 do CPP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• Vide arts. 23, 99, III, e 104 da Lei n. 11.101, de 9-2-2005.
Desacato Menosprezo, Humilhação e falta de respeito
Menosprezar ou Humilhar o funcionário público em função do cargo.
Se confunde com injúria real preconceituosa, racismo, crime contra a honra.
Rasgar a multa, Mostrar virilha ao ser solicitado mostrar os documentos, 
Advogado em relação ao juiz Xingamentos ao cargo.
Pessoa em relação à pessoa Xingamentos à pessoa.
Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
• Desacato: arts. 75 e 351 da CLT e 200 do CTN.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Inutilização de edital ou de sinal
Art. 336. Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Subtração ou inutilização de livro ou documento
Princípio da subsidiariedade
Art. 337. Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Sonegação de contribuição previdenciária
Ligado aos contadores
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
•• Caput acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
•• Os arts. 9.º da Lei n. 10.684, de 30-5-2003, e 68 e 69 da Lei n. 11.941, de 27-5-2009, dispõem sobre a suspensão da pretensão punitiva do Estado e a extinção da punibilidade dos crimes previstos neste artigo.
•• O art. 83 da Lei n. 9.430, de 27-12-1996 (crimes contra a ordem tributária), dispõe que a representação fiscal para fins penais relativa a crimes contra a Previdência Social, previstos neste artigo, será encaminhada ao MP depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.
• Vide Lei n. 8.137, de 27-12-1990, que define crimes contra a ordem tributária.
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
•• Inciso I acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;
•• Inciso II acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
•• Inciso III acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
§ 1.º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
•• § 1.º acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
§ 2.º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
I - (Vetado.)
•• Inciso I acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
O texto vetado dizia: "I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, mesmo que parcelada, inclusive acessórios; ou".
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
•• Inciso II acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
§ 3.º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
•• A Portaria Interministerial n. 15, de 10-1-2013, dos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 1.º-1-2012, o valor de que trata este parágrafo será de R$ 3.671,73 (três mil, seiscentose setenta e um reais e setenta e três centavos).
§ 4.º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 9.983, de 14-7-2000.
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA
•• Capítulo acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
• O Decreto n. 3.678, de 30-11-2000, promulga a Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, concluída em Paris, em 17-12-1997.
Corrupção ativa em transação comercial internacional
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.
•• Caput acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
• Corrupção ativa comum (funcionário público brasileiro): vide art. 333 do CP.
• Corrupção passiva: vide art. 317 do CP.
Tráfico de influência em transação comercial internacional
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
•• Caput acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
• Tráfico de influência comum: vide art. 332 do CP.
 
Conceito de Funcionário público estrangeiro
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.
•• Caput acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 10.467, de 11-6-2002.
• Vide art. 327 do CP.
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Direito Penal IV – CCJ0034
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AULA 05 –
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
Proteger a administração da Justiça
Reingresso de estrangeiro expulso art. 338, CP.
Corre processo com trânsito em julgado.
Art. 338. Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena.
• Vide art. 65 do Estatuto do Estrangeiro (Lei n. 6.815, de 19-8-1980).
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Denunciação caluniosa Calúnia agravada imputar a alguém dando causa art. 339, CP.
Diferente de calúnia ação privada denúncia anônima deve ser verificada verossimilhança.
Fazer paralelo com Art. 138, CP – Calunia (atinge a honra da pessoa)
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 10.028, de 19-10-2000.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
• Vide arts. 5.º, § 3.º, e 27 do CPP.
• Vide art. 19 da Lei n. 8.429, de 2-6-1992.
§ 1.º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2.º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Comunicação falsa de crime ou de contravenção art. 340, CP.
Invenção de crime ou contravenção
Pena de até 4 anos, o sujeito não ficará preso. Pra quê a prisão em flagrante?
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
• Vide arts. 5.º, § 3.º, e 27 do CPP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Autoacusação falsa art. 341, CP.
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Falso testemunho ou falsa perícia Art. 342, CP.
Crime próprio que pode gerar acareação em função das contradições apuradas pelo juiz.
A coação irresistível exclui a culpabilidade, se resistível, atenua a pena.
O tradutor ou interprete não possui responsabilidade sobre o que os outros relataram.
Teoria Objetiva: Falso quando o relatado não corresponde ao fato real.
Teoria subjetiva: a falsidade consiste na contradição entre o que a testemunha presenciou e conhece e aquilo que relatou.
Falso Positivo: asseverar fato mentiroso.
Falso Negativo: negação do fato verdadeiro
No Processo Cível é menos lesivo, que na área penal, em face do cerceamento da liberdade.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 10.268, de 28-8-2001.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
•• Pena com redação determinada pela Lei n. 12.850, de 2-8-2013.
• Vide arts. 222 a 225 e 275 a 281 do CPP.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• Vide Súmula 165 do STJ.
§ 1.º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 10.268, de 28-8-2001.
§ 2.º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 10.268, de 28-8-2001.
•• Na redação original, constava um § 3.º, não reproduzido na lei alteradora.
Teoria Monista: todos respondem pelo mesmo crime.
Quebra da teoria monista: há pois o financiamento do falso testemunho.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 4 (quatro) anos, e multa.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 10.268, de 28-8-2001.
• Vide arts. 222 a 225 e 275 a 281 do CPP.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
•• Parágrafo único com redação determinada pela Lei n. 10.268, de 28-8-2001.
Coação no curso do processo art. 344, CP.
Acabam sendo deixados de lado.
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualqueroutra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• A Lei n. 9.307, de 23-9-1996, dispõe sobre o juízo arbitral.
 
Exercício arbitrário das próprias razões art. 345, CP.
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
•   Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Ação penal privada mediante queixa se não houver violência.
Parágrafo único. Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
• Vide art. 100 do CP.
Tomar coisa própria em posse de Fiel Depositário
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
 
Fraude processual art. 347, CP.
Engodo para indução ao erro.
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• Vide art. 312 do CTB.
Parágrafo único. Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Favorecimento pessoal art. 348, CP.
Favorecer a pessoa do criminoso, por pena, por amizade, sem estar envolvido com o crime anterior.
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
• Vide art. 293 do CPP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
§ 1.º Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, e multa.
§ 2.º Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. Escusa Absolutória. Mãe, 
Favorecimento real art. 349, CP.
Esconder o objeto do ilícito, por amizade, sem estar envolvido com o crime anterior.
Há concurso formal se ocorrerem os dois crimes.
Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Particular que entra com os objetos.
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
•• Artigo acrescentado pela Lei n. 12.012, de 6-8-2009.
• Vide art. 319-A do CP.
• Vide art. 50, VII, da LEP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
 
Exercício arbitrário ou abuso de poder art. 350, CP.
Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano.
•• Vide art. 4.º, a, da Lei n. 4.898, de 9-12-1965. • Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995. • Vide Súmula Vinculante 11 do STF.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre o funcionário que:
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabelecimento destinado a execução de pena privativa de liberdade ou de medida de segurança;
II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediatamente a ordem de liberdade;
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
• Vide art. 4.º, b, da Lei n. 4.898, de 9-12-1965.
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
•• Abuso de autoridade: vide arts. 3.º e 4.º da Lei n. 4.898, de 9-12-1965.
• CDC: Lei n. 8.078, de 11-9-1990.
 
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança art. 351, CP.
Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• Vide Súmula 75 do STJ.
§ 1.º Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
§ 2.º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.
§ 3.º A pena é de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado.
Admite culpa
§ 4.º No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Evasão mediante violência contra a pessoa art. 352, CP.
Fuga do preso se configura com a violência contra a pessoa.
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da pena correspondente à violência.
• Vide art. 284 do CPP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Arrebatamento de preso
Voltinha no camburão, que pode chegar ao crime de tortura.
Art. 353. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, além da pena correspondente à violência.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Motim de presos art. 354, CP.
Atravanca o andamento da justiça
Art. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da pena correspondente à violência.
• Vide art. 50 da LEP.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Patrocínio infiel art. 355, CP.
Advogado ou Estagiário traíra Dá-se como indefeso o réu.
Advogado desiste de recurso em prejuízo da parte
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
• Vide EAOAB (Lei n. 8.906, de 4-7-1994).
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
 
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
Defesa na mesma causa das partes contrárias.
Parágrafo único. Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Art. 356. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Exploração de prestígio art. 357, CP.
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
• Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Violência ou fraude em arrematação judicial
Art. 358. Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um)ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.
•• Vide arts. 93 e 95 da Lei n. 8.666, de 21-6-1993, sobre licitações e contratos administrativos.
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito
Art. 359. Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
• Vide arts. 61 e 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
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AULA 06 –
CRIMES HEDIONDOS Lei 8.072/90
Origem etimológica:
Hoediuslatim, bode;
Hedor espanhol, fedorento;
Hediondo português, adjetivo. 1697.
1	Que apresenta deformidade; que causa horror; repulsivo, horrível
Ex.: rosto h. 
2	Derivação: sentido figurado.
Que provoca reação de grande indignação moral; ignóbil, pavoroso, repulsivo
Ex.: traição h., crime h. 
3	Que é sórdido, depravado, imundo.
Ex.: dependente de todos os vícios, levava uma existência h. 
4	Derivação: sentido figurado. Estatística: pouco usado.
Que exala odor nauseabundo; fedorento, fétido.
Ver sinonímia de devasso e horripilante.
Conceito: Gravidade do fato, modo de execução e intensa repulsa.
Objetivo: diminuir a criminalidade e intimidar o agente.
Dispositivos legais: Lei 8.072/90.
Art. 1.º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2.º, I, II, III, IV e V);
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
Não vai ao Tribunal de Júri competência de juiz monocrático ou singular.
II - latrocínio (art. 157, § 3. º, in fine); 
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2.º);
•• Inciso III com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
• Vide art. 158, § 3.º, do CP, que dispõe sobre sequestro-relâmpago.
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1.º, 2.º e 3.º);
•• Inciso IV com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1.º e 2.º);
•• Inciso V com redação determinada pela Lei n. 12.015, de 7-8-2009.
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1.º, 2.º, 3.º e 4.º);
•• Inciso VI com redação determinada pela Lei n. 12.015, de 7-8-2009.
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1.º);
•• Inciso VII com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
VII-A - (Vetado);
•• Inciso VII-A acrescentado pela Lei n. 9.695, de 20-8-1998.
Falsificação de medicamentos.
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput, e § 1.º, § 1.º A, § 1.º B, com a redação dada pela Lei n. 9.677, de 2-7-1998). 
•• Inciso VII-B acrescentado pela Lei n. 9.695, de 20-8-1998.
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1.º, 2.º e 3.º da Lei n. 2.889, de 1.º de outubro de 1956, tentado ou consumado.
•• Parágrafo único com redação determinada pela Lei n. 8.930, de 6-9-1994.
Crimes equiparados aos crimes hediondos
Art. 2.º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
•• Vide art. 5.º, XLIII, da CF.
•• Vide Súmula Vinculante 26.
• Vide Lei n. 9.455, de 7-4-1997.
• Convenção para prevenir e punir os atos de terrorismo configurados em delitos contra as pessoas e a extorsão conexa, quando tiverem eles transcendência internacional: Decreto n. 3.018, de 6-4-1999.
• O Decreto n. 5.639, de 26-12-2005, promulga a Convenção Interamericana contra o Terrorismo.
• Vide Lei n. 11.343, de 23-8-2006, regulamentada pelo Decreto n. 5.912, de 27-9-2006.
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança.
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007.
 
§ 1.º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007.
• Vide art. 1.º, § 7.º, da Lei n. 9.455, de 7-4-1997.
• Vide Súmulas 439 e 471 do STJ.
 
§ 2.º A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007.
§ 3.º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
•• Primitivo § 2.º renumerado pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007.
• Vide art. 594 do CPP.
§ 4.º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
•• Primitivo § 3.º renumerado pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007.
Art. 3.º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
Art. 4.º (Vetado.)
Art. 5.º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:
•• A alteração a que se refere este artigo já se acha processada no texto do CP.
Art. 6.º Os arts. 157, § 3.º; 159, caput e seus §§ 1.º, 2.º e 3.º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270, caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:
•• Alterações já processadas no diploma modificado. As alterações nos arts. 157, § 3.º, 159, § 1.º, 213, 214 e 223 foram prejudicadas por alterações e revogações posteriores.
Art. 7.º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:
•• Alteração prejudicada pela nova redação dada ao § 4.º do art. 159 do CP pela Lei n. 9.269, de 2-4-1996.
Art. 8.º Será de 3 (três) a 6 (seis) anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços).
Art. 9.º As penas fixadas no art. 6.º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3.º, 158, § 2.º, 159, caput e seus §§ 1.º, 2.º e 3.º, 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de 30 (trinta) anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 
•• Os arts. 214, 223 e 224 do CP foram revogados pela Lei n. 12.015, de 7-8-2009. Vide art. 217-A do CP, que dispõe sobre estupro de vulnerável.
Art. 10. O art. 35 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação:
•• Alteração prejudicada pela revogação da Lei n. 6.368, de 21-10-1976, pela Lei n. 11.343, de 23-8-2006.
Art. 11. (Vetado.)
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
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AULA 07– LEI 8072/90
PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA
Sistema Progressivo art. 33, caput e § 2º, CP.
Regimeintegralmente fechado art. 2º, § 2º, Lei 8.072/90, CP.
Modificação após 16 anos Pastor acusado de estupro.
Regime inicialmente fechado;
23/02/2006: HC 82959, STF erga omnes ou inter partes;
1/6 do CP;
Tempo do crime: é o momento da ação ou omissão do crime, independente do resultado.
28/03/2007: art. 2º, § 1º, Lei 11.464/2007 em vigor a partir de 29/03/2007
2/5 se primário; 3/5 se reincidente;
Regime inicialmente fechado
Art. 1º, § 7º, Lei 9.455/97, CP. P. Específica.
Irretroatividade da Lei Penal em Inovatio in pejus;
Retroatividade da Lei Penal em Inovatio in 
SUBSTITUIÇÃO DE PENAS
Aplicação de penas alternativas art. 44, CP: para penas não superior a 4 anos, sem violência ou grave ameaça a pessoa e demais requisitos.
Pena Mínima para Tráfico de drogas Lei 10.409/2002 3 anos. Polêmica
Pena Mínima para Tráfico de drogas Lei 11.343/2006 5 anos. (Enxugar Gelo).
Vedação conversão pena restritiva de direitos art. 33, §4º, Lei 11.343/2006, CP.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Cumprimento da pena + 2/3, não reincidência específica em crime hediondo / requisitos genéricos art. 83, V, CP.
LIBERDADE PROVISÓRIA
Não há restrições desde que preenchidos os requisitos art. 311 e 312, CPP.
STF Súmula nº 697 - Liberdade Provisória nos Crimes Hediondos - Relaxamento da Prisão por Excesso de Prazo
    A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.
DELAÇÃO PREMIADA Traição Benéfica
Causa obrigatória de diminuição de pena específica 1/3 a 2/3.
A liberdade, Princípio da Inocência, é a regra do direito Penal.
Tentativa é uma causa de 
Para a AV1, apresentar o Caso da Semana 03
Resposta, Jurisprudência. Manuscrito.
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AULA 08 – REVISÃO PARA AV1 
Crimes contra Administração Pública
Praticados por funcionários
Praticados por particulares
Praticados contra administração da justiça.
Crimes Hediondos
Tráfico de drogas e crime equiparado aos crimes hediondos.
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AV1
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TORTURA - Lei n. 9.455, de 07.04.1997
CONCEITO: inflição de castigo corporal ou psicológico violento, por meio de expedientes mecânicos ou manuais, praticados por agentes no exercício de funções públicas ou privadas, com o intuito de compelir alguém a admitir ou omitir fato lícito ou ilícito, seja ou não responsável por ele.
Art. 5º, III, CF – ver Capez.
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Não Houve aula.
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LEI 11.343/2006 – LEI DE DROGAS
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
Introdução:
A legislação básica era composta das Leis n. 6.368, de 21 de outubro de 1976, e 10.409, de 11 de janeiro de 2002. Esta última pretendia substituir a Lei n. 6.368/76, mas o projeto possuía tantos vícios de inconstitucionalidade e deficiências técnicas que foi vetado em sua parte penal, somente tendo sido aprovada a sua parte processual. Com isso, estavam em vigor:
a) no aspecto penal, a Lei n. 6.368/76, de modo que continuavam vigentes as condutas tipificadas pelos arts. 12 a 17, bem como a causa de aumento prevista no art. 18 e a dirimente estabelecida pelo art. 19, ou seja, todo o Capítulo III dessa Lei;
b) na parte processual, a Lei n. 10.409/2002, estando a matéria regulada nos seus Capítulos IV (Do procedimento penal) e V (Da instrução criminal).
Dessa forma, a anterior legislação antitóxicos se transformara em um verdadeiro centauro do Direito: a parte penal continuava sendo a de 1976, enquanto a processual, a de 2002.
Acabando com essa lamentável situação, adveio a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, a qual, em seu art. 75, revogou expressamente ambos os diplomas legais.
Tratamento como mercadoria proibida comparada ao contrabando.
Quebra do Jogo de Bicho 1976. Lei 6368/76 Lei de Tóxicos.
Muda para tráfico Não, pois o tráfico acabará com o jogo
Enaltecimento do tráfico 1980 Diversificação para sobrevivência.
10.409/2002 Lei de Entorpecentes
11.343/2006 Lei de Drogas Liberação das drogas para o uso.
Traz resposta à sociedade com uma efetiva política criminal antidrogas.
2014 Em 10 delitos somente 1 é resolvido (10%). A maioria sequer é preso, quanto mais julgado.
Inovação SISNAD.
Objetivo Prevenir e reinserir o indivíduo tratado na sociedade.
Predisposição genética Vício.
Grau viciante das drogas Overdose.
Sujeito Ativo Qualquer indivíduo Crime comum.
Sujeito Passivo Sociedade em geral. É a coletividade, uma vez que se pune o perigo a que fica exposta com a detenção ilegal da substância tóxica, ainda que a finalidade seja a de consumo pessoal.
Objetividade Jurídica Proteção à Saúde Pública. Objeto jurídico desse crime é a saúde pública, e não o viciado. A lei não reprime penalmente o vício, uma vez que não tipifica a conduta de “usar”, mas apenas a detenção ou manutenção da droga para consumo pessoal.
Dessa maneira, o que se quer evitar é o perigo social que representa a detenção ilegal do tóxico, ante a possibilidade de circulação da substância, com a consequente disseminação.
Dispositivos Legais:
O mencionado diploma legal tem aplicação no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, tratando-se, portanto, de diploma legislativo de caráter nacional e não apenas federal.
Assim, a Lei n. 11.343/2006:
1. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas — SISNAD;
2. Prescreve medidas de prevenção ao uso indevido;
3. Prescreve medidas para reinserção social dos usuários e dependentes;
4. Prevê os novos crimes relativos às drogas;
5. Estabelece o novo procedimento criminal.
Condutas típicas (caput)
Várias são as condutas incriminadas, constituindo-se um tipo misto alternativo (sobre o tema, vide comentários ao art. 33 da Lei):
(a) Adquirir: é obter mediante troca, compra ou a título gratuito;
(b) Guardar: é a retenção da droga em nome e à disposição de outra pessoa, isto é, consiste em manter a droga para um terceiro. Quem guarda, guarda para alguém;
(c) Ter em depósito: é reter a coisa à sua disposição, ou seja, manter a substância para si mesmo. Essa conduta típica foi introduzida pela nova Lei;
(d) Transportar: pressupõe o emprego de algum meio de transporte, pois, se a droga for levada junto ao agente, a conduta será a de “trazer consigo”.
Trata-se de delito instantâneo, que se consuma no momento em que o agente leva a droga por um meio de locomoção qualquer. Essa figura típica também foi introduzida pela nova Lei;
(e) Trazer consigo: é levar a droga junto a si, sem o auxílio de algum meio de locomoção. É o caso do agente que traz a droga em bolsa, pacote, nos bolsos, em mala ou no próprio corpo.
Aplicação das Penas Art. 27.
• Vide art. 1.º do Decreto-lei n. 3.914, de 9-12-1941 (Lei de Introdução ao CP e à LCP).
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídasa qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.
Usuário Art. 28 Uso pessoal em pequena quantidade.
Posse, semear, cultivar, colher para uso pessoal (Uso compartilhado é diferente vide art.33).
Ser usuário, não significa ser dependente. A prisão depende das circunstâncias.
Na maioria dos casos se trata de usuário que é preso como traficante, em função da necessidade de estatísticas oficiais.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo.
§ 1.º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
• Vide art. 33, § 1.º, II, desta Lei.
Requisitos para diferenciação entre usuário e traficante Natureza, quantidade, local e circunstâncias...
§ 2.º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3.º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4.º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5.º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6.º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
§ 7.º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.
Despenalização X Descriminalização
Continua sendo crime com a penalização sendo suavizada para a aplicação de penas alternativas, que em caso de reincidência, sofrerá admoestação verbal ou multa.
Traficante Art. 33, caput e § 1º; vide abaixo art. 34.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
•• Vide art. 40 desta Lei (causas de aumento da pena).
• Vide Súmula 711 do STF.
§ 1.º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
• Vide art. 28, § 1.º, desta Lei.
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Indução ao uso Art. 33, § 2º. Tipo Misto Alternativo ou de conteúdo variado. Não haverá concurso de crimes no mesmo momento Crime único. 
§ 2.º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
•• O STF julgou procedente, em 23-11-2011, a ADIn n. 4.274-2, dando a este § 2.º interpretação conforme a CF, para dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. • Vide art. 89 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Uso compartilhado Art. 33, § 3º.
§ 3.º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
• Vide art. 61 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Petrechos para o Tráfico Art. 34: Quando se encontra os equipamentos e maquinários.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
•• Vide art. 40 desta Lei (causas de aumento da pena)
Associação para o Tráfico Art. 35 Concurso de pessoas (Princípio da especialidade).
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
•• Vide art. 40 desta Lei (causas de aumento da pena).
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei
Financiamento do Tráfico Art. 36: Empréstimo ou Agiotagem
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
•• Vide art. 40 desta Lei (causas de aumento da pena)
Colaboração com o Tráfico Art. 37: Olheiro, Informante...
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
•• Vide art. 40 desta Lei (causas de aumento da pena).
Crime Próprio Art. 38: Médico que prescreve ou Farmacêutico e Enfermeiros (Negligência, Imperícia).
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) dias-multa. • Vide art. 61 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente.
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:
•• Vide arts. 291 e 306 do CTB.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la,pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.
Causas de aumento da pena Art. 40.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
• Poder familiar: arts. 1.630 a 1.638 do CC.
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime
Delação Premiada Art. 41: delação específica e efetiva.
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
 
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário mínimo.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo
Liberdade Provisória x Substituição Pena Restritiva de direito Art. 44: Fase Recursal
Não existe vedação para liberdade provisória em nenhum crime
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
•• Vide art. 5.º, XLIII, da CF.
•• Vide art. 2.º da Lei n. 8.072, de 25-7-1990.
•• Vide art. 44, CP.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
•• Vide art. 83, V, do CP. Equiparado a Hediondo.
Isenção de Pena Art. 45: Culpabilidade Comparada a Embriagues
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
•• Vide art. 28 do CP.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.
 
Isenção de Pena Art. 46: Culpabilidade
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
•• Vide art. 28 do CP.
Pesquisa Tráfico de drogas e as Penas Restritivas de Direito.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Penal IV – CCJ0034
Prof.ª Bernadete
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
LEI 4898/1965 – LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE
INTRODUÇÃO
Surgiu no período autoritário, penas insignificantes ou simbólicas, substituídas por multa e de fácil prescrição.
Pena de multas.
DISPOSITIVOS LEGAIS
Art. 141, CF 
Art. 5º, VI, VII, XI, XII, XV, XVI, XVII, XVII, CF.
Art. 60, §4º, IV, CF
Art. 1º Regula o direito de representação
Art. 5º, XXXIV, CF Proc. de responsabilidade administrativa, civil e penal.
Ato ilegal ou ...
Art. 1.º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente Lei.
Art. 2º Formas de exercício de representação
Art. 2.º O direito de representação será exercido por meio de petição:
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
Art. 3º Condutas Típicas:
Homicídio, tortura não estão no bojo da lei.
Art. 3.º Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
• Vide Súmula 172 do STJ.
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício de culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
Art. 4.º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
• Vide Súmula Vinculante 11.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
d) deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie, quer quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão

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