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Aula 06 - Seleção dos Fatos - Narrativa Jurídica

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Curso de Direito
 
 
 
NARRATIVA JURÍDICA: SELEÇÃO DOS FATOS
 
OBJETIVOS 
 
 
1- Identificar os fatos que constarão da Narrativa Jurídica; 
 
2- Distinguir os fatos juridicamente importantes dos que são apenas esclarecedores; 
 
3- Redigir uma narrativa jurídica utilizando os fatos mais importantes bem como aqueles que ajudem na sua compreensão . 
 
 
Antes de iniciar seu relato, é preciso selecionar o que deve ser narrado, pois é importantíssimo garantir a relevância dos fatos apresentados. Assim, o primeiro passo é selecionar o que deverá ser relatado. 
Nas palavras de Victor Gabriel Rodriguez, “os fatos juridicamente importantes são aqueles que importam diretamente para a aplicação da norma jurídica. Como a norma é um paradigma de ações previsíveis, os fatos juridicamente importantes são aqueles que se enquadram em tais modelos.” 
Por outro lado, a função do texto narrativo não é apenas expor sucintamente o que ocorreu dentro do que é juridicamente importante, para adequar o fato à norma, mas é necessário também persuadir a respeito da verdade desses fatos. E isso só se faz expondo outros elementos, que são esclarecedores para o que ocorreu. 
Isto porque “ os fatos juridicamente importantes não ocorrem isolados, mas sim dentro de um contexto próprio, que deve ser exposto para que se entendam as particularidades da demanda.” 
É importante ressaltar que os fatos juridicamente importantes não são autoexplicáveis, sendo necessário indicar o contexto em que ocorreram para justificar por que assim se desenvolveu a história . 
SELEÇÃO DOS FATOS 
 
Assim, os fatos que contribuem para a compreensão dos juridicamente importantes são os que, embora não tragam consequências jurídicas por eles mesmos, auxiliam na compreensão mínima dos juridicamente importantes, criando um contexto esclarecedor. 
Para Victor Gabriel Rodriguez, além deles, devem também ser considerados os que contribuem para a ênfase de outros mais importantes, assim como os que satisfazem a curiosidade do leitor, despertam interesse no caso. Na verdade, a utilidade desse último tipo de fato é reduzida e apenas condicionada ao que se pretende defender. 
Indicar os fatos juridicamente importantes, em decorrência do que indica a norma, e acrescentar a esses os demais que possam ajudar a compreendê-los é suficiente para desenvolver uma consistente narrativa jurídica. 
Elementos Indispensáveis: os que respondem às seguintes questões: 
- O que ocorreu?( Fato antijurídico ) 
- Quem está envolvido? ( Sujeito ativo e passivo) 
- Onde aconteceu? ( Espaço físico) 
- Quando? ( Tempo cronológico) 
- Como se sucedeu? (Sequência linear dos fatos) 
- Por quê? ( Nexo causal) 
 
1- Identifique, nos casos a seguir, qual é o fato gerador da demanda e quem é o sujeito ativo e o passivo da situação de conflito. 
A- Maurício é filho de Marcos, que registrou a criança assim que ela nasceu. Aos quatro anos do menor, Marcos constitui nova família e cessa o pagamento da pensão alimentícia. Marcos, representado pela mãe, pretende ajuizar ação de alimentos em face do pai. 
Fato gerador: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: 
B- Alexandre conduzia seu veículo pela Avenida Pelinca, quando parou no semáforo da esquina com a Rua Barão da Lagoa Dourada. Márcio, dirigindo desatento, porque acabara de discutir com a namorada, abalroou a traseira do automóvel de Alexandre, causando-lhe dano material quantificado em R$ 3.000,00 ( três mil reais). Alexandre pretende ser ressarcido. 
Fato gerador: Sujeito Ativo Sujeito Passivo: 
C- Morador do apartamento 103 de certo condomínio, Luís tem problemas constantes de vazamento provenientes do apartamento 203. Em fevereiro deste ano, depois de várias reclamações feitas ao vizinho do 203, o teto de gesso do banheiro, em virtude da umidade, caiu e destruiu o box de vidro do apartamento de Luís. O prejuízo, contando mão de obra e material ficou orçado em R$ 2500,00. Luís quer ser ressarcido. 
Fato Gerador: Sujeito Ativo Sujeito Passivo 
 
TEXTO 1: Amor em julgamento (texto adaptado da revista Marie Claire) 
 Em Minas Gerais, André Júlio Jesus, dentista, 57 anos, foi processado pelo filho, Alexandre Silva, de 24 anos, em maio de 2000, por abandono moral: o autor reclama que o pagamento da pensão alimentar não substitui a tenção, o carinho e afeto que constroem a relação entre pais e filhos. 
 É preciso que se ressaltem os sentimentos que sustentam o ato de Alexandre. O primeiro é o de perda. Perda do pai, da segurança, do afeto, da estabilidade emocional. André Júlio abandonou o filho quando ele ainda não completara 7 anos, em um momento especial para o desenvolvimento de sua personalidade, pois, de acordo com opiniões de profissionais que lidam com distúrbios da emoção, o convívio com o pai na infância é imprescindível para uma vida adulta com equilíbrio. Em segundo lugar, há o sentimento de perplexidade. André Júlio nunca revelou os motivos que o levaram a partir. 
 Os 10 anos de terapia testemunham a angústia de Alexandre por não saber encaixar as peças de um quebra-cabeça que, inteiro, elucidaria as razões do afastamento do pai. Por último, existe a dor. Alexandre sofre danos morais- e aí se colocam todas as situações que provocam tristeza, distúrbios de comportamento e aflição – causados pela atitude de André Júlio ao substituí-lo por uma outra filha, em quem concentrou toda a sua potencialidade de pai. 
 
SELEÇÃO DOS FATOS 
SELEÇÃO DOS FATOS 
SELEÇÃO DOS FATOS 
SELEÇÃO DE FATOS 
 
 Há quem argumente ser impossível pensar a afetividade como valor jurídico. Não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garanta reaproximações indesejadas, mas a Justiça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afetiva. O juiz Flávio Gomes entende que quem escolhe ser pai tem obrigação de proteger, estar presente, dar carinho e afeto, além de custear as despesas da criança. Quem não age assim, arrisca-se a apagar indenização. 
1- Com base no texto dado, identifique os fatos juridicamente importantes. 
2- Que outros dados são esclarecedores para a perfeita compreensão do que ocorreu? 
3- Os danos sofridos pelo filho seriam os mesmos caso ele fosse mais velho, tivesse, por exemplo, 17 anos? Explique. 
4- Em que parágrafo do texto ocorre a polifonia? Como se apresenta?

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