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História natural da doença Doença É o desequilíbrio orgânico resultante da ocorrência de várias condições. Saúde X Doença Um estado de relativo equilíbrio da forma e função do organismo, resultante de seu ajustamento dinâmico e satisfatório de forças que tendem a perturbá-lo. (Perkins / 1938) É a perfeita e contínua adaptação do organismo ao seu meio ambiente. (H. Spencer, ampliado por Wyle / 1970) É o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de doenças ou defeitos. (OMS) Saúde "Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação; educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acessos aos serviços de saúde, é assim antes de tudo, o resultado das formas de organização social". VIII CNS, 1986 História natural da doença Evolução desde os seu início no ambiente psicossocial até o seu surgimento no suscetível e conseqüente desenvolvimento no doente Evolução das inter-relações dinâmicas condicionantes sociais e ambientais X fatores do suscetível Ex: usuários da mesma seringas – condições favoráveis à aquisição HIV Período de pré-patogênese Período patogênese período de pré-patogênese Fatores socioeconômicos (Ex: associação inversa entre capacidade econômica e probabilidade de doença) Fatores sociopolíticos (Ex: Decisão política, participação da cidadania, transparência no acesso a informação) Fatores socioculturais. (Ex: preconceitos, hábitos, crendices, comportamentos e valores) Fatores psicossociais Ex: ausência de relações parentais estáveis, condições de trabalho estressantes Fatores ambientais Ambiente físico (clima, agente químicos), biológico (seres vivos, bioagentes) e social (interações sociais) Fatores genéticos – maior ou menor suscetibilidade Fatores sociais (relações sociais) Doença – tem origem nos processos sociais Multifatorialidade Associação sinérgica dos fatores - Mais de um fator associado aumenta o risco de doença Agentes patogênicos O agregado (sinérgico) de todas as condições e influências diretas (socioeconômicas, culturais, ecológicas, agentes patológicos) constituem o ambiente gerador de doenças Quanto mais estruturados os fatores, maior força terá o estímulo patológico diarréia desnutrição Agentes patogênicos b io a g e n te s Fatores congênitos F a to re s n u tric io n a is Fatores ambientais lix o Fatores culturais m os ca s S ol o fe ca l Á gua contam inada Alimentos contaminados Falta de esgotos sanitários Fatores políticos e socioeconômicos B aixo poder aquisitivo H abitação insalubre Desemprego e subemprego F al ta d e es co la s pobreza E sc as se z de a lim en to s ig no râ nc ia cr en ça s su pe rs tiç õe s Hábitos alimentares Desmame precoce H igiene precária U so abusivo de m edicações Sinergismo multifatorial na produção e manutenção nas doenças diarréicas PERÍODO DA PATOGENÊSE Interação estímulo – suscetível – a doença ainda não tomou desenvoltura, porém todos os fatores necessários para sua ocorrência estão presentes Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas – a doença já está implantada no organismo afetado (alterações não perceptíveis) Sinais e sintomas – aparecem sinais clínicos Cronicidade – lesões por tempo variável ou até cura História Natural da Doença Fase inicial (suscetibilidade): Não há doença propriamente dita, mas sim as condições que favorecem seu aparecimento. Fase patológica pré clinica: Período de incubação. Vai desde o início do processo até o aparecimento dos primeiros sinais ou sintomas. Fase clínica: Manifestações leve, moderada ou grave. Evolução aguda ou crônica. Fase de incapacidade residual: A doença não progrediu até a morte, porém deixou seqüelas. Fases da história natural da doença (Pereira) Etiologia Fase pré-patológica: conhecimento dos fatores de risco. Fase patológica: conhecimento dos processos que ocorrem no interior do organismo – diagnóstico e tratamento adequado. Etiologia e Prevenção Evolução aguda, rapidamente fatal (ex: raiva, exposição a altas doses de radiação). Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos (ex: viroses respiratórias). Evolução sem alcançar o limiar clínico, de modo que o indivíduo jamais saberá do ocorrido, exceto se submetido a exames laboratoriais (ex: infecções subclínicas). Evolução crônica que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período (ex: problemas cardiovasculares de cunho degenerativo). Evolução crônica com períodos assintomáticos entremeados de exacerbações clínicas (ex: afecções psiquiátricas e dermatológicas). História Natural da Doença Padrões de progressão das doenças: Prevenção Medidas inespecíficas e específicas; Medidas preventivas universais, seletivas e/ ou individualizadas: - Universais: recomendadas para todas as pessoas (escovar os dentes, tomar banho, lavar as mãos). - Seletivas: indicadas para subgrupos da população (vacinação anti- tetânica para os profissionais da área). - Individualizadas (ou indicado caso a caso): aplicadas unicamente na presença de uma condição que coloca o indivíduo em alto risco para o desenvolvimento futuro da doença ou controle da doença (aplicação de insulina). Etiologia e Prevenção PREVENÇÃO Prevenção em saúde pública é a ação antecipada, tendo como objetivo interceptar ou anular a evolução da doença Período da pré-patogênese = Prevenção primária Período da patogênese = Prevenção secundária Prevenção terciária – prevenção da incapacidade Primária Promoção da saúde - Moradia adequada -Escolas - Áreas de lazer -Alimentação adequada Proteção específica - Imunização - Saúde ocupacional - Higiene - Proteção contra Acidentes - Controle de vetores Secundária Diagnóstico precoce - inquéritos - exames periódicos - Isolamento - Tratamento Limitação da incapacidade - Evitar seqüelas - Evitar complicações Terciária - Reabilitação - Terapia ocupacional - Emprego para o reabilitado -Fisioterapia Prevenção
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