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Aula 03 - A pesquisa na BIbliografia

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO
MONOGRAFIA E PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
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O QUE É MONOGRAFIA?
 
 Monografia, segundo o dicionário Aurélio: Estudo minucioso que se propõe a tratar de determinado tema relativamente restrito.
 
 Trabalho de pesquisa, com o qual o aluno deve demonstrar ser um estudioso capaz de fazer avançar a disciplina a que se dedica (ECO, 1977) 
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Numa Monografia se faz necessário: 
Conhecer a fundo o que já foi dito sobre o assunto;
Necessário descobrir algo, construir conhecimento.
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Fazer uma Monografia significa (ECO, 1977):
 
 
Identificar um tema preciso;
Recolher documentação sobre ele;
Pôr em ordem estes documentos;
Reexaminar em primeira mão o tema à luz da documentação recolhida; 
Dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes; 
Empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quis dizer e possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema por conta própria 
        
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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA  
Serve para nivelar-se;
Toda nova pesquisa inicia com uma pesquisa bibliográfica;
A pesquisa bibliográfica pode levar a novas visões sobre um problema. 
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Importância da Pesquisa Bibliográfica
Qualquer que seja o campo a ser pesquisado, sempre será necessária uma pesquisa bibliográfica, para se ter um conhecimento prévio do estágio em que se encontra o assunto. 
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Organizar uma bibliografia significa buscar aquilo cuja existência ainda se ignora;
 Não ler na primeira assentada todos os livros encontrados, mas se elaborar a bibliografia básica;
Encontrando obra/capítulo chamativa, ir direto para sua bibliografia das obras e fotocopiar, ou anotar - isto permite identificar obras mais citadas e que poderão ser posteriormente lidas;
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Classificar os livros e artigos: disponíveis na biblioteca, artigos disponíveis na internet ou disponíveis para solicitação em outras bibliotecas 
Livros não disponíveis: consultar amigos para empréstimo ou comprar;
Para maior praticidade na seleção: montar um arquivo de fichas.
 
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Etapas da Pesquisa Bibliográfica 
arquivo bibliográfico 
arquivo de leitura 
arquivo de idéias 
arquivo de citações 
  
 Pode-se substituir o arquivo por um banco de dados ou planilha Excel, mas recomenda-se usufruir este momento de distância do computador.
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 Cuidados ao anotar trechos de livros ou artigos:
 Ter sempre o objetivo especifico em questão escrito no alto da folha; 
 Identificar a fonte de forma a facilitar o retorno a ela, se necessário;
 Identificar páginas; 
 Anotar como resumo, esquema, paráfrase ou cópia 
 Marcar com aspas os trechos copiados, para futura referenciação. 
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INICIANDO A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
 Selecione uma bibliografia básica para começar a pesquisa. Leia livros, revistas, jornais e outros tipos de publicação dedicados ao assunto. Recorra também à Internet, com o cuidado de selecionar o que é de fato científico (sites de universidades, associações profissionais ou grupos de estudo ou homepage de pesquisadores consagrados).
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 As monografias já existentes sobre o tema também podem ser boas fontes. Elas são facilmente achadas nas bibliotecas das faculdades e servirão como apoio a sua monografia.
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 Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando, quando muito, uma forma especial de estudo. O advogado que estuda para melhor fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa, sem dúvida. Especificamente, contudo, o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. Ele precisa apoiar-se o mais claramente possível no objeto investigado, seja este objeto formado por eventos, um conjunto de normas ou opiniões de leigos, agentes jurídicos, doutrinadores. Daí a importância das fontes de referência.
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 Devido à inseparabilidade entre teoria e práxis, o trabalho de pesquisa precisa descrever seus pontos de partida e ao mesmo tempo problematizá-los e explicá-los, isto é, procurar compreendê-los dentro de uma visão (“teoria”) de mundo coerente. Esquecer as bases empíricas do direito faz a “visão de mundo” irreal e inútil, ainda que pareça coerente; reduzir-se a descrever dados empíricos sem uma teoria, por outro lado, deixa a informação fora de rumo e dificulta a comunicação
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 Ainda que um trabalho de pesquisa possa ser predominantemente conceitual ou predominantemente empírico, o pesquisador deve ter o cuidado de explicitar as inter-relações entre as duas formas de abordagem: se quiser conceituar a diferença entre a prescrição e a decadência, nada melhor do que ajuntar exemplos reais e atuais, além da análise de precedentes, jurisprudência, casos concretos. Parece-nos, portanto, que um capítulo “empírico” ou mesmo referências constantes a fatos reais só têm a enriquecer um trabalho de pesquisa “teórico”.
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 Conceitualmente, devendo mais serem entendidas como fases de uma única tarefa do que como atitudes distintas, podemos dividir a pesquisa em bibliográfica e empírica (ou de campo)
 Pesquisa Bibliográfica é aquela desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Mas ela também inclui outras formas de publicação, tais como artigos de jornais e revistas dirigidos ao público em geral. No caso da pesquisa jurídica, é importante também o estudo de documentos como leis, repertórios de jurisprudência, sentenças, contratos, anais legislativos, pareceres etc., constituindo uma vertente específica da pesquisa bibliográfica que podemos chamar de documental.
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 Pesquisa Empírica o pesquisador vai mais diretamente aos eventos e fatos, sem intermediação de outro observador, investigando as variáveis de seu objeto e tentando explicá-las controladamente. Seus métodos são muitos, tais como questionários, entrevistas, estudos de caso, entre outros. 
 
 A pesquisa jurídica pode ser classificada, dentre outros critérios, em científica, que tem por fim descrever e criticar os fenômenos definidos como objeto, e dogmática, destinada a sugerir estratégias de argumentação e decisão diante de conflitos a partir de
 normas jurídicas estabelecidas.
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 Na elaboração de uma monografia a pesquisa bibliográfica é de fundamental importância.
 Para isso se faz necessário a elaboração de um plano provisório de assunto para que se possa fazer uma pesquisa exploratória em livros, artigos e sites de internet em busca do que já se tem escrito sobre a temática.
 
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 Uma pesquisa que tivesse como tema: As Estratégias de Inconsistência no Judiciário Brasileiro, poderia ter como plano provisório de assunto o seguinte:
1. Direito e Estado subdesenvolvido. 
1.1. Direito estatal e direito extra-estatal. 
1.2. O direito extra-estatal dependente do Estado.
2. Pressupostos epistemológicos
2.1. Pluralismo jurídico versus monismo estatal. 
2.2. Estratégia. 
2.3. Disfunção
3. O Direito extra-estatal no judiciário brasileiro
3.1. O nível dogmático previsto no ordenamento oficial. 
3.2. O nível extra-dogmático ensejado pelo ordenamento oficial.
3.3. O nível extra-dogmático contrário ao ordenamento oficial.
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 4. A atuação da sociedade no controle externo do judiciário.
 5. O judiciário e o controle interno das práticas extra-dogmáticas.
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 Após selecionado esse material e de acordo com os itens e subitens do plano provisório é que se dar inicio a leitura dessas fontes para que se possa escrever o texto. 
 A monografia é composta da seguinte estrutura: 
 Introdução que explicitará
a importância do tema apontará, muito resumida e atrativamente, o conteúdo de cada capítulo;
 Desenvolvimento ou corpo do texto explicitará a literatura existente sobre o assunto (referencial teórico), (é aqui que se utiliza os dados obtidos na pesquisa bibliográfica). Deve estar dividido em capítulos de acordo com o plano de assunto; Geralmente uma monografia tem cerca de três capítulos
 
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 Metodologia um capitulo a parte que descreve de maneira detalhada como foi realizada a pesquisa e quais os procedimentos utilizados para a coleta de dados (quais as fontes, quais as formas utilizadas, etc);
 Considerações Finais que explicitará quais as impressões do autor da pesquisa acerca da temática após a conclusão da pesquisa. 
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 No nosso exemplo “As Estratégias de Inconsistência no Judiciário Brasileiro” a estrutura da monografia pronta com o nosso tema seria a seguinte:
 
 Introdução
 1. Direito e Estado subdesenvolvido. 
 1.1. Direito estatal e direito extra-estatal. 
 1.2. O direito extra-estatal dependente do Estado.
 2. Pressupostos epistemológicos
 2.1. Pluralismo jurídico versus monismo estatal. 
 2.2. Estratégia. 
 2.3. Disfunção
 3. O direito extra-estatal no judiciário brasileiro
 3.1. O nível dogmático previsto no ordenamento oficial. 
 3.2. O nível extra-dogmático ensejado pelo ordenamento oficial.
 3.3. O nível extra-dogmático contrário ao ordenamento oficial.
 4. A atuação da sociedade no controle externo do judiciário.
 5. O judiciário e o controle interno das práticas extra-dogmáticas.
 
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 Metodologia 
 4.1. Pesquisa bibliográfica dos fundamentos epistemológicos. 
 4.2. Coleta de decisões judiciais singulares e jurisprudências exemplificativas. 
 4.3. Pesquisa de legislação. 
 4.4. Levantamento estatístico de denúncias, tramitação e resultados. 
 4.5. Observação controlada e induzida de processos em tramitação no Foro do Recife.
 Conclusão ou considerações finais: a ineficiência do procedimento jurídico brasileiro na estruturação dogmática do direito positivo. 
 
 Bibliografia ou referências bibliográficas
 
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Outro exemplo:
Uma pesquisa com o tema: Função Social da Propriedade Intelectual”, poderia ter a seguinte estrutura: 
 Plano Provisório de assunto
1. O Direito da Propriedade 
1.1. Os Direitos Reais.
1.2. Notícia Histórica da Propriedade. 
1.3. Natureza Jurídica da Propriedade. 
1.4. Conceito de Propriedade. 
1.5. Modos de Aquisição da Propriedade em Geral. 
1.6. Modos de Perda da Propriedade em Geral. 
2. A Propriedade Intelectual e a Necessidade de Proteção da Criação Humana. 
2.1. Propriedade Intelectual e Industrial. 
2.2. Da Necessidade da Proteção à Criação Intelectual. 
2.3. A Construção Legislativa da atual Lei da Propriedade Industrial. 
2.4. Sistemas de Proteção da Criação Intelectual 
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3. A Função Social da Propriedade Intelectual 
3.1. A Função Social da Propriedade
3.2. Função Social da Propriedade Imobiliária. 
3.3. A Função Social da Propriedade Intelectual. 
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Sendo que a monografia pronta teria a seguinte estrutura:
INTRODUÇÃO
1. O Direito da Propriedade 
1.1. Os Direitos Reais.
1.2. Notícia Histórica da Propriedade. 
1.3. Natureza Jurídica da Propriedade. 
1.4. Conceito de Propriedade. 
1.5. Modos de Aquisição da Propriedade em Geral. 
1.6. Modos de Perda da Propriedade em Geral. 
2. A Propriedade Intelectual e a Necessidade de Proteção da Criação Humana. 
2.1. Propriedade Intelectual e Industrial. 
2.2.. Da Necessidade da Proteção à Criação Intelectual. 
2.3. A Construção Legislativa da atual Lei da Propriedade Industrial. 
2.4. Sistemas de Proteção da Criação Intelectual 
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3. A Função Social da Propriedade Intelectual 
3.1. A Função Social da Propriedade. 
3.2. A função Social da Propriedade Imobiliária. 
3.3. A Função Social da Propriedade Intelectual. 
METODOLOGIA DA PESQUISA
CONSIDERAÇÃOES FINAIS 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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