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tortura comentada

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CRIMES DE TORTURA (9.455/97)
TORTURA
FÍSICA MENTAL
 Art. 1º Constitui crime de tortura:
 I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental:
 a) tortura-persecutória ou tortura-prova: com o fim de obter informação, declaração ou 
confissão da vítima ou de terceira pessoa;
 b) tortura- crime: para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
 c) tortura-racismo: em razão de discriminação racial ou religiosa;
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L E I E X T R A V A G A N T E
 
Obs.: O crime se consuma com o constragimento, independentemente da 
ocorrência do resultado. Trata-se, portanto, de crime formal. 
EXERCÍCIOS
(AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/ES-CESPE/UNB 2008)
1) Se um policial civil, para obter a confissão de suposto autor de crime de roubo, impuser a 
este intenso sofrimento mediante a promessa de mal injusto e grave dirigido à sua esposa e 
filhos e, mesmo diante das graves ameaças, a vítima do constrangimento não confessar a 
pratica do delito, não se consumará delito de tortura, mas crime comum do Código Penal, 
pois a confissão do fato delituoso não foi obtida.
(DELGADO DE POLÍCIA CIVIL/RR-CESPE/UNB)
2) Considere a seguinte situação hipotética. Um agente de polícia, com intuito de obter 
informações acerca da autoria de um roubo de jóias, algemou um receptador conhecido na 
região e passou a agredi-lo com socos e pontapés, bem como choques elétricos, causando-
lhe lesões corporais. Nessa situação, o agente deveria ser acusado pelos crimes de abuso 
de autoridade e lesão corporal.
 (AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/ES-CESPE/UNB 2008)
3) Considerando que X, imputável, motivado por discriminação quanto à orientação sexual de 
Y, homossexual, imponha a este intenso sofrimento físico e moral, mediante a prática de 
graves ameaças e danos à sua integridade física resultantes de choques elétricos, 
queimaduras de cigarros, execução simulada e outros constrangimentos, essa conduta de X 
enquadrar-se-á na figura típica do crime de tortura discriminatória.
(AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL-CESPE/UNB 2009)
4) A prática do crime de tortura torna-se atípica se ocorrer em razão de discriminação 
religiosa, pois, sendo laico o Estado,este não pode se imiscuir em assuntos religiosos dos 
cidadãos.
 (SIMULADO - AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/RJ - 2009)
5) Um agente da polícia federal, em atividade rotineira, vem abordar Carlos, proveniente da 
região nordeste, em decorrência disso, o agente submeteu Carlos a longa sessão de ofensas, 
ameaças e castigos físicos, dizendo que não gostava de pessoas de “cabeça chata”. Nesse 
caso, o policial praticou delito tipificado na lei de tortura.
 (AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/ES - CESPE/UNB- 2008)
6) O crime de tortura é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, não sendo 
próprio de agente público,circunstância esta que, acaso demonstrada, determinará a 
incidência de aumento da pena.
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L E I E X T R A V A G A N T E
 
 Art. 1º Constitui crime de tortura:
 II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo 
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Obs.: O crime se consuma no momento em que a pessoa submetida à guarda, ao poder 
ou à autoridade efetivamente passa por intenso sofrimento físico ou mental. 
ATENÇÃO.: O crime de maus tratos preceituado no art.136 do cód. Penal não foi 
revogado pela Lei deTortura.
 Art. 1.º, § 1.º
 § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de 
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei 
ou não resultante de medida legal.
Obs.: O sujeito ativo do delito em comento ( art.1º,§1°) pode ser qualquer pessoa, 
enquanto o sujeito passivo somente pode ser a pessoa presa ou sujeita à medida de 
segurança, denominada: sujeito passivo qualificado. 
 (AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/ES - CESPE/UNB- 2008)
7) O artigo que tipifica o crime de maus-tratos previsto no Código Penal foi tacitamente 
revogado pela Lei da Tortura, visto que o excesso nos meios de correção ou disciplina passou 
a caracterizar a prática de tortura, porquanto também é causa de intenso sofrimento físico e 
mental.
 (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL- CESPE/UNB )
8) Para castigar seu filho por suas travessuras, uma mãe espancou-o e queimou-o repetidas 
vezes com uma ponta de cigarro. Nessa situação, a mãe cometeu crime de tortura.
 (SIMULADO – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL - 2010)
9) Um agente penitenciário federal resolveu, mediante sofrimento físico, submeter um preso 
sob sua custódia, a choques elétricos e asfixia parcial. Nessa situação, o agente delitivo 
praticou crime de tortura.
CRIME DE OMISSÃO NO DEVER
 § 2.º, Art. 1.º
 Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou 
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
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L E I E X T R A V A G A N T E
 
 (AGENTE DE POLÍCIA CIVIL /RN-CESPE/UNB 2009)
10) Um delegado de polícia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde é chefe 
está sendo fisicamente torturado pelos colegas de cela, permanecendo indiferente ao fato, não 
será responsabilizado criminalmente, pois os delitos previstos na Lei nº 9.455/1997 não podem 
ser praticados por omissão. 
 (DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL /TO -CESPE/UNB - 2008)
11) Considere a seguinte situação hipotética. No momento do seu interrogatório policial, João, 
acusado por tráfico de entorpecente, foi submetido pelos policiais responsáveis pelo 
procedimento a asfixia, visando a obtenção de informações sobre o endereço utilizado pelo 
suposto traficante como depósito de drogas. João, após as agressões comunicou o fato à 
autoridade policial de plantão, a qual, apesar de não ter participado da prática delituosa, não 
adotou nenhuma providência no sentido de apurar a notícia de tortura. Nessa situação, a 
autoridade policial, responderá por sua omissão, conforme previsão expressa na lei de tortura .
 (PROMOTOR DE JUSTIÇA/RR -CESPE/UNB 2008)
12) Daniel, delegado de polícia, estava em sua sala, quando percebeu a chegada dos agentes 
de polícia ,Irineu e Osvaldo, acompanhados por uma pessoa que havia sido detida, sob a 
acusação de porte de arma e de entorpecentes. O delegado permaneceu em sua sala, 
elaborando um relatório, antes de lavrar o auto de prisão em flagrante. Durante esse período, 
ouviu ruídos de tapas, bem como de gritos, vindos da sala onde se encontravam os agentes e a 
pessoa detida, percebendo que os agentes determinavam ao detido que ele confessasse quem 
era o verdadeiro dono da droga. Quando foi lavrar a prisão em flagrante, o delegado notou que 
o detido apresentava equimoses avermelhadas no rosto, tendo declinado que havia guardado a 
droga para um conhecido traficante da região. O delegado, contudo, mesmo constatando as 
lesões, resolveu nada fazer em relação aos seus agentes, uma vez que os considerava 
excelentes policiais. Nessa situação, o delegado praticou o crime de tortura, de forma que, sendo 
proferida sentença condenatória, ocorrerá, automaticamente, a perda do cargo.
 (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL -CESPE/UNB)
13) Um agente de polícia resolveu torturar um preso sob sua guarda, antes que isso ocorresse, 
o delgado responsável tomou conhecimento da intenção do agente. O delegado não concordavacom a tortura e não a praticou, mas nada fez para evita-la. Nessa situação, tanto o agente 
quanto o delegado poderiam ser responsabilizados penalmente, com base na lei que define os 
crimes de tortura. 
TORTURA QUALIFICADA
 § 3.º, Art. 1.º
Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a 
dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
 (AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/ TO -CESPE/UNB - 2008)
14) Considere a seguinte situação hipotética. Carlos, após a prática de atos eficientes para 
causar intenso sofrimento físico e metal em José, visando à obtenção de informações 
sigilosas, matou-o para que sua conduta não fosse descorberta. Nesse caso, Carlos 
responderá pelo crime de tortura simples em concurso material, com delito de homicídio. 
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L E I E X T R A V A G A N T E
 
 (SEJUS /ES-CESPE/UNB )
15) A lei que define a tortura comina pena mais grave na hipótese de a conduta resultar em 
morte. Assim, se, durante a tortura, o agente resolver matar a vítima, por exemplo, a tiros de 
revólver, deverá ser aplicada a lei especial. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
§ 4.º , Art. 1.º
Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
 I - se o crime é cometido por agente público;
 II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou 
maior de 60 (sessenta) anos; 
 III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
CUIDADO: O STJ entende que o aumento de pena se estende , também, ao delito de 
extorsão mediante sequestro (art. 159, CP). 
(AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/RN-CESPE/UNB 2009)
16) A pena para a prática do delito de tortura deve ser majorada caso o delito seja cometido 
por agente público, ou mediante sequestro, ou ainda contra vítima maior de 60 anos de idade, 
criança, adolescente, gestante ou portadora de deficiência. 
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L E I E X T R A V A G A N T E
 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
 § 5.º , Art. 1.º
 A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para 
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Obs.: A doutrina majoritária e a banca examinadora CESPE/UNB entendem que o efeito 
da condenação é automático. 
(ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL - CESPE/UNB)
17) Um agente de polícia civil foi condenado a 6 anos de reclusão pela prática de tortura contra 
preso que estava sob sua autoridade. Nessa situação, o policial condenado deve perder seu 
cargo público e, durante 12 anos, ser-lhe-á vedado exercer cargos, funções ou empregos 
públicos.
VEDAÇÕES
 § 6.º , Art. 1.º
 O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
ATENÇÃO: Segundo o STJ e o STF, o termo graça tem um sentido amplo, abrangendo 
também o induto. 
REGIME DE CUMPRIMENTO DE 
PENA
 § 7.º , Art. 1.º
O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento 
da pena em regime fechado.
PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 2.º
O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em 
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob 
jurisdição brasileira.
(AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/RN-CESPE/UNB 2009)
18) Se um membro da Defensoria Pública Estado do Rio Grande do Norte, integrante da 
Comissão Nacional de Direitos Humanos, for passar uma temporada de trabalho no Haiti - 
país que não pune o crime de tortura — e lá for vítima de tortura, não haverá como aplicar a 
Lei n.º 9.455/1997. 
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