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QUESTÕES COMENTADAS DA PROVA: 
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2009 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 2 - 
 
 
 
Julgue os seguintes itens, relativos a crimes contra a 
pessoa e contra o patrimônio. 
 
1 O crime de lesão corporal seguida de morte é 
preterdoloso, havendo dolo na conduta antecedente e 
culpa na conduta consequente. 
 
2 Diferenciam-se os crimes de extorsão e estelionato, 
entre outros aspectos, porque no estelionato a vítima 
quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida 
em erro pelo agente mediante o emprego de fraude; 
enquanto na extorsão a vítima despoja-se de seu 
patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o por ter 
sofrido violência ou grave ameaça. 
Quanto à tipicidade, à ilicitude, à culpabilidade e à 
punibilidade, julgue os itens a seguir. 
 
3 São elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo 
de causalidade, tipicidade e culpabilidade, de forma 
que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será 
atípica para o direito penal, mas poderá ser valorada 
pelos outros ramos do direito, podendo configurar, 
por exemplo, ilícito administrativo. 
 
4 Os crimes comissivos por omissão - também chamados 
de crimes omissivos impróprios - são aqueles para os 
quais o tipo penal descreve uma ação, mas o 
resultado é obtido por inação. 
 
5 Para que se configure a legítima defesa, faz-se 
necessário que a agressão sofrida pelo agente seja 
antijurídica, contrária ao ordenamento jurídico, 
configurando, assim, um crime. 
Julgue o item abaixo, acerca do concurso de pessoa e 
sujeito ativo e passivo da infração penal. 
 
6 Com relação à responsabilidade penal da pessoa 
jurídica,tem-se adotado a teoria da dupla imputação, 
segundo a qual se responsabiliza não somente a 
pessoa jurídica, mas também a pessoa física que agiu 
em nome do ente coletivo, ou seja, há a possibilidade 
de se responsabilizar simultaneamente a pessoa física 
e a jurídica. 
A respeito dos crimes contra o patrimônio e contra a 
administração pública, julgue os seguintes itens. 
 
7 A causa de aumento de pena relativa à prática do crime 
de furto durante o repouso noturno somente se aplica 
ao furto simples e não às modalidades de furto 
qualificado e prevalece o entendimento de que o 
aumento de pena só é cabível quando a subtração 
ocorre em casa ou em alguns de seus compartimentos e 
em local habitado. 
 
8 Considere a seguinte situação hipotética. Tancredo 
recebeu, para si, R$ 2.000,00 entregues por Fernando, 
em razão da sua função pública de agente da Polícia 
Federal, para praticar ato legal, que lhe competia, 
como forma de agrado. Nessa situação, Tancredo não 
responderá pelo crime de corrupção passiva, o qual, 
para se consumar, tem como elementar do tipo a 
ilegalidade do ato praticado pelo funcionário público. 
 
9 Caso um policial federal preste ajuda a um 
contrabandista para que este ingresse no país e 
concretize um contrabando, consumar-se-á o crime de 
facilitação de contrabando, ainda que o contrabandista 
não consiga ingressar no país com a mercadoria. 
Julgue os itens subsequentes quanto à prisão em 
flagrante, prova e inquérito policial. 
 
10 Não há crime quando a preparação do flagrante pela 
polícia torna impossível a sua consumação. 
 
11 Não se admite a acareação entre o acusado e a pessoa 
ofendida, considerando-se que o acusado tem o 
direito constitucional ao silêncio, e o ofendido não 
será compromissado. 
 
12 O término do inquérito policial é caracterizado pela 
elaboração de um relatório e por sua juntada pela 
autoridade policial responsável, que não pode, nesse 
relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido 
inquiridas. 
 
13 No inquérito policial, o ofendido, ou seu 
representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo 
da autoridade. 
Acerca do inquérito policial, julgue os itens que se 
seguem. 
 
14 O inquérito policial tem natureza judicial, visto que é 
um procedimento inquisitório conduzido pela polícia 
judiciária, com a finalidade de reunir elementos e 
informações necessárias à elucidação do crime. 
 
15 Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela 
autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, autoridade policial não poderá proceder a 
novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, 
salvo com expressa autorização judicial. 
CONHECIMENTO ESPECÍFICO 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 3 - 
 
Considerando o estabelecido no Código de Processo 
Penal, julgue o item abaixo, a respeito da prova. 
 
16 Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, 
de ofício ou a requerimento das partes, poderá 
realizar o interrogatório do réu preso por meio de 
sistema de videoconferência. 
Julgue os itens a seguir, acerca das prisões cautelares. 
 
17 Assemelham-se as prisões preventiva e temporária 
porque ambas podem ser decretadas em qualquer 
fase da investigação policial ou da ação penal. No 
entanto, a prisão preventiva pressupõe requerimento 
das partes, ao passo que a prisão temporária pode ser 
decretada de ofício pelo juiz. 
 
18 Por completa falta de amparo legal, não se admite o 
flagrante forjado, que constitui, em tese, crime de 
abuso de poder, podendo ser penalmente 
responsabilizado o agente que forjou o flagrante. 
Julgue os itens seguintes, relativos a crimes de tortura e 
ambientais. 
 
19 A prática de maus-tratos contra animais domésticos é 
considerada crime contra o meio ambiente, sendo a 
morte do animal causa especial de aumento de pena. 
 
20 A prática do crime de tortura torna-se atípica se 
ocorrer em razão de discriminação religiosa, pois, 
sendo laico o Estado, este não pode se imiscuir em 
assuntos religiosos dos cidadãos. 
Considerando a legislação penal especial, julgue os 
seguintes itens. 
 
21 Nos crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é 
isento de pena o agente que, em razão da 
dependência ou sob o efeito, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da 
ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a 
infração penal praticada, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento. 
 
22 É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente 
ao assunto, a conduta do agente que simplesmente 
colabora, como informante, com grupo ou associação 
destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. 
 
23 Antes da sentença, a internação do adolescente 
infrator poderá ser determinada pelo juiz por prazo 
indeterminado. 
24 Segundo expressa disposição da lei pertinente ao 
assunto, o crime de porte ilegal de arma de fogo de 
uso permitido é inafiançável, salvo quando a arma de 
fogo estiver registrada em nome do agente. 
Julgue os itens subsequentes, relativos à administração 
pública. 
 
25 O poder de a administração pública impor sanções a 
particulares não sujeitos à sua disciplina interna tem 
como fundamento o poder disciplinar. 
 
26 O princípio da presunção de legitimidade ou de 
veracidade retrata a presunção absoluta de que os 
atos praticados pela administração pública são 
verdadeiros e estão em consonância com as normas 
legais pertinentes. 
No que se refere à organização administrativada União 
e ao regime jurídicos dos servidores públicos civis 
federais, julgue os itens seguintes. 
 
27 A empresa pública e a sociedade de economia mista 
podem ser estruturadas mediante a adoção de 
qualquer uma das formas societárias admitidas em 
direito. 
 
28 O vencimento, a remuneração e o provento não 
podem ser objeto de penhora, exceto no caso de 
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
Quanto ao regime jurídico concernente aos funcionários 
policiais civis da União e do Distrito Federal, bem como 
às sanções aplicáveis aos agentes públicos, julgue o item 
a seguir. 
 
29 Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-
lo indevidamente constitui ato de improbidade 
administrativa e, por consequência, impõe a aplicação 
da lei de improbidade e a sujeição do responsável 
unicamente às sanções nela previstas. 
Julgue o item abaixo, que trata da ordem social. 
 
30 A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece 
aos índios a propriedade sobre as terras por eles 
tradicionalmente ocupadas. 
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, julgue os 
itens seguintes, à luz da CF. 
 
31 Conceder-se-á habeas data para assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante ou à de terceiros, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou 
de caráter público. 
 
32 São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro 
de Estado da Defesa, ministro de Estado da Fazenda e de 
oficial da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica. 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 4 - 
 
 
Com fundamento nas regras estabelecidas na CF quanto 
à defesa do Estado e das instituições democráticas, 
julgue os itens que se seguem. 
 
33 O decreto que instituir o estado de defesa pode 
estabelecer restrições ao direito de reunião, ainda que 
exercida no seio das associações. 
 
34 A Polícia Federal tem competência constitucional para 
prevenir e reprimir, com exclusividade, o tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho. 
 
 
GABARITO DEFINITIVO COMENTADO 
 
 
1. COMENTÁRIO: A assertiva do item conduz a 
interpretação ambígua, pois leva a concluir que há 
mais de uma conduta. O crime preterdoloso, ou 
preterintencional, é um crime misto, em que há 
uma conduta que é dolosa, por dirigir-se a um fim 
típico, e que é culposa por causar outro resultado, 
que não era objeto do crime fundamental. No caso, 
diz-se que há dolo na conduta antecedente e culpa 
no resultado consequente. Assim, o item está 
incorreto. 
1. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
2. COMENTÁRIO: Traçarei um breve quadro 
sinótico. À luz do Art. 158, CP - Extorsão - 
Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para 
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa. No 
Estelionato. Art. 171, CP - Obter, para si ou para 
outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante 
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. 
Interessante observar que o examinador adora 
cobrar em prova o momento consumativo desses 
delitos, vejamos: Na extorsão, em regra, o delito se 
consuma, independentemente, da obtenção da 
vantagem econômica indevida (SÚ 96 do 
STJ). No estelionato, a consumação ocorrerá, com o 
efetivo recebimento da vantagem econômica 
indevida. 
2. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
3.COMENTÁRIO: O item está errado, pois a 
culpabilidade não é elemento do fato típico, mas 
sim elemento do crime (para a teoria tripartite) ou 
pressuposto de aplicação da pena (para a teoria 
bipartida do crime). 
3. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
4. COMENTÁRIO: Os crimes omissivos impróprios 
são crimes comissivos praticados mediante uma 
omissão. Um exemplo: quem deixa de alimentar 
uma criança, e causa-lhe a morte, pratica um 
homicídio por omissão. O tipo penal descreve uma 
ação, mas o resultado é obtido por uma inação. 
4. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
5. COMENTÁRIO: Um tema muito abordado pela 
banca CESPE em provas. O art. 25, CP preceitua: 
“Encontra-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou 
de outrem”.Assim, para que se configure a legítima 
defesa, é necessário que a agressão seja injusta, mas 
não se faz necessário que configure crime, como 
por exemplo, cabe legítima defesa da posse 
(art.1.210, §1º do novo Cód. Civil). 
5. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
6. COMENTÁRIO: O STF sedimentou o entendimento 
na Teoria da Dupla Imputação Objetiva, punição 
possível nos delitos ambientais (art. 3º da lei 
9.605/98), que consiste simplesmente na 
responsabilização criminal não apenas da pessoa 
jurídica, mas também do indivíduo, pessoa física que 
agiu em nome do ente coletivo. É que a 
possibilidade de responsabilizar simultaneamente o 
ente coletivo e a pessoa física. 
6. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
 
7. COMENTÁRIO: Prevalece o entendimento, na 
doutrina e no STJ, de que a causa de aumento 
somente se aplica ao furto simples, conforme 
descrito no CP. No entanto, é polêmica a segunda 
parte da assertiva, no sentido de que o aumento de 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 5 - 
 
pena só é cabível quando a subtração ocorre em 
casa ou em alguns de seus compartimentos e em 
local habitado. Para alguns doutrinadores, é 
irrelevante que o crime se dê em casa habitada ou 
desabitada, que ocorra durante o repouso dos 
moradores ou não, sendo suficiente que a subtração 
se dê em período noturno. O que torna o item 
incorreto é seguinte expressão: “prevalece o 
entendimento de que o aumento de pena só é 
cabível”(...). 
 7. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
8. COMENTÁRIO: O item está errado, pois há o 
crime ainda que a vantagem indevida seja entregue 
ao funcionário para a prática de ato legal, pois a 
tipificação do crime visa resguardar a probidade 
administrativa. O tipo previsto no art. 317 não tem 
como elementar a ilegalidade do ato. Corrupção 
passiva - Art. 317, CP - Solicitar ou receber, para si 
ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem 
8. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
9. COMENTÁRIO: O delito de facilitação de 
contrabando ou descaminho, consoante a doutrina 
tradicional, se consuma com a ajuda prestada ao 
contrabandista, ainda que este não consiga 
ingressar ou sair do País com a mercadoria. Art. 318, 
CP - Facilitar, com infração de dever funcional, a 
prática de contrabando ou descaminho (art. 334 CP). 
9. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
10. COMENTÁRIO: Não se admite o flagrante 
preparado, o qual torna o crime impossível, e por 
isso, não haverá crime, nos termos da Súmula 145 
do STF, nos seguintes termos: “Não há crime quando 
a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação.” 
10. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
11. COMENTÁRIO: O item está errado, pois o CPP 
expressamente prevê essa possibilidade. Art. 229, 
CP. A acareação será admitida entre acusados, entre 
acusado e testemunha, entre testemunhas, entreacusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre 
as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em 
suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias 
relevantes. 
11. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
12. COMENTÁRIO: O tema tem sido cada vez mais 
abordado em prova. O item está errado, pois assim 
dispõe o CPP, Art. 10. O inquérito deverá terminar 
no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso 
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, 
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou 
sem ela. § 1º - A autoridade fará minucioso relatório 
do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz 
competente. § 2º - No relatório poderá a autoridade 
indicar testemunhas que não tiverem sido 
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser 
encontradas. 
12. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
13. COMENTÁRIO: O examinador da banca cobrou a 
lei seca, não oferecendo dificuldade alguma ao 
candidato, com isso, o item está certo, conforme 
prescreve o CPP, Art. 14. O ofendido, ou seu 
representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a 
juízo da autoridade. 
13. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
 
14. COMENTÁRIO: O inquérito não possui natureza 
judicial, considerando que a polícia judiciária não faz 
parte do poder judiciário. O inquérito possui 
natureza administrativa. 
14. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
 
15. COMENTÁRIO: Segundo dispõe o CPP, Art. 18. 
Depois de ordenado o arquivamento do inquérito 
pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a 
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 6 - 
 
15. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
16. COMENTÁRIO: O CESPE valora muito temas 
atuais, mudanças recentes, não foi à toa que a banca 
abordou logo em prova as mudanças preceituadas 
no CPP, em seu art. 185, § 2º - Excepcionalmente, o 
juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a 
requerimento das partes, poderá realizar o 
interrogatório do réu preso por sistema de 
videoconferência ou outro recurso tecnológico de 
transmissão de sons e imagens em tempo real, 
desde que a medida seja necessária para atender a 
uma das seguintes finalidades. 
16. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
 
17. COMENTÁRIO: Conforme a redação legal: “Só 
cabe prisão temporária durante o curso do inquérito 
policial e não durante a ação penal, conforme a Lei 
nº 7.960/1989, Art. 1° - Caberá prisão temporária: I - 
quando imprescindível para as investigações do 
inquérito policial.”Além disso, a prisão preventiva 
pode ser decretada de ofício e, ao contrário, a 
temporária não. Lei nº 7.960/1989, Art. 2° - A prisão 
temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de 
requerimento do Ministério Público, e terá o prazo 
de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em 
caso de extrema e comprovada necessidade. Assim, 
o recurso não merece provimento. 
17. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
18. COMENTÁRIO: No mesmo sentido: AVENA, 
Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal. São 
Paulo: Método, 2008, p. 229: “Flagrante forjado é 
aquele no qual o fato típico não foi praticado, sendo 
simulado pela autoridade ou pelo particular com o 
objetivo direto de incriminar falsamente alguém. 
Caracteriza-se pela absoluta ilegalidade e sujeita o 
responsável a responder criminalmente por essa 
conduta”. 
18. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
19. COMENTÁRIO: Para todos os efeitos, o objeto 
material do tipo penal do art. 32 da Lei n.º 
9.605/1998 (lei de crimes ambientais) seria o animal 
silvestre (selvagem), podendo este ser doméstico 
(criado dentro de casa desde pequeno), 
domesticado (amansado, domado), nativo (oriundo 
da fauna brasileira) ou exótico (oriundo da fauna 
estrangeira). Todavia, houve dúvida quanto à 
interpretação de “domésticos ou domesticados, 
nativos ou exóticos” como apostos explicativos, 
razão suficiente para tornar a questão errada, pela 
anfibologia. 
19. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
 
20. COMENTÁRIO: A Lei nº 9.455/1997 prevê 
expressamente o crime de tortura em tal situação. 
Art. 1º Constitui crime de tortura: I- constranger 
alguém com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
 
a) com o fim de obter informação, declaração ou 
confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa. 
Como o exposto acima, a tortura religiosa é punida 
sim pelo ordenamento penal pátrio. 
20. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
21. COMENTÁRIO: Conforme a redação da lei que 
rege a matéria, Lei nº 11.343, Art. 45. É isento de 
pena o agente que, em razão da Dependência, ou 
sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força 
maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, qualquer que Tenha sido a infração penal 
praticada, inteiramente incapaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
21. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
22. COMENTÁRIO: A questão traz a lei seca, observe 
- Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, 
organização ou associação destinados à prática de 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 
1o, e 34. Dessa forma, por expressão previsão legal, 
MATERIAL GRATUITO FONTE: UnB/CESPE - MJ/DPF 2009 
 
 
Cargo: Agente de Polícia Federal www.beabadoconcurso.com.br - 7 - 
 
há sim a punição do informante pela lei 11.343/06, o 
que ocorre é que na lei antiga (6.368/76), não existia 
essa tipificação. 
22. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
23. COMENTÁRIO: O item está em desacordo com a 
letra do ECA. Observa-se que o enunciado deixa 
claro que se trata de internação antes da sentença. 
Lei nº 8.069/1990 - Art. 108 - A internação, antes da 
sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo 
de quarenta e cinco dias. 
23. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
24. COMENTÁRIO: Conforme a Lei nº 10.826/2003 - 
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Art. 
14 - Parágrafo único - O crime previsto neste artigo 
é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver 
registrada em nome do agente. A banca CESPE/UnB 
indeferiu, na época, os recursos contra essa questão 
mal feita. Data máxima vênia discordar da banca, 
porquanto o STF já declarou a inconstitucionalidade 
desse dispositivo, fazendo-o perder a eficácia na 
orbita penal. (Vide Adin 3.112-1) 
24. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
25. COMENTÁRIO: Tema muito abordado pelo 
CESPE/UnB em provas de concurso público, vejamos 
o que a doutrina moderna traz: “o poder de a 
Administração Pública impor sanções a particulares 
não sujeitos à sua disciplina decorre do PODER DE 
POLÍCIA, não do poder disciplinar”. A doutrina 
ressalta tal aspecto, conforme se extrai da lição de 
Maria Sylvia Z. Di Pietro, 22. ed., p. 93, que, ao 
discorrer sobre o poder disciplinar, destaca: "Não 
abrange as sanções impostas a particulares não 
sujeitos à disciplina interna da Administração, 
porque, nesse caso, as medidas punitivas encontram 
seu fundamento no poder de polícia do Estado." 
25. GABARITO DEFINITIVO: Errado.26. COMENTÁRIO: Outra temática muito cobrada. O 
princípio da presunção de legitimidade ou de 
veracidade retrata a presunção RELATIVA de que os 
atos praticados pela Administração Pública são 
verdadeiros, e não a presunção absoluta. A doutrina 
destaca tal aspecto, conforme se depreende da lição 
de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito 
Administrativo, 22.ed., p. 68, que, ao discorrer sobre 
o tema, menciona:"Trata-se de presunção relativa 
(juris tantum) que, como tal, admite prova em 
contrário. O efeito de tal presunção é o de inverter o 
ônus da prova." 
26. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
 
27. COMENTÁRIO: Casca de banana batida em 
prova. A empresa pública pode ser estruturada 
mediante a adoção de qualquer das formas 
admitidas em direito. Porém, a sociedade de 
economia mista somente pode ser estruturada sob 
a forma de sociedade anônima. 
 (Maria Di Pietro. Direito Administrativo. 22.ed., p. 449). 
27. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
28.COMENTÁRIO: A assertiva retrata expressamente 
o disposto no art. 48 da Lei n.º 8.112/1990, segundo 
o qual "Art. 48 - O vencimento, a remuneração e o 
provento não serão objeto de arresto, sequestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultante de decisão judicial." 
28. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
 
29. COMENTÁRIO: A incorreção do item não está na 
incidência da conduta na lei de improbidade, mas na 
afirmação de que a conduta sujeita o responsável 
unicamente às sanções nela previstas, isso porque a 
incidência da lei de improbidade em relação à 
conduta do agente não exclui as sanções de 
natureza penal, cível ou administrativa, previstas em 
legislação específica. É o que se extrai do art. 12 da 
Lei n.º 8.459/199, em seu rol exemplificativo 
(numerus apertus). 
29. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
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30. COMENTÁRIO: A Constituição Federal não 
confere aos índios a PROPRIEDADE sobre as terras 
por eles tradicionalmente ocupadas, apenas a posse 
permanente. A propriedade é da União. Os institutos 
são distintos. A Constituição Federal em nenhum 
momento assegura a propriedade das terras aos 
índios, conforme se verifica do disposto no art. 231 
da CF. A doutrina, ao discorrer sobre os índios, 
ressalta tal aspecto, conforme se depreende da lição 
de Alexandre de Moraes, 24.ª ed., p. 853: 
"Definição: terras tradicionalmente ocupadas pelos 
índios, as por eles habitadas em caráter 
permanente, as utilizadas para as suas atividades 
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos 
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e 
as necessárias a sua reprodução física e cultural, 
segundo seus usos, costumes e tradições; 
propriedade: são bens da União (CF, art. 20, XI). "O 
item tem previsão no edital, pois consta 
expressamente a cobrança de conhecimento quanto 
ao tópico ÍNDIO. A doutrina, ao tratar do tema 
(índio), aborda a distinção entre a propriedade e a 
posse das terras indígenas, o que evidencia a 
incidência da matéria no aludido tópico. Aliás, a 
própria citação da lição de Alexandre de Moraes já 
atesta tal afirmação, pois a questão foi tratada item 
pertinente aos ÍNDIOS. 
30. GABARITO DEFINITIVO: Certo. 
 
 
31. COMENTÁRIO: O enunciado do item foi expresso ao 
exigir do candidato o julgamento do item "À LUZ DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL". Ora, de acordo com a 
Constituição Federal, "LXXII - conceder-se-á "habeas-
data": a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público". Portanto, a Constituição Federal não 
faz referência à utilização do instituto para obtenção 
de informações relativas a terceiros. A doutrina 
destaca o caráter personalíssimo do habeas data, 
conforme se extrai da lição de Alexandre de Moraes, 
Direito Administrativo, 24.ed., p. 145: "Através do 
habeas data SÓ podem pleitear informações 
relativas ao próprio impetrante, nunca de terceiros. 
O caráter personalíssimo dessa ação constitucional 
deriva da própria amplitude do direito defendido, 
pois o direito de saber os próprios dados e registros 
constantes nas entidades governamentais ou de 
caráter público compreende o direito de que esses 
dados não sejam devassados ou difundidos a 
terceiros." (destaques não originais). A decisão 
judicial mencionada retrata hipótese 
excepcionalíssima, na qual se autorizou a cônjuge a 
obtenção de informações de seu cônjuge falecido. A 
própria decisão faz referência à ausência de previsão 
da hipótese na Constituição Federal. Assim, não há 
que se falar que a Constituição Federal autoriza a 
utilização do habeas data para obtenção de 
informações de terceiros, sob pena de desconstituir 
a própria essência do instituto de se violar outros 
princípios insertos na Carta da República. A decisão 
judicial invocada, portanto, é indiferente para a 
questão, que, como dito, em seu enunciado exigiu o 
julgamento do item à luz da Constituição Federal. 
31. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
32. COMENTÁRIO: A assertiva está errada 
justamente porque o cargo de ministro de Estado da 
Fazenda não é privativos de brasileiro nato, por não 
constar no rol taxativo do art. 12, §3º da CF, o certo 
seria de ministro de Estado de Defesa. A doutrina 
ressalta a taxatividade do referido rol, conforme se 
extrai da lição de Alexandre de Moraes, Direito 
Constitucional, 24.ed., p. 221: "A enumeração do 
texto é taxativa, não permitindo qualquer 
ampliação, por meio de legislação ordinária." 
32. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
33. COMENTÁRIO: A questão é muito fácil elucidação, 
pois é cópia e cola da lei. CF, 136, § 1º -O decreto que 
instituir o estado de defesa determinará o tempo de 
sua duração, especificará as áreas a serem 
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as 
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as 
seguintes: I - restrições aos direitos de: a) reunião, 
ainda que exercida no seio das associações. 
33. GABARITO DEFINITIVO: Correto. 
 
 
34. COMENTÁRIO: Conforme preceitua o art. 144, § 
1º, II, da Constituição Federal, referida atuação não 
exclui a competência de outros órgãos e tampouco 
a atuação fazendária. A Constituição Federal, 
portanto, ao se referir à competência da polícia 
federal para prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
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entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho, não menciona o caráter de 
exclusividade, mas ressalva, expressamente, a 
atuação de outros órgãos públicos e a ação 
fazendária. A doutrina destaca tal aspecto, conforme 
se extrai da lição de Alexandre de Moraes, Direito 
Constitucional, 24. ed., p. 805. 
34. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 
 
 
 
TREINAMENTO DIFÍCIL, COMBATE FÁCIL 
 
Prof.: Alison Rocha

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