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Gestão Ambiental Marcelo Amancio da Costa Marcelo Amancio da Costa GESTÃO AMBIENTAL Educação a Distância SUMÁRIO PREFÁCIO ......................................................................................................................3 APRESENTAÇÃO...........................................................................................................4 INTRODUÇÃO ................................................................................................................5 1 MEIO AMBIENTE.........................................................................................................7 1.1 GESTÃO AMBIENTAL...........................................................................................7 1.2 DESEMPENHO AMBIENTAL................................................................................8 1.3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL....................................................8 1.4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL...............................................................10 1.5 IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL....................11 1.6 MELHORIA AMBIENTAL.....................................................................................11 1.7 DOCUMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ........................12 1.8 AVALIAÇÕES DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAIS ...............................12 1.9 BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EFICAZ................13 1.10 ATIVIDADE PROPOSTA...................................................................................13 2 COMO AVALIAR A CONFORMIDADE DAS LEIS SE NÃO HOUVER CONHECIMENTO DO ARCABOUÇO LEGAL.........................................................14 2.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................16 3 O QUE DEVE SER AVALIADO EM UMA AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO AS DIRETRIZES JURÍDICAS....................................................................................17 3.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................22 4 QUAL A IMPORTÂNCIA DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS PARA O MEIO AMBIENTE .................................................................................................................23 4.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................26 5 QUAIS OS BENEFÍCIOS DA EXISTÊNCIA DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS ....27 5.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................28 6 CONHECIMENTOS E HABILIDADES GERAIS DO AUDITOR DE SGA ................29 6.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................31 7 PROCEDIMENTO DE AUDITORIA INTERNA..........................................................32 7.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................34 8 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS................................................................35 8.1 ATIVIDADE PROPOSTA.....................................................................................37 CONCLUSÃO................................................................................................................38 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS..............................39 REFERÊNCIAS .............................................................................................................43 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA...............................................................................44 3 PREFÁCIO Em 1994, recebi a responsabilidade de desenvolver um sistema de gestão da qualidade em um centro de treinamentos de relações públicas. Na ocasião, foi um grande desafio, pois, como poderia realizar algo tão grandioso, sem o conhecimento necessário para realizar tal tarefa. Foi a partir dessa ocasião que dei início à busca de conhecimento sobre sistemas de gestão, ferramentas de qualidade que nos possibilitam tomar decisões com margem de risco controlada, pois, por meio do uso das ferramentas, nos tornamos mais assertivos, evitando perdas e retrabalhos, e tornamos nossos sistemas mais eficientes e eficazes. Os maiores custos de uma organização estão centralizados, principalmente, na repetição da execução de algo que já foi feito e, muitas vezes, a gente se pergunta por que isso acontece e não se sabe onde encontrar as respostas. Existem várias ferramentas que nos auxiliam a solucionar problemas, tomar decisões com margem de risco calculada, elaborar ou projetar um processo de forma mais eficaz, além de desenvolver nossa criatividade e estabelecer novas ferramentas customizadas, conforme a necessidade em determinada aplicação. Pude aprender muito com meu mentor Sergio Constantino, que sempre demonstrou o valor e a importância de aplicar uma abordagem sistêmica nos processos, de forma a agregar valor nas atividades empresariais. As ferramentas de gestão poderão agregar muito valor nas atividades, se aplicada, adequadamente. Como qualquer dispositivo de precisão ou medição e monitoramento, as ferramentas da qualidade devem ser utilizadas de maneira eficiente, contribuindo para o alcance de metas e objetivos, os quais devem ser alinhados com a política da organização, que é estabelecida por meio do desdobramento da visão, missão, valores e princípios estratégicos da companhia. O objetivo desta apostila é contribuir no entendimento de um sistema de gestão ambiental, bem como com a implantação desse sistema, além de aplicar ações corretivas e preventivas durante as análises críticas, por meio de dados factíveis detectados nas interações dos processos. O autor1. 1 Marcelo Amancio da Costa é especialista em Direito Ambiental pela Faculdade de Tecnologia Ambiental do SENAI (SBC), bacharel em Administração de Empresas pela UniFEI (SP), auditor e instrutor líder nas normas internacionais ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, coordenador de treinamentos e professor na Unisa para cursos. 4 APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Gestão Ambiental, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital 5 INTRODUÇÃO O mercado competitivo em que vivemos força as empresas a tornarem-se cada vez mais eficientes e eficazes; os clientes estão cada vez mais exigentes, desejando produtos e serviços que atendam às suas necessidades, que vão alémde preço acessível e disponibilidade imediata, querem que atendam a características específicas de segurança e bom desempenho, bem como a não degradação do meio ambiente, saúde e segurança ocupacional e responsabilidade social. Para que isso se torne possível, é necessário destacar alguns pontos essenciais que as empresas devem dar ênfase para melhorar continuamente: foco no atendimento às necessidades dos clientes; comprometimento da alta direção; foco nos processos; abordagem sistêmica; trabalho em equipe; monitoramento constante do desempenho dos processos. A motivação para a melhoria da qualidade é decorrente da necessidade de prover maior valor e satisfação às partes interessadas. O aumento da eficácia e da eficiência beneficia os clientes e a organização como um todo. Nem sempre a tarefa de atingir e manter tais objetivos é simples, devido à complexidade dos diversos aspectos que devem ser gerenciados, o que exige um compromisso intenso no sentido de melhorar constantemente a competência técnica dos funcionários. Torna-se necessário, para superar os obstáculos, a aplicação de técnicas que possam facilitar as tomadas de decisões no ambiente corporativo; destaca-se, então, a necessidade de se fazer uma gestão, como forma de facilitar o trabalho por meio de planejamento ou análise e solução de problemas. Importante ressaltar que as ferramentas devem ser disseminadas e utilizadas por todos na organização. Isso significa que não é somente a direção ou os gestores que deverão gerenciar o sistema ambiental da organização; todos deverão entender e aplicar o uso correto e adequado, conforme surgirem as necessidades. 6 Vale lembrar que o objeto é: facilitar a visualização e entendimento dos problemas, sintetizar o conhecimento e as conclusões, desenvolver a criatividade, permitir o conhecimento do processo, fornecer elementos para o monitoramento dos processos e permitir a melhoria dos processos. Marcelo Amancio da Costa 7 1 MEIO AMBIENTE O termo ‘meio ambiente’ pode ter muitos significados. O dicionário American Heritage College define meio ambiente como “as circunstâncias ou condições que nos rodeia; vizinhança”. A conotação geral da palavra ‘meio ambiente’, usualmente, é de algo “livre” ou natural. Na ISO 14001 (ABNT, 2004), meio ambiente é definido como “a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações”. Nas operações do dia a dia, uma organização estará preocupada com a influência, seja positiva ou negativa, que ela terá na sua circunvizinhança. 1.1 GESTÃO AMBIENTAL Por que uma organização desejaria gerenciar o meio ambiente? No final, sua maior motivação é a economia de recursos. Gerenciando o meio ambiente, uma organização pode gerenciar melhor os custos associados ao consumo de recursos, geração de resíduos e remoção, transporte e gestão de produtos químicos. Conservação de insumos e energia também são benefícios da gestão ambiental. Um plano para a gestão do meio ambiente também permite que uma organização demonstre cuidado responsável por ele. A gestão ambiental pode ser uma condição exigida por requisitos de clientes. Demonstrar compromisso com a “As circunstâncias ou condições que nos rodeiam; vizinhança.” Uma organização pode gerenciar melhor os custos associados ao consumo de recursos. 8 gestão ambiental mantém uma boa imagem pública e relações fortes com a comunidade, para atrair novos clientes. Gerenciar o meio ambiente também é uma boa abordagem para atender a requisitos legislativos. Gerenciando o meio ambiente, uma organização pode estabelecer uma abordagem proativa e implementar um plano para atender a requisitos legislativos em todos os níveis de sua área de atuação. 1.2 DESEMPENHO AMBIENTAL Desempenho ambiental é definido, na ISO 14001 (ABNT, 2004), como “resultados mensuráveis da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais”. Esses resultados são medidos contra critérios de desempenho ambiental, tais como: a política ambiental da organização, objetivos e metas ambientais e outros requisitos de desempenho ambiental. Medir o desempenho ambiental é importante para atender aos objetivos e metas, bem como para melhorar a imagem pública da organização. 1.3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL Medindo o desempenho ambiental, uma organização se torna melhor preparada para comparar desempenhos ambientais passados e presentes com os seus critérios de desempenho. A Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA) segue o ciclo PDCA e se torna uma eficaz ferramenta para a gestão. A ADA pode auxiliar organizações em: determinar critérios ambientais necessários para atingir os critérios de desempenho ambiental; “Resultados mensuráveis da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais.” (ABNT, 2004). 9 identificar aspectos significativos; identificar oportunidades para gerenciar melhor os aspectos; identificar oportunidades estratégicas; este é o estágio de planejamento do ciclo PDCA. O compromisso da alta direção é essencial para implementar e manter uma ADA eficaz. A ADA pode ser medida de duas maneiras: através de Indicadores de Desempenho Ambiental (IDA) e através de Indicadores de Condição Ambiental (ICA). Uma vez que os indicadores de medida da ADA sejam escolhidos, o estágio “executar” do ciclo PDCA inclui coleta de dados, análise e conversão de dados e relato dos dados. Os métodos de coleta de dados incluem: monitoramento e medição; entrevistas e observações; obtenção de registros de inventário e produção; análise crítica de registros de treinamento ambiental. A análise de dados pode incluir considerações sobre a qualidade dos dados, validade, adequação e completeza necessárias para produzir informação confiável. A informação sobre o desempenho da organização pode, então, ser desenvolvida, usando-se cálculos, melhores estimativas, métodos estatísticos e técnicas gráficas. O relato da ADA é importante e pode fornecer informação útil para descrever o desempenho de uma organização, que pode ser comunicada às partes interessadas. Comunicando o desempenho ambiental, uma organização é capaz de: aumentar a conscientização sobre desempenho, critério de desempenho e políticas; demonstrar compromisso em melhorar o desempenho ambiental; fornecer uma maneira de responder a preocupações e questões sobre aspectos significativos. 10 A parte de verificação e atuação (PDCA) vem do processo contínuo de análise crítica e aprimoramento da ADA em identificar oportunidades de melhoria. A análise crítica pode ajudar a organização a identificar ações gerenciais necessárias para melhorar o desempenho ambiental e pode resultar em melhorias na condição do meio ambiente, a meta definitiva, e na gestão ambiental. 1.4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma ferramenta que uma organização pode implementar para monitorar e avaliar seu desempenho ambiental. Muitas organizações conduzem análises críticas e auditorias do seu desempenho ambiental, mas apenas isso pode não ser suficiente para garantir que uma organização atenda e continue a atender a requisitos legais e outros. Um SGA estruturado fornece um marco para uma organização estabelecer sua política e procedimentos para atender às metas e requisitosambientais. Normas internacionais, como a ISO 14001, fornecem orientação às organizações de como desenvolver e manter com sucesso um sistema de gestão. Normas ambientais, como a ISO 14001, não mudam as obrigações das empresas, mas auxiliam as organizações a se manter lado a lado com novos requisitos e a considerar seus aspectos significativos e como os aspectos podem impactar o meio ambiente. A ADA segue o ciclo PDCA e se torna uma eficaz ferramenta para a gestão. Um SGA é uma ferramenta que uma organização pode implementar. 11 1.5 IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL Os principais passos para a implementação de um SGA são: determinar as necessidades e expectativas das partes interessadas; estabelecer a política, objetivos e metas ambientais da organização; determinar os processos e responsabilidades necessários para alcançar os objetivos ambientais; determinar e fornecer os recursos necessários para alcançar os objetivos ambientais; estabelecer e aplicar métodos para medir a eficácia e eficiência de cada processo; determinar os meios para prevenir não conformidades e eliminar suas causas; estabelecer e aplicar um processo para a melhoria contínua do SGA. 1.6 MELHORIA AMBIENTAL Estabelecer padrões de serviços aos clientes e medidas de desempenho, e conduzir duas sessões de treinamento sobre serviços ao cliente. Estabelecer a política, objetivos e metas ambientais da organização. Estabelecer padrões de serviços. 12 1.7 DOCUMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL Documentação extensiva não torna um SGA eficaz. Convém que a análise dos processos seja a força a direcionar a quantidade de documentação necessária para um SGA, levando-se em consideração os requisitos da ISO 14001. A documentação não deve dirigir os processos. Convém que a gerência defina a documentação necessária para implementar, manter e melhorar o sistema de gestão ambiental. Essa documentação pode incluir: documentos da política (incluindo o manual ambiental); documentação para controle dos processos; instruções de trabalho para tarefas específicas; formatos padrão para coleta de dados e relatórios. 1.8 AVALIAÇÕES DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAIS Existem algumas questões básicas a serem respondidas ao se avaliar um sistema de gestão ambiental: os processos estão identificados e descritos de maneira apropriada? as responsabilidades estão designadas? os procedimentos estão implementados e mantidos? em que extensão os processos são eficazes na realização de atividades planejadas e em atingir resultados planejados? Documentação extensiva não torna um SGA eficaz. Os procedimentos estão implementados e mantidos? 13 As avaliações de um SGA podem consistir em análises críticas dos objetivos, autoavaliações e auditorias. 1.9 BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EFICAZ Usando um SGA, as organizações podem reforçar sua habilidade em atender a requisitos legais e outros requisitos a que se submetem. Além disso, as organizações podem, também, limitar seus custos em resposta a situações de não atendimento, bem como limitar suas responsabilidades corporativas. Uma organização pode observar os benefícios da implementação de um SGA nos seus resultados finais. Se uma organização tem um plano em vigor para gerenciar o meio ambiente, há menos chances de ela ser multada por mau uso. A organização também pode economizar dinheiro melhorando e refinando sua gestão ambiental e seus processos de negócios. Isso pode permitir reduzir a quantidade de dinheiro gasto em recursos e a criação de resíduos desnecessários. Os benefícios mais óbvios são a proteção do meio ambiente e a preservação dos recursos naturais. Protegendo recursos, uma organização também está protegendo a saúde pública e pode comunicar os seus objetivos e metas ambientais para os clientes externos, como prova do seu comprometimento para com a prevenção da poluição e a responsabilidade ambiental. 1.10 ATIVIDADE PROPOSTA Fazer um diagrama com a interação de processos de uma indústria gráfica e definir ferramentas para monitorar e medir esse sistema. Se uma organização tem um plano em vigor para gerenciar o meio ambiente, há menos chances de ela ser multada... 14 2 COMO AVALIAR A CONFORMIDADE DAS LEIS SE NÃO HOUVER CONHECIMENTO DO ARCABOUÇO LEGAL Um dos fatores essenciais para a avaliação da conformidade ambiental em um SGA dentro das organizações, que são as principais fontes de poluição ao meio ambiente, é o cumprimento das leis aplicáveis aos diversos negócios existentes no mundo em que vivemos. Existem, hoje, diversas leis federais, estaduais e municipais que tratam dos aspectos ambientais, contudo não existe um código ambiental, o que dificulta aos avaliadores uma compreensão mais profunda do que as organizações devem fazer para que possam estar de acordo com as diretrizes estabelecidas. Ainda que não haja um código ambiental, o problema maior não está em sua inexistência e sim na formação dos avaliadores “auditores” ambientais, os quais possuem a responsabilidade de visitar as diversas organizações espalhadas no mundo, com o intuito de aprová-las ou não quanto ao atendimento das leis ambientais. Todo auditor, em sua formação, deveria ter um mínimo de horas em treinamento somente em Direito Ambiental, para que, assim, pudesse obter um conhecimento maior das leis aplicáveis e onde buscar conhecimento de outras leis aplicáveis conforme sua necessidade, dependendo do local onde está, o tipo de negócio que será avaliado, sua complexidade e risco. O Brasil dispõe, hoje, de farta e avançada legislação ambiental. Nossa Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo próprio ao meio ambiente, definindo que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. O meio ambiente é considerado bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. O meio ambiente é considerado bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. 15 Sobre um impacto adverso ou potencial ao ambiente, podem incidir as três esferas de responsabilidade: civil, administrativa e penal. O Brasil é uma República Federativa e, sendo assim, a competência para legislar sobre o meio ambiente é concorrente entre a União e os Estados-membros. Os Municípios, por sua vez, podem legislar sobre assuntos de interesse local, suplementando as legislações federal e estadual. A Lei Federal nº 6.938, de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, é o marco fundamental da proteção ambiental no Brasil. Em resumo, essa importante lei inicia os princípios da política nacional de meio ambiente; cria o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), que compartilha responsabilidades entre a União, os Estados e os Municípios; institui o Conselho Nacional de Meio Ambiente; e dispõe sobre os instrumentos da política nacional de meio ambiente, entre os quais se destaca o licenciamento ambiental das atividades potencialmente poluidoras. Outras normas protegem o meio ambiente, funcionando em sintonia com a Lei nº 6.938. É o caso do Código Florestal de 1965, da Lei de Proteção à Fauna, de 1967, da Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos, de 1997, e da Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente, de 1998, para citar algumas. A implementação desse vasto e complexo conjunto de leis ambientais é prejudicada pordiferentes fatores, de ordem cultural, política, administrativa e econômica. Torna-se cada vez mais perceptível uma tensão entre as evidências de deterioração da qualidade ambiental e a ineficácia da resposta gerada pelo arcabouço legal e institucional estabelecido, nem sempre implementado. A ausência de mecanismos estruturados e objetivos, que permitam a avaliação da implementação e do cumprimento das leis e regulamentos, bem como de seu efetivo impacto na qualidade ambiental, é um problema que demanda solução urgente, sob pena de esvaziamento da legitimidade e credibilidade da legislação ambiental e das instituições dedicadas à sua aplicação. 16 2.1 ATIVIDADE PROPOSTA Identifique o tema, o impacto associado à lei e o assunto, com sua obrigação determinada, para cada uma das leis a seguir. N ORIGEM DOCUMENTO TEMA/IMPACTO ASSUNTO/ OBRIGAÇÃO 1 Federal Lei nº 6.938/81, alterada pela Lei nº 11.092/05 2 Federal Lei nº 7.347/85, alterada pela Lei nº 10.257/01 3 Federal Lei nº 9.433/97 4 Federal Lei nº 9.605/98 5 Federal Lei nº9.966/00 17 3 O QUE DEVE SER AVALIADO EM UMA AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO AS DIRETRIZES JURÍDICAS A empresa deve ter formalizada e divulgada uma política ambiental, bem como estabelecidos seus objetivos e metas relativas às questões ambientais, os quais devem ser mensuráveis e divulgados. Um dos fatores imprescindíveis para uma aplicação eficaz de diretrizes ambientais é avaliar como são realizados o treinamento e a conscientização dos funcionários quanto à regulamentação e/ou procedimentos ambientais. Uma organização deve manter seus relatórios com informações ambientais atualizadas e assegurar que as evidências objetivas estarão disponíveis para serem acessadas sempre que houver uma necessidade. Toda organização, dependendo de seu porte e atividade econômica, deverá apresentar suas licenças, o que, muitas vezes, torna-se um ponto crítico nas avaliações, pois não depende somente da organização solicitar uma inspeção, mas de órgãos competentes para efetuar uma avaliação e liberar a licença que está sendo solicitada, se assim for entendido que é possível a liberação dessa licença, a qual possui validade e verificação periódica dos órgãos competentes. Ainda que a empresa tenha sua licença, é necessário demonstrar o cumprimento das exigências e restrições previamente definidas. Nessa avaliação, é necessário verificar o comprometimento da empresa quanto a um Programa de Conservação de Energia, com registros do uso e metas de eficiência e redução. Além disso, são necessários: existência de controle e registros sobre os aspectos ambientais do sistema de transporte de matérias-primas, produtos, resíduos e funcionários, para que impactos adversos não ocorram; manter um serviço especializado em Segurança e Medicina do Trabalho; um Programa de Manutenção Preventiva, que englobe os equipamentos de controle ambiental; um Programa de Controle de Consumo de Água, com registros do uso e metas de eficiência e redução; tratamento para os despejos de origem industrial e sanitária; registros de monitoramento dos despejos tratados, para verificar se está se alcançando os padrões de lançamento dos despejos de acordo com as normas técnicas pertinentes. 18 A empresa deveria possuir registros da produção de resíduos e métodos de disposição – Inventário de Resíduos –, os quais devem se manter atualizados e encaminhados ao órgão ambiental, controlando a movimentação de seus resíduos pelo sistema de manifesto de resíduos. Ainda, analisar se algum de seus resíduos é utilizado como matéria-prima por outra empresa; se manter informada quanto à existência e validade de Licença Ambiental das empresas receptoras de resíduos industriais; disponibilizar cópia de documento comprobatório de licenciamento de cada uma das empresas receptoras para a auditoria; possuir algum tipo de monitoramento da geração de resíduos que vise à redução na geração; possuir identificação de emissões atmosféricas para o ambiente; tratamento das emissões atmosféricas para o ambiente; possuir registros de monitoramento das emissões atmosféricas. Também é necessário verificar se a empresa está alcançando os padrões de lançamento de emissões atmosféricas de acordo com normas técnicas pertinentes; se possui algum tipo de monitoramento da geração de gases ou particulado que vise à redução na geração; se considera formalmente o potencial de impacto ambiental na escolha de suas matérias-primas; se possui tanques subterrâneos, informando quantos, qual sua capacidade e os produtos armazenados. Informar, também, se possui sistema de proteção contra corrosão e qual o sistema utilizado; considerar a disposição final de seus produtos, critérios ambientais para avaliar seus fornecedores e controle sobre o transporte dos produtos perigosos; verificar se possui um Plano de Emergência e se mantém comunicação com a comunidade referente aos aspectos ambientais. De acordo com Siqueira (2001), De acordo com Siqueira (2001): “Para que uma sociedade possa viver em harmonia, todos respeitem o espaço alheio e cumpram seus direitos e obrigações, normalmente são criadas as regras que se concretizam com a edição de Leis, Decretos, Tratados, dentre outros.” 19 para que uma sociedade possa viver em harmonia, todos respeitem o espaço alheio e cumpram seus direitos e obrigações, normalmente são criadas as regras que se concretizam com a edição de Leis, Decretos, Tratados, dentre outros. Em relação ao meio ambiente não é diferente. Tem-se a Lei nº 9.605, sancionada em 12 de dezembro de 1998, que veio estabelecer sanções criminais às práticas lesivas ao meio ambiente. Ela veio para complementar a Lei nº 6.398/81, em relação à responsabilidade criminal do poluidor e/ou degradador do meio ambiente, visto que a Lei nº 6.398/81 trata apenas das reparações civis decorrentes de atos danosos ao meio ambiente. Temos, também, a Constituição Federal, editada em 1988, que, em seu Capítulo VI, art. 225, demonstra a importância dos cuidados com o meio ambiente, além dos regulamentos criados por Estados e Municípios. Como se pode observar, o Brasil tem uma vasta legislação ambiental, considerada, por muitos, uma das melhores do mundo. Mas apenas isso não é suficiente, é importante que ela seja respeitada e incorporada definitivamente. Segundo Winer (1999), no Brasil, as primeiras formulações legislativas disciplinadoras do meio ambiente vão ser encontradas na legislação portuguesa que aqui vigorou até o advento do Código Civil Brasileiro em 1916. Foi a partir desta data que foi dado o primeiro passo para a tutela jurídica do meio ambiente. Milaré (2000) explica que mesmo com a edição de diversas leis, decretos, apenas em 1980 é que a legislação sobre a questão ambiental começou a se desenvolver com mais consistência e celeridade, já que o conjunto de leis até então não se preocupava em proteger o meio ambiente de forma específica e global, tinha o objetivo apenas de atender na medida, a exploração do meio ambiente pelo homem. Antes de conceituar a Auditoria Ambiental é importante conceituar SGA. SGA é a parte do sistema global que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. 20 A ISO 14001 (ABNT, 2004) define o SGA como a parte do Sistema de Gestão Globalque inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implantação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental. Depois que se conceituou o que seria o SGA, pode-se começar a definição de auditoria e auditoria ambiental. A auditoria pode ser vista como uma revisão, perícia, intervenção, exame de contas ou de toda uma escrita, constante ou eventualmente. O termo ‘auditoria’ pode ser observado, ainda, como: exame de documentos antes de escriturados, o que poderia ser chamado de pré-auditoria; um exame sistemático de todos os fatos realizados dentro da empresa; exame semestral ou anual de contas para aprovação; exame eventual solicitado por alguém competente para a verificação da exatidão de procedimentos de uma administração; entre outros. Maimon (1992) explica que a auditoria ambiental iniciou-se, voluntariamente, na segunda metade da década de 70, em várias empresas americanas, tais como General Motors, Olin e Alhied Signal. Nos países desenvolvidos a maior freqüência de auditorias ambientais se dá em função da exigência das companhias de seguros, devido aos acidentes e suas significativas indenizações. As auditorias ambientais estão sendo mais utilizadas em países industrializados como Canadá, Holanda, Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Na Suécia no ano de 1987, um comitê internacional propôs que mais de 4000 empresas fossem obrigadas a elaborar um relatório ambiental anual e submetê-lo a autoridade de inspeção. Esta proposta foi implementada apenas em 1989. Porém antes, algumas empresas já apresentavam em suas demonstrações contábeis informações ambientais. Para Bogo (1998), a regulamentação ambiental antes dos anos sessenta era praticamente inexistente. A partir do final desta década, entre outras nações, os Estados Unidos exigiu uma maior regulamentação em relação a questões ambientais que resultou em mais de vinte mil páginas do Federal Register, sem contar as regulamentações estaduais e municipais. As empresas, então, começaram a se preocupar e criar os cargos de gerentes ambientais e desenvolver programas da qualidade ambiental, os quais, normalmente incluíam a auditoria ambiental. 21 A auditoria ambiental pode ser definida como um exame e/ou avaliação independente, relacionada a um determinado assunto e realizada por especialista no objeto de exame, que faça uso de julgamento profissional e comunique o resultado às partes interessadas. Ela pode ser restrita aos resultados de um dado domínio ou mais ampla, abrangendo os aspectos operacionais, de decisão e de controle. A auditoria ambiental é um instrumento de gestão que compreende uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre a organização, a gestão e os equipamentos ambientais, visando a auxiliar e resguardar o meio ambiente, facilitando a gestão do controle das práticas ambientais e avaliando a compatibilidade com as demais políticas da empresa. Auditoria ambiental pode ser conceituada como um conjunto de atividades organizadas para verificação e avaliação da relação entre a produção e meio ambiente. É uma ferramenta que permite, a partir dos resultados de seus exames, a administração do uso de medidas corretivas para problemas ambientais eventualmente detectados. A grande vantagem é que ela permite que as empresas tenham maior cuidado com o processo de produção, identificando áreas de risco, apontando vantagens e desvantagens e encorajando melhorias contínuas. Nesse sentido, as auditorias induzem ao uso de tecnologias limpas, à utilização prudente dos recursos disponíveis e do lixo industrial e à identificação de perigos e riscos potenciais, ou seja, busca uma harmonização entre natureza e meio ambiente. Devemos, também, contar com um trabalho de auditoria ambiental quando necessitamos encontrar áreas de risco e uma possível desconformidade com as normas e legislação ambientais vigentes. A auditoria ambiental é uma ferramenta gerencial, que, por meio de uma verificação da performance ambiental, pode auxiliar na determinação de melhorias a serem realizadas. Logo, seria possível afirmar que essa ferramenta tem função importante não apenas para a gestão ambiental, mas também para toda a gestão da empresa, podendo ser utilizada para minimizar os riscos financeiros da empresa e auxiliar na avaliação do SGA, comparando-o com a política definida pela empresa. 22 3.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Qual a diferença entre auditoria ambiental e auditoria de SGA? 23 4 QUAL A IMPORTÂNCIA DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS PARA O MEIO AMBIENTE A Lei nº 1.898, de 26 de novembro 1991, dispõe sobre a realização de auditorias ambientais no Estado do Rio de Janeiro, a qual acredito que deveria ser estendida a todo o território nacional, devido à sua abrangência. Denomina-se auditoria ambiental a realização de avaliações e estudos destinados a determinar os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação provocados por atividades de pessoas físicas ou jurídicas; as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição; as medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e proteger a saúde humana; e a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores. Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas anuais as empresas ou atividades de elevado potencial poluidor, entre as quais: as refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados; as instalações portuárias; instalações aeroviárias (aeroportos, aeródromos, aeroclubes); as instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas; as instalações de processamento e de disposição final de resíduos tóxicos ou perigosos; as unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas e radioativas; as instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos; as indústrias petroquímicas e siderúrgicas; e as indústrias químicas e metalúrgicas. Essas auditorias devem ocorrer periodicamente, no intervalo de um ano, para que assim possa haver consistência de forma sistêmica nesses processos produtivos. A não validação periódica pode dar margem a falhas, cujos danos poderiam ser irreparáveis ao meio ambiente. As diretrizes para a realização de auditorias ambientais em indústrias poderão incluir, entre outras, avaliações relacionadas aos seguintes aspectos: impactos sobre o meio ambiente provocados pelas atividades de rotina; avaliação de riscos de acidentes e dos planos de contingência para evacuação e proteção dos trabalhadores e da população situada na área de influência, quando necessário; 24 alternativas tecnológicas, inclusive de processo industrial, e sistemas de monitoração contínua disponíveis no Brasil e em outros países, para a redução dos níveis de emissão de poluentes; e saúde dos trabalhadores e da população vizinha. O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, que foi estabelecida pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. A principal função desse instrumento é conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente. A lei estipula que é obrigação do empreendedor buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais do planejamento de seu empreendimento e instalação até a sua efetiva operação. Na Resolução Normativa CONAMAnº 237/97, o licenciamento ambiental é definido como o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. O art. 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988 estabelece que: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. A Resolução Normativa CONAMA nº 001/86 considera impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. A não validação periódica pode dar margem a falhas, cujos danos poderiam ser irreparáveis ao meio ambiente. 25 A licença ambiental é um documento com prazo de validade definido, no qual o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas pela atividade que está sendo licenciada. Ao receber a Licença Ambiental, o empreendedor assume os compromissos para a manutenção da qualidade ambiental do local em que se instala. Em outras palavras, baseado nos extratos anteriores, podemos concluir que qualquer projeto que possa desencadear efeitos negativos no meio ambiente precisa ser submetido a um processo de licenciamento. O licenciamento ambiental é a principal ferramenta que a sociedade tem para controlar a manutenção da qualidade do meio ambiente, o que está diretamente ligado com a saúde pública e com boa qualidade de vida para a população. Assim, conclui-se que o licenciamento ambiental é o instrumento que o poder público possui para controlar a instalação e operação das atividades, visando a preservar o meio ambiente para as sociedades atual e futura. Uma série de processos faz parte do licenciamento ambiental, que envolve tanto aspectos jurídicos, quanto técnicos, administrativos, sociais e econômicos dos empreendimentos que serão licenciados. Tanto nos extratos a seguir da Resolução Normativa CONAMA nº 237/97 quanto na Lei Estadual – MS nº 2.257 de 2001, observa-se a seguinte hierarquia de licenças e o seguinte procedimento para o licenciamento ambiental: Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionante, da qual constituem motivo determinante; III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionante determinados para a operação. [...] Art. 10º - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: 26 I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida; II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente; VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico; VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. Verifica-se que o processo de licenciamento ambiental de uma atividade nos órgãos ambientais é extenso e burocrático, porém é preciso considerar que a burocracia é uma consequência natural da organização da sociedade em sistemas. Os principais documentos técnicos de um processo de licenciamento são: caracterização do empreendimento, termo de referência, estudos ambientais (Estudo de Impacto Ambiental – EIA; Relatório de Impacto Ambiental – RIMA etc.), projeto básico ambiental (PAE, programas de monitoramento, educação ambiental etc.). 4.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Que tipos de atividades e empreendimentos estão sujeitos à emissão de: Licença Prévia; Licença de Instalação; Licença de Operação. 27 5 QUAIS OS BENEFÍCIOS DA EXISTÊNCIA DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS Em vista da ascensão dos problemas ambientais, fruto dos perigos assumidos no progresso da sociedade industrial e de uma visão de cunho utilitarista em relação ao meio ambiente, demonstra-se a necessidade de uma revisão dos valores e da racionalidade dominantes no contexto social e econômico. A crise ambiental apresenta-se como principal ameaça do risco global na atual sociedade. Nessa nova configuração social, há o reconhecimento de que os perigos produzidos pelo desenvolvimento técnico-industrial atingiram níveis intoleráveis. A reflexão acerca dessas ameaças faz com que a sociedade imponha novas condições gerais para a atividade econômica, razão pela qual as empresas voltam-se à chamada responsabilidade social. Questiona-se a existência de uma real responsabilidade social, tendo em vista as práticas sociais atualmente implementadas pelas empresas serem tomadas como uma estratégia mercadológica. Diante disso, verifica-se a necessidade de redimensionamento da prática econômica, inserindo-a em uma política social, contudo sem deixar de considerar a racionalidade inerente à economia. Enquanto essa mudança de mentalidade não é atingida, a fim de resguardar o direito fundamental ao meio ambiente, é necessário que o Estado, com fulcro no art. 174 da Constituição Federal, intervenha na Ordem Econômica, implementando políticas públicas ambientais que redirecionem a racionalidade da iniciativa privada e consumidores a práticas ambientalmente desejáveis. Para tal finalidade, enfatiza-se a eficiência dos instrumentos econômicos, por intermédio dos institutos do Direito TributárioAmbiental. Por meio da instituição de tributos ou pela concessão de benefícios fiscais, é possível a indução a práticas ambientalmente adequadas. A partir da análise do regime jurídico tributário instituído pela Constituição Federal de 1988, constata-se que as espécies tributárias mais adequadas para o propósito de proteção do meio ambiente são as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDEs) e as Taxas Ambientais. 28 A realidade econômica e social brasileira desaconselha a instituição de novos tributos ambientais, razão pela qual a política tributária ambiental, no Brasil, deve ocorrer por intermédio de benefícios fiscais, instrumentos mais apropriados para desestimular a poluição e fomentar práticas ambientais responsáveis. 5.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Em sua opinião, qual é o maior benefício de uma organização passar por uma avaliação ambiental? Questiona-se a existência de uma real responsabilidade social, tendo em vista as práticas sociais atualmente implementadas pelas empresas serem tomadas como uma estratégia mercadológica. 29 6 CONHECIMENTOS E HABILIDADES GERAIS DO AUDITOR DE SGA O auditor precisa saber: aplicar os princípios, procedimentos e técnicas da auditoria, planejar e organizar o trabalho eficazmente, conduzir a auditoria dentro dos prazos estabelecidos, priorizar e focar nos pontos de maior relevância, coletar evidências de auditoria objetivas, compreender a amostragem e suas limitações, verificar a precisão da informação coletada, avaliar a adequação da evidência de auditoria e outros fatores que afetam as constatações e conclusões de auditoria, utilizar documentos de trabalho para registrar atividades durante a auditoria, manter a confidencialidade e a segurança das informações, e se comunicar eficazmente. Um auditor deve aplicar os conceitos de sistemas a diferentes organizações, interagir entre os componentes do sistema, conhecer padrões, procedimentos aplicáveis e outros documentos, reconhecer diferenças e prioridades dos documentos de referência, e aplicar documentos de referência a diferentes situações de auditoria, sistemas de informação e tecnologia, para o controle de documentos, dados e informações. O conhecimento que um auditor deve obter está relacionado às situações organizacionais, tamanho, estrutura, funções e relacionamentos organizacionais, terminologia e processos gerais do negócio, costumes sociais e culturais do auditado, legislação, regulamentos e outros requisitos relevantes para as disciplinas de SGA, códigos, leis e regulamentações locais, regionais e nacionais, contratos e acordos, tratados e convenções internacionais, e outros requisitos aplicáveis à organização. Quanto às habilidades e conhecimentos específicos, o conhecimento dos métodos e técnicas da Gestão Ambiental deve incluir terminologia ambiental, princípios de Gestão Ambiental e sua aplicação, ferramentas de Gestão Ambiental e Verificar a precisão da informação coletada, avaliar a adequação da evidência de auditoria... 30 sua aplicação (avaliação de aspecto/impacto, avaliação do ciclo de vida, avaliação de desempenho). O conhecimento da ciência e terminologia ambiental inclui fatores importantes sobre o impacto das atividades humanas sobre o ambiente, interação dos ecossistemas, meios (ar, água, terra), gestão dos recursos naturais e métodos de proteção ambiental. O auditor deve ter conhecimento e habilidade em: 1. princípios, procedimentos e técnicas da auditoria: o auditor necessita compreender, de forma clara, que seu papel é agregar valor para as partes interessadas e isso implica saber como conduzir bem uma auditoria, bem como entender suas questões éticas e profissionais, evitando conflitos de interesses e mantendo confidencialidade dos processos que auditar; 2. sistemas de gestão e devida documentação: os auditores precisam compreender o que é um sistema de gestão e quais níveis de documentação fazem parte de um sistema. Um SGA consiste na compreensão do que as partes interessadas esperam da organização e, para que isso possa ter efeito, é necessário que a alta direção da organização entenda sua responsabilidade de estar à frente do sistema, provendo todos os recursos necessários para que as atividades possam ser realizadas sobre total controle, sendo monitoradas e medidas constantemente, para melhorar seu desempenho; 3. situações organizacionais: o auditor necessita compreender como está a situação da organização, não apenas olhando para seus indicadores de desempenho, mas também do mercado; 4. leis aplicáveis, regulamentações e outros requisitos necessários ao SGA: toda organização tem a responsabilidade de identificar as leis aplicáveis aos seus negócios e de apresentar aos auditores como estão atendendo a essas legislações; os auditores devem se preparar antes de realizar as auditorias para saber o que as organizações deveriam apresentar a eles. 31 6.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Cite alguns conhecimentos e habilidades que um auditor deve ter para avaliar um sistema de gestão ambiental. 32 7 PROCEDIMENTO DE AUDITORIA INTERNA O objetivo é estabelecer as diretrizes básicas para a realização das auditorias internas do sistema de gestão, a fim de determinar sua eficácia, através do seu grau de adequação e conformidade em relação ao seu planejamento e padrões de referência utilizados. As auditorias internas do SGA devem ser executadas segundo um programa de auditoria elaborado e divulgado por um representante da administração, o qual será de conhecimento dos auditores e dos auditados. O programa deve contemplar, no mínimo: o(s) processo(s) auditado(s); o(s) auditor(es) designado(s); as datas e horários previstos para a auditoria; a duração da auditoria; o escopo da auditoria. O programa de auditoria deve ser construído com base na situação dos processos a serem auditados, decorrente de uma análise crítica dos indicadores de desempenho, visando a uma priorização de recursos. O representante da direção deve divulgar as alterações efetuadas no programa de auditoria a todos os envolvidos. Os auditores devem ser selecionados considerando-se a sua independência em relação às atividades a serem auditadas (o auditor interno não pode auditar o seu próprio trabalho). No desenvolvimento de novos auditores internos, os candidatos devem possuir, no mínimo, o ensino médio completo e ter demonstrado, no exercício de suas funções específicas, competência em expressar ideias e conceitos de forma oral e escrita; contudo, a decisão quanto ao mínimo de grau de escolaridade é determinada pela própria organização. 33 Para exercer a função, os auditores internos devem possuir formação e aprovação em treinamento de, no mínimo, 16 horas em curso específico de auditor interno, segundo a norma ISO 14001 (ABNT, 2004). A reunião de preparação é de responsabilidade do auditor líder, que deverá conduzir todas as etapas preparatórias da auditoria. Devem ser observados os desvios identificados em cada auditoria anterior à que será realizada. Com base nessas informações, o auditor líder, em conjunto com a equipe auditora, estabelece uma agenda para a execução da auditoria. Uma lista de verificação pode ser preparada nessa etapa, para utilização durante a execução da auditoria. A auditoria terá início com uma reunião de abertura, conduzida pelo auditor líder, a qual deverá ser realizada com, pelo menos,um representante do processo a ser auditado, com o propósito de: apresentar a equipe auditora; apresentar a agenda da auditoria, confirmando datas e horários; explicar o método de condução da auditoria; confirmar a existência e a disponibilidade de recursos para a execução da auditoria. As evidências da auditoria devem ser coletadas através de entrevistas, exame de documentos, registros, observações de atividades e condições no processo de interesse. As constatações de não conformidade, bem como as respectivas evidências da auditoria, deverão ser registradas, após consenso com o representante do auditado. As constatações de conformidade devem ser informadas ao auditado durante a execução da auditoria, ficando dispensado o seu registro no relatório de auditoria, a menos que seja uma determinação imposta pela organização. Durante a execução da auditoria, o auditor deve verificar a adequação da infraestrutura e do ambiente de trabalho em relação à atividade desenvolvida, como previsto pela documentação do SGA, bem como se há oportunidades de melhoria em andamento. Uma reunião de fechamento deverá ser realizada ao término da auditoria com o representante do auditado, na qual o auditor líder deverá fazer a 34 apresentação prévia do relatório final da auditoria, ressaltando os aspectos positivos e as oportunidades de melhoria encontradas. O relatório de auditoria deve ser finalizado após a auditoria e apresentado ao auditado pelo auditor líder, devendo conter, no mínimo: conclusão da auditoria (se há conformidade ou não do sistema); número de não conformidades, se aplicável; acompanhamento de desvios anteriores, se aplicável; pontos positivos, se aplicável. Os resultados obtidos por meio dessa metodologia devem ser submetidos à análise crítica da direção. Caso surjam oportunidades de melhoria durante a avaliação dos resultados ou necessidades de atualização em relação a alterações na estrutura do SGA, devem ser providos recursos para a reciclagem dos auditores internos, por meio de treinamentos, reuniões ou discussões, como apropriado. 7.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Qual a diferença entre programa de auditoria e planejamento de auditoria. O programa de auditoria deve ser construído com base na situação dos processos a serem auditados, decorrente de uma análise crítica dos indicadores de desempenho, visando a uma priorização de recursos. 35 8 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS A existência de uma não conformidade ou problema em potencial poderá ser apontada por diversos meios, como, por exemplo: reclamações e/ou sugestões dos colaboradores; produtos fora das especificações previamente estabelecidas; indicadores de desempenho dos processos; auditorias internas; melhorias – identificadas por qualquer canal, normalmente apresentando uma característica de prevenção; identificação fora das instalações da organização; reclamações/sugestões das partes interessadas; auditorias externas, realizadas por organismos de certificação. A regra utilizada para confirmar que uma solicitação de ação corretiva ou preventiva está bem definida deve obedecer alguma descrição previamente determinada, como, por exemplo: O QUÊ? O que foi identificado como não conformidade ou iniciativa de melhoria; ONDE? Qual a área, departamento ou processo em que a iniciativa foi identificada; CONTRA O QUÊ? Se aplicável, identificar qual o padrão de referência que essa iniciativa infringiria ou contribuiria. Nos casos em que a solicitação de ação corretiva ou preventiva não estiver bem descrita, a área de Gestão Ambiental deverá buscar mais informações ou entrar em contato com o solicitante, visando à obtenção de esclarecimentos adicionais. As solicitações de ações identificadas pelos critérios definidos devem ser mantidas em um registro, com um prazo definido para resposta, que será 36 acompanhada, além de realizada uma análise inicial pelo responsável alocado, visando a avaliar se são procedentes ou não e a qual processo pertencem. Uma solicitação de ação corretiva ou preventiva pode ser aberta a partir de uma reclamação de partes interessadas, sendo necessário que o responsável designado analise as possíveis causas e as priorize, visando a uma determinação dos planos de ação correspondentes. É recomendável que, nessa etapa, sejam utilizadas ferramentas para identificação clara dos problemas e a eliminação da causa-raiz, tais como: brainstorming (tempestade de ideias), Ishikawa (diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe), entre outras. As causas priorizadas devem ser tratadas através de um plano de ação, que contém, no mínimo, os seguintes requisitos: ação, responsável pela execução, prazo para implementação e data a partir da qual a implementação pode ser verificada. Caso o plano de ação proposto necessite de aprovação da diretoria ou da área financeira, em função da necessidade de investimento, ele deve ser submetido à análise. Caso haja restrições em relação ao plano de ação originalmente proposto, o responsável por ele deve buscar alternativas. Não sendo possível, a diretoria deve declarar formalmente o motivo da não aprovação, após análise crítica quanto aos riscos, e a solicitação deve ser cancelada. Todas as atividades tratadas no plano de ação devem ter correspondência com as respectivas causas identificadas. O QUÊ? O que foi identificado como não conformidade ou iniciativa de melhoria. ONDE? Qual a área, departamento ou processo em que a iniciativa foi identificada. CONTRA O QUÊ? Se aplicável, identificar qual o padrão de referência que essa iniciativa infringiria ou contribuiria. 37 Algumas ações podem ser atribuídas pelo responsável designado para outros envolvidos, porém é recomendável que estas sejam negociadas antes do lançamento no registro de solicitação de ação. Durante a execução das atividades, poderá ser detectada a necessidade de alteração do plano de ação, que deverá ser atualizado tantas vezes quantas forem necessárias, visando à resolução do problema. Após a implementação dos planos de ação identificados e decorrido um período de tempo que permita avaliar a eficácia das ações tomadas, o indicado pelo responsável do plano de ação em campo correspondente à área da Gestão Ambiental realiza a verificação da eficácia das ações tomadas, podendo delegar esse tipo de atividade para os auditores internos. 8.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1. Qual é a diferença de ação de correção, ação corretiva e ação preventiva? 38 CONCLUSÃO Este curso de Gestão Ambiental não irá proporcionar todo o conhecimento que você poderá obter, contudo ele é fundamental para ampliar os conceitos e entendimento mínimo, para uma preparação mais adequada para os gestores de SGA, e, assim, contribui para as organizações cumprirem as diretrizes legais aplicáveis de acordo com as regiões nas quais estão localizadas em nosso país, sendo visitadas pelos auditores de diversos Organismos de Certificação (OCs), bem como por auditores de órgãos governamentais. Atualmente, existem espalhadas, em todo o país, diversas organizações, as quais poluem o meio ambiente de diversas formas, seja atmosférica, sonora etc.; o que se constata é que todas as empresas, de uma forma ou de outra, poluem o ar, o solo, os efluentes, e não são todas as organizações que possuem as licenças para realizar suas atividades. Como sabemos, o governo, muitas vezes,não tem contingente suficiente para ir até essas diversas organizações na velocidade necessária para impedir causas de poluição e acredito que isso poderia ser realizado através de força conjunta com os OCs, não com o intuito de certificar todas as empresas, mas para realizar auditorias de conformidade1 de segunda parte2. As organizações que buscam uma certificação em seu SGA, seja de forma voluntária ou por força externa, deveriam exigir de seus fornecedores, bem como de fornecedores dos fornecedores, podendo chegar até, no mínimo, ao quinto nível da cadeia de fornecimento de matéria-prima, um atestado válido por um ano, o qual demonstraria um comprometimento das organizações em atender aos requisitos mínimos estabelecidos previamente com base nos critérios normativos, com um custo compatível das organizações certificadas em ISO14001, para motivá- las a buscar uma certificação ambiental para demonstrar cuidados com os recursos naturais. Contudo, esses atestados, bem como as certificações, não devem substituir as auditorias legais; porém, os órgãos competentes poderiam focar seus esforços priorizando as organizações que não possuem certificação ou atestado ambiental. 39 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS CAPÍTULO 1 P a r t e s i n t e r e s s a d a s P a r t e s i n t e r e s s a d a s O processo de cor verde representa o processo de gestão da organização; Os processos de cor vermelha representam os processos produtivos da organização; Os processos de cor azul representam os processos de suporte da organização; Os meios de monitoração e medição podem ser os mais variados possíveis; o importante é que sejam adequados para a organização. Alguns exemplos de meios de medição são: gráficos de tendência, gráfico de Pareto, Análise do Tipo e Efeito de Falha (Failure Mode and Effect Analysis – FMEA), CEP. 40 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 N ORIGEM DOCUMENTO TEMA/IMPACTO ASSUNTO/OBRIGAÇÃO 1 Federal Lei nº 6.938/81, alterada pela Lei nº 11.092/05 Poluição Licenciamento Recursos ambientais (consumo de recursos naturais) Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente; proíbe a poluição e obriga o licenciamento. 2 Federal Lei nº 7.347/85 alterada pela Lei nº 10.257/01 Dano ambiental Disciplina a Ação Civil Pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente. 3 Federal Lei nº 9.433/97 Recursos hídricos (consumo água) Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos; condiciona a captação de águas públicas federais à autorização do órgão competente. 4 Federal Lei nº 9.605/98 Crime ambiental Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. 5 Federal Lei nº 9.966/00 Água Poluição Portos (alteração qualidade água) Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional. Na auditoria de SGA, o auditor analisa o quanto uma organização atende aos requisitos do padrão normativo da ISO 14001. Na auditoria ambiental, a organização é analisada no cumprimento das leis aplicáveis a ela. 41 CAPÍTULO 4 EXERCÍCIO 05 CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 O maior benefício da avaliação ambiental é determinar onde a empresa está atendendo à legislação e onde estão as oportunidades para corrigir os problemas. Conduzir bem uma auditoria, bem como entender sobre suas questões éticas, profissionais, evitando conflitos de interesses e mantendo confidencialidade dos processos que auditar. Indústrias e serviços; Aquicultura; Aterros de resíduos inertes e da construção civil; Aterros sanitários; Assentamentos para reforma agrária; Bases de armazenamento; Cemitérios; Cogeração de energia; Coleta, transporte e disposição de lodos; Depósito ou comércio atacadista de produtos químicos; Dutos e linhas etc. http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamento/licenciamento-ambiental/1-pagina-inicial 42 CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 8 Ação de correção: ação para solucionar o problema; Ação corretiva: ação para eliminar a causa-raiz do problema; Ação preventiva: ação para eliminar a causa-raiz de um potencial problema. O programa de auditoria trata dos eventos que irão ocorrer ao longo de um período de tempo; O planejamento da auditoria trata de um evento específico, detalhando o que, onde e quando irão ocorrer as atividades de auditoria. 43 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14001. Sistemas de gestão ambiental: especificações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 44 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ANDRADE, T. C. S. Elaboração de ferramenta de avaliação para auditorias ambientais. 2006. Dissertação (Mestrado em Gestão Ambiental) – Centro Universitário Positivo. Curitiba, 2006. ANNUAL MEETING OF THE INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR IMPACT ASSESSMENT, XVI, 1996, Portugal. Anais... Portugal: Maria do Rosário Partidário, 1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1982. DALLA-ROSA, L. V. Elementos para uma hermenêutica jurídica garantista. Revista Jurídica, Curitiba, v. I, p. 85-102, 2001. DONAIRE, D. Interiorização da variável ecológica na organização das empresas industriais. 1992. Tese (Livre-Docência) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1992. ______. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. FERREIRA, A. C. S. Contabilidade ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atlas, 2003. FINK, D. R.; JUNIOR, H. A.; DAWALIBI, M. Aspectos jurídicos do licenciamento ambiental. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. LA ROVERE, E. L.; BARATA, M. M. Environmental auditing in Brazil: a new management tool. In: ANNUAL MEETING OF THE INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR IMPACT ASSESSMENT, XVI, 1996, Portugal. Anais... Portugal: Maria do Rosário Partidário, 1996. v. 2. p. 887-891. 45 MONTORO, A. F. Introdução à ciência do direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. NADER, P. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2005. NUNES, L. A. R. Manual de introdução ao estudo do direito. São Paulo: Saraiva, 2006. OLIVEIRA, A. I. A. Introdução à legislação ambiental brasileira e licenciamento ambiental. Rio de janeiro: Lumen Juris, 2005. PARANÁ. Lei nº 13.448. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, 2002. ______. Decreto Estadual nº 2.076. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, 2003. PELEGRINI, M. Revista do Curso de Multimeios. São Paulo, 2002. SÃO PAULO. Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema). Portaria Minter 124/1980. São Paulo: SEMA, 1980.
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