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ESTABILIDADE NAS ESTRUTURAS Prof. Cristina Guerreiro T é c n ic o e m E d if ic a ç õ e s Execução da ALVENARIA ► Se iniciar no térreo o contra piso deverá encontrar-se concretado e com as instalações à espera. As tubulações elétricas deverão coincidir com os furos dos blocos e as instalações hidros sanitárias, com os shafts. ► Nos casos onde a alvenaria inicia-se em pavimentos de transição, as instalações que caminharão pela alvenaria e os arranques das armaduras verticais, nos pontos indicados no projeto estrutural, também deverão estar locados em suas corretas posições, para que seja feita a liberação do pavimento. Liberação da Fundação ► Em princípio, a fundação em radier de concreto (em geral, não protendido, salvo em casos especiais de solos muito desfavoráveis) é a fundação direta mais adequada para a alvenaria estrutural. Execução da ALVENARIA Argamassa A argamassa recomendada para assentamento dos blocos é a argamassa mista de cimento e cal, onde se combina a resistência, dada pelo cimento, com a trabalhabilidade e retenção de água dada pela cal. ► As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281. Esta capacidade de deformar-se, que a argamassa possui, ajuda na distribuição dos esforços e na vedação. A argamassa pode absorver uma parte destes esforços dissipá- los através de microfissuras não - prejudiciais à estanqueidade e resistência da parede, fato que não ocorre em argamassas muito rígidas ou com baixo módulo de elasticidade, que dissipam os esforços atuantes mediante macro fissuras que provocam infiltrações e perda de aderência. Graute O graute é um micro concreto que serve para preencher as cavidades dos blocos, onde são acomodados as armaduras verticais e as amarrações das paredes de grampos. Serve também para suprir as deficiências locais da argamassa de assentamento ou dos blocos. Colocação da ARGAMASSA ► A colocação da argamassa nos blocos pode ser feita de duas maneiras, segundo observação do projetista. Bisnaga ½ Desempenadeira / Palheta Canaleta ► ► ► ► Com a ½ desempenadeira ou palheta, só se consegue aplicar argamassa nas paredes longitudinais dos blocos. A aplicação nas paredes transversais deve ser feita com a bisnaga ► Em primeiro lugar verificam-se o esquadro e as diferenças de níveis nos pontos da laje que delimitarão a alvenaria. Marcação da ALVENARIA Com auxílio de nível laser ou nível alemão, busca-se encontrar o ponto mais alto do pavimento. Nesse ponto, assenta-se um bloco, que passa a ser referência de nível dos blocos da primeira fiada. ◄Referência de Nível ► Em seguida, marca-se o alinhamento das paredes, indicando a posição em que devem ser assentados os blocos. ► Blocos Estratégicos são os blocos de cantos, blocos de encontro de paredes e blocos determinantes das aberturas de portas. ► As cotas fornecendo a locação de cada "Bloco Estratégico", sempre se dão a partir dos cantos extremos (que são as origens das medidas), ou em relação aos eixos principais de referência. Cotas Acumuladas Esquadrejamento ► Marcar o canto da casa, onde duas paredes se encontram, e posicionar o esquadro que formará um ângulo exato de 90º, alinhando precisamente a parede no plano horizontal. ► Também poderá ser usado, na falta de um esquadro, linhas de náilon para formar um triângulo retângulo. Esticar uma linha com 3m no local onde ficará uma parede e uma de 4m na direção da ► Assentar, nivelar e aprumar os blocos estratégicos, conforme a planta de primeira fiada e a referência de nível determinada na etapa de preparação, utilizando-se a linha ou linha com pó colorido para marcar sobre o pavimento a direção das paredes. Sequência da MARCAÇÃO ► A fim de não obstruir o trabalho de marcação da alvenaria, é importante que não se acumulem blocos no pavimento além da quantidade necessária à execução do serviço. parede com a qual ela faz canto. A terceira medida terá de ser, necessariamente 5m para formar o ângulo reto. ► Concluir a execução da primeira fiada, assentando os demais blocos. Verificar o nível e alinhamento da primeira fiada e também as medidas da locação dos "Blocos Estratégicos”. ◄ Assentar os escantilhões, fazendo coincidir a primeira marca com o nível da primeira fiada dos blocos. Elevação da ALVENARIA ► O serviço da elevação da alvenaria inicia-se a partir da execução da segunda fiada. ► Nessa etapa já se assentam blocos com caixas elétricas destinadas, entre outros fins, a tomadas e interruptores, cujas posições são indicadas também no desenho de elevação das paredes. escantilhão escantilhão linha de assentamento respaldo bloco inteiro 1 ª F ia d a F ia d a s S e g u in te s Sequência do LEVANTE ◄ Assentar blocos até a altura do peitoril das janelas; ►Verificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, planicidade, alinhamento e espessuras das juntas horizontais da alvenaria; ►Deve-se detalhar armaduras construtivas em encontros de paredes, extremidades de paredes, bordas de porta, janela e vãos, e poços de elevador. ►As amarrações podem se feitas de três maneiras. ARMADURAS ►Posicionar armaduras e executar grauteamento vertical e horizontal; ►Os ferros nunca devem ser entortados. Caso ocorra locação incorreta, eles devem ser retirados e chumbados novamente na posição correta; ► Nos locais previstos para grauteamento, é necessário a limpeza da argamassa de assentamento que se deposita nas cavidades dos blocos. Para isso devem se deixar aberturas laterais nos blocos da primeira e oitava fiada de blocos. ► O lançamento do graute, efetuado após a limpeza do furo, deve ser feito no mínimo após 24 horas do assentamento dos blocos; ► A altura máxima de lançamento é de 3m. Recomenda-se, no entanto, lançamento de alturas não superiores a 1,6m com graute auto adensável; ► Concluída a penúltima fiada, verificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, planicidade, alinhamento e espessura das juntas horizontais da alvenaria; ► Assentar as canaletas da última fiada, com a opção de uso de Jotas e Compensadoras, de acordo com o especificado no projeto. Nesta canaleta serão passados 2 ferros corridos, fazendo-se o transpasse para garantir amarração das paredes; ► Verificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, alinhamento das canaletas da última fiada e aplicar as armaduras e grautes. ABERTURAS ► As aberturas são espaços nos quais as tensões se perturbam e se concentram. Portanto, a quantidade, o tamanho e a posição das aberturas influenciam diretamente no desempenho da parede como elemento estrutural. ► É muito importante que o projetista de estruturas receba estas informações, para que seja avaliada a necessidade ou não de reforços, ou mesmo para que se façam alterações em nome do bom desempenho e da economia do projeto. VERGA e CONTRAVERGA ► Assentar blocos até a altura do peitoril das janelas. ► Nas aberturas de portas são colocadas vergas, e nas janelas, vergase contravergas (recomenda-se apoio lateral maior ou igual a 30cm). Elevação de PAREDES ► Cintas de AMARRAÇÃO (apoios de lajes) canaletas “J” e “u” São utilizadas em toda a extensão das paredes estruturais. Nos casos de lajes pré-fabricadas, recomendam-se as canaletas com concreto até a altura das mesmas. Apoio para LAJE Detalhar cintas intermediárias, ao nível da contra-verga, nas paredes externas, com comprimento igual ou superior a 6 m. ► A principal diferença nas instalações prediais entre alvenaria estrutural e estruturas de concreto é a forma de execução de cada método construtivo. Na estrutura convencional de concreto armado, para realizar a execução das instalações hidráulicas e elétricas, é necessário fazer cortes nas paredes para embutir as tubulações e fixar os quadros elétricos e as caixas de passagem. Consequentemente, isso gera desperdício de materiais e maior quantidade de mão de obra para o chumbamento da tubulação com argamassa e acabamentos como reboco. INSTALAÇÕES PREDIAIS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS A marcação das tubulações deve acontecer antes do início da alvenaria; o ideal é que haja locais adequados como paredes não estruturais para a utilização de blocos especiais com aberturas para passagem das tubulações hidráulicas. Não são permitidas passagens de água e esgoto em paredes de alvenaria estrutural. As tubulações caminharão por espaços que deverão ser acessíveis, a fim de facilitar a manutenção e o conserto. As alternativas para o encaminhamento das tubulações são as seguintes: ► Horizontal: Encaminhamento pelo forro, ou junto ao teto ou parede, encobertas por sanca de gesso. ► Vertical: Tubulações externas protegidas por carenagens; Tubulações em shafts, para que não fiquem visíveis, projetados dentro dos padrões de modulação da alvenaria. ► Fazer a instalação de tubulações aparentes, onde for possível; ► Tampar as pontas das tubulações, prevendo entupimentos. SHAFTS ►São espaços destinados à concentração de prumadas hidro sanitárias, elétricas e de telefonia. Com adoção deles, consegue se retirar parte significativa, quando não a totalidade das instalações hidro sanitárias das paredes. ► A proximidade dos banheiros e da cozinha racionaliza as instalações, diminuindo o número de prumadas e de shafts. ► O Box do banheiro é a localização mais adequada para o shaft de hidráulica. C ir c u la ç ã o e s c a d a Cozinha, ▼ Área de Serviço e Banheiro Cozinha e ▲ Área de Serviço, Banheiro ► Toda a tubulação horizontal deve passar entre a laje do teto e o forro, ao chegar aos pontos hidráulicos (torneiras, chuveiros e outros), descer na vertical faceada na parede e ter seu fechamento com shaft. ▼ACABAMENTO Planejado ▼ACABAMENTO Pré-fabricado Não são permitidos rasgos horizontais na parede para passagem de eletrodutos para os pontos elétricos, pois este procedimento pode comprometer a estrutura. Os eletrodutos verticais farão o caminhamento dentro dos furos dos blocos até chegar às caixas de passagem de elétrica. ► Existem blocos especiais para facilitar a execução e instalação dessas caixas, são blocos com ranhuras. A resistência fica mais fraca nas ranhuras facilitando a quebra sem comprometer o bloco. ◄ Verificar a possibilidade de cortar os blocos antes de serem usados na execução da alvenaria. Esta atividade terá que ser realizada em um local definido na obra. As caixas de passagem podem ser instaladas nos blocos antes ou posteriormente à elevação das paredes. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ► ◄ Observar o local de instalação para que não coincida com blocos grauteados, impossibilitando a instalação das caixas e eletrodutos. ►Eletrodutos que ficarão na posição vertical, são inseridos na parede através das caixas de passagens até passar da canaleta, deixando um comprimento de, aproximadamente, 20 cm para fora da caixa e 30 cm para cima da canaleta. Esta sobra de eletroduto será emendada com o eletroduto que vem da caixa de passagem de teto, embutida nas lajes. ◄ MATERIAIS E EPIs Projeto indica posição exata para cada tipo de bloco e demais elementos, como instalações elétricas e hidráulicas, amarrações e reforços estruturais. ALVENARIA ESTRUTURAL Bloco de Concreto A produção, no entanto, tem de ser planejada em detalhes. Para melhor desempenho, cada parede precisa ser desenhada, com especificação do tipo e tamanho de blocos, pontos de passagem de ferragens estruturais, eletrodutos e tubulações hidráulicas, além de pontos de intersecção com alvenarias de vedação. EPIs ▲ O eixo da edificação, que divide ao meio a laje sobre a qual a parede de alvenaria será executada, orienta a marcação da primeira fiada de blocos. As ferragens em espera também indicam onde os blocos serão posicionados. ▲ Os orifícios dos blocos atravessados por ferragens serão grauteados, formando pilaretes. O recorte na parte inferior funciona como janela de inspeção do grauteamento. ► A marcação da primeira fiada, a partir dos cantos, é feita com linhas; a argamassa é aplicada diretamente na base. ► O projeto indica por onde eletrodutos passarão. Basta encaixá-los aos orifícios dos blocos, assim como se fez com as barras de aço. ◄ A execução começa pelos cantos, até a altura da sétima fiada. As juntas devem ter 1 cm de espessura. ▲ O projeto indica o formato e a posição exata de cada bloco, inclusive dos compensadores, usados nos cantos para propiciar amarração à alvenaria. Assim como os demais blocos, cada peça recebe duas faixas paralelas de argamassa de assentamento, com 1 cm de espessura cada. ▲ O alinhamento deve ser verificado continuamente com a régua. Também é importante checar o esquadro. ▼ O projeto indica onde deverá ser feito o grauteamento e a posição dos blocos de intersecção e compensadores. A medida do eixo da edificação é verificada em relação à parede, com trena. Dessa medida depende a marcação da alvenaria. ► Quando os cantos estão prontos, as linhas são esticadas e todo o perímetro é fechado até a sétima fiada, altura em que começam a ser feitos os grauteamentos verticais (pilaretes) e horizontais (contravergas). Daí para cima, os processos se repetem até chegar à altura final da parede. ▼ Na região dos vãos onde serão instaladas as esquadrias, são assentados blocos tipo canaleta que, depois de receberem barras de aço e graute, farão as vezes de contravergas. ▲ Acima de portas e janelas, elementos pré-moldados de concreto atuam como vergas. ◄ Nos pontos de intersecção da alvenaria estrutural com paredes de vedação, é previsto o uso de ferros-cabelo, responsáveis por promover a amarração entre as paredes. ► fio de aço liso na forma de "U", de diâmetro 4,2 ou 5,0mm. ► a fixação destas amarrações nos pilares, é feita por ancoragem à base de epóxi, em furos feitos nos pilares com broca de vídia (dois furos por amarração). ◄ tela metálica galvanizada eletrossoldada de malha 15x15mm e fio de 1,0 ou 1,65 mm . ◄ é fixada ao pilar através de pinos de aço com arruelas aplicado pelo tiro de uma pistola adequada (finca pinos acionado à pólvora). Ferro Cabelo Tela Metálica ▼ Numa edificação multipavimentos, pode haver elementos pré-fabricados de concreto que apoiarão as escadas, por exemplo. ◄ O uso de telas de amarração não é possível devidoà necessidade de deixar a seção vertical dos blocos livre para a passagem do graute que formará os pilaretes. ▲ Pontos de elétrica são cortados diretamente nos blocos com serra copo. A caixa de elétrica é afixada e os eletrodutos cortados para passagem de cabos e fios elétricos. ▲ A máquina perfuratriz faz o orifício na laje para passagem da tubulação hidráulica. ▲ As instalações hidráulicas podem ser fornecidas em kits que, encaixados sob as lajes, são ocultos pelo forro.
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