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A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO Frente à Violência na Escola Brasil Escola

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18/12/2018 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: Frente à Violência na Escola - Brasil Escola
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/imprimir/16208 1/20
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA
EDUCAÇÃO: Frente à Violência na Escola
Analisar a presença do fenômeno bullying nas escolas e os fatores que incentivam essa
pratica, avaliar soluções para à agressividade escolar e por fim discutir a ação dos
profissional de assistente social, gestores e família no ambiente escolar e familiar.
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo assinalar o a atuação do assistente social na escola, onde o profissional pode atuar frente à
violência presente na escola contemporânea. Todavia, através de políticas educacionais hoje presente na escola funcionam
com ferramentas a atuação do assistente social afim de minimizar o problema com interação entre alunos e violência moral
e física, denominada atualmente como bullying. Para tanto, diversos estudos e legislações foram imprescindíveis para a
coleta desses dados, pois a violência na escola ainda é um problema que envolve questões legais de proteção à criança e
em alguns casos há punição ao agressor, levando em conta que o ambiente escolar deve ser um local de interatividade e
convívio mutuo respeitando as diferenças. Porem os métodos para sanar traumas à vitimas e orientar agressores a
importância do respeito ao próximo leva à necessidade de acompanhamento interdisciplinar e juntamente a isso, questões
terapêuticas de atenção à saúde física e mental da criança. Os resultados dos dados bibliográficos apontam para a
presença indispensável do assistente social na escola, onde há evidencias de traumas sofridos por crianças e adolescentes
nessas situações de bullying e uma necessidade de acompanhamento intra familiar.
Palavras-chave: Bullying. Escola. Serviço Social. Comunidade. Políticas.
RESUME
This research aims to point out the the role of the social worker at the school, where staff can act against the violence in the
contemporary school. However, through educational policies currently present in school work tools with the work of the social
worker in order to minimize the problem with interaction between students and moral and physical violence, currently known
as bullying. Therefore, several studies and legislation has been essential for the collection of such data, as violence in school
is still a problem involving child protection legal issues and in some cases for punishing the aggressor, taking into account
that the school environment should be a place of interaction and mutual coexistence respecting differences. However the
methods to remedy traumas to the victims and aggressors guide the importance of respect for others leads to the need for
interdisciplinary and follow along to that, therapeutic issues of attention to physical and mental health of the child. The results
of bibliographic data point to the indispensable presence of the social worker in school, where there is evidence of trauma
suffered by children and adolescents in these situations of bullying and a need for family intra monitoring
Keywords: Bullying . School. Social service. Community. Policies.
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa a Identificar o papel do assistente social na escola frente aos fenômenos causador de violência entre
alunos e também a professores buscando aprofundar conhecimentos sobre o bullying no âmbito escolar visando suas
causas e consequências para todos os envolvidos.
Todavia, através de conceitos referencias confiáveis podemos apontar a caracterização a função do profissional de serviço
social e seu objetivo para com os projetos educacionais através de políticas publicas. sendo assim visamos discutir a
políticas educacional e inclusão do Serviço social na escola contemporânea.
Assim traçamos uma pesquisa da realidade no âmbito educacional e seus referidos problemas analisando os fatores
determinantes das violências no cotidiano escolar. Referindo-se principalmente ao bullying que trata-se de uma pratica de
violência antiga, porém mais frequente na atualidade devido a fatores que influenciam direta e indiretamente as crianças e
adolescentes da sociedade.
Contudo, através desse objetivos iremos discutir a ação do assistente social juntamente com gestores, professores,
estudante e pais, e por consequência a comunidade em si. Traçando um perfil social que modelem uma nova sociedade
através de atividades interdisciplinares para interagir todos do ambiente escola garantindo a qualidade no ensino e
respeitando seus direitos.
18/12/2018 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: Frente à Violência na Escola - Brasil Escola
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/imprimir/16208 2/20
Por sua vez o direito a educação implica em qualidade dos serviços prestados a população e em especial ao usuário da
escola pública para o seu pleno desenvolvimento, conforme previsto pela Constituição Federal (1998), Lei de Diretrizes e
Bases, Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). A contribuição do Serviço Social na área escolar consiste em
identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam os processos que mais afligem o campo educacional
no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo rendimento escolar, sexualidade, violência doméstica e que precisam
necessariamente de intervenção conjunta com educadores, psicólogos, dirigentes governamentais, possibilitando
consequentemente uma ação mais efetiva. Demonstramos neste artigo que a questão social está presente na educação. E
assim as políticas publicas e política educacional se referenciam para garantir uma melhor qualidade de ensino.
O serviço social e a política educacional fazem-se necessários e serão citados com frequência para se compreender a
necessidade desse novo modelo de ver a educação como base de um modelo social.
Tomando como base todos esses aspectos, esta pesquisa tem por objetivo analisar a importância da presença de um
profissional de Serviço Social na escola, principalmente frente à violência entre alunos, ou entre alunos e professores.
Como objetivos específicos, pretende-se: discutir o Serviço Social e as Políticas Públicas em sua contemporaneidade;
analisar a presença do fenômeno bullying nas escolas e os fatores que incentivam essa pratica; avaliar soluções para à
agressividade escolar e por fim discutir a ação dos profissional de assistente social, gestores e família no ambiente escolar
e familiar.
Todavia pressupões-se que o assistente social aparece como um profissional de maior relevância no atendimento a esses
casos. Por isso, esta pesquisa se justifica em vista da importância de se compreender melhor o papel desse profissional de
Serviço Social frente à necessidade da comunidade escolar.
Contudo ao abordar sobre políticas públicas e ações educativas no atendimento às vítimas de bullying, mostra-se de
extrema importância a abordagem do serviço social em sua trajetória e a retomada histórica da profissão no âmbito escolar,
ressaltando as contribuições dessas ações no mundo contemporâneo.
A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa são de ordem bibliográfica, com base na interpretação e leitura
dos dados pesquisados. Para tanto, diversos estudos sobre comportamento, projetos sociais e relatos de fatos ocorridos
foram imprescindíveis para a coleta desses dados.
Para tornar essa pesquisa qualitativa bibliográfica podemos destacar nos estudos que serviram como base para esta
pesquisa Almeida (2000) que relata sobre o serviço social na educação instituídas pelas políticas educacional dos anos 70
e parte do anos 80; Frigotto (2006) que defende a modernização da educação em políticas sociais e contrapõe-se à
influencia do monopólio privado; Fante (2005) que aprofundou seus estudos sobre bullying identificando as atitudes dos
agressores e vitimas caracterizando seus fatos e consequências entre outros que citaremos ao longo do trabalho.
Embora hajauma certa dificuldade em apontar problemas de bullying na escola, existem alguns fatores que podem auxiliar
nessa identificação, por isso a importância de se fazer um estudo a respeito deste tema no sentido de auxiliar os
profissionais que trabalham ou pretendem trabalhar no ambiente escolar.
Contudo, no primeiro capitulo abordaremos um breve contexto sobre política educacional e políticas publicas e como o
profissional de serviço social se insere nesse projeto. Já no segundo capítulo apontaremos os fatores que incentivam o
bullying na escola e características psicológica de agressor e vitima. Continuando, no terceiro capitulo discutiremos
soluções para a violência escolar e por fim trataremos sobre a ação dos gestores, família e assistente social sob à demanda
de boas praticas e acompanhamento profissional para solução de problemas recorrentes.
Serviço Social e política educacional
Segundo SILVA, embora as políticas sociais e políticas educacionais estejam inseridas por meio de um mesmo contexto, é
perceptível que a presença do profissional de Serviço social ainda se torna muito pouco, mostrando a ineficiências de
muitos projetos sociais devido à demanda da comunidade e em contrapartida a desinformação de seus direitos.
Durante muitos anos a associação entre Serviço Social e educação esteve, quase que de
forma automática, relacionada ou ao campo da formação profissional ou à dimensão
educativa do trabalho dos assistentes sociais. As razões não nos são desconhecidas: uma
franca alteração no perfil do mercado de trabalho, no que se tange à efetiva atuação dos
assistentes sociais no âmbito dos estabelecimentos e da política educacional ao longo dos
anos 70 e parte dos 80, (Almeida: 2000a, 19).
18/12/2018 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: Frente à Violência na Escola - Brasil Escola
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O autor ainda continua a defender a prática de atuação do assistente social na educação tendo como base pesquisas que
evidenciam sua necessária participação frente questão social.
A afirmação do debate e das práticas sobre educação popular que se estenderam para
além dos muros institucionais, além do reconhecido avanço teórico e político que as
abordagens sobre a formação dos assistentes sociais ganharam no final deste século,
particularmente face à atuação da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social (ABEPSS) (Almeida: 2000a, 20).
Vale salientar uma carência de uma interligação maior entre os polos dessa relação de Serviço Social e política educacional
onde haja uma defesa sobre o ponto de vista teórico ou político para sustentar a necessidade de um assistente social na
área da educação.
Entretanto SILVA destaca que esta recente aproximação do Serviço Social no âmbito educacional provem dos avanços
teóricos da profissão nas discussões em desdobrar o conhecimento e a ação profissional, assim como suas estratégias de
articulação aos movimentos sociais atuante em construção de novos projeto societário, onde a comunidade luta por
cidadania mostrando-se um componente fundamental para sua unidade.
Definindo a Política educacional
PASTORINI comenta que Juntamente com a economia as políticas sociais no Brasil estão interligadas, principalmente a
educação, onde desenvolve-se papeis fundamentais através das políticas publicas em nossa legislação e as normatizações
e decisões são tomada para o bem comum da sociedade civil. Essas políticas públicas envolvem as necessidades da
sociedade implantadas pelo Estado.
Quanto à função econômica, podemos ressaltar a atuação do Estado por meio de ações
direta e indiretas (pagamento a população via impostos), de bens, de recursos, ofertas e
prestação de serviços sociais a população mais carente como saúde, educação e
assistência social (PASTORINI, 2002 apud PIANA, 2009a, p. 36).
Deste modo, para entendermos melhor como essas políticas sociais se relacionam e influenciam diretamente no contexto
escolar e na comunidade, precisamos entender o que são políticas públicas.
“As políticas públicas são decisivas para a concretização de direitos humanos, pois elas
atuam na estrutura básica do sistema capitalista contribuindo para a construção do bem
comum, visando à redução das desigualdades sociais”... (FRANÇA e FERREIRA, 2012, p.
186).
Por ser um elemento normativo do Estado KO BARROS aponta que a política educacional no Brasil envolve diversos
interesses políticos, entretanto a educação de um pais deve respeitar o direito de cada indivíduo respeitando o bem comum
de toda a nação, atendendo às suas necessidade, demandas e objetivos para que seja contribuído com um modelo
educacional efetivo.
Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou
analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no
rumo ou no curso dessas ações ( variável dependente). A formulação de políticas públicas
constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e
plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no
mundo real (Souza, 2006, p.26)
Continuando, esses elementos normativos por uma política educacional no Brasil emergiram na época em que se fazia
necessária no pais, e uma oportunidade para tal mudança iniciou-se junto aos movimentos reformistas em 1930, e através
de (Anísio Teixeira,Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e outros) instituíram em 1932 o Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova.
Aos que tomaram posição na vanguarda da campanha de renovação educacional, cabia o
dever de formular, em documento público e o governo, a posição que conquistaram e vêm
mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional. (INEP, 1984)
Este foi um marco na definição de metas e prioridades educacionais a serem regulamentadas, não servindo apenas de
alerta para a realidade educacional da época, mas para incentivar o surgimento de novas leis educacionais. "SAVIANI
(2007, p.195) aponta o manifesto como um equilíbrio entre a Pedagogia Tradicional e a Pedagogia Nova, ocorrido entre
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1932 a 1947". Contudo na Conferência Nacional de Educação já havia se instituído no “Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova” a separação de católicos e liberais em 1932.
intenção das políticas publicas e educacional é conduzir aos poucos a criança a ser um modelo social de adolescente e
consequentemente um jovem e adulto moldado pelo grupo social em que se encontra. Entretanto uma política educacional
sendo clara ou não pode compreender aspectos que envolvam o poder e definição do processo pedagógico em função de
um grupo, comunidade ou setores. Podem ser resultados de processos participativo pedagógico instituído por professores,
alunos e assistente social, podendo evidenciar uma imposição de um pequeno grupo exercer poder sobre uma grande
maioria.
Todavia há duas vertentes sobre política educacional, uma aristotélica onde a política é municipalizada e outra platônica que
elaboram a política educacional e representados pelo Estado.
SANTOS aponta a legislação educacional como um instrumento da política de educação e controle administrativo unificado,
o que implica em um poder maior a favor de complexos autônomos de controle escolar compreendido como
municipalização do ensino. Esta política assegura recursos públicos desvinculados de posições partidárias e pressupõe um
compromisso maior por parte da comunidade com o motivo educacional.
Aponta nessa mesma direção a característica, frequentemente assumida pelos espaços
públicos que se constituem no interior do Estado, de isolamento e relação ao conjunto da
estrutura administrativa: eles acabam se constituindo como “ilhas” separadas, em
“institucionalizadas paralelas”, conservadasà margem e com difícil comunicação com o
resto do aparato estatal. (DAGNINO, 2002, p. 283)
Desprovido de burocracias, DAGNINO explica que a descentralização do ensino possuiu flexibilidade nos currículos
escolares permitindo mudanças sempre que necessárias. E assim se faz a oportunidade de incluir políticas sociais no
ensino através dessas demandas individuais sendo que a gestão de cada unidade escolar são democráticas, pois diretores
e gestores pertencem à comunidade onde estão situados, o que faz uma ligação entre a figura administrativa e o contexto
social que ela defende. Contudo, a política educacional te relação direta o contexto político e organizacional de cada
sociedade, onde seu perfil depende em grande parte do aspecto social em que esta inserido.
Assim, se a comunidade em sua cultura participa nas tomadas de decisões políticas, certamente sua política educacional
acatará sugestões e necessidades da população, fazendo-se necessário a inclusão do serviço social no intuito de fazer
ligação entre escola e comunidade, mesmo que sobre contextos autoritários.
Origem do Serviço Social na Educação
ALMEIDA aponta que a relação entre Serviço Social e Educação na sociedade brasileira se desenvolveu após a década de
1930, durante o primeiro mandato de Getúlio Vargas. Contendo um caráter desenvolvimentista adotado em sua política
interna, Vargas, em 1942, criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), tendo como um dos seus principais
intuitos a adequação de mão de obra às necessidades do setor industrial que vinha em um alto desenvolvimento através da
qualificação da mão de obra. Partindo dessa ideia o profissional de assistente social juntamente com outros profissionais
eram requisitados a trabalhar no SENAI com vista a disciplinar e ajustar o trabalhador pelo contexto da época.
A inserção dos assistentes sociais na área de educação não se constitui em um fenômeno
recente, sua origem remonta aos anos iniciais da profissão em sua atuação marcadamente
voltada para o exercício de um controle social sobre a família proletária e em relação aos
processos de socialização e educação na classe trabalhadora durante o ciclo de expansão
capitalista experimentado no período varguista” (ALMEIDA, 2004, p.2).
SOUZA BARBOSA em seu livro de Política e Sociedade no Brasil relata que no ano de 1946, inaugurou-se a fundação do
Serviço Social da Indústria (SESI) tendo como pano fundo a mudança política, social e econômica ocorrida no pós-guerra.
Tanto o SESI quanto o SENAI desenvolviam para o mundo do trabalho seus projetos educacionais, configuraram um
alargamento dos espaços da educação formal brasileira que se constituíram para além da escola.
Para Carvalho (2008), a inserção dos assistentes sociais em industrias e empresas participava do conjunto de estratégias
de frear a organização operária, uma vez que a intenção era de promover o controle político e ideológico através da
inserção do profissional por mecanismos abarcavam processos pedagógicos e ações assistenciais.
CARVALHO diz que a principio o aumento da necessidade trabalho qualificado e ampliação da educação escolarizada
obteve mais atenção em meados da década de 1950 e início dos anos 1960, desenvolvimento industrial acelerado e a
urbanização trazia reflexos para a vida social, essa ainda sem educação curricular ou profissional adequados. Mas foi após
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o Golpe de 64 que a educação brasileira ganhou uma atenção mais particulares. Por sua vez a política educacional da
ditadura em 1968-1969 passa a operar de acordo à demanda que lhe era necessária.
...e, para tanto, à sua dimensão “negativa”, acopla-se uma dinâmica construtiva
(“positiva”): o regime autocrático burguês, redefinindo-se na vertente do militar-facismo,
começa a instaurar o seu “modelo educacional”, congruente com a concretização do seu
“modelo econômico”. (NETTO, 2008: p58).
A relação entre a Educação e o Serviço Social na década de 1970 a 1980 esteve mais presente no âmbito dos
estabelecimentos e da política educacional relacionada à formação profissional.
“O que se observa concretamente é que a classe burguesa não se contrapõe ao acesso à
escola. A universalização do acesso legitima a aparente democratização. O que
efetivamente se nega são as condições objetivas, materiais, que facultem uma escola de
qualidade e o controle da organização da escola”.(Frigotto, 2006, 166)
DESAFIOS ATUAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
IAMAMOTO mostra que devido às questões sociais trazidas pelo neo liberalismo, a entrada do assistente social nas
instituições de ensino se estenderam, porem vale ressaltar que na ultima década as políticas sociais de enfrentamento a
pobreza e garantia de renda mínima através de política educacional entre outros aumentaram o fluxo de informações sobre
as instituições educadoras.
Por ventura um dos principais desafios do assistente social no campo educacional hoje é compreender e ser capaz de fazer
uma leitura critica da realidade em que está situado, e partindo deste ponto optar por um exercício profissional convergente
com as diretrizes ético-político profissional, desenvolvendo novas relações e tendências desvinculadas às políticas
conservadoras.
Para abranger a inserção do serviço social em todas as áreas do setor educacional provendo melhoria para o aluno,
comunidade e escola (ALMEIDA, 2003), agrupa 4 focos centrais do trabalho do Assistente Social na Educação.
Garantia do acesso da população à educação escolariza – concessão de bolsas, definição de critérios de
elegibilidade institucional, elaboração de diagnósticos populacionais para ampliação da capacidade de cobertura
institucional, a mobilização e a organização política de grupos sociais.
Garantia da permanência da população nas instituições educacionais – ações interinstitucionais dirigidas para a
mobilização da rede de proteção social local, como serviços de saúde, de transporte, os Conselhos Municipais
ligados aos diversos campos dos direitos sociais e os programas e projetos sociais das demais instâncias
governamentais. São ações que favorecem desde o encaminhamento para atendimento na rede de serviços sociais,
até a inclusão em programas sociais que incidem diretamente sobre as condições objetivas da população no que diz
respeito à permanência dela ou de alguns membros no sistema educacional.
Garantia da qualidade dos serviços prestados no sistema educacional – são desenvolvidas atividades conduzidas
por assistentes sociais, como por equipes multiprofissionais. São atividades promovidas como parte de um processo
de formação ampliada da população com a perspectiva de uma educação alicerçada na luta pela conquista e
ampliação da cidadania. A organização de atividades com responsáveis, com a comunidade local, com os próprios
alunos e profissionais da educação para tratar de questões relacionadas aos problemas e desafios sócio-
institucionais, é parte de um processo social e educacional no qual professores, assistentes sociais sociólogos,
sanitaristas, psicólogos e outros profissionais têm contribuído e participado exclusivamente.
Fortalecimento da proposta e ações de gestão democrática e participativa da população no campo educacional – são
atividades desenvolvidas junto a segmentos sociais como coletivos e grêmios estudantis, sindicatos, associações de
pais, moradores e profissionais da educação no sentido de instrumentalizar e apoiar os processos de organização e
mobilização sociais no campo educacional. (ALMEIDA, 2003)
Segundo LIBANEO Pensar a atuação do assistente social na área de educação requer pensar a política educacional em
sua dinâmica e estrutura, de fato que a escola represente simbólica e objetivamente de forma mais completa a área de
educação, muitas vezes este privilegio do espaço escolar como local de atuaçãodos assistentes sociais conduz a uma
leitura reducionista e equivocada da política educacional e, por consequência, das atividades profissionais e do mercado de
trabalho do profissional de serviço social.
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Primeiramente, é necessário admitir que há, de fato uma inter-relação entre as políticas
educacionais, a organização e a gestão das escolas, as práticas pedagógicas na sala de
aula e o comportamento das pessoas.As políticas educacionais e diretrizes
organizacionais e curriculares são portadores de intencionalidades, ideias, valores
atitudes, práticas, que influenciam as escolas e seus profissionais na configuração das
práticas formativas determinando um tipo de sujeito a ser educado.(LIBANEO, 2008, p. 14)
LIBANEO continua que a estrutura da política educacional em áreas como a da educação infantil, o ensino fundamental, o
ensino médio, a educação superior e a educação de jovens e adultos. E em todas elas existem assistentes sociais atuando,
seja direta ou indiretamente, sendo que em muitas já há algumas décadas. Vale salientar que o avanço da política
educacional no conjunto de práticas sociais que regulamenta, seja no conjunto das profissionais e instituições que fazem
parte, mostra tanto a diversidade de como inserir e recuperar o referido trabalho do profissional de serviço social no âmbito
educacional sob o contexto que a própria categoria desconhece a política desse setor.
Contudo, ALMEIDA aponta que existem atividades e ações que visam garantir a permanência da população nas instituições
de ensino. Dentre estas atividades encontram-se as instituições internas e suas ações dirigidas para mobilizar a rede de
proteção social como os serviços de saúde, transporte, Conselhos Municipais ligados e direitos sociais, alem dos projetos
sociais das demais instâncias e programas governamentais.
Continua ALMEIDA que são essas ações que favorecem desde o encaminhamento para atendimento na rede de serviços
sociais que incidem diretamente sobre as condições da população no que diz respeito à permanência dela ou de alguns de
seus componentes no sistema educacional mais próxima até a inclusão em programas sociais.
SISTEMA EDUCACIONAL E SERVIÇO SOCIAL
Devido a aprovação da ultima versão do Projeto de Lei 837 em julho de 2005, podemos coletar experiências positivas em
São Paulo sobre o que dispõe da inserção de Assistentes Sociais e de Psicólogos em cada escola. A aprovação dessa lei e
execução desse projeto demonstra a possibilidade de estender essa pratica para outros estados do país, mostrando a atual
importância do profissional de Serviço Social na área da educação sob várias discussões da atuação e sua contribuição
para o âmbito escolar
Todavia podemos destacar com base na Lei a versão do PL que exige a presença de assistentes sociais e psicologos nas
escolas de acordo com o artigo 1º e 2º do PL (2003), que diz:
Art. 1º O Poder Público deverá assegurar atendimento por Psicólogos e Assistentes
Sociais a alunos das escolas públicas de educação básica que dele necessitarem.
§ 1º O atendimento previsto no caput deste artigo será prestado por Psicólogos vinculados
ao Sistema Único de Saúde (SUS) e por Assistentes Sociais vinculados aos serviços
públicos de assistência social.
§ 2º Os sistemas de ensino, em articulação com os sistemas públicos de saúde e
assistência social, deverão prever a atuação de Psicólogos e Assistentes Sociais nos
estabelecimentos públicos de educação básica ou o atendimento preferencial nos serviços
de saúde e assistência social a alunos das escolas públicas de educação básica, fixando
em qualquer caso número de vezes por semana e horários mínimos para esse
atendimento.
Art. 2º Esta lei entra em vigor um ano após a data de sua publicação. (PROJETO DE LEI,
nº 837. 01 julho 2005).
Partindo disso podemos notar que através do Projeto de Lei citado que ja existe uma preocupação com as políticas
educacionais e políticas sociais na área da educação e que se faz necessário a presença de profissionais que possa
executar projetos de forma profissional e competente atingindo não somente aos alunos, mas sim às famílias e em geral a
comunidade envolvida, agindo assim o assistente social como intermediador de escola e comunidade abrangendo o
contexto educacional.
Todavia, segundo Morin (2003) uma educação contextualizada é uma educação para a cidadania,complexa porem global e
multidimensional onde o individuo também deve ser visto como um ser global inserido em uma família e em uma
comunidade.
18/12/2018 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: Frente à Violência na Escola - Brasil Escola
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Contudo mesmo sendo esta Lei uma conquista atual através de lutas para efetivar o projeto e sua regulamentação, nao
poderia se deixar passar que muito se foi contribuído na década de 90, onde pesquisadores começaram a discutir sobre as
contribuições que o Serviço Social poderia trazer para a educação e enfim para a família. Assim podemos então citar entre
eles Backahaus (1992), Camardelo (1994), algumas pesquisas no 8º e 9º Congresso Brasileiro de Assistente Social
(CBAS), realizados em 1995 e 1998 e Almeida (2000).
Na prática o Assistente Social está situado sob uma perspectiva crítica, que participa ativamente da transformação social.
Por sua vez, Novais (2001, p. 13), orienta através de sua pesquisa que o profissional do Serviço Social deverá desenvolver
as seguintes atividades:
• Pesquisa de natureza sócio-econômica e familiar para a caracterização da população
escolar;
• Elaboração e execução de programas de orientação sócio-familiar, visando prevenir a
evasão escolar e melhor o desempenho e rendimento do aluno e sua formação para o
exercício da cidadania;
• Participação, em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que visem prevenir
a violência; o uso de drogas e o alcoolismo, bem como visem prestar esclarecimento e
informações sobre doenças infecto-contagiosas e demais questões de saúde pública;
Continuando Novais (2001), a mostrar sua pesquisa pontos importantes para garantir efetividade na atuação só assistente
social então deve-se continuar ainda as seguintes atividades:
• Articulação com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações comunitárias
locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para atendimento de suas
necessidades;
• Somente com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade sócio-familiar do
aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e encaminhá-lo adequadamente;
• Elaboração e desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde existem
classes especiais;
• Empreender e executar as demais atividades pertinentes ao Serviço Social, previstas
pelos artigos 4º e 5º da lei 8662/93. (NOVAIS, 2001, p. 13).
Assim temos claramente a percepção da presente atuação do assistente social nas mais variadas expressões do cotidiano,
nas relações internas com diretores, docentes e outros que estão inseridos no ambiente escolar, quando nas relações
internas como família, sociedade e outros
A pratica do profissional de Serviço Social se firma sobre a possibilidade de atender as necessidades com maior eficácia.
Assim para que na pratica o profissional contribua para o processo educacional sua atuacao precisa ser critica e
participativa e que por ventura esteja relacionada com a realidade, baseada no conhecimento em sua totalidade.
Contudo, para Backhaus (1992, p.54), existem alguns processos que podem ser utilizados com êxito pela equipe
interdisciplinar, esses processos são:
• Ter sempre presente que a pessoa (indivíduo) deve ser considerado na sua experiência,
no processo de trabalho grupal e comunitário e no contexto onde ela própria constrói e vai
se construindo;
•Levar em conta a questão da “motivação” dos integrantes do grupo, como ênfase a
realização de um bom trabalho;
• Buscar a conquista de espaços dentro e fora do grupo- “posicionar-se”;
• Expor sentimentos, usar de franqueza e espontaneidade nas trocas com os outros
integrantes do grupo, nas discussões, trabalhar a “idéia” e, sobretudo, perguntar a “união
grupal ”;
• A conquista da liberdade de opinião é primordial à interação grupal; os posicionamentos
devem ser discutidos em nível de equipe (profissionalmente) e não a nível pessoal. Os
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resultados precisam vir ao encontro, visando o aperfeiçoamento do conjunto.
(BACKHAUS,1992, p.52).
Nota-se que a autora aponta para que os profissionais façam interação de saberes e dinâmicas na realização de suas
praticas, porque quanto maior o grupo se interage maior se torna a busca por conhecimento, promovendo um trabalho
unificado com melhores condições de confrontar, intervir e solucionar os problemas contidos na realidade .
[...] pensar sua inserção na área de educação não como uma especulação sobre a
possibilidade de ampliação do mercado de trabalho, mas como uma reflexão de natureza
política e profissional sobre a função social da profissão em relação as estratégias de luta
pela conquista da cidadania através da defesa dos direitos sociais das políticas sociais.
ALMEIDA (2000, p.2)
A teoria de Gramsciana auxilia na profissao do assistente social onde os estudos de Antonio Gramsci sobre sociologia,
teoria politica e antropologia reconhece a importancia de um unico sujeito nas inumeras mudanças. Contudo, em meio às
mudanças ocorridas atualmente o serviço social vem a nortear uma reflexao politica direcionando a comunidade ao
conhecimento de seus direitos e deveres para que seja exercida cidadania.
Isso também serviu de base para o levantamento das pesquisas de LOPES (2005) que retrata Serviço Social e Educação
como uma interatividade mutua e necessária, onde a parceira de um serviço social no ambiente escolar só traz benefícios à
comunidade, família e ao próprio aluno resolvendo assim a questão social sobre o assunto.
Todavia, diante desse contexto educacional social segundo Novais (2001) a pratica do Serviço Social é fundamental, e suas
técnicas de trabalho são de inteira importância para a realização coerente e disciplinada onde o profissional está apto a
fazer um estudo e diagnostico da realidade escolar, trabalhar com interdiciplinaridade, criar projetos ente familia e escola e
comunidade e se articular com outras instituiçoes de ensino afim de criar uma rede de parcerias para possiveis
encaminhamentos pertencentes ao papel do assistente social. Isso tudo tambem esta previsto no Codigo de Etica
Profissional de Serviço Social sob a Lei 8662/93 que regulamenta a profissao do Art. 4º e 5º.
Bullying na escola: fatores que incentivam essa pratica.
MC PIANA 2003 comenta que o setor educacional sempre foi e será de grande importância para o desenvolvimento, seja
de uma cidade, país ou nação. Entretanto, formar um cidadão de bem ainda consiste em ter que superar inúmeras
dificuldades no ambiente escolar. Embora a evasão escolar, dificuldades no ensino, falta de materiais e entre outro sejam
um problema na área da educação, a violência na sala de aula talvez seja o maior e mais grave resultado que enfrentamos
no mundo contemporânea
Já para FANTE a violência no âmbito escolar é uma ameaça às crianças e ao jovem adolescente, denominada Bullying,
palavra inglesa que significa intimidação ou valentão. é uma palavra que está em moda devido aos frequentes casos de
agressões e perseguições entre alunos detectados nas escolas publicas ou privadas, fazendo com que muitos desses
estudantes vivam situações verdadeiramente aterradoras.
Contudo o Bullying refere-se a todas e quaisquer formas de atitudes agressivas e recorrente sem motivação evidente. A
criança que comete o "bullying" o faz para impor seu poder sobre o outro, tendo-o assim sob seu completo domínio durante
meses e às vezes anos.
[...] um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem
motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia
e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam
profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e
infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e
materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying (FANTE, 2005, p. 28)
Segundo pesquisas do GUIA INFANTIL a vítima sofre calada na maioria dos casos a intimidação levará o individuo a sentir
angustia, dor, medo, que ate em alguns casos levam a ter atitudes absurdas como suicídio.
O estudo sobre o bullying existe à décadas, entretanto no Brasil se iniciou por volta de 1990. “O centro multidisciplinar de
Estudos e Orientação sobre o bulliyng Escolar” (CEMEOBES,2005) observou uma maior incidência de bulliyng praticado
por crianças e jovens em 45% dos estudantes brasileiros do ensino fundamental em oito cidades do país em 2007.
O comportamento agressivo entre estudantes é um problema universal, tradicionalmente
admitido como natural e frequentemente ignorado ou não valorizado pelos adultos.
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Estudos realizados nas duas últimas décadas demonstraram que a sua prática pode ter
consequências negativas imediatas e tardias para todas as crianças e adolescentes direta
ou diretamente envolvidos (LOPES NETO, 2005)
Onde houver relações humanas e principalmente na vida escolar que faz parte da rotina de crianças e jovens sempre
haverá a presença de uma forma de intimidação ou violência. Denominando-se Bullying que no Brasil é traduzido como
"valentão". Alguns países apresentam características peculiares sobre este fenômeno, como exemplo nos EUA o bullying se
apresenta de forma muito mais grave como casos de homicídios coletivos e suicídios devido a facilidade de terem acesso a
armas de fogo. Já no Brasil observa-se manifestações similares, porem com peculiaridades locais onde o uso de armas
brancas são mais frequentes do que armas de fogo.
Segundo SILVA, Um dos fatores que levam a alunos a praticarem bullying é a violência na forma de descriminação. Mais
comum em escolas particulares, como por exemplo em muitas regiões do país os descendentes nordestinos, ainda que
favorecidos economicamente, costumam sofrer discriminação em função de seus sotaques e hábitos típicos.
...é necessário sempre anali sar, de maneira individualizada, todos os comportamentos de
bullying, pois as suas formas diversas podem sinalizar com mais precisão as possíveis
ações para a redução dessas variadas expressões da violência entre estudantes.
(SILVA,2010).
SILVA ainda continua que muitos outros fatores são causadores de violência, seja ela no âmbito escolar, no país ou em
outras nações, onde as marcas dessa questão são variadas como diferenças culturais, racismo, religião e fatores
econômicos. Entretanto existem casos em que essa violência é gerada de forma pessoal, onde o próprio individuo constrói
fatores que acabam resultando em situações de desrespeito, intimidação e por fim a agressão propriamente dita.
Contudo esses fatores pessoais são geralmente influenciados por insuficiência na educação familiar, ambição ou uso de
drogas. Onde hoje comumente há facilidade de jovens adquirirem armas e drogas. Próximo às escolas e muitas vezes em
meio aos próprios alunos o uso de substancias psico ativas perturbam e influencia jovens e crianças, que nem sempre
usam drogas por falta de entendimento, mas por simples curiosidade e influenciade amigos. Entre outras formas de contato
com substancias que não deveria ser utilizadas por crianças um estudo de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar (PeNSE), em todo o País 66,6% dos Alunos já experimentaram álcool e 19,6% já fumaram cigarro.
Entretanto de acordo com MV FRANCISCO, para entender como os fatores externos e internos representam no cotidiano
escolar é necessário identificar os possíveis grupos criados dentro da instituição, e por sua vez fazer a integração desses
alunos. O bullying geralmente se caracteriza pela influencia do mais forte sobre o mais fraco onde no Brasil o bullying e
traduzido como "valentão". Assim o individuo ou grupo de indivíduos por sua vez conseguem identificar aqueles que não
podem se defender, muitas vezes por ser mais fraco ou por ter medo de retaliações futuras. O que no caso se estabelece a
relação de agressor e vitima, e em muitos casos existe apenas um agressor, porem alguns participam de forma imparcial a
favor do agressor para se destacar ou com medo de ser a próxima vitima.
SILVA mostra que muitas intimidações na escola acontece pelo fator racial, onde mesmo alunos convivendo com a
diversidade de raças dentro e fora da escola ainda implica-se sobre a questão de cor, e muitas vezes aliando-a por
preconceito à sua etnia e classe social. Onde se faz comum definir que negros são pobres e brancos são ricos. E partindo
dessa ideia inicia-se a violência, seja ela direta ou indireta.
Por sua vez a violência na escola gerada pela diferencia étnica de raças geralmente são indiretas, principalmente cometida
por alunos do sexo feminino onde a discriminação são acometidas por olhares, cochichos, distanciamento e comentários de
duplo sentido. Porem para os estudantes do sexo masculino é comum a abordagem direta, seja ela por xingamentos,
ameaças, intimidações e agressões físicas.
“ Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto,
por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais
visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e
isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto
no ambiente doméstico” .(SILVA,2010).
Continua SILVA a apontar a violência escolar também esta ligada à desigualdade social, entretanto esse conceito que
determina a violência de um aluno sobre outro pode ser equivocado se não tratarmos a família ou conjunto familiar da
criança e adolescente. Onde entra a questão de educação familiar que por sua vez veem desestruturada por gerações sem
acompanhamento, orientação e educação.
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Consequências que não podemos caracterizar como culpa da família e nem culpa da criança, muito menos do colégio, mas
sim de uma serie de fatores acumuladas e desenvolvidas de geração em geração.
Entretanto fazer com que um aluno desvincule o ambiente escolar de seu convívio familiar ou realidade de sua comunidade
é uma necessidade a ser superada. Pois se tratando de índices econômicos muitos alunos acostumado a vivenciar atos de
criminalidades e extorsão nas ruas ou por sempre esta ouvindo sobre o assunto o incentiva de certa forma a querer adquirir
por meios violentos o que seu colega possui, muitas vezes extorquindo o dinheiro do lanche ou objetos pessoais como
relógios, bonés, acessórios ou muitas vezes celulares. SILVA relata que gerando um circulo de violência física e psicologia
entre alunos, onde muitas vezes os que presenciam tal acontecimento não fazem saber à direção ou supervisão da escola
para não serem alvos desses ataques.
SILVA diz que devemos considerar que a violência no âmbito escolar não esta associada à agressão cometida somente
dentro da escola, pois existem muitos casos da violência entre alunos que ocorrem fora dos muros da instituição, antes ou
muitas vezes depois das aulas, muitas vezes motivadas por coisas fúteis mas que para o agressor se torna uma afronta que
precisa ser resolvido com violência e de preferência presenciada por varias testemunhas.
Nestes casos é que podemos considerar que a violência gera violência, onde a humilhação sofrida por uma criança muitas
vezes a incentiva a repetir este ato com outros colegas para descontar sua ira e indignação por estar muito frustrado ao ser
vitima de bullying.
Segundo SILVA Muitas vezes a motivação para uma agressão verbal ou física entre alunos ocorre simplesmente por ambos
os envolvidos procurarem estabelecer autoridade sobre os demais. E esta autoridade acaba estendendo-se também à
professores onde nas ultimas décadas foram registrados com mais frequência a incidência de agressões a professores por
alunos entre faixa etária de 09 a 16 anos, idade onde adolescentes encontram-se em conflito de personalidade e convívio
familiar mal assistido.
Por sua vez a agressão contra um professor é desencadeada por vários fatores, e um deles é a imposição de respeito e
autoridade entre mestre e aluno. Acostumado a viver em um ambiente sem regras e às vezes sem a presença autoritária do
pai, o adolescente se posiciona no direito de estabelecer seus próprios limites.
SG KEM que retrata sobre a educaçao familiar observa que o papel da escola sobre o aluno se inverte, porque a família
deve ensinar a sua criança estabelecendo educação e respeito, determinando regras e limites, orientando sobre o certo e o
errado. Contudo, o ambiente contemporâneo em que nos encontramos valores familiares estão desestruturados, onde pai e
mãe precisam sair para trabalhar e esta criança por sua vez permanece só ou com parente, creche, amigos etc. Então a
educação familiar e comportamental precisa ser apontada pelo professor, gerando um conflito com o aluno que não esta
acostumado a receber sermões e nem a obedecer um adulto, querendo tratar de igual para igual.
Assim TSC Tavares observa o despreparo de quem leciona em situações de conflito em sala de aula e a falta de um
assistente social ou um psicólogo para indeferir no ocorrido faz com que esses conflitos de identidade acabem gerando
agressões verbais e às vezes físicas, gerando conflitos ainda maiores por acabar envolvendo aluno pais e professores.
Porem ARAMIS observa que o núcleo familiar deve dar a real importância sobre a educação de seus filhos junto a
instituição de ensino, onde a ação pedagógica necessita e cooperação na ação interdisciplinar da criança. Porem a escola
coloca em pauta as dificuldades de interlocução da família e, a família culpa a escola pelo baixo desenvolvimento escolar
de seus filhos.
A escola sempre foi vista como um ambiente saudável, seguro, onde se busca a educação
formal, o conhecimento e a preparação das novas gerações para o enfrentamento da vida
em sociedade como verdadeiros cidadãos. (ARAMIS, 2005).
Pois segundo as observações de ARAMIS as questões sociais como desemprego, moradia, fome, saúde etc. fazem com
que a desestruturação familiar aumente refletindo por sua vez no contexto escolar onde a criança e o adolescente reproduz
o meio em que vive. Contudo essa relação de desigualdade conduziu para o aumento de delinquentes no âmbito escolar e
na sociedade.
Até bem pouco tempo, esse era o valor maior imputado à escola. Hoje, o seu papel vem
mudando drasticamente, ultrapassando sua função acadêmica e passando a responder
também pelas relações interpessoais, formação do caráter, comportamento, áreas de
desenvolvimento tão fundamentais ao crescimento dos jovens. (ARAMIS, 2005).
Devido aos acionamentos mais padronizados da instituição públicas como acionamento a Conselhos Tutelares e Delegacia
da Criança e do Adolescente entre outros mostra uma eficácia maior contra o bullying nas escolas municipais e estaduais
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do que em colégios particulares. Isso porque já existe uma preocupação maior das instituições para reduzirem essa pratica
nas escolas e não há necessidade de esconder os índices de violência, onde em uma escola particular seria uma exposição
negativa em sua região.
Gênese psicológica e social do bullying.
JAF de MENEZES ao procurar soluções para o fenômeno denominado bullying, viu que era necessário entender a sua
origem sob uma perspectiva psicológica. A psicologia é uma ciência que procura entender a mente humana e encontrar
respostas.
De acordo com a INFO ESCOLA a pesquisa sobre bullying se tornou necessária procurar sua causa na origem, e a melhor
maneira de encontrar respostas foi ter uma perspectiva analítica pela Psicologia social Também um saber médico para uma
higiene mental se faz presente, visando desenvolver dispositivos de prevenção dos distúrbios mentais que pude se
multiplicar nas modernas populações urbanas. Então um movimento se reuniu, a partir do início do século XX, na área da
Psicologia Aplicada, especificamente nas áreas da Psicologia Educacional e da Saúde Mental para colocar à disposição
das instituições de saúde e para as famílias os novos conhecimentos observados hospitais psiquiátricos, visando em
contrapartida intervir no plano de gestão dos sistemas de ensino aplicados, e evitar distúrbios mentais provocados pelas
intensas mudanças culturais que a sociedade contemporânea implica ao cidadão.
Houve então uma mudança de pensamento sobre o ser humano através do surgimento da psicologia como ciência,
tratando problemas psíquicos como doenças e não como loucura como exemplo a depressão que era tratado como loucura.
Contudo a psicologia pode ser inserida em vários campos de atuação como a da educação, e se tratando de um assistente
social que também estuda o comportamento humano e faz parceria com a psicologia se mostra eficaz um profissional
dedicado no âmbito escolar para identificar e solucionar problemas ocorrido
Todavia SILVA diz que entendendo o problema de forma particular e o aluno em sua totalidade com experiência ao logos de
seus dias, suas emoções, pensamentos e identidade pessoal podemos transformar e melhor, pois o homem esta suscetível
a mudança a partir de sua vivencia no meio em que vive .
Ao longo da vida o ser humano no grupo familiar e grupo escolar por exemplo pode nos mostrar que viver em grupo é uma
necessidade que faz parte da vida humana já que não somos uma ilha, e nao podemos ser, e essa vivência irão contribuir
para o desenvolvimento de um grande cidadão. Onde FERRATER (2001) aponta que de um grupo sobressai em um sentido
mais amplo que pode se referir a modos diferentes de relacionar realidades: séries, classes naturais, estruturas funcionais,
sequencias causais.
E FARRATER continua mostrando que ha uma diferença entre grupo e agrupamento, onde a participação das pessoas é
que diferem os dois. como exemplo pessoas esperando por um ônibus podem ser considerado um agrupamento, porem se
algumas pessoas se unirem para usarem o ônibus para um destino em comum formam um grupo.
Então entender a vivencia social frente ao grupo que se esta inserido pode dizer muito sobre o seu comportamento. há
transformações e relações na vida de todo ser humano, embora isso se apresente de forma mais evidente na adolescência
devido às questões culturais e biológica. Então criar um modelo que guie o comportamento das novas gerações é um
desafio cada vez maior, devido a crise no modo econômico, familiar, cultural, social e religioso. É evidente a busca por um
ideal referencial em culturas religiosas buscando uma base solida sobre a qual posam se apoiar.
Anteriormente as escolhas e valores eram mais evidentes, porém restritas. Havia uma rigidez ideológica mais presente e
menos democrática, contudo mais determinada.
A criminologia é a ciência que estuda o fenômeno criminal e em resumo, busca o seu
diagnostico, prevenção e controle. Para tanto, ela utiliza uma abordagem interdisciplinar e
se vale do conhecimento específico de outros setores, como sociologia, psicologia,
psicologia, psiquiatria, etc, para lançar um novo foco, com busca de uma visão integrada
sobre o fenômeno criminal." (Prof. Lélio Braga Calhau, promotor da Justiça do Ministério
Público do Estado de Minas gerais).
O professor LELIO BRAGA retrata que a ilusão de um mundo perfeito faz com que as pessoas sofram ao fazer de tudo para
alcançar esse estilo de vida, o que faz também com que a frustração de não conseguir permitam um estado em que o
indivíduo esteja predestinado a fazer coisas horríveis.
As relações estão fragmentadas, há uma falta de convivência, os pais trabalham horas para dar uma vida e estudo melhor
aos filhos, é difícil uma família se reunir para o almoço e até mesmo para o jantar, a correria tomou conta de nossas vidas,
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isso acarreta uma falta de diálogo, entre os pais e filhos. A falta de convivência e de diálogo se reflete nas escolas, os
alunos não estão habituados a conversar e sim a competir.
Moreira 2004 diz que para se identificar as formas de violência dentro de uma escola são necessários conhecer as formas
como atuam estes alunos agressores. e preciso estar atento para identificar entre esta ações de intimidação, com a verbal,
provocadas por insultos, ofensas e apelidos pejorativos.
Também há agressões físicas como bater, empurrar, beliscar, destruir pertences ou furtar objetos. O psicológico tende a
humilhar, chantagear, intimidar, excluir e difamar o aluno. E existem casos mais extremos como o abuso e violência sexual
iniciadas com assedio e insinuações.
Todavia, não só no Brasil mas em todo o mundo, a violência na escola é sem dúvida um problema que necessita de maior
atenção. Então precisamos encontra na literatura psicológica anglo-saxônica tudo o que conceitua os comportamentos
agressivos e anti-sociais, em estudos sobre o problema da violência escolar
Freire (2005). Temos a necessidade de nos humanizar, pois temos consciência que somos incompletos. Para uma
educação verdadeira humanista, devemos desvendar os mitos com os quais se pretende manter o homem desumanizado,
esforçando-se para não ocultar essa realidade. Isso é o que permitirá ao homem externar sua real vocação: a de
transformar a realidade. E para poder transformar a realidade, deve-se conhecê-la muito bem, criticá-la, resenhá-la.
A existência de bullying nas escolas tem sido tema reiteradamente investigado nos últimos anos, no exterior e no Brasil. O
termo em inglês refere-se a uma denominação diferenciada para a violência nesse âmbito, evidenciando uma repercussão
negativa da violência nas relações entre pares, com destaque para o ambiente escolar. Já falamos que o Bullying
caracteriza-se por atos repetitivos de opressão, tirania, agressão e dominação de pessoas ou grupos sobre outras pessoas
ou grupos, subjugados pela força dos primeiros. Trata-se de indivíduos valentes e brigões que põem apelidos pejorativos
nos colegas, aterrorizam e fazem sofrer seus pares, ignoram e rejeitam garotos da escola, ameaçam, agridem, furtam,
ofendem, humilham, discriminam, intimidam ou quebram pertences dos colegas, entre outras ações destrutivas Lopes,
Aramis Saavedra ( 2003).
“Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido
humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência”(Maluh Duprat).Não é interessante
responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. “Outra coisa
importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios
complexos, de superar com a ajuda da família ou dos superioresno trabalho uma situação de confronto maior que seus
recursos internos”.
O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua autoridade sobre outrem, mediante
coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um grupo; de autoafirmação, de chamar a atenção para si. Possui
ainda, a inabilidade de expressar seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores
e sentimentos
Esta Síndrome apresenta sintomatologia: irritabilidade, agressividade, impulsividade, intolerância, tensão, explosões
emocionais, raiva reprimida, depressão, stress, sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É
oriunda do modelo educativo predominante pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente exposta a estímulos
agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os intrometa inconscientemente ao seu repertório comportamental e
transforma-se posteriormente em uma dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará
predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de desenvolvimento
social.
As consequências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o
desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão
escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na autoestima, o stress, os sintomas
psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.
È necessário que todos os envolvidos com a educação se conscientizem sobre a gravidade desse problema e elaborem
planos de ações a serem desenvolvidos no ambiente escolar e na sociedade. Ações que despertem os alunos de todos os
níveis de escolaridade, para respeito, amor, companheirismo, ética, criticidade, compreensão, amizade, valores humanos,
harmonia, sabedoria, dignidade e tantas outra virtudes - que se encontram desvinculadas dos conteúdos escolares e do
alcance das famílias - têm que ser levadas diariamente às diversas Instituições educacionais.
Classificaçao dos alunos envolvidos.
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Através de estudos sobre a violência no âmbito escolar FANTE mostra que há possibilidade de identificar os tipos de
envolvidos, onde apresentam-se quatro deles; alvos, autores, alvos-autores e agressores. onde os alvos são os alunos
sofrem o bullying geralmente impossibilitados de reagir às vezes por não possuírem rendimento físico e por serem passivos,
alem de serem pouco sociáveis, inseguros e possuem dificuldade de se adequarem a grupo de alunos.
A baixa autoestima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos
sobre seu sofrimento. Alguns creem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos
amigos são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade
sofridos (Lopes Neto e Saavedra, 2003)
Por ventura no envolvimento do bullying existem os autores, denominados agressores que praticam a violência. Destacam-
se por serem mais fortes e possuem pouca empatia em relação aos seus colegas de classe, geralmente pertencem a
famílias desestruturadas onde há pouco relacionamento afetivo ou muitas vezes sofrem violência familiar como forma de
correção para seu comportamento.
Seus pais e/ou responsáveis exercem sobre eles uma deficitária supervisão, além de,
muitas vezes, oferecerem comportamentos violentos como modelo para solucionar
conflitos, o que os leva a já apresentarem indícios de mau-caratismo e a adotarem
condutas antissociais, como roubo, vandalismo e o uso de álcool e nicotina (Lopes Neto e
Saavedra, 2003)
Os alvos autores são aqueles que geralmente sofrem bullying mas tendem a encontrar indivíduos mais submissos para
repassar a agressão sofrida. E por fim mas não menos importante são as testemunhas, que por sua vez presenciam a
pratica de bullying mas não se manifestam por medo de serem os próximos alvos.
O medo, a dúvida sobre como agir e a falta de iniciativa da escola são fatores que acabam
promovendo um clima de silêncio e de omissão nas testemunhas. O rendimento escolar
destes alunos poderá decrescer, uma vez que passam a considerar a escola como um
espaço inseguro (Fante, 2005).
Seja em maior ou menor proporção, FANTE mostra que todos que sofreram intimidações ou agressões sofrem ataque de
bullying, e suas consequências. Alguns sofrerão marcas profundas em sua vida adulta com relação às agressões sofridas,
necessitando de apoio de um psicólogo para a superação desses traumas.
Atualmente as escolas conseguem identificar apenas algumas características do fenômeno e apresenta dificuldades na
compreensão do bullying por se tratar de uma situação complexa que engloba características diversificada tratando-se de
uma violência continua e sufocante que compromete o desenvolvimento da criança causando-lhes traumas e bloqueios que
serão lembrados por toda uma vida
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos;
problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia
e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying
também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a
que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de
esquizofrenia, homicídio e suicídio.(CONSTANTINI,2000)
Considerando que a escola precisa ser um local seguro e agradável, CONSTANTINI mostra que ela pode ser o caminho
para influenciar comportamentos, ideias e valores, tanto para os alunos que terão a capacidade de agir com consciência e
responsabilidade, quanto para os profissionais envolvidos na instituição escolar que precisam estar preparados frente a
ocorrência de qualquer eventualidade contra um aluno.
Compreende-se que a escola precisa ser um local seguro e agradável para permitir que a criança se socialize-se e
desenvolva responsabilidades assumindo suas próprias ideias e modelo. Outrora, para se atingir os objetivos que a escola
almeja necessita-se de um eficaz desenvolvimento no processo de ensino.
SILVA diz que é de suma importante que os responsáveis inseridos na escola identifiquem com qual tipo de agressor estão
lidando, uma vez que existem motivações diferenciadas. Onde muitos se comportam assim por nao possuir limites em seus
ensinamentos e processos educa cionais dentro do ambiente familiar. Outros carecem de uma educação que seja capaz de
associar a autorrea lização moldada com atitudes socialmente produtivas e solidárias, estes procuram nas ações maldosas
um meio de adquirir poder e status, e reproduzem e associam os modelos domésticos na sociedade.
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Também há os infratores que enfrentam dificuldades momentâneas, como a ausência de recursos financeiros ou em
conjunto com a separação traumática dos pais, e muitas vezes doenças na família etc. A vio lência por parte desses jovens
é um fato novo no modo em que vemos o seu modo de agir e, portanto, circunstancial. E também há a minoria dos
opressores, porém a mais perversa. (SILVA,2010) diz são crianças ou adolescentes que apresentam a transgressão como
base es trutural de suas personalidades. Falta-lhes o sentimento essencial para o exercício do altruísmo: a empatia.
Discutindo soluções para a Agressividade Escolar
Segundo ALEXANDER a agressividade dos alunos nas escolas cada vez mais vem chamando a atenção da Comunidade
escolar. É um assunto polêmico e abrangente dentro da área da Educação e na comunidade que a cerca. No mundo
contemporâneo em que nos encontramos não é novidade saberque há frequentemente casos de agressividade cometidas
por crianças e adolescentes na escola. Segundo Lev Semenovitch Vygotsky, o homem é um ser social e as condições
sócio-culturais o transformam profundamente, desenvolvendo uma série de novos conhecimentos.
A agressividade entre crianças e adolescentes veem alcançando grandes proporções, e devido à desestruturação da família
incitadas por questões sociais fazem com que este problema aumente, sendo que a criança reproduz o meio em que vive.
Estas questões relacionadas com a desigualdade, exclusão social tem conduzido ao
crescimento da delinquência e da violência, quer na sociedade ou no interior da escola
(FERNANDES, 2000).
Continua FERNANDES que a característica de sociedade capitalista faz com que a família se torne escrava do trabalho e
do consumismo trazendo uma nova forma para a instituição chamada família. Contudo a escola precisa acompanhar essa
problemática para tornar o ambiente educacional sociavelmente saudável, já que a família não ensina seus filhos a
importância de socializar-se.
De acordo com Selma Garrido Pimenta: “A transformação da família, a partir do século XVII, altera as relações de
sociabilidade, em particular entre as gerações, passando a retrair-se na vida privada e delegando à escola o papel de
socializar suas crianças.
Se ensinar é mais que transmitir conteúdos, ou seja, é poder gerir relações com o saber,
aprendizagem implica uma tensão, uma violência para aprender” BENAVENTE (1994 pág.
152).
De acordo com VEIGA, é de suma importância reflexionar e procurar soluções para a agressividade escolar no ensino
fundamental, onde estão os primeiros contatos constante com indivíduos que não fazem parte de seu circulo familiar. E esta
questão não sendo combatida no inicio pode se tornar base para a violência urbana como vivenciamos nos dias atuais. De
acordo com SILVA (2003) há alerta para as dificuldades no relacionamento de aluno e escola e de alunos e professores, o
que aumenta a violência no espaço escolar relacionado a sociedade, inclusive de fundo emocional.
Portanto a estrutura do poder da escola, as expectativas dos pais na educação da escola e professores são aspectos a
serem analisados para se fazer o conhecimento da agressividade na sala de aula. Como BARROS aponta que o ambiente
escolar não pode deixar transparecer para a criança ou adolescentes e jovens sentimentos de insegurança, ansiedade e
dificuldades de interação com o grupo. Pois caso contrario a conduta agressiva para ele ainda vai ser a única forma de
resolver conflitos. A criança não possui um código de ética, não aprendeu ainda ou nao sabe o que é ser gentil e solidário,
este ensinamento veem dos pais, diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Limites sem Traumas.
Devido a sua importância com relação ao comportamento humano e frente ao aumento
considerável da violência em nossa sociedade, a agressividade na fase escolar, vem
despertando especial atenção de vários estudiosos (AQUINO, 1998; ZAGURY, 1995;
BARROS, 1988).
A violência neste caso é considerado por qualquer uso de força, seja ela física ou moral. "O meio em que a criança esta
inserida é um dos fatores que mais influência na conduta da agressividade (SILVEIRA, 2003)".
Contudo devemos considerar que a escola embora seja um mecanismo de reprodução sócio cultural, ela também pode
reproduzir a própria violência ao permitir que a agressividade se dinamize no cotidiano escolar, e no meio dessa
ambiguidade que se faz necessário aprender sobre essas manifestações. Pois Segundo Moser (1991), "a agressão é um
comportamento interativo, específico que envolve um agressor e uma vítima"
A homogeneização é exercida através de mecanismo disciplina, ou seja, de atividades que
esquadriam o tempo, o espaço, o movimento, gestos e atitudes dos alunos, dos
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professores, dos diretores, impedindo aos seus corpos de uma atitude de submissão e
disciplinaridade. GUIMARÃES (1992).
Nas salas de aula é que se formam complexas rede de relações, e na medida em que se perde a percepção disso os
conflitos se direcionam para o professor ou para alguns alunos, sendo assim cada um passa a ser movido por ordem ou
obrigação, e não uma coletividade incorporada. ZAGURY diz que assim, a diversidade que compõe uma sala de aula que
muitas vezes impede a tranquilidade implica no modo em que o educador pensa sobre a garantia do seu lugar pela ordem.
Mesmo com todos os defeitos, a instituição escola é ainda um lugar em que as novas
gerações convivem com respeito e a orientação, é ainda um lugar em que o saber é
valorizado e no qual, apesar de seus erros e problemas, o ser humano socializa, aprende
a conviver, torna-se um cidadão. (ZAGURY, 1996 p.56).
A agressividade é muito incentivada pelos meios de comunicação e em particular a TV, agravada pela ausência de
estruturas que possam fazer frente aos atrativos que a sociedade oferece. Estes aspectos são confirmados por BEE (1997),
quando mesmo colocado como sendo determinantes de agressividade, fatores biológicos e sociais como falta de limites,
temperamento, interações familiares, e exposições frequente à violência televisiva.
Outra causa para explicar a agressão escolar é que geralmente ela é fortalecida pelo
reforço, isto é, se o indivíduo agride, geralmente recebe uma punição por agressão, o que
faz revidar novamente, aumentando a agressividade (DROUET 1990,pág 176).
As causas que motivam à agressividade são complexas, por isso deve-se compreender o fator psicológico desde uma
reação a suas frustrações ou uma reprodução do comportamento de seus pais e circulo social. Entendendo a sua
motivação pela agressividade é possível favorecer aspecto para desenvolver impulsos amorosos incentivando a
solidariedade, cooperação e respeito para consigo mesmo e à todos os demais.
“O elemento de verdade por trás disso tudo, elementos que as pessoas estão tão
dispostas a repudiar, é que os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e
que, no máximo podem defende-se quando atacados; pelo contrario, são criaturas cujos
dotes instintivos devem-se levar em conta uma poderosa quota de
agressividade”(FREUD.Pág 167).
Falta de atenção, agressividade, baixo rendimento escolar, baixa auto-estima, falta de cuidados com o corpo, falta de
respeito com os colegas, professores e funcionários, violência etc. Enfim, qual o professor que não se deparou com esses
"problemas?" Acredita-se que todos ou quase todos.O que fazer para melhorar esse quadro. Como a Educação Física
Escolar poderá contribuir diante destes comportamento. Sabe-se que o comportamento dos alunos está diretamente ligado
ao meio em que vive. Quase sempre as relações sociais exercem grandes influências sobre as suas atitudes. entende-se
que, o processo de socialização é o ponto de partida para as mudanças de atitudes.Segundo Cardoso (1995) a Educação
Física na abordagem holística, aplica a sua atividade em direção ao desenvolvimento corporal exterior e interior, no entanto,
não abandona os tradicionais exercícios físicos, destacam a importância dos exercícios de concentração e relaxamento,
cuidados com a respiração e alimentação adequadas.
A esse respeito Henneman (1985) diz: "O processo de socialização inclui a modelagem e o desenvolvimento da
personalidade, motivação, atitude e, mesmo, da percepção através de contatos com outras pessoas" e continua: " É um
processo de aprendizagem social pelo qual a criança adquire as habilidades, costumes e atitudes daqueles junto aos que
cresce - sua família, colegas, professores e outros com quem entra em contato freqüentemente". (p.107).Uma das funções
da escola é promover esse processo de socialização.E, o professor de Educação física tem uma parcela importante dentro
deste processo.
Portanto, é muito importantea relação que os alunos mantém nos diversos ambientes sociais e, também a co-relação entes
eles. A influência que um exerce sobre o outro. O professor de Educação Física Escolar não poderá fechar os olhos e
desprezar tal importância. Para Freire (1991), as atividades de Educação Física deveriam cuidar do domínio do corpo e da
mente, o que significa proporcionar o auto-conhecimento (apud, SILVEIRA, 2003).
A Educação Física Escolar veio se unir as outras disciplinas e participar ativamente da proposta pedagógica da escola. A
Educação Física muitas vezes, ou melhor, quase sempre é colocada a parte do universo educacional. Como se estivesse à
parte da educação escolar. Isto é histórico. práticos, diretos. Atualmente, a Educação Física Escolar engloba em seus
objetivos desenvolver e conhecer os seus alunos não somente por meio da capacidade motora, mas também como
desenvolver a capacidade de transformação pessoal, aspecto fundamental para a melhora no âmbito social. Marinho (1993)
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acredita que as atividades de Educação Física podem atuar no comportamento do aluno, nas suas atitudes e até mesmo
em sua personalidade.
A teoria e a prática devem caminhar juntas. Elas são o ponto de partida para uma mudança significativa dentro do universo
escolar. A Educação física sozinha não fará milagres, mas poderá contribuir e muito para a socialização dos alunos,
desenvolvendo dentro de suas aulas a valorização da cidadania, fazendo com que os alunos cresçam mais conscientes de
sua função na sociedade. Fazendo valer os seus direitos e deveres, formando cidadãos críticos de sua realidade,
articulando as múltiplas dimensões do seres humanos. Na realização do ensino da Educação Física, a aula constitui o elo
decisivo do processo de educação e formação. A aula representa a unidade pedagógica e organizativa básica essencial do
processo de ensino. Constitui o verdadeiro ponto de rotação do pensamento e da ação do professor. (DREWS,
FUHRMANN E BAESKAN apud BENTO, 1987).
A Educação Física Escolar de acordo com o tema transversal cidadania, deverá ser trabalhado nas aulas de Educação
Física Escolar, objetivando que o aluno seja capaz de compreender a cidadania como participação social e política,
fundamentada no exercício de direitos e deveres. P C N
Um dos maiores direitos que as crianças possuem são roubados diariamente. É o direito de brincar. E a Educação Física
Escolar poderá resgatar um pouco desse direito, através de um professor consciente de sua responsabilidade como
educador.Colocando desta forma parece que a Educação Física Escolar é a grande salvadora. Mas não é bem assim. Ela
vem apenas somar e contribuir para uma maior valorização humana dentro do universo escolar. A escola não é somente um
lugar de transmissões de conhecimentos. Ela forma cidadãos críticos e conscientes de seu valor e dignidade dentro da
sociedade.(SCHIEIBER; SCOPEL; ANDRADE, 2005).
A importância do Recreio nas Escolas
Nas açoes para combater a violencia escolar boas praticas no recreio tambem é fundamental, porém não deve ser
confundida com o mero e repetitivo intervalo, com a monotonia do comportamento ciclo, aparentemente sem alvo ou
objetivo.
A recreação não deve ser vista como simples brincadeiras, sejam elas infantis ou para adultos, deve ser analisada e
respeitada, principalmente como formadores de opiniões e como cidadãos.A recreação é uma prática prazerosa em que os
alunos participam de atividades descontraídas ela é uma importante estratégia de inclusão e socialização, pois desenvolve
as habilidades psicomotoras das crianças e, esse processo de educação se dá através da convivência dentro de locais
especializados que transmitem valores indiretamente (NOGUEIRA & MARTINEZ 2008, p.14).
Continuando Martinez, é preciso entender que a psicomotricidade é muito mais abrangente do que isso, pois a educação se
faz sobre tudo, dando oportunidades a criança de viver experiências ricas de interação com o meio e com as outras
crianças; de ser espontâneo, de movimentar, correr, saltar e jogar. O lúdico é uma linguagem natural da criança é
importante que esteja presente na escola desde a educação infantil.
As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa
mensagens, mostrando como ela interpreta enxerga o mundo, o brincar é um direito de
todas as crianças. A partir do momento que uma pessoa passa a concretizar essa vontade
chamada lazer, ela está tendo sua recreação. Deve-se observar que a recreação não é a
atividade, mas sim o fato de estar-se concretizando esse anseio. Recreação é uma
circunstância, uma atitude. (CAVALLARI E ZACARIAS 2001 Pág 14).
A brincadeira torna o sujeito ativo, criativo, e lhe dá oportunidade de se tornar um discente propenso ser bondoso, amar ao
próximo, a ser solidário, reduzir a agressividade, interagir na sociedade e construir seu próprio conhecimento; brincando irá
desenvolver suas coordenações motoras grossas e finas, tendo noção de lateralidade, em cima, em baixo, esquerda direita,
largo, fino, grande pequenas, memorização, observação, noções temporal, espacial, esquema corporal. Vygotsky (1984). “É
no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera congnitiva”. Para o autor a criança comporta-se de forma mais
avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de
sobrevivência de subordinação as regras.
Ir à escola, brincar, descansar, receber carinho, crescer com saúde... Esses e muitos outros são direitos das crianças que
todo mundo deve respeitar. A infância é uma época especial da vida, a criança necessita muito de brincar logo a liberdade é
muito importante para crianças porque através dessa liberdade as crianças conseguem descobrir muitas coisas sozinhas.
Hoje as crianças nas escolas sentem mais a necessidade de brincar porque são menos livres em relação alguns anos atrás,
passam mais tempo na escola pressas. Por isso, é necessário que as crianças nas escolas deveriam ter as aulas mais
ligadas ao espaço exterior e ainda mais tempo para estarem a brincar no recreio sem regras. Para Mian (2003), recreação
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significa satisfação e alegria na quilo que faz retratar uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse de se
mantém por si só sem nenhuma coação interna ou externa de forma obrigatória ou opressora
O recreio é um momento muito especial da vida na escola para toda a comunidade que faz a escola. Não pode ser
entendido como mero descanso ou passatempo. Precisa-se investir criativamente no recreio escolar não só para os alunos,
mas também para os professores e todos colaboradores da escola. A intergeracionalidade e transculturalidade devem
integrar as novas perspectivas para o recreio escolar. Educação para o lazer, è necessário pensar seriamente nisso...
Embora, deva ser considerado um espaço-tempo para vivências de plenitude do ser humana.
Recrear é satisfazer o espírito estético do ser humano rico possibilidades culturais, permite
escapar do desagradável,utilizando excesso de energia ou diminuindo tensão emocional; é
experiência, complementa atividade compensadora descarrega impulsos agressivos, fuga
de pressão social que provoca frustração momentânea ou ansiedade. (Gouvéia 1963).
A necessidade da existencia do recreio é indiuscutivel é o momento que as crianças aproveitam para se movimentar.Além
da importância do brinca, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), salientam a necessidade da escola proporcionar
uma educação que vá além dos tradicionais conteúdos de cada das disciplinas, destacan-se a formação ética dos alunos.
Conforme Figueiredo (2005)

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