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Princípio do Registro pelo Valor Original

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O Princípio do Registro pelo Valor Original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. A rigorosa observância desse princípio é do mais alto interesse da sociedade como um todo e, especificamente, do mercado de capitais, por resultar na unificação da metodologia de avaliação, fato essencial na comparabilidade dos dados, relatos e demonstrações contábeis e, consequentemente, na qualidade da informação gerada, impossibilitando critérios alternativos de avaliação. A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do patrimônio e das suas mutações, a fim de obter a necessária comparabilidade e possibilitar agrupamentos de valores. Além disso, esse aspecto particular, no âmbito do Princípio do Registro pelo Valor Original, visa afirmar a prevalência da moeda do país e, consequentemente, o registro somente nela. Portanto, quaisquer transações em moeda estrangeira devem ser transformadas em moeda nacional no momento do seu registro. O Princípio do Registro pelo Valor Original estabelece que os componentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à entidade, estabelecendo, pois, a viga mestra da avaliação patrimonial, ou seja, a determinação do valor monetário de um componente do patrimônio. Em resumo, a aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta que:
a) a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;
b) o bem, o direito ou a obrigação, uma vez integrada ao patrimônio, não poderão ter seus valores intrínsecos alterados, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
c) o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive na saída deste.
;d) o uso da moeda do país na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa.
2.1.3 - Custo Corrente
É uma modalidade de avaliação de ativos que representa o preço de troca, que seria exigido para obter o mesmo ativo ou um equivalente. É considerada também como uma medida apropriada para se estabelecer o “Far Value”, valor justo, do ativo.
Assim, o custo corrente de um ativo em uso, seria determinado pelo preço de mercado do mesmo ativo ainda não usado, deduzindo-se deste a depreciação, se houver, ou a parcela que gerou benefício para a organização.
Para Martins “ ... é o custo corrente de aquisição dos “inputs” que a firma utilizou para possuir o elemento do ativo” (Tese de Doutoramento, 1.972). Nesta concepção, esse autor faz uma distinção entre o ativo fabricado pela empresa, cujo custo corrente é a soma de todos os “inputs” e quando a empresa adquire o ativo, o custo corrente é o valor pago para adquiri-lo.
Para Hendriksen “Este preço de troca corrente é o preço de custo que é obtido de cotações num mercado no qual a firma adquiriria seus ativos ou serviços; não pode ser obtido em cotações de mercado em que a firma realmente vende seus ativos ou serviços” (Teoria da Contabilidade, 1.999).
Esta forma de avaliação de ativos tem como prováveis usuários, aqueles que estão ligados ou são responsáveis pela gestão financeira das organizações.
 
2.1.3.1 - Vantagens do Custo Corrente
                O custo corrente apresenta algumas vantagens, dentre elas, as seguintes:
 
            Permite uma comparação adequada entre os valores correntes de receitas e despesas;
            Contribui no sentido de aumentar o poder preditivo das demonstrações financeiras; e
            Possibilita a aquisição de mercadorias por preços inferiores aos praticados no mercado.
 
2.1.3.2 - Desvantagens do Custo Corrente
                As desvantagens do custo corrente podem ser, assim, apresentadas: 
            Existe uma certa subjetividade (estimam-se valores) para avaliar itens sazonais e obsoletos do ativo;
            O acompanhamento da variação dos custos é bastante difícil; e
            A evolução e as inovações tecnológicas podem dificultar a comparação de bens adquiridos anteriormente,  por outros atuais e iguais no mercado, por diferenciarem-se nas características intrínsecas, e também no potencial de serviços futuros que ambos representam.

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