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Aula 9 Atendimento a pacientes especiais

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05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&ena… 1/16
Disciplina: Ética na Saúde
Aula 9: Atendimento a pacientes especiais
Apresentação
Iniciaremos a aula conceituando “pacientes especiais” e analisando suas características e
necessidades específicas. Veremos ainda porque o número de casos desta natureza vem
caindo nas estatísticas oficiais.
Analisaremos as características das chamadas Crianças com Necessidades Especiais de
Saúde, ou CRIANES, e os tipos de cuidados específicos e não específicos que são
necessários nesses casos.
Em seguida, veremos os principais aspectos éticos que envolvem atendimentos a idosos e,
finalmente, comentaremos temas como a internação involuntária em pacientes
psiquiátricos e como a legislação vem sendo alterada para dar mais direitos e dignidade a
estas pessoas em seus tratamentos.
Bons estudos!
Objetivos
Identificar a definição de paciente especial;
Reconhecer o conceito de Crianças com Necessidades Especiais em Saúde
(CRIANES);
Verificar os cuidados especiais com idosos e pacientes psiquiátricos.
05/02/2019 Estácio
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Trabalho com crianças com
necessidades especiais
Vamos iniciar esta aula conhecendo o trabalho de Equoterapia realizado com crianças com
necessidades especiais.

Parceria em Sorocaba promove Equoterapia para crianças com necessidades especiais | Fonte: Sorocaba Web TV
https://youtu.be/uSxovGoDPyU
Conceituação
Armando Fourniol Filho (in Celeste, R. et al) define paciente especial, em seu livro
“Pacientes Especiais e a Odontologia” (1998), como:
Parceria em SorocabaParceria em SorocabaParceria em Sorocaba
05/02/2019 Estácio
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
Todo indivíduo que possui alteração física, intelectual, social ou
emocional – alteração essa aguda ou crônica, simples ou
complexa – e que necessita de educação especial e instruções
suplementares temporárias ou definitivamente.
Felizmente, tem sido constatada uma diminuição no número de casos definidos por
“atendimentos especiais” ou registrados como PNEs (Portadores de Necessidades
Especiais) em função de dois aspectos básicos:
1
O avanço tecnológico da medicina, que tem conseguido, através da descoberta de novos
medicamentos e tipos de tratamento, reduzir significativamente muitas patologias.
Em caso da ausência de um tratamento precoce, essas patologias poderiam vir a tornar as
pessoas acometidas e, posteriormente, caracterizá-las como portadoras de necessidades
especiais.
05/02/2019 Estácio
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 Comprimidos em uma bandeja | Fonte: Fahroni / Shutterstock
2
A segunda diz respeito ao próprio estímulo da sociedade em ações de inclusão social, que
têm alterado o perfil destas pessoas e de seus familiares, fazendo com que não se vejam
como pessoas que precisem de atendimento diferenciado.
Grande parte destas pessoas pode, efetivamente, ser atendida em um ambiente
ambulatorial e somente alguns distúrbios ou condições especiais podem exigir
internações, equipamentos especiais ou ainda, em casos mais específicos, a utilização de
medicamentos especiais ou mesmo sedação em certas deficiências mais profundas. Estas,
no entanto, são condições mais raras e especiais.
05/02/2019 Estácio
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 Funcionário com deficiência em um escritório | Fonte:
Wavebreakmedia / Shutterstock
Naturalmente que, na área da saúde, tornam-se mais preocupantes alguns procedimentos
e cuidados aplicados a pacientes PNEs. Equipes multidisciplinares de modo geral
conhecem melhor as necessidades destas pessoas e contam com psicólogos que auxiliam
na elaboração de procedimentos, dinâmicas, no entendimento dos sentimentos dos
pacientes e familiares envolvidos e na compreensão dos aspectos psicodinâmicos.
Qual seria o principal problema para o atendimento a esses pacientes?
A falta de informação
05/02/2019 Estácio
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E a falta de treinamento dos profissionais de saúde
Há pouca informação técnica nos cursos de graduação e o número de profissionais que
realiza tratamento especializado a pacientes com necessidades especiais é muito reduzido.
A odontologia, no Brasil, tem sido uma honrosa exceção, com um incremento grande de
cursos de especialização e uma série de congressos e trabalhos publicados sobre o
atendimento a pacientes especiais.
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De modo geral, os casos mais frequentes de atendimentos especiais se dividem em três
grupos:
1
Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES)
2
Idosos
3
Pacientes psiquiátricos
Crianças com necessidades especiais de
saúde (Crianes)
O termo Crianças com Necessidades Especiais de Saúde , ou CRIANES, surgiu pela
primeira vez em 1998 nos EUA para caracterizar uma clientela específica de hospitais
pediátricos que demandavam um tipo especial de cuidados, seja de forma temporária ou
permanente, e que apresentavam múltiplos diagnósticos médicos, implicando em uma
permanente dependência dos serviços de saúde em diversas especialidades.
1
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 Menino sentado em uma cadeira de rodas | Fonte: Wavebreakmedia / Shutterstock
No Brasil, a população mais carente agrava as estatísticas relativas à CRIANES em função
da pobreza que aumenta a exposição da criança e da gestante ao adoecimento e a
cronicidade de problemas de saúde.
São considerados quatro padrões específicos de demandas especiais de saúde para esta
clientela. São elas:
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1
Crianças com disfunção neuromuscular (requerem reabilitação psicomotora e social);
2
Crianças dependentes de aparelhagem tecnológica (cateter semi-implantável, bolsas de
colostomia, ureterostomia, cânula de traqueostomia etc.);
3
Crianças fármaco-dependentes (antirretrovirais, cardiotônicos, neurolépticos, etc.);
4
Crianças que dependem de modificações na forma habitual de cuidar, incluindo aquelas
que necessitam de alterações específicas nas AVDs .
De modo geral, são todas as crianças que dependem, ainda que em casa, de uma atenção
complexa e contínua. Estes cuidados domiciliares especiais são divididos em duas
categorias:
O cuidado natural, que se intensifica a níveis muito acima dos necessários às crianças em
geral.
2
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O cuidado singular , que se refere aos cuidados próprios, específicos e inerentes à
condição particular de cada criança com necessidades especiais de saúde.
Idosos
A principal questão ética envolvida no trato com idosos diz respeito ao falso pressuposto
de que, por estar velho, o indivíduo perde sua condição decisória ou seu direito à
preservação da privacidade.
A própria família, com o argumento de “poupar” o idoso de ansiedades ou aspectosnegativos, se coloca como intermediária na relação do profissional de saúde com seu
paciente.
 Enfermeira atendendo a uma senhora idosa | Fonte:
Halfpoint / Shutterstock
Esta intermediação só pode ser aceita mediante a comprovação da incapacidade do idoso
em tomar suas próprias decisões e atitudes.
Existem meios adequados de transmitir diagnósticos ou necessidades que minimizam
impactos e danos emocionais desnecessários. Os direitos à informação, privacidade e
confidencialidade do paciente não podem ser quebrados em função de sua idade e sim em
3
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casos de incapacidade, que o fazem necessitar de terceiros que por ele se
responsabilizem.
Nestes casos, é preciso deixar claro que a fidelidade do profissional
de saúde é com o paciente e cabe exclusivamente ao profissional
decidir que informações são essenciais para que os representantes
tomem as decisões necessárias e quais informações são
desnecessárias e dizem respeito, exclusivamente, à pessoa do
idoso.
Nesse sentido, é importante observar que:
O profissional que atende ao idoso deve preservar fundamentalmente o vínculo de
confiança com seu paciente e este vínculo está baseado na integralidade da sua pessoa.
 Homem auxiliando uma senhora idosa | Fonte:
Decorwithme / Shutterstock
A autonomia decisória e as convicções pessoais devem ser respeitadas ao máximo e,
mesmo em situações de incapacidade temporária ou definitiva, o idoso tem direito a ver
respeitadas as decisões tomadas antecipadamente.
Pacientes psiquiátricos
05/02/2019 Estácio
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Dentre os diversos aspectos éticos envolvidos no atendimento a pacientes psiquiátricos,
um tema de especial complexidade diz respeito à internação e tratamentos involuntários e
sua conflitante prática com os princípios do consentimento informado e da autonomia do
paciente.
 Paciente psiquiátrico sendo contido por enfermeiros | Fonte: ALPA PROD / Shutterstock
Historicamente, a prática de aceitar a internação involuntária de doentes mentais tem
relação a dois antigos pressupostos:
1
Periculosidade destes pacientes;
2
Cronicidade de seus quadros clínicos.
A possibilidade de levar outros ou a si mesmo a riscos iminentes de ações violentas e a
ideia equivocada de que as patologias mentais são intratáveis ou permanentes, sendo
apenas controladas temporariamente pelo uso de medicação, têm justificado este tipo de
violência contra a pessoa em casos que seriam perfeitamente tratados ambulatorialmente.
Ainda que viessem necessitar de internação, esta fosse realizada com o consentimento do
paciente.
05/02/2019 Estácio
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Paralelamente à internação involuntária, vemos ainda o uso frequente de força física ou
aplicação de medicamentos como expedientes utilizados na contenção de comportamentos
de agressividade ou ansiedade extrema. Na maioria das vezes são pessoas que estão
tendo seus direitos e dignidade sendo aviltados à sua revelia, o que por si só justificaria
uma atitude de desespero, ou ainda pacientes internados que vivem em condições de ócio
e negligência assistencial.
Seja qual for o caso, a repressão através de violência física ou
química poderia ser muito facilmente substituída por profissionais
preparados para lidar de modo apropriado com estas manifestações
de medo e ansiedade.

Leitura
Para mais informações, leia o texto “Internação Involuntária”
<galeria/aula9/anexo/internacao_involuntaria.pdf> .
05/02/2019 Estácio
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Atividade
Leia o texto abaixo:
Asile, madhouse, asylum, hospizio, são alguns dos nomes que denominam as
instituições cujo fim é abrigar, recolher ou dar algum tipo de assistência aos "loucos".
As denominações variam de acordo com os diferentes contextos históricos em que
foram criados. O termo manicômio surge a partir do século XIX e designa, mais
especificamente, o hospital psiquiátrico já com a função de dar um atendimento
médico sistemático e especializado.
A prática de retirar os doentes mentais do convívio social para colocá-los em um
lugar específico surge em um determinado período histórico. Segundo Michel
Foucault, em “a história da loucura na idade clássica”, ela tem origem na cultura
árabe, datando o primeiro hospício conhecido do século VII.
Os primeiros hospícios europeus são criados no século XV, a partir da ocupação árabe
da Espanha. Datam do mesmo período na Itália e surgem em Florença, Pádua e
Bérgamo. No século XVII, os hospícios proliferam e passam a abrigar juntamente os
doentes mentais com marginalizados de outras espécies. O tratamento que essas
pessoas recebiam nas instituições costumava ser desumano, sendo considerado pior
do que o recebido nas prisões.”
Fonte: HISTÓRIA dos manicômios. Reforma manicomial. Com Ciência – Revista
Eletrônica de Jornalismo Científico, Campinas, n. 9, abr. 2000. Disponível em:
http://www.comciencia.br/ <http://www.comciencia.br/dossies-1-
72/reportagens/manicom/manicom8.htm> . Acesso em: 5 jun. 2018.
A marginalização de pacientes especiais é antiga e um tema recorrente na história
das ciências da saúde. O texto acima nos dá uma boa pista dos motivos pelos quais a
sociedade até hoje conserva a ideia da necessidade do afastamento destas pessoas
do convívio sociofamiliar.
Sobre isso, analise a afirmativa abaixo e marque verdadeiro (V) ou falso (F):
O Bethlem Royal Hospital de Londres, hospital psiquiátrico mais antigo do mundo
ainda em atividade, durante o século XVII cobrava para que visitantes pudessem
olhar os “lunáticos” em suas celas e assistir “espetáculos” de natureza sexual ou
agressiva protagonizado pelos doentes. Os visitantes podiam, inclusive, cutucar os
internos com varas para irritá-los e induzir a reações “cômicas”.
05/02/2019 Estácio
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Notas
Crianças com Necessidades Especiais de Saúde 
Children with Special Health Care Needs.
AVDs 
Atividades da Vida Diária.
Cuidado singular 
Este segundo tipo implica na aprendizagem de saberes técnicos que se vinculam
à rotina familiar através da aplicação de medicamentos, práticas fisioterápicas,
utilização de aparelhagem médica e outros que elevam muito o nível de estresse
destes cuidadores, na medida em que a atenção permanente e a vigilância
constante de situações sintomáticas, por mais simples que possam parecer,
podem representar mudanças no quadro clínico e fazer a diferença entre a vida e
a morte da criança.
1
2
3
05/02/2019 Estácio
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Próximos Passos
A evolução histórica dos direitos humanos em relação a pacientes internados
ou em tratamento ambulatorial;
A humanização do ambiente hospitalar;
A legislação sobre sanções legais a abusos e maus-tratos.
Explore mais
Leia o artigo:
• Cuidar de crianças com necessidades especiais de saúde: desafios para
as famílias e enfermagem pediátrica
<http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a09.htm> .
Acesse o site:
http://www.prac.ufpb.br/ <http://www.prac.ufpb.br/>

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