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Aula 10 Maus tratos, abusos e sanções legais

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05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&ena… 1/16
Disciplina: Ética na saúde
Aula 10: Maus-tratos, abusos e sanções legais
Apresentação
Nesta aula, trataremos da humanização do ambiente hospitalar, veremos como o avanço nas
tecnologias de saúde trouxe inicialmente o abandono de uma atitude mais humanista das relações
com os pacientes. Entenderemos como a humanização destes ambientes depende também da
humanização das relações institucionais internas e analisaremos alguns aspectos da legislação
brasileira que garante os direitos dos pacientes.
Em seguida, falaremos sobre maus-tratos, abusos e sanções legais -, analisaremos o conceito de
violência e como os profissionais de saúde estão expostos diretamente às consequências das diversas
formas de violências presentes na sociedade. Entenderemos porque idosos e crianças são as vítimas
mais frequentes de abusos e de que maneira os profissionais de saúde têm responsabilidades na
notificação destes casos.
Para finalizar esta nossa última aula, faremos uma análise do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) e veremos como ele tipifica e qualifica os diferentes tipos de violência contra a infância.
Bons estudos!
Objetivos
Identificar a evolução histórica dos direitos humanos em relação à pacientes internados ou em
tratamento ambulatorial;
Reconhecer o conceito de humanização do ambiente hospitalar;
Analisar a legislação sobre sanções legais a abusos e maus-tratos;
Verificar as definições e conceituação de violência.
05/02/2019 Estácio
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Humanização do ambiente hospitalar
A valorização da ciência, a partir essencialmente do século XVIII, produziu muitas mudanças
na vida e na rotina das pessoas, independente destas serem ou não diretamente interessadas
em ciência.
 Cientista manipulando alguns equipamentos | Fonte: Pixabay
Vejamos como se deu a evolução da humanização do ambiente hospitalar:
Antes do apogeu positivista da ciência, os hospitais eram locais de exclusão social onde
apenas os pobres recorriam (uma vez que os mais abastados traziam os médicos e
demais cuidados de saúde para o interior de suas residências) e, na maioria das vezes, a
atenção assistencialista do hospital se direcionava para os cuidados materiais e
espirituais, uma vez que a cura das doenças não aparecia como alternativa prioritária
aos ali internados.
(Fonte: Pixabay)
A partir do desenvolvimento da ciência, esta situação se altera em função do grande
interesse experimental na análise de patologias e medicamentos. O hospital passa a ser
um local de estudo, de aprimoramento de meios de diagnóstico e tratamento. Assim, o
foco passa a ser a abordagem técnica e científica das doenças.
05/02/2019 Estácio
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(Fonte: Pixabay)
Se por um lado esta nova perspectiva faz com que o hospital deixe de ser um local de
morte e passe a ser visto como uma instituição de recuperação, por outro, condutas
associadas ao conforto espiritual ou ao assistencialismo ficaram esquecidas em
detrimento da nova abordagem científica.
Nomes passam a ser substituídos por diagnósticos e a maioria dos profissionais de saúde
passa a ignorar cuidados básicos de atenção à pessoa do paciente, em detrimento de um
profundo rigor na percepção do traçado eletrocardiográfico e da pressão venosa. Assim,
houve aparentemente uma inversão de valores associados aos cuidados em saúde.
Como em uma gangorra, se até o século XVIII a atenção pessoal parecia compensar a
carência de possibilidades que a ciência tinha a oferecer, a partir daquele momento os
conhecimentos técnicos referentes aos problemas de saúde pareciam tornar
desnecessários qualquer atenção pessoal mais cuidadosa com a pessoa do doente.
A abordagem contemporânea de saúde, impregnada de uma perspectiva mais holística,
entende que as patologias não podem ser interpretadas exclusivamente através dos
órgãos nos quais os distúrbios se exibem, mas precisam ser analisadas sob uma
concepção mais global do ser humano, deixando de lado a percepção dualista e
compreendendo a pessoa como uma unidade.
(Fonte: Pixabay)
Assim, por definição, esta nova abordagem assume um caráter mais humanístico e a
atenção aos componentes subjetivos da doença, seus aspectos emocionais, componentes
mórbidos, além da fisiopatologia e demais aspectos das dimensões sociais e psíquicas
passam a ser valorizados. Busca-se hoje dosar novas tecnologias e medicamentos de
última geração com o relacionamento entre as pessoas, procurando equilibrar ciência e
ética através da noção de valores humanos.
A dificuldade na instalação desta humanização do ambiente hospitalar, no entanto, começa
pela própria incongruência das circunstâncias. Como em qualquer outra instituição, o hospital
convive com objetivos financeiros, políticos, pessoais e uma série de situações de vida que
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frequentemente se conflitam e transformam ações em instrumentos de anseios nem sempre
éticos ou coletivos.
Assim, a humanização do atendimento de saúde passa,
primordialmente, pela humanização das próprias relações
institucionais.
 Médico atendendo a uma paciente. (Fonte: Pixabay)
Os profissionais de saúde submetem-se em sua atividade a tensões psicológicas provenientes
do contato permanente com a dor alheia, tensões relativas ao seu desempenho que pode
representar a diferença entre a vida e a morte de pessoas, além das pressões que muitos
trabalhadores vivenciam, independente de suas áreas de atuação, como as condições salariais
e de trabalho.
Cuidar destes profissionais e humanizar suas relações de trabalho é o passo inicial de
qualquer processo de atenção.
Outro importante aspecto diz respeito à consciência de que um trabalho bem sucedido
depende:
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
1
Tanto da qualidade técnica do profissional.

2
Quanto da qualidade interacional entre profissional e paciente.
Há uma profunda melhora no desempenho dos profissionais de saúde quando estes são
capazes de interpretar aspectos emocionais de seus pacientes.
Com isso, conseguem também minimizar resistências, otimizar relatos e adesões aos
tratamentos.
É fundamental que o profissional de saúde aprimore seus conhecimentos dos aspectos
interpessoais da tarefa assistencial e conheça estratégias profissionais de lidar com estas
situações.

Leitura
Para saber mais sobre esse assunto, leia o texto “A Humanização hospitalar
<galeria/aula10/anexo/pdf1.pdf> ”.
Violência
Uma das características mais marcantes das sociedades é a violência. Em todas as camadas
sociais das mais diversas culturas, vemos historicamente este grave problema social atingindo
indiscriminadamente a todos.
Reconhecer e repudiar um comportamento violento está diretamente associado à existência
de valores éticos.
A violência pode ser:
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1
Cotidiana
2
Institucional
3
Do Estado
4
Praticada por marginais
5
Praticada nos programas de TV
6
Doméstica
7
Praticada no trânsito de grandes centros
8
De muitas outras formas
Apenas o cultivo destes valores nos indivíduos é capaz de fazer frente
a este tipo de prática que se dissemina como um vírus nassociedades.
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Os profissionais de saúde, no exercício de suas funções, também estão expostos a presenciar
situações de violência e precisam pautar suas condutas e respostas a estas situações em
padrões éticos que os impeçam de compactuar com qualquer espécie de covardia ou injustiça
contra o outro.
Profissional de saúde | Fonte: Pixabay
Se o profissional estiver atento a estas situações e imbuído da convicção de não
compactuação, certamente também estará isento da prática de negligência, abusos e
desrespeitos que, infelizmente, ainda estão presentes no exercício profissional de alguns.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu Relatório Mundial sobre Violência e
Saúde, um extenso documento publicado em Outubro de 2002, define violência como sendo:

O uso intencional de força física ou poder, real ou em forma de
ameaça, contra si próprio, contra o outro, ou contra um grupo ou
comunidade, que resulte ou tenha probabilidade de resultar em
lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou
privação.
Assim, um ato violento é um comportamento que se opõe à ética, na medida em que nega os
valores e direitos básicos da pessoa, a “coisifica” e a suprime de sua dignidade e condição de
igualdade. Desta forma, tendo o profissional de saúde o reconhecimento da dignidade das
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pessoas, o respeito pelo outro e a consciência dos valores e direitos humanos, estará
moralmente preparado para o enfrentamento destas situações.
Em 1982, a ONU (Organização das Nações Unidas) em assembleia geral instituiu a
Resolução 37/194 <http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.un.org/documents/ga/res/37/a37r194.ht
m> que trata de princípios de ética médica aplicáveis à função do pessoal de saúde,
especialmente aos médicos, na proteção de prisioneiros ou detidos, contra tortura e outros
tratamentos cruéis.
Nesta Resolução, composta por uma série de princípios que não se limitam às pessoas em
condição de presos formais, mas se estendem a qualquer indivíduo em condição de privação
de sua autonomia de liberdade consta, dentre outros de:

Uma grave violação da ética médica, bem como uma ofensa aos
instrumentos internacionais aplicáveis na área da saúde, participar
ativa ou passivamente nos atos que constituem participação,
cumplicidade, incitamento ou tentativa para cometer tortura ou
outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Deixa claro, assim, a concepção de que presenciar maus-tratos, abusos ou comportamentos
degradantes, não os denunciar ou evitar, transforma o profissional de saúde em cúmplice de
crime contra o outro.
Vítimas frequentes de abusos e maus
tratos
As vítimas mais frequentes de abusos e maus-tratos, por sua própria natureza de fragilidade,
são:
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
Crianças
Idosos
Estas características promovem exclusão social e familiar, favorecendo as mais diversas
formas de violência.
Violência contra o idoso
O estudo mais sistemático da violência contra o idoso começa a surgir em meados da década
de 70 e, inicialmente, foi caracterizado apenas em situações de danos físicos intencionais
(lesões corporais) produzidos por outros em pessoas com mais de 65 anos.
Posteriormente, o tema “abuso” foi estendido também a ações que viessem a provocar danos
psicológicos, sociais, financeiros ou que demonstrassem situações de negligência, omissão e
abandono.
 (Fonte: Pixabay)
A legislação brasileira já possui uma série de dispositivos de amparo ao idoso. Vejamos:
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 (Fonte: Pixabay)
Constituição Federal
Assegura o impedimento de qualquer forma de descriminação por idade e garante ao idoso o
amparo obrigatório pela família e pelo Estado.
Estatuto do Idoso
A Lei nº 10.741/2003
<http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm> , dentre muitas
garantias constitucionais, estabelece em seu artigo 19 que é obrigatória a comunicação, por
parte dos profissionais de saúde, nos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra
o idoso à autoridade policial e ao Ministério Público, assim como aos conselhos municipal,
estadual e nacional do idoso.
Violência contra a criança
Condição semelhante à do idoso vivenciam as crianças, em particular as com menos de
quatro anos, casos mais frequentes de abuso.
Apesar de a violência atingir de modo indiscriminado crianças de todas as idades, sexos, cor
da pele ou renda familiar, as estatísticas demonstram que crianças pequenas de famílias de
baixa renda, em situação de desagregação ou crise, são as mais atingidas.
Além de episódios de agressão física, é frequente evidências de negligência e abandono.
Dentre as crianças de rua, as estatísticas apontam adolescentes do sexo masculino como os
mais atendidos por traumas e efeitos relacionados a drogas, sempre com elevados índices de
evasão hospitalar.
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 Menino de costas | Fonte: Pixabay
De modo geral, há a ideia de que a violência urbana é maior do que a doméstica. Estudos
recentes, no entanto, demonstram que no que se refere à violência infantil este dado não
procede.
Segundo alguns autores, a violência urbana vem aumentando inclusive como consequência da
violência vivenciada em casa pelas novas gerações, que incorporam procedimentos violentos
à sua forma de relação social.
Esta situação, de fato, não é nova. A criança sempre foi percebida como uma propriedade dos
pais mais do que como uma pessoa de fato e de direito.
ECA
A Lei Federal 8.069/1990 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm>
em seus artigos 3º e 5º, define a prática de maus-tratos como sendo toda ação ou omissão
que prejudique o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
dignidade e de liberdade.
05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&en… 12/16
A violência doméstica, por sua vez, é concebida como aquela praticada por ato ou omissão
dos pais, parentes ou responsáveis, contra a criança ou adolescente que possa vir a promover
dano físico, sexual ou psicológico à vítima.
Vejamos quais são os tipos de dano à criança:
Físicos
Produzidos por uso de força física, de modo intencional ou acidental, com o objetivo de
ferir independente da motivação. Este tipo de dano é configurado como delito de lesão
corporal, artigo 129 do Código Penal ou homicídio, artigo 121.
Psicológicos
Produzidos por influência ou interferência negativa, capaz de formar no menor
sentimentos autodestrutivos, deformações de caráter ou morais. Este tipo de dano se
configura através de condutas de rejeição, hostilidade, frieza, agressões verbais,
depreciação, discriminação, exigências incompatíveis com a idade ou condições da
criança ou adolescente, dentre outros.
Sexuais
Produzidos por ação de cunho sexual ou erótico, utilizadas para gratificação sexual de
adulto ou pessoa de mais idade que o menor. Esta prática envolve qualquer tipo de
contato em área erógena, abusos verbais, indução à prostituição, exibição de material
pornográfico e quaisquer outras formas de exploração sexual, independente do uso ounão de violência física ou coerção. O Código Penal tipifica esse tipo de conduta no
capítulo que trata dos crimes contra a liberdade sexual (artigos 213 a 216-A) e o
Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 244-A, como crime de exploração
sexual.
05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&en… 13/16
Por negligência
Produzidos por omissão do responsável que, por ato intencional ou não, deixa de prover
adequadamente as necessidades da criança ou adolescente para o seu perfeito
desenvolvimento. Consideram-se as necessidades referentes à alimentação, supervisão
emocional e psicológica, proteção e cuidados com saúde, higiene e educação. Estes
danos podem acarretar perda do pátrio poder e são definidos como abandono pelo
Código Penal nos artigos 244 e 246, referentes ao abandono material e intelectual e 133,
referente a abandono de incapaz.
É importante frisar que, apesar da denúncia de maus-tratos ser antes de tudo um dever cívico
de qualquer cidadão na defesa dos direitos de seu semelhante, por força de lei alguns
profissionais em função de sua atuação social são considerados responsáveis específicos por
este tipo de notificação.
Veja quais são:
1
Artigo 56 do ECA
Aponta os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental como tendo o dever de
informar ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.
2
Artigo 245 do ECA
Especifica o médico, o professor de ensino fundamental, pré-escola ou creche e o responsável
por estabelecimento de atenção à saúde como responsáveis pela denúncia.
Vale ressaltar que estes profissionais, apesar da incumbência legal em
notificar, não precisam investigar os responsáveis pelos maus-tratos
ou descobrir qualquer motivação, cabendo a eles exclusivamente o ato
de comunicar o fato à autoridade legal e desenvolver as ações de sua
especialidade para o tratamento e recuperação da vítima.
05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&en… 14/16
Atividade
Leia o texto “Humanização do atendimento hospitalar
<galeria/aula10/anexo/pdf2.pdf> ”, que se refere a um treinamento necessário
para que o ambiente hospitalar se torne mais humanizado.
Em seguida, responda à questão:
Este treinamento, em seu entendimento, está centrado prioritariamente em qual destas
concepções?
 a) Aprimoramento dos conhecimentos técnicos, pois a humanização implica em melhor
qualificação tecnológica e aprimoramento científico.
 b) Aprofundamento dos aspectos interpessoais das relações, pois há uma profunda
melhora no desempenho dos profissionais de saúde quando estes são capazes de
interpretar aspectos emocionais de seus pacientes.
 c) Aperfeiçoamento dos procedimentos de gestão, pois a burocracia nas relações
institucionais é o que mais caracteriza a desumanidade com que o usuário é tratado no
SUS.
05/02/2019 Estácio
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2172468&classId=1133232&topicId=0&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&en… 15/16
Notas
05/02/2019 Estácio
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Leia os textos:
O cuidado do enfermeiro ao idoso hospitalizado: uma abordagem bioética;
<http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/615>
O processo de humanização do ambiente hospitalar centrado no trabalhador;
<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n2/09.pdf>
Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar;
<http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n2/v11n2a10.pdf>
Violência: um problema global de saúde pública;
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
81232006000500007&script=sci_arttext>
Cartilha de Abuso Sexual e Maus-tratos na Infância.
<http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-
imprensa/publicacoes/Cartilha-abuso.pdf>
1

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