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O leasing é um contrato complexo

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O leasing é um contrato complexo, onde constitui num arrendamento mercantil com promessa de venda do bem após o término do prazo contratual, servindo as prestações como pagamento antecipado da maior parte do preço, no caso em haver exigência de pagamento do das prestações do bem retomado sem o comprado adquiri-lo apresenta-se como clausula leonina e injurídica, ou seja, ilegal, sendo apenas uma pessoa beneficiada. Sempre bom destacar em contratos de arrendamento mercantil a Súmula 369 do STJ, ao dispor que, a constituição em mora do arrendatário reclama sua notificação prévia, ainda que contenham cláusula resolutiva expressa, é cabível a comissão de permanência, para o período de inadimplência, no contrato do leasing, mas não pode ser cumulada com juros remuneratórios, correção monetária ou juro e multa moratórios, neste caso e legais a utilização da comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado, apurada pelo Banco Central, não podendo ser cumulativa, sendo calculada no dia do pagamento pela taxa de mercado. 
2.1.1 Contratos de Arrendamento 
As partes essenciais do contrato são duas: 
● Arrendador; 
● Arrendatário.
O arrendador é uma sociedade empresária do tipo instituição financeira, constituída sob a forma de sociedade anônima, obrigatoriamente registrada no banco central, em cuja denominação deverá constar a expressão arrendamento mercantil.
	O arrendatário pode ser uma física ou jurídica que seria o fornecedor que fornece o bem para o arrendador.
	O contrato do leasing deve ser formalizado por instrumento público ou partícula, ostentando os seguintes requisitos mínimos:
● Descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as características que permitam sua perfeita identificação;
● Prazo de arrendamento;
● Valor das contraprestações ou a fórmula de cálculo das contraprestações, bem como o critério para seu reajuste;
● Forma de pagamento das contraprestações por períodos determinados, não superiores a um semestre, salvo no caso de operações que beneficiem atividades rurais, quando o pagamento pode ser fixado por períodos não superiores a um ano;
● Condições para o exercício por parte da arrendatária do direito de optar pela renovação do contrato, pela devolução dos bens ou pela aquisição dos bens arrendados;
● Concessão á arrendatária de opção de compra dos bens arrendados, devendo ser estabelecidos o preço para seu exercício ou critério utilizável em sua fixação;
● Despesas e encargos adicionais, inclusive despesas de assistência técnica, manutenção e serviços inerentes á operacionalidade dos bens arrendados;
● No arrendamento financeiro, a previsão de a arrendatária pagar valor residual garantindo em qualquer momento durante a vigência do contrato, não caracterizando o pagamento do valor residual garantido o exercício da opção de compra;
● No arrendamento financeiro, o reajuste do preço estabelecido para a opção de compra e o valor residual garantido;
● Condições para eventual substituição dos bens arrendados, inclusive na ocorrência de sinistro, por outros da mesma natureza. Que melhor atendam ás conveniências da arrendatária, devendo a substituição ser formalizada por intermédio de aditivo contratual;
● Demais responsabilidades que vierem a ser convencionadas, em decorrência de uso indevido ou impróprio dos bens arrendados, seguro previsto para a cobertura de riscos dos bens arrendados, danos causados a terceiros pelo uso dos bens e ônus advindos de vícios dos bens arrendados;
● Faculdade de a arrendadora vistoriar os bens objeto de arrendamento e de exigir da arrendatária a adoção de providências indispensáveis á prevenção da integridade dos referidos bens;
● Obrigações da arrendatária, nas hipóteses de inadimplemento, destruição, perecimento ou desaparecimento dos bens arrendados;
● Faculdade de a arrendatária transferir a terceiros no país, desde que haja anuência da entidade arrendadora, seus direitos e obrigações decorrentes do contrato, com ou sem corresponsabilidade solidária.
Trata – se de contrato complexo, misto de locação, financiamento e compra e venda, no qual á locação de coisas agrega – se uma opção de compra. 
O leasing é um contrato de arrendamento, mas com peculiaridades: o fabricante dos bens fecha o contrato com uma sociedade leasing (instituição financeira) e não diretamente com o locatário. É um contrato mediante o qual uma pessoa jurídica que desejar utilizar determinado bem ou equipamento, por determinado lapso de tempo, o faz por intermédio de uma sociedade de financiamento, que adquire o aludido bem e lhe aluga. Terminando o prazo locativo, passa a optar entre a devolução do bem, a renovação da locação, ou aquisição pelo preço residual fixado inicialmente.
Em outras palavras, a arrendadora aluga um bem á arrendatária, devendo esta pagar um aluguel mensal, durante determinado prazo, ao fim do qual terá a tríplice opção de: 
● Comprar o bem alugado, consistindo os aluguéis pagos em solução antecipada do preço, obrigando – se a pagar apenas o restante do preço;
● Devolver o bem;
● Renovar o arrendamento;
Por outro lado, é permitido á entidade arrendadora, nas hipóteses de devolução ou recuperação dos bens arrendados, conserva-los em seu ativo imobilizado, pelo prazo máximo de dois anos, bem como aliená-los ou arrenda-los a terceiros.
Nos contratos de arrendamento mercantil de veículos automotores, quitadas todas as parcelas e solucionadas todas as obrigações contratadas, comprovado o recolhimento dos IPVAs e DPVATs e, bem assim de eventuais multas, recebendo a carta da arrendatária manifestando a opção pela compra do bem, a arrendadora deverá, no prazo de 30 dias úteis enviar aquela o documento de transferência do veiculo e o termo de quitação do contrato. Se houver cambial vinculada ao contrato, emitida pela arrendatária, este lhe será remetida, devidamente liquidada, no mesmo prazo.
Um estabelecimento empresarial, por se integrar o patrimônio serve como garantia para seus credores. O empresário tem sobre seu estabelecimento empresarial as mesmas responsabilidades que os demais bens de seu patrimônio. A alienação deste estabelecimento terá validade após ser elaborado o contrato por escrito, arquivado na Junta Comercial publicado na imprensa.
No caso de veículo, a alienação fica registrada nos documentos, o prazo mínimo é de 24 meses. No caso de imóvel, o prazo mínimo é de 36 meses, a escritura só é transmitida após a liquidação da dívida. Nestes casos, o comprador usufrui o bem, mas fica impedido de vender ou trocar antes de quitar a dívida. O mutuário pode quitar sua dívida se o contrato já estiver ultrapassado o prazo mínimo e o este não perderão as características de arrendamento mercantil, caso queira quitá-la antes deste prazo mínimo estipulado, ele perde o seu valor legal e esta operação passa a ser classificada como contrato de compra e venda a prazo do prazo determinado. Utiliza o bem como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis”. (Banco Central do Brasil, 2013).
 Quando a arrendatário não puder mais honrar com os compromissos, esta terá que encontrar alguém interessado, informar para a arrendadora aprovar o crédito do novo cliente, e este deve continuar com todas as condições anteriormente contratadas. Se o contrato for seguido rigorosamente, somente ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário poderá comprar o bem por valor previamente contratado, renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual ou devolver o bem ao arrendador, diferente de um financiamento normal, onde o bem do mutuário, ainda que alienado já passe para sua propriedade no ato da compra. (Banco Central do Brasil, 2013).
No decorrer do contrato alguns imprevistos podem surgir, como um acidente com perca total e parcial, por exemplo: de qualquer forma o bem deve ser assegurado, trata-se de uma garantia para as duas partes. Se acontecer um sinistro e o mesmo tiver perca total, o bem fica com a seguradora que pagará a arrendatário, uma indenização, e é de opçãodo arrendatário solicitar um bem, com as mesmas características para substituir, ou utilizar este valor para quitar o saldo devedor do contrato, se o valor da indenização for maior que o saldo devedor, devolve-se o excesso a arrendatário; se o valor da indenização for menor, deverá a arrendatário pagara diferença. (Associação Brasileira das empresas de Leasing, 2013).
O inadimplemento do contrato de leasing produz diversos efeitos, suficientemente destacados na jurisprudência, sendo o leasing contrato onde envolve locação e compra e venda, não há fundamento para que, no caso de inadimplemento por parte do arrendatário, sejam cobradas as prestações que irão vencer, ou seja, caso o arrendatário não tenha cumprido com seu papel de pagamento e o bem tenha sido retirado de sua posse antes do termino do contrato, as parcelas a serem vencidas não serão cobradas, não usufruiu o bem não ira pagar por ele, agora devidamente notificado o arrendatário pela falta de pagamento das parcelas estipuladas no contrato, e nem procede a devolução do bem, a posse se torna viciada e caracteriza a perda da posse tornando imperiosa a procedência da medida, ou seja, ordenada de maneira enérgica a retirada do mesmo, pois esta concessão de liminar não se aplica aos contratos de leasing, sendo assim e perfeitamente normal a retirada do bem por ordem judicial. 
Uma vez anulado contrato de leasing pelo não pagamento das mensalidades, pode-se exigir as prestações vencidas e até o instante em que o bem esteve nas mãos do arrendatário e também os eventuais danos causados, nada mais justos por parte do arrendatário pagar pelo tempo usufruído do bem assim como os danos a ele causados, devemos antes de tudo ter em mente sempre, devemos preservar.
O arrependimento em regra não e possível em um contrato de leasing, caso ocorra através da arrendadora, o arrendatário pode transferir seus direitos e obrigações a outrem, sendo também viável a renegociação, uma vez observada no Banco Central.
Formas de leasing: 
● Financeiro;
● Operacional;
● Leasing back.
2.2.1 Leasing operacional 
Existe uma cláusula de prestação de serviços (assistência técnica, treinamento especializado, etc.), ligada à locação dos bens. As despesas desta prestação de serviços tanto podem ser de responsabilidade da arrendadora quanto da arrendatária. O prazo mínimo para esse tipo de leasing é de 90 dias.
2.2.2 Leasing financeiro 
Diferencia-se do operacional por inexistência de cláusula de prestação de serviços. É uma espécie de locação com a opção de devolução ou compra do bem, bem como de renovação do contrato ao fim dele. Caso a arrendatária resolva comprar o bem, pagará um valor residual já estabelecido no contrato.
2.2.3 O leasing back
Ou leasing de retorno, é a modalidade na qual a arrendatária, sendo proprietária de um bem, vende ao arrendadora e esta o aluga àquela. Geralmente ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos. Essa modalidade está disponível apenas para arrendatários pessoas jurídicas.
2.2.4 Os prazos mínimos 
Dois anos, compreendidos entre a data de entrega dos bens á arrendatária, consubstanciada em termo de aceitação e recebimento dos bens, e a data de vencimento da última contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens com vida útil igual ou inferior a cinco anos;
Três anos, para o arrendamento de outros bens.
	Para o arrendamento mercantil operacional, o prazo mínimo é de 90 dias. A operação de arrendamento será considerada como de compra e venda a prestação se a opção de compra for exercida antes de decorrido o respectivo prazo mínimo.

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