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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA FACULDADE METROPOLITANA DE BLUMENAU/FAMEBLU CURSO DE NUTRIÇÃO PAMELA ROEDER VIEIRA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA CLINICA ESCOLA DE NUTRIÇÃO FAMEBLU – BLUMENAU/SC BLUMENAU 2018 PAMELA ROEDER VIEIRA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA CLINICA ESCOLA DE NUTRIÇÃO FAMEBLU – BLUMENAU/SC Relatório da disciplina de Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica/Ambulatorial do Curso de Nutrição da Faculdade Metropolitana de Blumenau – FAMEBLU. Orientadora: Profa. Roseana Leandra da Rosa BLUMENAU 2018 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Relação de pacientes atendidos na clínica escola FAMEBLU (CENF), nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2018, durante estágio de nutrição clínica....................7 Quadro 2 - Dados antropométricos de C. E. T, 1º consulta......................................................13 Quadro 3 - Dados antropométricos de C. E. T, 2º consulta......................................................13 Quadro 4 - Plano alimentar habitual para a paciente C. E. T. em Outubro/2018....................14 Quadro 5 - Valores dos macronutrientes encontrado no planejamento alimentar habitual......15 Quadro 6 - Valores dos micronutrientes encontrado do planejamento alimentar habitual.....15 Quadro 7 - Plano alimentar proposto para a paciente C. E. T. em Outubro/2018....................17 Quadro 8 - Valores dos macronutrientes encontrado no planejamento alimentar proposto....18 Quadro 9 -Valores dos micronutrientes encontrado no planejamento alimentar proposto......18 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Atividae na Escola Estadual João Durval ( APÊNDICE A)......................................23 Figura 2- Folder para as áreas de atuação do Nutricionista (APÊNDICE B)..........................24 Figura 3 – Protocolo utilizado na clínica escola (APÊNDICE C)............................................25 Figura 4 - Protocolo utilizado na clínica escola (APÊNDICE C)............................................26 Figura 5 - Ação da Sipat realizada na empresa Souza Cruz (APÊNDICE D).........................27 Figura 6 - Organização do evendo SIN (APÊNDICE E).........................................................28 Figura 7- Livro de receitas para hipertensos (APÊNDICE F)..................................................29 Figura 8 - Receitas preparadas na aula pratica (APÊNDICE G)...............................................32 Figura 9 – Receita praparadas (APÊNDICE G)........................................................................33 Figura 10. Receita praparadas (APÊNDICE G).......................................................................34 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 5 2 OBJETIVOS...................................................................................................................... 6 2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................... 6 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................... 6 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................................ 6 3.1 ATENDIMENTOS CLÍNICO NUTRICIONAIS............................................................ 6 3.2 ATIVIDADES ESPECÍFICAS....................................................................................... 8 4 RELATO DE CASO........................................................................................................ 10 4.1 ANAMNESE DESCRITIVA......................................................................................... 10 4.2 DADOS ANTROPOMÉTRICOS................................................................................... 11 4.3 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL................................................................................... 11 4.4 RECORDATÓRIO ALIMENTAR................................................................................. 12 4.4.1 ANÁLISE DO RECORDATÓRIO............................................................................... 13 4.5 CONDUTA NUTRICIONAL......................................................................................... 14 4.6 CARDÁPIO ELABORADO........................................................................................... 14 4.7 ANÁLISE DO CARDÁPIO............................................................................................. 15 4.7.1 DISCUSSÃO DO CARDÁPIO.................................................................................... 16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 16 REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 18 APÊNDICES......................................................................................................................... 19 1 INTRODUÇÃO No Brasil, a regulamentação da profissão de nutricionista ocorreu em 24 de Abril de 1967, com a Lei nº 5.276, que dispõe sobre a profissão de nutricionista, regula seu exercício e dá outras providências (BRASIL,1967). As atribuições do profissional nutricionista na área clínica estão descritas na Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) nº 380/2005, as competancias são: “prestar assistência dietética e promover educação nutricional a indivíduos, sadios ou enfermos, em nível hospitalar, ambulatorial, domiciliar e em consultórios de nutrição e dietética, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde. Observa-se que muitas pessoas procuram por atendimento nutricional, esta demanda se dá pelo aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e envelhecimento da população mundial (SILVA; MURA, 2011). O cuidado nutricional na prática clínica é composta de “[...] um grupo organizado de atividade que possibilitam a indentificação das necessidades nutricionais e a prestação de cuidados para atender a estas necessidades” (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012, p. 271). Segundo Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012, p. 129) “ o estado nutricional reflete o grau das necessidades nutricionais de um indivíduo estão satisfeitas. O equilíbrio entre o consumo de nutrientes e as necessidades nutricionais resulta nesse estado nutricional”. O atendimento nutricional tem grande importância na saúde da população brasileira, pois a orientação nutricional ajuda o paciente adquirir conhecimento e habilidades necessárias para fazer mudanças, que resulta em benefícios no controle da doença ou dos sintomas, melhora do estado de saúde e aumento da qualidade de vida (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). A avaliação nutricional pode sser definida como “a interpretação de informação obtida a partir de estudos dietéticos, bioquímicos, antropometricos e clínicos” (Gibson, 1990). Essas informação é usada para determinar o estado de saúde influenciado pela ingestão e utilização de nutrientes de indivíduos ou grupos populacionais, a fim de caracterizar cada estágio do desenvolvimento de um estado nutricional deficiente (PALMA, D; ESCRIVÃO, MAMS; OLIVEIRA, FLC, 2009). Este trabalho teve como objetivo propor ao estagiário a experiência da profissão do nutricionista clínico, conhecendo a importância da individualidade nas dietas prescritas, de olhar para o outro como um todo, se colocando no lugar dele para conseguir propor o melhor plano alimentar levando em consideração a rotina e a realidade de cada paciente. 2 OBJETIVOSOBJETIVO GERAL Construir e justificar uma conduta dietoterápica adequada à situação clínica do paciente, integrada ao conhecimento adquirido nas disciplinas teóricas cursadas durante a graduação. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Sumarizar todos os atendimentos nutricionais realizados no estágio em Nutrição Clínica, na Clínica Escola de Nutrição da FAMEBLU. Relatar as atividades específicas realizadas durante o estágio. Relatar um caso clínico completo (relato de caso). Desenvolver material educativo para os pacientes e orientações nutricionais específicas para os pacientes atendidos. Atividade desenvolvida dentro da cozinha pedagógica com preparação de receitas nutricionais para orientação aos pacientes da clínica escola. Desenvolvelver materias de atividades de educação alimentar e nutricional e participar de ações em Escolas e Empresas da região. Organização do evento de interação dos alunos do ensino médio com os cursos disponiveis na UNIASSELVI. Desenvolver matérias para serem utilizados como padrão na clínica escola durante o período de estágio. Montar um livro de receitas com assunto pré-determinado. 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 3.1 Atendimentos Clínicos Nutricionais O atendimento nutricional na clínica escola de nutrição é individualizado, e cada paciente é tratado como único. A clínica disponibiliza ao estagiário 5 protocolos para guiar o atendimento, que diferencia-se de criança, adolescente, adulto/idoso, gestante e atletas. O protocolo é composto de um questionário nutricional ambulatorial, recordatório da dieta habitual e avaliação antropométrica, aonde é realizada a aferição do peso e estatura para classificação (IMC), circunferênciase dobras cutâneas para indentificação de riscos de doenças metabólicas e doenças associadas à obesidade. A partir dos dados coletados do paciente é possível identificar o estado nutricional e percentual de gordura.. Em seguida, é realizado o cálculo da ingestão habitual e os cálculos de TMB e EER para identificar as necessidades energéticas diárias. Para estimar ganho ou perda de peso por mês foi utilizado o método do Valor Energético de Tecido Adiposo (VENTA). O próximo passo é elaborar um plano alimentar e repassar ao paciente a conduta nutricional. Foram atendidos até o término deste relatório 30 pacientes com 7 retornos de 30 dias e 3 retornos de 60 dias. Quadro 1 - Relação de pacientes atendidos na clínica escola FAMEBLU (CENF), nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2018, durante estágio de nutrição clínica. Nº Iniciais Nome Data de Nascimento Data 1ª consulta Nº de Consultas Motivo da Consulta Tipo de Consulta 01 H. M. 14/08/2002 11/10/2018 2 Ganho de massa magra 1ª consulta 02 J. P. S. 14/08/1984 11/10/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 03 T. A. 04/08/1964 11/10/2018 1 Controle da diebetes/Perda peso 1ª consulta 04 B. S. 01/05/1996 17/10/2018 2 Reeducação Alimentar/Perda peso Retorno de 30 dias 05 T. C. 02/04/1995 17/10/2018 1 Reeducação Alimentar 1ª consulta 06 C. E. T. 17/06/1999 19/10/2018 2 Ganho massa magra Retorno de 30 dias 07 V. L. 23/03/1961 19/10/2018 2 Reeducação Alimentar/Perda peso Retorno de 30 dias 08 T. R. F. 09/07/1988 19/10/2018 1 Reeducação Alimentar 1ª consulta 09 G. K. 11/07/1999 24/10/2018 2 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 10 H. C. S. 28/04/1997 24/10/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 11 F. L. 08/06/1977 25/10/2018 2 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 12 S. T. M. K. 12/05/1963 25/10/2018 1 Perda peso 1ª consulta 13 D. B. M. C. 25/10/1996 26/10/2018 1 Perda peso 1ª consulta 14 J. I. T. 18/05/1974 26/10/2018 2 Reeducação Alimentar Retorno de 60 dias 15 D. R. Z. C. 18/12/1977 31/10/2018 2 Perda peso Retorno de 30 dias 16 I. M. K. 17/04/1998 31/10/2018 2 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 17 G. S. 19/07/2000 09/11/2018 1 Ganho de massa muscular 1ª consulta 18 K. C. 01/03/1996 09/11/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 19 R. P. P. 04/09/1975 09/11/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda de peso Retorno de 30 dias 20 M. F. 29/12/1988 21/11/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 21 W. R. D. R. 19/02/2000 31/10/2018 1 Ganho massa muscular Retorno de 30 dias 22 K. B. 26/01/1991 22/11/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 23 K. S. A. 14/06/1995 23/11/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso 1ª consulta 24 G. M. P. V. 10/02/1999 28/11/2018 1 Reeducação Alimentar 1ª consulta 25 T. C. P. 11/05/1994 28/11/2018 2 Perda peso 1ª consulta 26 S. S. 31/05/1994 28/11/2018 2 Ganho massa magra 1ª consulta 27 Y. C. M. B. 13/11/1974 30/11/2018 1 Controle da diebetes/Reeducação alimentar gestacional 1ª consulta 28 S. T. M. K. 12/05/1963 07/12/2018 2 Perda peso Retorno de 30 dias 29 C. E. T. 17/06/1999 06/12/2018 1 Ganho massa magra Retorno de 60 dias 30 B. S. 01/05/1996 07/12/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso Retorno de 60 dias 31 F. L. 08/06/1977 07/12/2018 1 Reeducação Alimentar/Perda peso Retorno de 60 dias 3.2. ATIVIDADE ESPECÍFICA Dentro do estágio em clínica escola os acadêmicos desenvolveram algumas atividades específicas entre elas foram: 3.2.1 Atividade na Escola Estadual João Durval A atividade foi realizada na Escola Estadual João Durval no dia 20/10/2018, das 09h00min ao 13h00min. Foi realizado com os alunos, pais e professores, para demostrar a quantidade de óleo e sódio presentes nos alimentos ultra-processados e demonstrar a variedade dos temperos e ervas in natura disponiveis. Foram utilizados alimentos ultra-processados com a quantidade de óleo e sal presentes nos alimentos como, margarina, torrada, macarrão intastantaneo, lasanha, queijo muçarela, bebida lactea de chocolate, bolacha receada, caldo de galinha e pacotes com temperos e ervas. Foi disponibilizado um folder com as orientações nutricionais sobre estes alimentos algumas dicas nutricionais (APÊNDICE A). 3.2.2 Desenvolvimento do folder para as áreas de atuação do Nutricionista Em 16/10/18 foi desenvolvido um folder com as áreas de atuação que o profissional da área da Nutrição podem atuar no mercado de trabalho, como material de divulgação para o evento do SIN, feira de interação dos alunos do ensino médio com os cursos disponiveis na UNIASSELVI. Esse material foi disponibilizado pela Uniasselvi – Fameblu, no evento do SIN (APÊNDICE B). 3.2.3 Desenvolvimento do protocolo utilizado na clínica escola Foi desenvolvido em Outubro o material para os estágiarios da clínica escola com o objetivo de padronizar os protocolos utilizados como base na hora de calcular e organizar os dados dos pacientes que foi utilizado durante todo o periodo do estágio. Foi encaminhado para professora e orientadora que rapidamente analisou e disponibilizou para uso na clínica escola. (APÊNDICE C). 3.2.4 Ação Social na SIPAT da Souza Cruz No dia 30/10/18 os acadêmicos Pamela, Sabrina e Monique montaram na empresa Souza Cruz uma mesa explicativa sobre alimentos in natura, minimamente processado e ultra processado, mostramos na prática quanto havia de gorduras e sal em alguns alimentos ultra-processados, distribuímos panfletos explicativos em forma de promover uma vida mais saudável. A proposta da atividade foi levar informação de qualidade para os colaboradores sobre alimentos saudável e como indenticar o nível de processamento do alimento. Concluímos que muitos desconheciam produtos minimamente processados e desconheciam a diferença de processado para os ultra processados. Ficaram impactados com a práticamostrando o que havia dentro de cada produto (óleo e sal), e percebemos interesse na mudança de alguns hábitos alimentares que vão instituir em casa (APÊNDICE D). 3.2.5 Organização do evento SIN Em 18/10/18 foi realizado a organização do evento do SIN, feira de interação dos alunos do ensino médio com os cursos disponiveis na UNIASSELVI. Foi organizado 4 mesas mostrando as áreas de atuação que os nutricionistas atuam no mercado de trabalho, os alunos participaram primeiramente de uma palestra no Teatro Carlos Gomes e em seguida se encaminharam para o ginasio aonde acompanhamos toda a apresentação do evento explicando o que o profissional realizava dentro das áreas de atuação (APÊNDICE E). 3.2.6 Desenvolvimento de livro de receitas Foi desenvolvido em Dezembro um livro de receitas para os pacientes hipertensos para ser utilizado pelos estágiarios da clínica escola utilizarem com os pacientes. Foi encaminhado para professora e orientadora que rapidamente analisou e disponibilizou para uso na clínica escola (APÊNDICE F). 3.2.7 Desenvolvimento de material para ações - Sódio Foi desenvolvido matéria educativo sobre a quantidade de sal em alimentos ultra processados, os alimentos são azeitona em conserva, milho verde em conserva, molho de tomate, extrato de tomate, sopa pronta, queijo ralado, amendoim torrado com sal, macarrão instantâneo e caldo de galinha. Este material foi desenvolvido para ser utilizados pelos estágiarios da clínica escola em ações dentro e fora na UNIASSELVI, levando as informações das quantidades de sódia que contém nos alimentos processados. 3.2.8 Aula prática na cozinha pedagógica Dia 29/12/18 foi realizado uma aula na cozinha pedagógica onde foi elaborado a receita de torta de limão saudavel, os ingredientes contém maior quantidade de produtos integrais, que são os carboidratos complexos. São ricos em fibras e possuem índice glicêmico baixo (que significa a liberação lenta de açúcar, e em menor quantidade no sangue). São absorvidos mais lentamente pelo organismo, e os níveis de glicose vão aumentando aos poucos, e por esse fato, este tipo de alimento sacia mais rápido e por mais tempo. Foi utilizado a ricota para substituir o leite condensado e o creme de leite, diminuindo o consumo de açúcar refinado. Essa receita leva em média 40 minutos para ser preparodo e a preparação é de facil intendimento.(APÊNDICE G). 4. RELATO DE CASO 4.1 Anamnese descritiva C. E. T. 19 anos, branco, solteira, auxiliar administrativo na Empresa Selecionar Recursos Humanos, reside em Blumenau – SC. O paciente não fuma e não faz uso de bebidas alcoólicas. Pratica natação 3 vezes por semana a mais de 2 anos e ciclismo 2 vezes por semana a 1 ano. O motivo da consulta é para ganhar massa muscular e iniciar uma alimentação vegetariana. Por realizar atividades físicas com elevada perda calórica não consegue ganhar massa muscular. Já passou por avaliação nutricional na clínica escola em 14/09/2018, que o seu peso nesta data foi de 61,90kg e seu IMC – 20,4 kg/m². Relatou ter uma ingestão hídrica de 2 litro de água por dia em dias de treino podendo elevar a quantidade de água. Quanto aos hábitos urinários vai normalmente com coloração transparente. Diz que sua mastigação é rápida e seu apetite não é bom. Quanto ao hábito intestinal a frequência é diariamente com coloração mais escurecida, gases relatou ser normal, aumentando a quantidade de gases quando consome alimentos muito gordurosos. O paciente considera-se ansiosa e mesmo fazendo atividade física sente fadiga e pele oleosa no rosto, no corpo considera normal. Não faz uso de hipercalóricos diariamente. Não possui exames laboratoriais no último ano (solicitado). 4.2 Dados antropométricos Quadro 2 - Dados antropométricos de C. E. T, 1º consulta. Dados aferidos Valores Classificação Referência Peso 60,2 kg *** *** Altura 1,76 m *** *** IMC 19,48kg/m² Eutrófico W.H.O, 1998 PCT 5 mm - Percentil 10 (5-17) Abaixo da média /Risco para déficit. W.H.O, 1998 PCB 3 *** *** PCSE 5 *** *** PCSI 5 *** *** Somatório 4 DC 18 (6-14) Abaixo da média W.H.O, 1998 Quadro 3 - Dados antropométricos de C. E. T, 2º consulta. Dados aferidos Valores Classificação Referência Peso 61,60 kg *** *** Altura 1,76 m *** *** IMC 19,93kg/m² Eutrófico W.H.O, 1998 PCT 9 mm - Percentil 50 (16- 85) Média W.H.O, 1998 PCB 4,16 *** *** PCSE 8,33 *** *** PCSI 8,83 *** *** Somatório 4 DC 29,82 (6-14) Abaixo da média W.H.O, 1998 4.3 Diagnóstico nutricional Normocalórica (2.959 kcal/dia) normoglicídica (47,08%) normolipidica (32,46% ) e normoproteica (20,45%) fracionada em 6 refeições ao dia. Com objetivo de melhorar seus hábitos alimentares e perda de peso com uma adequação de no planejamento alimentar para sua saciedade e bem estar. 4.4 Recordatório alimentar Quadro 4 - Plano alimentar habitual para a paciente C. E. T. em agosto/2018 Café da manha Alimento Medida caseira Grupo Alimentar 09h Pão Frances 1 unidade Cereais Queijo muçarela 1 fatia Leite e Derivados Iogurte de morango 1 pote (170 gramas) Leite e Derivados Melado 1 colher de sopa (16 gramas) Açúcares e Doces Almoço Alimento Medida caseira Grupo Alimentar 13h30 Arroz branco 4 colheres de sopa Cereais Bisteca suina 2 unidades Carnes e ovos Alface 2 folhas Hortaliças Repolho 2 colheres de sopa Hortaliças Linhaça 1 colher de chá Cereais Gergilim 1 colher de chá Cereais Lanche da Tarde Alimento Medida caseira Grupo Alimentar 17h Pão Frances 4 unidade Cereais Queijo muçarela 1 fatia Leite e Derivados Lanche da Tarde Alimento Medida caseira Grupo Alimentar 20h30 Pão Frances 4 unidade Cereais Hambúrguer vegetariano 2 unidade (300 gramas) - Creme de avelã 2 colheres de sopa (50 gramas) Doces e Açucares Ceia Alimento Medida caseira Grupo Alimentar 23h30 Maçã 1 unidade Frutas Cálculo das necessidades energéticas: GEB= 204 – (4 x 19) + (450,5 x 1,76) + (11,69 x 60,20) GEB= 204 – 76 + 792,88 + 703,73 GEB = 1624,61 kcal/dia EER= 662 – (9,53 x 19) + 1,25 x {( 15,91 x 60,2) + ( 539,6 x 1,76)} EER= 662 – 181,07 + 1,25 x (957,78 + 949,69) EER= 662 – 181,07 + 1,25 x 1907,47 EER= 662 – 181,07 + 2384,33 EER= 2865,26 kg/dia 4.4.1 Análise do Recordatório Quadro 5 - Valores dos macronutrientes encontrados no planejamento alimentar habitual Nutriente % Kcal Kcal/g Grama g/KgP PTN 18,14 613,64 4 153,41 2,54 LIP 41,90 1417,5 9 157,50 2,61 CHO 39,95 1351,64 4 337,91 5,61 Total de Kcal encontrado no plano alimentar 3.382,78 kcal/dia Quadro 6 - Valores dos micronutrientes encontrado no planejamento alimentar habitual Macronutrientes e Micronutrientes Valor Encontrado Valor Recomendado DRIs- UL Carboidrato 39,95% 45 - 65% Proteína 2,54 g/kg – 18,14% 0,8 - 1 g/kg - 10 – 35% Lipídio 41,90% 20 - 35% Fibra alimentar 34,29 g 38 g Ferro 25,70 mg 8 mg 45 mg Cálcio 1.133,47 mg 1000 mg 2,5000 mg Fósforo 1.372,04 mg 580 mg 4000 g Magnésio 356,46 mg 330 mg 350 mg Manganês 2,40 mg 2,3 mg 11 mg Potássio 2.659,52 mg 4700 mg ND Selênio 183,18 mcg 45 mcg 400 μg Sódio 4 g 1,5 g 2,3 g Vitamina A (Retinol) 93,83 mcg 625 mcg 3,000 μg Vitamina B1 (Tiamina) 3,09 mg 1 mg ND Vitamina B12 (Cobalamina) 2,56 mcg 2,0 mcg ND Vitamina B2 (Riboflavina) 2,23 mg 1,1 mg ND Vitamina B3 (Niacina) 26,96 mg 12 mg 35 mg Vitamina B6 (Piridoxina) 1,70 mg 1,1 mg 100 mg Vitamina B9 (ÁcidoFólico) 447,34 mcg 320 mcg 1000 μg Vitamina C (Ácido Ascórbico) 44,10 mg 75 mg 2,000 mg Vitamina D (Calciferol) 2,37 mcg 5 mcg 50 μg Vitamina E (Tocoferol) 16,69 mg 12 mg 1,000 mg Zinco 16,00 mg 9,4 mg 40 mg De acordo com o planejamento habitual pode-se avaliar que o consumo de carboidrato esta elevado, proteína esta adequada e lipídeo estão elevado dentro das recomendações da ingestão dietética diária (DRI,2002) mas a qualidade nutricional esta deficiente. No quadro de micronutrientes o valor encontrado de: fibra, potássio, vitamina A (Retinol), vitamina D (Calciferol) e vitamina C (Ácido ascórbico), estavam abaixo do recomendado, essa deficiência pode causar várias doenças relacionadas a imunidade como por exemplo a anemia. 4.5 CONDUTA NUTRICIONAL O planejamento alimentar do paciente C.E.T. iniciou com a anamnese e em seguida a avaliação antropométrica para entender o seu cotidiano e seus hábitos alimentares. Após foi realizado os cálculos de suas necessidades energéticas encontradas e foi avaliado o consumo alimentar habitual. A avaliação do seu recordatório alimentar constatou uma ingestão de 3.382,78 kcal/dia, o que indica um valor aumentado do consumo alimentar comparado ao seu gasto energético que é de 2.865,26 kcal/dia. Cardápio do paciente revelou baixo consumo de alimentos integrais, carboidratos complexos, gorduras boas, frutas, verduras, legumes, hortaliças. O paciente consumia varias vezes ao dia pão frances e está se adaptando com a retirada das porções de carnes da sua rotina, relatou que está com dificuldade desta retirada mas pretende continuar tetando. 4.6 CARDÁPIO ELABORADO T.P.R Quadro 7 - Plano alimentar proposto para a paciente C. E. T. em novembro/2018 Café da manha Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 08h30 Pão integral 2 fatias (60 gramas) 1 Cereais Queijo minas 2 fatias 1 e 1/2 Leite e Derivados Iogurte Natural 1 pote (170 gramas) 1 Leite e Derivados Banana 1 unidade 1 Frutas Melado 1 colher de sopa (16 gramas) 1 Açúcares e Doces Lanche da Manhã Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 10h30 Maçã 1 unidade 1 Frutas Paçoca 2 unidades (40 gramas) 2 - Almoço Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 13h30 Risoto* Arroz branco 8 colheres de sopa (200 gramas) 2 Cereais Ricota* 3 fatias (150 gramas) 1 e 1/2 Leite e Derivados Feijão branco, preto ou carioca* 2 colheres de sopa (65 gramas) 1 Feijões e Oleaginosas Tomate cereja* 6 unidades (60 gramas) 1 Hortaliças Brocolis* 2 colheres de sopa (25 gramas) 2 Hortaliças Linhaça* 1 colher de sopa (10 gramas) 1/2 Cereais Laranja 1 unidade 1 Frutas Lanche da Tarde Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 17h Pão integral 3 fatias 1 e 1/2 Cereais Queijo minas 1 fatia (30 gramas) 1 Leite e Derivados Banana 1 unidade 1 Frutas Pata de amendoim sem açúcar 2 colheres de sopa (50 gramas) 2 - Lanche da Tarde Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 20h30 Tabule de quinoa* Quinoa 8 colheres de sopa (40 gramas) 2 Feijões e Oleaginosas Pepino em conserva* 2 colheres de sopa (35 gramas) 1 Hortaliças Tomate* 2 colheres de sopa (30 gramas) 1 Hortaliças Grão de bico* 2 colheres de sopa (50 gramas) 2 Feijões e Oleaginosas Hambúrguer vegetariano 1 unidade (150 gramas) 1 - Ceia Alimento Medida caseira Porção Grupo Alimentar 22h30 Iogurte Natural 1 pote (170 gramas) 1 Leite e Derivados Melado 1 colher de sopa (16 gramas) 1 Açúcares e Doces 4.6.1 Análise do cardápio Quadro 8 - Valores dos macronutrientes encontrado no planejamento alimentar proposto NUTRIENTE % Kcal Kcal/g G g/kg/P PTN 15,53 431,84 4 107,96 1,79 LIP 35,44 984,96 9 109,44 1,91 CHO 49,03 1363,04 4 340,76 6,44 Total de Kcal encontrado no plano alimentar 2.779,84 kcal/dia Quadro 8 - Valores dos micronutrientes encontrado no planejamento alimentar proposto Macronutrientes e Micronutrientes Valor Encontrado Valor Recomendado DRIs- UL Carboidrato 49,03% 45 - 65% Proteína 1,2 g/kg – 15,53% 0,8 - 1 g/kg - 10 – 35% Lipídio 35,44% 20 - 35% Fibra alimentar 48,08 g 38 g Ferro 17,90 mg 8 mg 45 mg Cálcio 1.371,83 mg 1000 mg 2,5000 mg Fósforo 1.699,18 mg 580 mg 4000 g Magnésio 587,71 mg 330 mg 350 mg Manganês 6,97 mg 2,3 mg 11 mg Potássio 4.353,79 mg 4700 mg ND Selênio 89,45 mcg 45 mcg 400 μg Sódio 1,9 g 1,5 g 2,3 g Vitamina A (Retinol) 642,12 mcg 625 mcg 3,000 μg Vitamina B1 (Tiamina) 1,89 mg 1 mg ND Vitamina B12 (Cobalamina) 2,21 mcg 2,0 mcg ND Vitamina B2 (Riboflavina) 1,96 mg 1,1 mg ND Vitamina B3 (Niacina) 14,31 mg 12 mg 35 mg Vitamina B6 (Piridoxina) 2,98 mg 1,1 mg 100 mg Vitamina B9 (Ácido Fólico) 538,19 mcg 320 mcg 1000 μg Vitamina C (Ácido Ascórbico) 231 mg 75 mg 2,000 mg Vitamina D (Calciferol) 0,23 mcg 5 mcg 50 μg Vitamina E (Tocoferol) 9,87 mg 12 mg 1,000 mg Zinco 12,88 mg 9,4 mg 40 mg De acordo com o recomendações da ingestão dietética diária (DRI, 2002) , o paciente C.E.T., ficou dentro dos parâmetros indicado dos macronutrientes carboidrato, proteína e lipídio. A fibra alimentar estava abaixo do indicado no planejamento habitual, no planejamento proposto ficou acima do valor recomendado. O potássio, vitamina D (Calciferol), vitamina E (Tocoferol), fechou abaixo do recomendado. Dentro do planejamento alimentar proposto está anexo a lista de substituição, onde a paciente vai poder fazer a troca dos alimentos de cada grupo com a determinada porção distribuídos nas refeições, equilibrando os micronutrientes . 4.7 Discussão do cardápio O cardápio proposto do paciente C.E.T. era fracionada em 6 refeições ao dia, com objetivo de melhorar seus hábitos alimentares e ganho de massa muscular com uma adequação de no planejamento alimentar para sua saciedade e bem estar. Orientada a seguir a realizar de 5 a 6 refeições por dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia). Preparar pratos coloridos e diversificados para estimular o apetite. Fazem as refeições em lugares tranquilos, longe da TV e computador. Se consentrar na sua alimentação e mastigue sempre bem devagar, saboreando os alimentos. Não seria necessário excluir radicalmente nenhum alimento, para sempre comer de tudo um pouco. Alimentação colorida e variada é sinônimo de alimentação saudável. Para beba de 1 a 2 litros de água por dia. Beber leite e/ou derivados (iogurte, queijo, entre outros) pelo menos duas vezes ao dia. Evitar salgadinhos, biscoitos recheados, sanduíches, macarrão instantâneo, balinhas, doces, sorvetes e refrigerantes, pois são ricos em sal, açúcar e gordura, que em excesso podem prejudicar a sua saúde. Escolher alimentos saudáveis nos lanches da escola, em casa e nos momentos de lazer. Consumir frutas enriquecidas com cerais como aveia, granola, linhaça,oheipe´wép´rpe chia, açaí, iogurte kefir, mel, alimentos ricos em fibras, carboidratos complexos, um aumento na proteína e gorduras boas. As frutas, legumes e hortaliças, indicado a usar as da época para uma variedade no cardápio e melhorar os níveis dos seus micronutrientes. Após o retorno de 30 dias o paciente mensionou estar satisfeita com seu novo planejamento alimentar, não requisitando alterações na dieta proposta. Não realizou as receitas propostas. Relatou evacuar diáriamente e que não houve nenhuma mudança.Sentiu-se mais disposto nos treinos e percebeu uma melhora no rendimento. Não ocorreu mudanças na rotina do sono. O paciente aumentou seu peso em 1,4 kg, não percebeu nenhuma mudança em seu corpo. Seu IMC permanaceu na eutrofia (IMC 19,93), e seu percentual de gordura aumentou (12,9% GC). Segundo seu recordatório alimentar houve pouca mudança na alimentação, mais relatou que aumentou o consumo de frutas e verduras. Em geral permaneceu as orientações e ira tentar realizar o que foi estabelecido. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ciencia da nutrição é considerada muito nova, ainda não existe comprovações cientificas sobre determinadas dietas, conduta nutricional e alimentos. Estudos sobre a alimentação e nutrição são publicados periodicamente. Sendo assim, a área da nutrição clínica é desafiadora e exige que os profissionais se atualizem. O estágio na clínica oportunizou na prática o conhecimento teórico adquirido durante o curso. Cada paciente atendido é tratado como único e cada patologia, sintoma relatado, referências alimentares, aversoões, rotina de vida e situação socioeconômica é levada em consideração na prescrição do plano alimentar. A conduta nutricional e a alimentação equilibrada promovem qualidade de vida e prevenção de enfermidades. O nutricionista cada vez mais deve levar as questões de mudanças de hábitos como ponto de partida para a qualidade de vida de seu paciente, não é uma tarefa fácil, pois a mudança ativa e continua demanda tempo e esforço das duas partes, tanto do profissional da Nutrição quanto do paciente. REFERÊNCIAS BRASIL. RESOLUÇÃO CFN Nº 380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Disponível em Acesso em 28 nov. 2018. BRASIL. Lei nº 8.234, de 4 de Abril de 1967. Dispõe sobre a ptofissão de Nutricionista, regula o seu exercício, e dá outras providências. Brasília, DF, 24 abr. 1967. GILSON RS. Introduction. In: Principles of nutritional assessment. Nova York: Oxford University Press, 1990. CUPPARI, Lilian (Org.). Guias de Medicina Ambulatorial e hospitalar da EPM-UNIFESP: Guia de Nutrição: Clinica no Adulto . 3. ed. Sao Paulo: Manole, 2014. MAHAN, L. Kathaleen; ESCOOT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012. PALMA, D; ESCRIVÃO, MAMS; OLIVEIRA, FLC. ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA. Guia de nutrição clínica na infância e na adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009, 25 p. APÊNDICES APÊNDICE A - Atividade na Escola Estadual João Durval Figura 1 – Atividade na Escola Estadual João Durval (APÊNDICE A). ABÊNDICE B – Folder desenvolvido para Evento SIN. Figura 2 - Folder para as áreas de atuação do Nutricionista (ABÊNDICE B). APÊNDICE C – Desenvolvimento protocolo Figura 3 – Protocolo utilizado na clínica escola (APÊNDICE C). Figura 4 – Protocolo utilizado na clínica escola (APÊNDICE C). APÊNDICE D – Ação Sipat na Empresa Souza Cruz Figura 5 – Ação do SIPAT realizada na empresa Souza Cruz (APÊNDICE D). APÊNDICE E – Organização do evendo SIN Figura 6 – Organização do evento SIN (APÊNDICE E). APÊNDICE F - Desenvolvimento de livro de receitas Figura 7 – Livro de receitas para Hipertensos (APÊNDICE F). APÊNDICE G – prática na cozinha pedagógica Figura 8 – Receitas preparadas na aula pratica (APÊNDICE G). Figura 9 – Receitas preparada (APÊNDICE G). Figura 10 – Receitas preparada (APÊNDICE G).
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