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Turismo no Bosque Rodigues Alves, Cantando lendas e contado a história

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Universidade Federal do Pará – Belém
Faculdade de Educação Física
Ariane Bentes(
Jessé Souza*
João Paulo Leão*
João Paulo Costa*
Larissa Oliveira*
 Leonardo Barata*
Matheus Macola*
Werner Monteiro*
PLANEJAMENTO
Tema: Turismo no Bosque: Cantando lendas e contado a história
Objetivo: Fazer um breve resgate histórico de determinados pontos do Bosque Rodrigues Alves e desenvolver ações lúdicas temáticas relacionando lendas amazônicas com os locais percorridos, no intuito de quebrar barreiras para a vivência do lazer, utilizando-se das autênticas manifestações culturais; 
Conteúdo/Atividades: A temática desenvolvida será "A natureza vive, preserve a vida e seu imaginário”. A sequência se dará sob a forma de circuito. De posse da temática, na medida em que forem sendo reconhecidos os espaços a serem trabalhados, serão construídas e reproduzidas cantigas, sendo que nestas existam apenas as ideias centrais da estrofe, por exemplo, ao reconhecer um açaizeiro se introduz a lenda de Iaça que narra a origem do açaí, por seguinte o guia entoa a canção “Põe tapioca, põe farinha d’água, põe açúcar não põe nada...” (Sabor Açaí, de Nilson Chaves) e pergunta ao grupo quais são as outras misturas diferentes que se pode fazer com o açaí, assim feito, adapta as respostas na cantiga, pois como nos cita Huizinga (1993) o verdadeiro jogo em si "cria ordem e é ordem". Ordem essa que é muito mais eficaz quando é aceita pelo grupo e elaborada coletivamente. 
Ao chegar às ruínas do castelo, será abordado o histórico do bosque e da época vivida em sua construção e principal reforma. “Em 25 de agosto de 1883 foi inaugurado o Bosque Municipal do Marco da Légua, hoje conhecido por Bosque Rodrigues Alves. Em 1903 Antônio Lemos, Intendente da época, realizou diversas mudanças no bosque, dado o momento vivido pela Região na época, a Bella Epoque. Esse período ficou marcado pela supervalorização da cultura europeia da época e inserção de diversos componentes arquitetônicos como chalés, reformas de teatros, praças e construção de monumentos. A reforma realizada por Antônio Lemos baseou-se no Bois de Boulogne, importante Logradouro Francês. As ruínas do castelo, em especial, foram construídas devido à estética da época, onde havia uma corriqueira utilização de ruínas como componente de embelezamento do local” (SILVA, 1998). 
Após a apresentação do histórico do bosque e das Ruínas do Castelo, em especial, haverá uma dinâmica para associar castelo com o imaginário dos alunos. Os mesmos serão divididos em homens e mulheres, onde os homens serão subdivididos em grupos de 4 ou 5. Os meninos deverão então preparar uma serenata com canção ou poesia para todas as meninas e o grupo que for eleito o melhor, por elas, será premiado.
Ao sair do castelo, cada individuo deve procurar um determinado “cipó” e fazer um traçado, escondendo as pontas, jogando para trás sem olhar e dizendo “Curupira, quero ver se és capaz de desfazer este traçado!” estimando que estejam sendo observados pelo protetor da natureza para não cair em suas ciladas por qualquer tipo de desrespeito. 
Seguindo no caminho para o lago da Iara, será reinventada a forma de dançar carimbó, quando o guia cantar “Eu quero ver, ô, menina eu quero ver. Eu quero ver, você agora embolar. Eu quero ver, ô, menina eu quero ver. O carimbó do macaco que eu fiz pra você dançar” (Adapatada, Carimbó do Macaco, de Mestre Pinduca) será escolhida uma menina que dançará de forma livre o carimbo e todos irão reproduzir sua dança, até que ela escolha outro menino, ou seja, iremos alternando entre gênero e formas peculiares de dançar a música. Até que em frente ao lago “fechamos os corpos” para não ficarmos enluarados ao atravessar a ponte, com uma canção de autoria própria de João Paulo, canta-se “A Iara é bonita e canta gostoso, se ouvir eu morro de amor por ela. Ai Deus me livre de ficar louco, pois respeito a água que é filha dela” logo serão conduzidos pelo enredo da lenda e travessia da ponte até a fonte dos Intendentes.
Então, será feito um breve exposto histórico sobre símbolos e contexto em que fora construída a fonte dos intendentes, quando em 17 de dezembro de 1906 foi inaugurado na Clareira do Congresso um Monumento, erigido em comemoração ao Congresso dos Intendentes Municipais do Pará, realizado naquele local no dia 15 de Agosto de 1903, demarcando o local da lareira onde foi erguido o referido monumento, esse Congresso se deu em forma de almoço ao ar livre, estando presentes também vários chefes políticos. Entretanto, será feito um quiz de perguntas relacionadas ao período, onde os grupos terão oportunidade de debater, construindo um momento de conjuntura espaço-história, entendendo que "o lazer é um dos maiores fenômenos da esfera da cultura, responsável pela potencialização da rede de sociabilidade em que grupos se organizam, ampliando a rede de troca e sociabilidade e enriquecendo a experiência pessoal e coletiva." (MATOS, 2001).
Logo, depois do monumento aos intendentes, o grupo deve completar a caminhada andando de costas até a estátua do curupira, com o intuito de enganá-lo para não nos deixar “mundiados” ou perdidos no caminho, salvo que estamos em terreno natural e não é nosso intento perturbar a ordem e harmonia. Como afirma Marcellino (1996) é fundamental que o lazer na vida moderna seja visto como um tempo privilegiado para a vivência de valores que contribuam para mudanças de ordem moral e cultural. Podendo ser um instrumento para os movimentos ecológicos, de jovens, de mulheres, etc. alicerçarem suas bandeiras com valores capazes de estimular mudanças radicais na sociedade.
Enfim, podemos perceber que as dinâmicas serão reproduzidas multiformemente entre cada ponto de parada do circuito (Próxima figura), ou seja, referenciando não só a flora, mas a fauna e as lendas que fazem parte da construção do espaço e história, revelando o valor de sua preservação; 
Circuito que será percorrido
Metodologia: Inicialmente será feita uma apresentação dialogada com o tema, com isso, iniciará a caminhada acompanhada por cantiga que remeta a fauna e flora ou lenda, sendo dinamizada sua construção e reprodução com os participantes, até que chegue aos pontos de parada, onde haverá um breve resgate histórico-cultural do patrimônio ou espaço, sem deixar de relacioná-los com o imaginário das lendas, fazendo com que o tempo de lazer do grupo envolvido combine o divertir e o desenvolver, abrindo possibilidades pedagógicas de uma vivência crítica e prazerosa. O percurso tende a ser feito em no máximo 2 horas, não requerendo o uso privativo do local. Em média 30 pessoas participarão da atividade, estimando a falta de alguns por peculiaridades como doença, desistência do curso/disciplina e motivos pessoais. Compreendendo o que rege o Jardim Botânico, será primada a harmonia e preservação da natureza não entoando cantigas em alta frequência próximo aos recintos dos animais ou uso de caixas de som eletrônicas, na premissa de manter a ordem pré-estabelecida pelas competências que administram o espaço;
Materiais: Violão Acústico reduzido único, espetos de pau, barbante;
Local: Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia, Av. Almirante Barroso, entre Travessas Lomas e Perebebuí, 2078. (91) 3277-1112. bosque.rodrigues@yahoo.com;
Referências: 
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1993.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. São Paulo: Autores Associados, 1996.
MATOS, Lucília da Silva. "Belém do direito ao lazer ao direito a cidade" IN MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lazer & esporte: políticas públicas. Campinas: Autores Associados, 2001.
SILVA, G.C. da. Histórico do Bosque Rodrigues Alves. Belém do Pará.1998. 35p. Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Federal do Pará.
Patrícia Fernanda, Cantinho do Educador Infantil: a lenda da Iara, a sereia. Disponível em: <http://www.ensinar-aprender.com.br/2011/08/lenda-da-iara-sereia.html?m=1>Só História, Lendas & Mitos – Lenda da Iara. Disponível em: <www.sohistoria.com.br/lendasemitos/iara/> 
( Discentes de Lic. em Educação Física da UFPA

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