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1 CURSO DE OSTEOPATIA Etapa 1 O Ilíaco e o Púbis A Coluna Lombar EBOM Rua Palmira,26 BELO HORIZONTE CEP 30220-110 Tel (31)3227 16 62 www. osteopatia.com.br info@osteopatia.com.br 2 EBOM - Escola Brasileira de Osteopatia e Terapia Manual Diretores: Dra. Laís Cristina Almeida Dr. Philippe Manuard Professores: Lais Cristina Almeida – FT e Osteopata DO – Brasil Philippe Manuard – FT e Osteopata DO – França e Brasil 3 Índice: O Ilíaco e o Púbis – Anatomia e Biomecânica • Divisão dos Ilíacos e elementos importantes • A Articulação Sacroilíaca • A Sínfise Púbica • Anatomia Palpatória • Parte Posterior • Palpação dos Músculos – Etiologia • Etiologia e Mecanismo Lesional da Cintura Pélvica • Movimentos de nutação e contranutação • Localização da Pelve, forças ascendentes e descendentes e suas consequências • Biomecânica osteopática das Articulações Sacroilíacas • Biomecânica da Pelve no apoio unipodal • Disfunções Ilíacas • Disfunção da Sínfise Púbica • Disfunções Sacrococcígeas – Compensações e Perdas de Compensação ao nível do Ilíaco – Diagnóstico das disfunções Iliossacras – Diagnóstico das disfunções do Púbis – Diagnóstico das Sacrococcígeas – Repercussões das Lesões da Pelve – Técnicas A Coluna Lombar – Anatomia e Biomecânica • Constituição • Biomecânica das Vértebras Lombares • Mecanismo Lesional da Coluna Lombar • Leis de Fryette • Explicação das disfunções • Perda de compensação de uma disfunção lombar – Patologia • Conhecimentos Indispensáveis • Lombalgia comum • Ciática • A Cruralgia 4 • Lombalgia comum e anomalias congênitas • Lombalgia e Espondilite ou Pelviespondilite Reumática • Lombalgias tumorais – Radiologia • Esquema vertebral • Técnica radiológica • Incidências adiológicas – Diagnóstico • Diagnóstico osteopático Lombar • Objetivo • Exame palpatório • Inspecção da Coluna • Testes de mobilidade – Técnicas • Tratamento osteopáticos das disfunções lombares 5 6 7 8 Os Ilíacos dividem-se em três partes: – Púbis – Ílio – Ísquio O Púbis Elementos importantes: • Ramo descendente • Ramo horizontal • Superfície articular púbica O Ílio Elementos importantes: • Superfície não articular do acetábulo (inserção do ligamento redondo) (2) • Superfície articular do acetábulo (3) • Forame obturado (5) • Fossa Ilíaca (21) • Superfície articular (23) • EIAS (25) • EIAI (32) • EIPS (30) • EIPI (31) • Crista Ilíaca (27) • Incisura isquiática maior (39) • Incisura Isquiática menor (40) • Espinha Isquiática (38) 9 Duas articulações: 1) Sacroilíaca 2) Sínfise púbica I. Articulação Sacroilíaca Segundo Kapandji – Articulação Sacroilíaca O osso ilíaco articula-se com o sacro através de superfícies articulares em forma de boomerang – Trilho cavo para a superfície auricular sacra – Trilho pleno para a superfície auricular ilíaca Divide-se em 3 partes – Braço menor, fazendo aproximadamente 5o com a vertical – Istmo – Braço maior, fazendo aproximadamente 5o com a horizontal 10 Superfícies Auriculares Os meios de união a) Ligamento sacroilíaco anterior que é confundido com a cápsula anterior e opõe-se à báscula anterior do promontório: limitando a nutação b) Ligamento sacroilíaco posterior estende-se da tuberosidade ilíaca e espinha ilíaca posterior até o 4o tubérculo sacro posterior. Eles tendem a limitar a contra-nutação O ligamento sacroilíaco posterior, se compõe: Plano superficial = ligamento iliolombar Plano médio – Ligamento ilio-tranversal sacro – Ligamento ísquio transversal conjugado que é composto: • 1o ligamento ilio-transversal conjugado, que estende-se da tuberosidade ilíaca ao 1o tubérculo sacro posterior • 2o ligamento ilio-transversal, de Zaglas, fixa-se sobre o 2o tubérculo sacro posterior • 3o e 4o ligamento estende-se do EIPS, ao 3o tubérculo sacro posterior Plano profundo = ligamento axial ou ligamento interósseo (6) Segundo Kapandji – Ligamentos da Pelve Outros ligamentos – Ligamentos sacrociáticos • Ligamento sacroespinhal que estende-se da espinha isquiática à borda lateral do sacro • Ligamento sacrotuberal cruza posteriormente o precedente, e estende-se da crista ilíaca e cóccix passando pela borda do sacro, à tuberosidade isquiática ( * em sua face posterior insere-se o glúteo máximo) 11 ∆! ! Os ligamentos sacrociáticos delimitam 2 forames: • Um forame superior no qual passa o músculo Piriforme • Um forame inferior no qual passa o músculo Obturador Interno e o feixe vásculo nervoso pudendo interno. Segundo Platzer – Ligamentos Sacrociáticos — Ligamentos iliolombares Dois feixes: • O superior que estende-se do processo transverso da 4a lombar e dirige-se para baixo, para fora e para trás, em direção a crista ilíaca, onde insere-se. • O inferior que estende-se do processo transverso da 5a lombar e dirige-se para baixo e para fora, inserindo-se sobre a crista ilíaca anteriormente, e sobre a articulação sacroilíaca Estes ligamentos limitam a inclinação lateral = alongam-se do lado da convexidade – Durante a flexão lombar o feixe superior alonga-se e o inferior relaxa-se – Durante a extensão lombar o feixe superior relaxa-se e o inferior alonga-se Segundo Kapandji – Ligamentos Iliolombares 12 II - A Sínfise Púbica Os dois ossos ilíacos articulam-se na região anterior da pelve para formar a sínfise púbica É uma anfiartrose que permite movimentos de afastamento e deslizamento Superfície articular ovalar com eixo oblíquo para cima e para frente 13 Meios de União – Ligamento interósseo – Sistema ligamentar periférico: • Ligamento anterior e posterior • Ligamento arqueado IV - Articulação Sacrococcígea Superfície Articular – Superfície sacra é côncava – Superfície coccígea é convexa A forma articular favorece o movimento de flexão Meios de União – Ligamento interósseo – Ligamento sacrococcígeo anterior – Ligamento sacrococcígeo posterior: ligamento responsável pela dor em caso de flexão do cóccix. 14 Considerações sobre alguns músculos Importantes para a compreensão dos movimentos ilíacos e suas disfunções O Psoas – Estabiliza anteriormente a articulação sacroilíaca – O psoas apresenta seu máximo de espessura no cruzamento da articulação sacroilíaca – Não insere-se sobre L5, unicamente de T12 – L4 e também sobre o disco intervertebral – Quando o ponto fixo do psoas está ao nível do fêmur e contraindo-se bilateralmente realiza a lordose lombar – Quando o ponto fixo está no fêmur e contrai-se unilateralmente o psoas faz uma inclinação lateral para o lado da contração e faz girar o corpo vertebral para o lado oposto, para a convexidade, o ilíaco leva a asa ilíaca anteriormente. – Músculo muito sensível às patologias infecciosastais como sinusite, amigdalite, problemas dentários, etc. – Entretanto, um espasmo bilateral reflexo imobiliza o indivíduo em discreta flexão anterior – O psoas é atravessado por diferentes ramos do plexo lombar que emergem da sua superfície sobre os pontos diversos Piriforme Origem – Face anterior da 2a , 3a, 4a vértebras sacras – Face anterior do ligamento sacrotuberal Inserção – Sobre a face superior do trocanter maior (ele atravessa a incisura isquiática maior) Ação – Rotação externa do quadril – Abdutor do quadril Inervação – N. do piriforme S1- S2 • Quando o ponto fixo do piriforme é o sacro, sua contração unilateral faz a rotação externa do quadril • Quando o ponto fixo é o fêmur leva o sacro a realizar uma torção sobre o seu eixo oblíquo 15 ∆ !! A tensão patológica do piriforme repercute sobre o n. ciático. O piriforme pode ser atravessado por um dos seus ramos. Relações – Acima do piriforme • Vasos e nervos glúteos superiores – Abaixo do piriforme • N. grande e pequeno ciático • Vasos e nervos pudendos internos ∆ !! Uma lesão posterior do ilíaco unilateral pode produzir uma tensão anormal deste músculo e projetar uma sintomatologia dolorosa na face interna do joelho Sartório Origem – EIAS Inserção – Pata de ganso Ação – Flexor do joelho – Com o joelho flexionado ele age como rotador interno da tíbia – Permite uma flexão do quadril sobre o tronco Inervação – N. femoral L1 – L3 16 Bíceps Femoral Origem – Tuberosidade isquiática Inserção – Cabeça da fíbula Ação – Extensor do quadril – Flexor do joelho e rotação externa Inervação – N. ciático poplíteo interno L5 – S2 ∆ !! Uma lesão anterior unilateral do ilíaco produz uma tensão anormal ao nível deste músculo e pode projetar uma sintomatologia dolorosa na face lateral do joelho. Neste caso, o ponto fixo é isquiático, e o bíceps femoral puxa sobre suas inserções tibiofibulares provocando uma rotação externa. Quando o ponto fixo é tibiofibular pode levar a uma lesão posterior do ilíaco. 17 III. Pontos Gatilhos, Dores Referidas e Técnicas de Spray and Stretch Psoasilíaco 18 Psoas Quadrado Lombar Abdominais 19 IV. Anatomia Palpatória Parte Posterior • L4 – L5 = Prolongamento das cristas ilíacas. • L5 – S1 = Descer um nível abaixo de L4 – L5. • S1 – S2 = Extremidade inferior da espinhosa de S1. Para confirmar estes pontos, pode-se palpar durante a dinâmica respiratória: Coloca-se a mão caudal e toma-se contato: • Indicador em L4 – L5. • Médio em L5 – S1. • Anular S1 – S2. Se a dobradiça lombossacra está normal, ou seja, não há lombalização de S1, nem sacralização de L5, nem outros problemas como perda de mobilidade ao nível lombar, quando o paciente respira, na inspiração percebe-se a dinâmica respiratória em L4 – L5, L5 - S1, ou seja o indicador e o médio separam-se do anular e este fica fixo (S1-S2) • EIPS = Espinhosa de S2. De um lado e outro de S2, ângulo aberto para o exterior ( ) . Posicionar os polegares a partir da espinhosa de S2, e separá-los até encontrar duas proeminências ósseas, que se contorna por baixo. • Ângulo ínfero lateral do sacro (AIL) = Espinhosa de S4. AIL = (f ) No início da prega glútea (1/4 superior). Os polegares separam-se do eixo médio até encontrar uma depressão sob os polegares, passa-se do tecido ósseo ao mole. 20 Quanto maior for a horizontalização do sacro, mas EIPS e AIL estarão próximas. Quanto maior for a verticalização do sacro, mas EIPS e AIL estarão separados. • T12 – L1 = Hiato entre T12 – L1. Espaço interespinhoso mais marcado (maior), exceto se houver perda de mobilidade neste nível. • L3 – É a vértebra que possui as transversas mais largas • L4 – Colocar os polegares lateralmente ao processo espinhoso de L4, afastá-los ligeiramente na direção lateral e cefálica. Observar as massas paravertebrais, exercendo uma pressão no sentido da mesa, sentindo as transversas de L4. Não é raro encontrar uma transversa mais proeminente que outra – rotação fisiológica. • Palpação da 12a e 11a costela. Colocar os dedos na crista ilíaca, elevar até a 1a estrutura óssea encontrada lateralmente: palpar na direção medial, encontrando a 12a costela e, acima, a 11a costela. Existem grandes diferenças quanto ao comprimento e obliqüidade da 12a costela. Em algumas pessoas, a obliqüidade leva quase a um contato com as cristas ilíacas. Marcar a ponta da 12a e 11a costela. Desenhar a borda inferior da 12a costela: se a costela está inclinada para baixo, haverá dificuldade para palpar as transversas de L3. Caso a costela seja fortemente horizontal, pode-se palpar a transversa de L2. • Massas Musculares. Palpar a borda lateral da massa comum sacrolombar. Palpar a ponta da 12a costela, voltar o contato ligeiramente para fora e para o ombro do mesmo lado. Pede-se para estender o quadril: sente-se então a borda livre do quadrado lombar, orientado, em decúbito ventral, para fora e do alto para baixo. 21 • Grande trocânter. Colocar os polegares sobre EIPS, e realizar um movimento de rotação para colocar os dedos sobre o grande trocânter (borda superior, anterior e posterior) Faz-se rotação interna e externa do quadril para localizá-lo com precisão. • Tuberosidade Isquiática. As mãos abertas, antebraço paralelo à coxa do paciente, deslizar as mãos até as pregas glúteas inferiores. Com o polegar, palpa-se a parte inferior e interna da tuberosidade. Em projeção, colocar o indicador vertical e perpendicular em relação à tuberosidade isquiática, alinhando AIL sobre a mesma vertical, tuberosidade isquiática, EIPS. • Sulco Sacro = Articulação sacroilíaca. Contornar por baixo e por dentro a EIPS, utilizando a parte superior da polpa do polegar para entrar no sulco. No fundo do sulco encontra- se a articulação sacroilíaca. Com movimento suave, utilizando pouca força, entrar em contato sucessivamente com: • a pele; • o ligamento sacroilíaco superficial; • o ligamento sacroilíaco profundo. Tenta-se avaliar a resistência e a tensão ligamentar de um lado e outro. Investigar a profundidade do sulco (3,4 mm). Diferenciar um sulco profundo (cavo) e cheio (pleno). Passagem da RE para RI quadril – abertura do sulco e tensão do ligamento sacroilíaco superficial. Passagem da RI para RE – fechamento do sulco e relaxamento ligamentar. Observar inicialmente a posição adotada espontaneamente pelo paciente. • Ligamento sacrotuberal (ligamento sacrociático maior). Inserção Inferior: tuberosidade isquiática. Inserção Superior: AIL. 22 Buscar com o polegar a face interna da tuberosidade isquiática, subir na direção do ombro do mesmo lado, exercer uma pressão suave para cima e para fora apreciando a resistência. Cruzar os polegares e colocá-los no terço superior da prega interglútea, separá-los progressivamente para fora e para cima, palpa- se os dois ligamentos ao mesmo tempo. A rotação interna e externa do quadril tensiona este ligamento. A rotação anterior do ilíaco relaxa o ligamento sacrotuberal e a rotação posterior tensiona. • Ligamentos Iliolombares. Feixe L4 – Transversa de L4, dirige-se para fora, parabaixo e para trás. Inspiração – Cifose, toda flexão da coluna = alongamento. Expiração – Lordose, toda extensão da coluna = relaxamento. Feixe L5 – transversa de L5, dirige-se para fora, para baixo, para frente. Toda flexão → relaxamento. A partir do processo espinhoso, chega-se até o processo transverso de L4. Em inspiração → tensão do feixe L4. Em expiração → relaxamento do feixe L4. Coloca-se a polpa dos dedos nos espaços interespinhosos: na inspiração percebe-se a abertura dos espaços, as vértebras encontram-se em flexão. Parte Anterior • Ligamento Inguinal. Entre EIAS e espinha do púbis, com 3 dedos, sentir o ligamento que rola como uma corda. • Limites da região da coxa: – Superior: ligamento inguinal. – Medial: borda anterior do grácil. – Lateral: borda anterior do trato iliotibial. 23 – Tubérculo Ilíaco. Espessamento da face lateral da crista ilíaca. • EIAS. Encontrar o tubérculo ilíaco e descer até encontrar uma saliência, depois uma depressão. Girando a polpa do polegar para cima, encontra- se EIAS. • Espinha do Púbis. Colocar as mãos planas sobre o abdome do paciente, dedos dirigidos para a cabeça. Descer as mãos até sentir uma proeminência óssea: sínfise. Buscar uma pequena proeminência óssea que é sensível. Colocar os dedos simetricamente sobre cada espinha do púbis. Pede-se ao paciente para elevar o tronco, e sente-se a contração do reto do abdome. Visualizar os movimentos da sínfise púbica Colocar os dedos de cada lado da borda superior da sínfise púbica. Eleva-se de 1 cm aproximadamente a perna: a sínfise desce. Comparar a mobilidade da sínfise. Segura-se a sínfise púbica entre polegar e indicador: indicador sobre a borda superior, polegar sobre a borda inferior. Refazer o mesmo teste: percepção de um movimento de rotação da sínfise. Movimento de cisalhamento da sínfise: Colocar a polpa de 2 dedos ao nível da interlinha da sínfise. Refazer o mesmo teste: percepção do cisalhamento da sínfise • Triângulo Femoral – Triângulo de Scarpa Possui 3 bordas: Base situada no nível do ligamento inguinal. Borda lateral constituída pela borda medial do sartório. Borda medial constituída pela borda lateral do adutor longo. O triângulo de Scarpa possui um assoalho: Constituído internamento pelo pectíneo e externamente pelo psoas. 24 Contém a artéria femoral e veia femoral. Palpação dos Músculos Parte Posterior Glúteo Máximo Origem: Crista ilíaca, sacro, face posterior do cóccix, fossa ilíaca. As fibras são oblíquas a 45o , inserindo-se na linha áspera do fêmur. Palpação: Traçar uma linha perpendicular da crista ilíaca ao trocânter maior (isso limita o glúteo maior em relação ao glúteo médio). Colocar a mão na borda superior e inferior. O glúteo máximo e o TFL recobrem relativamente o glúteo médio. Para sentir (palpa-se o glúteo máximo), borda inferior do cóccix na direção da linha áspera do fêmur (45o ) e para visualizar, pedir extensão do quadril e joelho. Piriforme Insere-se na parte anterior do sacro (abaixo do glúteo médio). Passa pela incisura isquiática maior. Palpação: Pode-se palpar o piriforme (ou piramidal) na borda ínfero-lateral do sacro, na borda superior do trocânter maior e entre estas duas estruturas. Parte Anterior Psoas maior 25 Com o paciente em decúbito dorsal, traça-se uma linha entre o umbigo e a EIAS. No terço externo, palpa-se o músculo psoas. Para se certificar de que está palpando corretamente, peça flexão do quadril aplicando-se resistência. Pontos Gatilho e Dores Referidas Iliopsoas A dor referida do psoas maior se estende ao longo da coluna, da região torácica até a região sacro-ilíaca, e algumas vezes, atinge o alto da nádega do mesmo lado. A dor referida do ilíaco é semelhante e apresenta-se também na frente da coxa e na região inguinal. Quadrado lombar Palpa-se a crista ilíaca superiormente. O ponto gatilho se encontra a 2 dedos acima. Palpa-se a última costela e o ponto gatilho está logo abaixo. VII. Etiologia e Mecanismo Lesional da Cintura Pélvica A pelve é a chave de abóbada da saúde. Uma disfunção ao nível da cintura pélvica pode provocar distúrbios em todo o organismo, tais como: − Disfunção lombar − Disfunção torácica − Disfunção cervical Com diversas conseqüências sobre o plano víscero-somático 1. Clinicamente habituamos a resumir o papel das sacroilíacas aos movimentos de nutação e contranutação − Nutação • Flexão do sacro (base sacra anterioriza-se) com aproximação das asas ilíacas e afastamento das tuberosidades isquiáticas 26 • Em torno de um eixo transversal S1, o sacro gira em torno do ligamento axial Segundo Kapandji Nutação e Contranutação ∆ !! Limitação do Movimento • Ligamento sacrotuberal • Ligamento sacroespinhal • Parte inferior do ligamento sacroilíaco anterior • Parte superior do ligamento sacroilíaco posterior – Contranutação • Retorno do sacro à posição neutra • Base sacra posterioriza-se • Ápice do sacro anterioriza-se • Asas ilíacas separam-se • Tuberosidades isquiáticas se juntam Segundo Kapandji – Nutação e Contranutação 2. Localização da pelve, forças Ascendentes e Descendentes e suas conseqüências Situada abaixo da coluna vertebral, o complexo articular da pelve relaciona-se com um eixo mediano o qual suporta, e com dois eixos laterais situados abaixo dela e sobre os quais apoia-se. O conjunto pode ser representado por umY invertido 27 Segundo Kapandji – Transmissão das Pressões O sacro está localizado na convergência dos 3 ramos desse conjunto. Ele possui um papel de distribuição das forças − Forças descendentes, vindas de cima, que são transmitidas aos ilíacos, e através deles, aos membros inferiores − Forças ascendentes, vindas dos membros inferiores, transmitidas aos ilíacos, e do sacro para a coluna Esses dois processos descendentes e ascendentes resultam em linhas de forças mecânicas cujo principal feixe é “Gallois e Bosquette” Quando as forças ascendentes e descendentes são igualmente repartidas e absorvidas, fisiologicamente pela estrutura, tudo funciona corretamente. Nos múltiplos esforços, movimentos, quedas ou choques que são transmitidas à pelve na vida cotidiana, a desigualdade do solo, é quase uma regra que cada articulação sacroilíaca é submetida a tensões ligamentares, a pressões assimétricas, a contrações musculares maiores de um lado que de outro Para amortecer esses esforços constantes, a sacroilíaca coloca em jogo sua mobilidade natural Segundo a força dominante, a lesão osteopática será específica: − Força descendente: o sacro − Força ascendente: o ilíaco 3. Biomecânica osteopática das Articulações Sacroilíacas As forças ascendentes transmitidas à pelve pela resposta do apoio ao solo passam pelos acetábulos As forças descendentes distribuem-se ao nível da base sacral Esta disposição realiza um mecânica de cisalhamento cujo segmento de absorção é representado pela distância entre a articulação sacroilíaca e o acetábulo A força ascendente ao apoio unipodal tenderá a elevar o acetábulo, enquanto que o peso da cabeça, tórax, abdome com os órgãos que ele contém, organiza a força descendente e tenderá a empurrar o sacro para baixo. É então ao nível da articulação sacroilíaca que a absorção será organizada. 28 − 29 Movimento Iliossacro Esse movimento de rotação faz-se em torno de um eixo horizontal passando pela 3a vértebra sacra =eixo transverso. O eixo transverso passa pela extremidade do braço maior, ao nível de S3. A e B – ângulos ínferos laterais do sacro ATI – Eixo transverso inferior → pequeno e grande braço auricular Eixo de rotação das asas ilíacas em relação ao sacro Em torno do eixo transverso, duas possibilidades de movimento ♦ A rotação anterior do ilíaco ♦ A rotação posterior do ilíaco Rotação Anterior do Ilíaco − EIAS mais baixa − EIPS mais alta − Ramo púbico inferior − Ísquio superior − Afastamento das asas ilíacas − Aproximação dos ísquios 30 Fisiologia Articular ∆ !!Este movimento estará limitado pela tensão: − Sínfise púbica − Tônus dos retos do abdome e isquiostibiais − Ligamentos sacroilíacos Rotação Posterior do ilíaco − EIPS mais baixa − EIAS mais alta − Ramo púbico superior − Ísquio inferior − Aproximação das asas ilíacas − Afastamento dos ísquios Fisiologia Articular − Deslizamento para cima e para a frente sobre o braço maior − Deslizamento para cima e para trás sobre o braço menor ∆ !! Este movimento estará limitado pela tensão: − Sínfise púbica − Tônus dos músculos adutores magnos e espinhais lombares − Ligamentos sacroilíacos 4. Disfunções Ilíacas Corresponde a um exagero do movimento fisiológico do ilíaco em relação ao sacro As forças localizam-se ao nível da articulação sacroilíaca com uma predominância da força ascendente, provocando uma perda de mobilidade da articulação, tendo por conseqüência: − Estiramento dos ligamentos sacroilíacos − Espasmo dos músculos que fixam a disfunção Cinco tipos de lesão 31 A – Ilíaco Anterior B – Ilíaco Posterior C – Ilíaco Superior ou Up-Slip D - Ilíaco Fechado ou In-Flaire E – Ilíaco Aberto ou Out-Flaire A – Disfunção Anterior do Ilíaco O ilíaco está fixado em rotação anterior pelo espasmo dos músculos homolaterais: − Iliocostal − Ilíaco − Sartório − Reto femoral − Adutores Encontraremos: − EIAS mais baixa − EIPS mais alta − Ramo púbico inferior − Sacro relativamente póstero-superior − Crista ilíaca mais baixa − L5 em rotação oposta devido a tensão do ligamento ilio lombar inferior homolateral − MI longo homolateral devido a posição baixa do acetábulo − Rotação interna do membro inferior devido aos espasmos dos adutores Conseqüências do Ponto de Vista Muscular 32 − Tensão do quadrado lombar ∆!! repercussão sobre a 12a costela − Tensão do glúteo máximo − Tensão dos isquistibiais - ∆ !!dor tibiofibular provocando uma dor na face lateral do joelho ∆ !!O ilíaco anterior é na maioria das vezes traumático − Pode estar associado a um ilio posterior do outro lado realizando a torção da pelve • Numa lesão ilíaca anterior encontra-se freqüentemente uma compensação ilíaca posterior do lado oposto, enquanto o inverso não é verdadeiro B - Disfunção Posterior do Ilíaco O ilíaco está fixado posteriormente pelo espasmo dos músculos homolaterais: − Reto abdome − Glúteo máximo − Bíceps femoral Encontraremos: − EIAS mais alta − EIPS mais baixa − Crista ilíaca mais alta − Ramo púbico superior − Sacro relativamente anterior e inferior Rotação de L5 homolateral Consequência do Ponto de Vista Muscular: − Tensão do sartório provocando uma dor medial do joelho (inserção da pata de ganso) − Tensão do reto femoral levando a uma dor femoropatelar − Tensão dos adutores levando a uma dor medial do joelho ( grácil, pata de ganso) 33 ∆ !!O Ilíaco posterior pode apresentar: − Uma lesão primária traumática com restrição de mobilidade − Uma lesão secundária com restrição de mobilidade devido a uma lesão sacra − Uma compensação fisiológica de um verdadeiro MI longo homolateral com torção sacra compensatória C – Disfunção em UP-Slip ou Superioridade do Ilíaco − Lesão traumática provocada por uma queda sobre os membros inferiores ou ísquios − O ilíaco está fixado em superioridade pelo espasmo dos músculos seguintes: − Quadrado lombar − Grande dorsal − Iliocostal − Reto do abdome Encontraremos: − MI curto homolateral − EIAS mais alta − EIPS mais alta − Ísquio mais alto Relaxamento do ligamento sacrotuberal homolateral 34 D - Disfunção do Ilíaco In-Flaire e Out-Flaire As lesão associadas aos ilíacos anterior e posterior se produzem em torno de um eixo sacroilíaco vertical 35 a) lesão In-Flaire ou fechamento do Ilíaco − Associada à rotação posterior do ilíaco − EIAS – EIPS aproximam-se da linha média b) Lesão Out-Flaire ou abertura do Ilíaco − Associada à rotação anterior do Ilíaco − EIAS – EIPS distanciam-se da linha média 5. Disfunção da Sínfise Púbica Deslocamento dos Ramos Pubianos em Cisalhameto Duas possibilidades: A – Lesão superior B – Lesão inferior Praticamente estão associadas às lesões sacroilíacas, quer sejam primárias ou secundárias A diferença entre o lado normal e o lesado é a modificação da tensão que se produz entre os músculos superiores e inferiores que inserem-se sobre a sinfíse púbica. − Espasmo do Reto do Abdome = lesão superior associada a um ilíaco anterior − Espasmo dos Adutores = lesão inferior associado a um ilíaco posterior Em caso de lesão superior: − Tração da sínfise pelo reto do abdome • Responsável por um aumento da tensão dos adutores • Responsável pelas tendinites dos adutores ou pubalgias Sintomatologia − Tensão muscular principalmente ao nível dos adutores − Dores à pressão da sínfise − Decalagem dos dois ramos − Ver automaticamente a posição do ilíaco Repercussões dessas lesões − Tendinite dos adutores − Perturbações viscerais: • Bexiga • Lâmina pub-vesico-uretro – reto-sacra • Reto • Útero − Sacro 6 - As Disfunções Sacro-Coccígeas A – Lesão Primária 36 Origem traumática direta, como queda sobre as nádegas, responsável por uma subluxação do cóccix em flexão Esta disfunção é fixada pelo espasmo dos músculos do períneo: − Ísquio-coccígeo − Elevador do ânus B - Lesão Secundária No caso de uma lesão sacroilíaca e iliossacra − A torção posterior sacra é responsável por uma torção do ligamento sacrotuberal que provoca uma flexão lateral homolateral do cóccix − Uma disfunção posterior do ilíaco provoca uma flexão lateral homolateral do cóccix por intermédio do ligamento sacrotuberal ∆ !!Todos os ossos onde se inserem os músculos do períneo, todas as vísceras relacionadas com o períneo podem provocar uma disfunção do cóccix Sintomatologia − Dores sacras, coccigodinias − Dores em posição assentada − Dor à anteflexão − Dores sobre a inserção coccígea do ligamento sacrotuberal em caso de lateroflexão do cóccix. VI - Compensações e Perdas de Compensação ao nível do Ilíaco Numerosos indivíduos possuem uma assimetria desigual dos membros inferiores e então compensam − A primeira compensação que o organismo organizará é uma báscula global da pelve sobre o MI curto. • Báscula global da pelve anteriormente sobre o MI curto, e posteriormente sobre o MI longo, o que tende a horizontalizar o sacro − A segunda, é aquela que mais nos interessa Alguns indivíduos vão completar a primeira compensação com um ilíaco funcional posterior sobre o MI longo, ou um ilíaco funcional anterior sobre o MI curto. Compensação funcional, portanto fisiológica. É necessário que esses indivíduos conservem suas compensações. Tudo funciona corretamente desde que as compensações conservem suas mobilidades. Porém caso exista um distúrbio da proprioceptividade,um desequilíbrio das forças, instala-se as lesões, perda da compensação. − Um ilíaco funcionado em posterioridade, em um ilíaco anterior compensatório de um MI curto (raro 20%) − Um ilíaco funcionando em anterioridade, em um ilíaco posterior compensatório de um MI longo (mais freqüente 80%) Compensação ilíaca global da pelve sobre as cabeças femorais 37 Membros inferiores desiguais: Compensação ilíaca Perda de compensação ilíaca sobre os membros inferiores assimétricos Perda de Compensação Ilíaca A compensação é um fenômeno necessário que obedece às leis da não dor, conforto e economia. A compensação será a consequência de uma seqüência mecânica lesional, ou seja, a lesão vai recrutar eixos miotensivos para obedecer as 3 leis do conforto-economia – não dor. 38 Compensação Irreversível Reversível - Congênita - Anatômica - Lesão osteopática primária ou secundária O que nos interessa são as compensações irreversíveis. É o ato inteligente do indivíduo para adaptar-se face a um fenômeno irreversível O exemplo mais comum de um fenômeno irreversível é a assimetria dos membros inferiores. A compensação sobre uma assimetria dos membros inferiores faz-se por uma posteriorização do ilíaco do lado do membro inferior longo, e anteriorização do ilíaco do lado do membro curto. Caso exista uma perda da compensação, o corpo vai recrutar outras compensações quer seja ilíaca, sacra ou lombares. A razão pela qual o ilíaco do membro inferior longo esteja mais apto a compensar inicialmente, é sua maior solicitação pela inclinação da coluna sobre o seu lado. O sacro vai tender a levar o sistema para a horizontalização colocando-se em posição relativa ântero-inferior do lado longo, e póstero-superior do lado curto a fim de diminuir a inclinação lombar. ∆ !! Se tudo continua móvel é uma compensação. As perdas de compensação são quase sempre primárias. Conclusão É necessário saber que ao nível da pelve o ilíaco pode adotar 3 posições: 1) Relativa a um bloqueio do sacro 2) Lesional primária ou secundária 3) Compensatória a uma desigualdade dos membros inferiores. 2. Relativa a um bloqueio do sacro Quando o sacro adota uma posição de torção, em flexão ou em extensão, o ilíaco homólogo se colocará em relação a ele em anterioridade ou em posterioridade do lado da lesão. 3. Posição Lesional O Ilíaco é responsável pelo bloqueio. Ele ficará bloqueado em anterioridade ou posterioridade primária ou secundária. 4. Posição compensatória a uma desigualdade dos MIs − MI longo → ilíaco posterior − MI curto → ilíaco anterior 39 VII. Diagnóstico das disfunções Iliossacras 1. Testes diferenciais Para individualizar cada disfunção dispomos de diferentes testes clínicos com as articulações vizinhas. Antes de abordar os testes próprios para buscar as lesões sacroilíacas, é importante realizar testes diferenciais. 1.1. Teste diferencial entre sacroilíaca e sintoma discal Teste de Mennel Inicia-se com o teste de Lasègue, que diagnostica um problema discal (fazer flexão do quadril com MIs estendidos até 45o ). Caso surja dor lombar, o teste é positivo. A seguir realiza-se a dorsoflexão do tornozelo. Se ocorrer dor, o teste é positivo (teste de Bragard) Caso a dor apareça ou aumente realizando-se o teste do lado oposto, é sinal de problema sacroilíaco. 40 1.2. Teste diferencial entre disfunção sacroilíaca e coxofemoral Paciente em decúbito dorsal, joelhos flexionados, segura e mantêm o joelho do lado são. Depois alonga gradualmente o MI oposto até o momento que os sintomas apareçam. Mantendo o MI nesta posição, realiza-se uma pressão vertical sobre EIAS. − Caso os sintomas desapareçam ou diminuam significativamente é sinal de uma disfunção sacroilíaca. − Caso os sintomas persistam é sinal de uma disfunção coxofemoral 1.2. Teste diferencial entre disfunção sacroilíaca e lombar Paciente em decúbito ventral, osteopata pressiona com os dois polegares de cada lado do processo espinhoso de S1. − Caso a dor desapareça ou diminua significativamente é sinal de disfunção de L5 – S1. − Caso a dor persista ou aumente é sinal de disfunção sacroilíaca 41 1.4. Variante – Teste de Gaenslen Diferencial entre um problema discal e sacroilíaco Permite diferenciar a dor sacroilíaca de uma dor das facetas lombossacras Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa, MI do lado doloroso pendente Fixa-se com a mão interna EIAS do lado oposto, e com a mão externa sobre o joelho aumenta a extensão do quadril Caso apareça dor posteriormente é sinal de uma afecção sacroilíaca ou das facetas lombossacras. Para diferenciá-las, pede-se ao paciente que realize a flexão do quadril sobre o abdome do lado oposto ao testado, e que fixe com suas mãos a posição. Obtem-se desta forma a delordose lombar. Caso a dor persistia, pensa-se numa afecção sacroilíaca. Caso a dor desapareça pensa-se numa afecção das facetas lombossacras. 2. Testes Musculares 2.1 Psoas 1o - Teste Força 2o - Teste com os MI Paciente em decúbito dorsal na borda inferior da mesa Flexiona-se completamente o quadril de um lado, o outro lado a ser testado pendente Observar o apoio da parte inferior da coxa do lado oposto ao flexionado Caso a coxa eleve-se da mesa, o teste é positivo Fazer dos dois lados 3o - Teste com MS Paciente em decúbito dorsal MS em extensão/antepulsão Dorso da mão contra o dorso da outra mão Observar se existe um membro superior mais curto do que o outro O lado mais curto é o lado do psoas espasmado 42 2.2. Testes para o Quadrado Lombar 1o - Teste de força 2o - Teste para encurtamento MI devido ao espasmo do quadrado lombar Paciente em decúbito dorsal, MI extendidos Do lado espasmado o MI está mais curto Coloca-se um calço abaixo do ilíaco do lado curto Caso o MI fique mais comprido e os dois membros igualem-se é sinal de encurtamento do quadrado lombar. Quando coloca-se o calço do lado oposto, ele fica mais comprido e o membro encurtado parece então, ainda mais curto. 3o - Paciente Assentado Quando o MI encontra-se muito mais curto Trata-se o psoas, caso o MI continue curto Testa-se o quadrado lombar, colocando calço abaixo do ísquio do lado côncavo Caso haja correção da escoliose, sinal de espasmo do quadrado lombar 2.3. Isquiostibiais 1o - Força muscular 2o - Teste dos Isquiostibiais e Quadrado Lombar Paciente em decúbito dorsal Osteopata de pé, aos pés do paciente Empalma-se os tornozelos do paciente e elevam-se os MMII estendidos até a vertical. Caso o encurtamento dos músculos isquiostibiais seja maior de um lado que do outro, observa-se a elevação da nádega do lado mais encurtado. Caso exista um encurtamento maior do quadrado lombar de um lado, a pelve do paciente tenderá a girar para este lado. 43 2.4. Teste do Piriforme 1o - Força Muscular 2o - Teste em decúbito ventral Paciente em decúbito ventral Faz-se flexão joelhos a 90o Faz-se rotação interna do quadril Observar se existe limitação da rotação interna 3. Testes de Mobilidade das Disfunções Sacroilíacas 3.1. Teste Flexão de Pé – TFP Paciente de pé, MIs estendidos, pés paralelos no alinhamento da articulação coxofemoral Osteopata semi-ajoelhado ou assentado atrás do paciente, olhando horizontalmente ao nível EIPS. Avalia-se a altura das cristas ilíacas, casoexista uma discrepância evidente, coloca-se um calço do lado mais baixo, para estabelecer uma horizontalização pélvica Palpa-se as EIPS, e coloca-se os polegares sobre elas. Pede-se ao paciente para fazer uma flexão anterior do tronco completa Caso haja um disfunção ilíaca, observa-se um polegar que sobe através da EIPS, que desloca para cima consideravelmente em relação ao outro lado 44 3.2.Teste de Flexão Sentado – TFS Paciente sentado na borda da mesa, pés apoiados no chão, mãos atrás da nuca, joelhos separados. Osteopata atrás do paciente, olha horizontalmente EIPS Palpa-se as EIPS, e coloca-se os polegares sobre elas. Pede-se ao paciente para fazer flexão anterior do tronco completa, cotovelos devem ficar entre os dois joelhos. Caso haja uma disfunção sacra, observa-se uma elevação evidente do polegar Este teste permite também confirmar o TFP ∆ !!Esses dois testes devem ter uma certa transparência um sobre o outro. Deve-se encontrar uma elevação em um dos testes comparativamente. ∆ !!Caso contrário ou os testes não foram feitos corretamente, ou foram parasitados por tensões musculares unilaterais, ou que não existe disfunção sacroilíaca. 45 3.3. Teste Flexão Quadril – Gillet Teste para evidenciar uma disfunção sacroilíaca Paciente em posição ereta Pede-se ao paciente para apoiar suas mãos ma parede Osteopata semi-ajoelhado, olhos ao nível da pelve do paciente Segura-se a pelve com ambas as mãos e palpa-se EIPS 46 Pede-se ao paciente para fazer flexão do quadril e joelho. Do lado da flexão haverá uma rotação posterior do ilíaco e o polegar deverá descer. Se o polegar desce, significa que a articulação está livre. Se não desce, existe uma fixação sacroilíaca. Para saber se a fixação é do sacro ou do ilíaco, coloca-se um polegar no sacro e outro no ilíaco do lado da fixação Pede-se ao paciente para elevar o MI do lado fixado: o polegar deverá descer. Se não desce, há uma fixação do sacro em relação ao ilíaco Em caso de lesão do ilíaco, para saber se a fixação é do pequeno braço ou do grande braço. − Para o pequeno braço, coloca-se o polegar logo acima da EIPS e faz- se o mesmo teste de flexão do MI − Para o grande braço, coloca-se o polegar logo abaixo da EIPS e faz- se o mesmo teste de flexão do MI no local da fixação, o polegar não desce. 3.4. Teste de Downing Teste de Alongamento Teste que tende a anteriorizar as asas ilíacas Faz-se adução + Rotação externa do quadril A adução coloca em tensão o ligamento de Bertin (iliofemoral) e provoca uma abertura da sacroilíaca A rotação externa coloca ainda mais em tensão o ligamento de Bertin (iliofemoral) e anterioriza o ilíaco − Fisiologicamente: alongamento entre 15 a 20 mm − Patologicamente: alongamento =O ou inferior ao encurtamento Caso o alongamento seja =O, significa ilíaco primário traumático funcionado em posteriormente Caso o alongamento seja < eu o encurtamento, significa ilíaco secundário adaptativo funcionando em posterioridade. Caso o alongamento seja > eu o encurtamento, significa ilíaco funcionado em anterioridade. 47 Teste de Encurtamento Objetiva medir as possibilidade de encurtamento e alongamento dos membros inferiores utilizando o sentido da rotação anterior ou posterior. Diagnostica um ilíaco anterior ou posterior e permite igualmente fazer a diferença entre o déficit total ou parcial da mobilidade dos ilíacos em relação ao sacro. Para realizar esse teste, utiliza-se a colocação em tensão dos ligamentos do quadril e da cápsula articular, para mobilizar os ilíacos em relação ao sacro. As limitações dos movimentos, ou acentuação dos mesmos, nos darão informações preciosas. Teste de Mobilidade das EIPAS In Flare e Out Flare 48 Teste de Mobilidade da Sínfise Púbica Fisiologicamente: encurtamento entre 15 a 20 mm Patologicamente: encurtamento =O ou inferior ao alongamento Caso o encurtamento seja =O, significa ilíaco primário traumático funcionando em anterioridade Caso o encurtamento seja < que o alongamento, significa ilíaco secundário adaptativo funcionado em anterioridade 49 Caso o encurtamento seja > que o alongamento significa ilíaco funcionado em posterioridade. ∆ !!Em cada um desses testes, é necessário anular o efeito produzido, efetuando uma flexão máxima do quadril e do joelho. Esses testes devem ser efetuados bilateralmente de forma a poder realizar um diagnóstico diferencial entre os dois ilíacos. 4. Teste de Referências Anatômicas ou testes de Posicionamento 4.1. Exame em decúbito dorsal − Diferença de comprimento dos MIs − EIAS − Distância umbigo EIAS − Palpação da sínfise púbica 4.2. Exame em decúbito ventral 50 − EIPS − AIL (ângulo infero lateral do sacro) − Sulco sacroilíaco − Ísquio − EIPS (nível S3) 4.3 – Teste de Mobilidade em decúbito dorsal ∆ !! Palpação dos Pontos Gatilhos Em caso de disfunção sacroilíaca ou iliossacra, pode-se encontrar 3 pontos gatilhos: − Ao nível de S1, corresponde ao pequeno braço − Ao nível de S2, corresponde ao istmo − Ao nível de S3, corresponde ao grande braço 5. Diagnóstico de uma Disfunção Ilíaca em Anterioridade O ilíaco funcionando em anterioridade em torno de seu eixo de rotação (com restrição de mobilidade na direção da posterioridade), como consequência quando o indivíduo estiver em decúbito dorsal, o abaixamento do acetábulo na direção do plano da mesa, e relativamente o abaixamento descida do ilíaco na direção caudal. 51 Essa posição relativa do ilíaco permitirá colocar em evidência um certo número de sinais diagnósticos, em relação ao lado oposto não lesado. − EIAS mais baixa (direção caudal) − MI mais longo e em relativa rotação interna − EIPS mais alta (direção cefálica) − Sulco pleno ∗ Teste de Downing − Alongamento > encurtamento > 0 → ilíaco secundário − Alongamento > encurtamento =O → ilíaco primário − TFA + e TFP ++ 6. Diagnóstico de uma Disfunção Ilíaca em Posterioridade Parâmetros da disfunção são inversos aos descritos precedentemente − EIAS mais alta (direção cefálica) − MI mais curto e em relativa rotação externa − EIPS mais baixa (direção caudal) − Sulco profundo ∗ Teste de Dwning − Encurtamento > alongamento >O – ilíaco secundário − Encurtamento > alongamento = O – ilíaco primário 7. Diagnóstico de uma Disfunção Ilíaca em Superioridade De tipo essencialmente traumática, ela esta relacionada a certas particularidades anatômicas das superfícies articulares sacroilíacas que algumas pessoas possuem, permitindo a ascenção do ilíaco em relação ao sacro, segundo um plano lesional dirigido verticalmente de baixo para cima. − EIAS mais alta − EIPS mais alta − Membro inferior mais curto − TFP ++ e TFS + − Ligamentos sacrociáticos relaxados ∆ !!Esse último sinal diagnóstico é muito importante pois ele é um diferencial em relação a uma disfunção ao nível do músculo quadrado lombar, provocando um falso MI curto. 8. Diagnóstico de uma Disfunção Ilíaca Em Out-Flare ou In-Flare Out Flare A disfunção é fixada por espasmos dos músculos: − Glúteos 52 − Tensor da fáscia lata In-Flare A disfunção é fixada pelo espasmo dos músculos: − Ilíacos − Adutores − Abdutor VIII. Diagnóstico das Disfunções do Púbis Disfunção do Púbis O púbis é uma zona de pressões e absorção de choques. Elementos que asseguram a estabilidade: • Ligamento inguinal= Sistema de reforço lacunar. • Sistema ligamentar anterior. • Sistema ligamentar inferior = ligamento arqueado + ligamento transverso do períneo. • Sistema muscular = músculo piriforme e os retos do abdome. Quando existe uma perda de mobilidade articular do púbis – TFP, clínica dolorosa do púbis. Não há necessidade de realizar o TFS. Quando TFP é positivo, pode haver disfunção da sínfise. Os resultados obtidos são positivos, quando trabalha-se sobre as compensações tissulares. Lesões Pubianas em superioridade e inferioridade As lesões pubianas geralmente são associadas às lesões do ilíaco. O púbis em superioridade Do lado lesado: TFP + + TFS + Ramo púbico alto. O púbis em inferioridade Do lado lesado: TFP + + 53 TFS + Ramo púbico baixo. A escala da correção do ilíaco ou do púbis será função do interrogatório. Teste do Púbis Paciente em decúbito dorsal. Osteopata na cabeceira da mesa. Contato da polpa do polegar sobre a face superior das espinhas pubianas. Pede-se ao paciente a flexão plantar do tornozelo, para provocar um abaixamento do púbis homolateral. Pede-se ao paciente a flexão dorsal do tornozelo, para provocar uma elevação do púbis homolateral. Efetua-se o teste bilateralmente e observa-se a restrição da mobilidade. Variante: Palpa-se a borda superior do ramo isquiopúbico do lado em que está superior Coloca-se o MI, desse mesmo lado, pendente para fora da mesa Aumenta-se a extensão do quadril. Se o ramo púbico não desce é sinal de lesão superior. Teste para Lesão Inferior: Palpa-se o ramo púbico do lado em que está inferior Flexiona-se o quadril desse mesmo lado Aumenta-se em seguida, a flexão do quadril Se o ramo púbico não sobe, é sinal de lesão inferior. IV. Diagnóstico das Disfunções Sacrococcígeas Sintomas maiores em caso de disfunção do cóccix − Coccigodinia aumenta com a posição sentada − Distúrbios genitais • Urinários • Cistite • Incontinência urinária 54 Investigação Terapêutica − Busca dos pontos gatilhos = em caso de disfunção em flexão do cóccix, existe um ponto gatilho à palpação sobre o processo espinhoso de S2, entre as duas EIPS − Palpação do ligamento sacrotuberal − Palpação da articulação Sacrococcígea X. Repercussões das Lesões da Pelve 1. Sobre o músculo piriforme Sobretudo em caso de lesões sacroilíacas + + +, Consequência de uma postura prolongada em rotação externa do quadril − Dor persistente na nádega irradiando até a articulação do quadril e a face posterior da coxa − Ponto gatilho entre o trocanter maior e AIL do sacro − Dores podem simular um nevralgia ciática 2. Sobre a Coxofemoral − As disfunções da articulação sacroilíaca vão provocar tensões musculares pelvitrocanterianas, podendo então provocar perturbações ao nível da articulação coxofemoral • A rotação anterior do ilíaco é responsável pela rotação interna da coxofemoral através dos seguintes músculos: − Feixe anterior do glúteo mínimo − Feixe anterior do glúteo médio • A rotação posterior do ilíaco é responsável pela rotação externa da coxofemoral através dos músculos: − Feixe posterior do glúteo mínimo − Feixe posterior do glúteo médio − Quadrado crural − Gêmeos ∆ !! Essas disfunções secundárias da coxofemoral podem provocar o aparecimento de pontos gatilhos ao nível dos músculos implicados →Dores referidas à parte dos músculos: − Glúteo mínimo − Glúteo médio − Piriforme →Essas dores referidas podem parecer ciáticas ∆ !! O movimento da coxofemoral repercute sobre o movimento do ilíaco – ADD + Rotação Externa da coxofemoral provoca um ilíaco anterior por intermédio dos ligamentos iliofemorais que são colocados em tensão – ABD + Rotação Interna da coxofemoral provoca um ilíaco em rotação posterior por intermédio dos ligamentos isquiofemorais colocados em tensão Sobre o Sistema Nervoso 55 Segundo Platzer – Plexo Lombossacro Plexo lombossacro − Formado pelos ramos ventrais dos nervos raquidianos, lombares e sacros − Os ramos ventrais de L1 à L3 e um ramo ventral de L4 constituem o plexo lombar, cujas raízes situam-se no interior do músculo psoas. − O restante do ramo ventral de L4 e o ramo ventral de L5 reúnem-se para formar o tronco lombossacro, que fusiona-se na pelve menor com os ramos sacros de S1 à S3, para constituir o plexo sacro, ao nível da face anterior do músculo piriforme Perturbação ao nível do plexo Sacro e Pudendo − Consequência de uma lesão do sacro − Consequência de uma lesão do ilíaco • Um espasmo do piriforme na região da incisura isquiática pode provocar uma irritação do nervo ciático. • Um espasmo do quadrado crural, fixando um ilíaco, provoca uma disfunção da articulação coxofemoral em rotação externa. Relação entre Plexo Sacro e Piriforme/Ciática − Consequência Neurológica • Uma afecção das raízes S1 – S2 repercutirá sobre o nervo ciático e provocará dores no dermátomo correspondente Raiz S1 ∗ Dor no centro da nádega ∗ Dor na face posterior da coxa ∗ Dor na borda lateral do pé e do 5o dedo Raiz S2 ∗ Dor na nádega ∗ Dor na face póstero-medial do membro inferior ∗ Dor no calcanhar e face plantar do pé até o hálux − A irritação das raízes S2 – S3 – S4 repercutirá sobre o n. pudendo interno e será responsável por nevralgias no dermátomo correspondente. • Perturbação da raiz S2 provocará dores ao nível da região genital • Perturbação da raiz S3 provocará dores ao nível sacro e genital • Perturbação da raiz S4 provocará dores retais e anais. 56 Segundo Platzer – Dermátomos 4. Sobre o Sistema Vascular − A artéria ilíaca primitiva divide-se em ilíaca interna e ilíaca externa na articulação sacroilíaca Repercussão sobre o sistema vascular em caso de lesão sacroilíaca − A artéria ilíaca externa desce na parte ântero-interna do psoas até a arcada crural onde ela torna-se artéria femoral Repercussão das Lesões do Psoas sobre a vascularização do Membro Inferior − Ao nível da região inguinal, a artéria ilíaca externa torna-se a artéria femoral e pode ser comprimida na sua passagem através da lacuna vascular constituída pela arcada crural e fáscia ilíaca. Repercussões da lesão sacroilíaca e pubiana sobre o sistema vascular por compressão da artéria contra a crista pectineal − A artéria ilíaca interna: passa na frente da asa sacra, internamente ao psoas e penetra na pelve à frente da articulação sacroilíaca. − Distúrbios da vascularização da pelve menor, durante a lesão sacroilíaca 57 XI. Exame do Paciente O osteopata deve determinar a articulação responsável pelo sintoma apresentado pelo paciente e sobretudo fazer um diagnóstico diferencial entre lesões osteopáticas funcionais e reversíveis, e patologias graves ou irreversíveis. − ∆ !! As contra-indicações terapêuticas − Anamnese + + − Radiografia + + − Exame de sangue − Teste visual − Teste de palpação − Teste de mobilidade − Teste de posição São necessários para determinar a dor e a disfunção orgânica • No caso de uma lesão articular: ∗ A dor aumenta com o movimento, a parada do movimento será brusca, e assemelha-se a barreira motora anatômica • No caso de uma lesão ligamentar ∗ A dor aparece e aumenta com a manutenção prolongada numa posição ∗ A dor manifesta-se ao final das amplitudes articulares. ∗ A resistência tissular assemelha-se da barreira motora fisiológica • No caso de uma lesão muscular ∗ A dor aumenta com o movimento ∗ A dor aumenta pela atividade + + ∗ A resistência tissular assemelha-se da barreira motora fisiológica • No caso deuma lesão discal ∗ A dor aumenta com a posição sentada, com a flexão anterior do tronco, com a defecação e a tosse • No caso de uma lesão nervosa 58 ∗ A dor aumenta com o movimento, o paciente pode descrever o seu trajeto • No caso de uma lesão visceral ∗ A dor é projetada, não aumenta com o movimento, ela é ritmada em função da víscera. XII. Tratamento das Disfunções Osteopáticas da Pelve 1. Técnica de Músculo Energia para o Piriforme Objetivo: Suprimir o espasmo do piriforme que bloqueia a sacroilíaca (caso de ciática) Paciente em decúbito ventral Osteopata em finta anterior do lado oposto ao lesado Faz-se rotação interna quadril com joelhos flexionados 90º . Busca-se a barreira motora Pede-se rotação externa contra resistência para inibir (inibição recíproca de Sherrington) Pede-se 3 ou 4 ciclos de 5 Seg. Aumenta-se o parâmetro de rotação interna a cada ciclo. 2. Técnica de Jones para o Músculo Piriforme Paciente em decúbito ventral, na borda da mesa. Osteopata assentado do lado a ser tratado no nível da pelve, olhando em direção cefálica. Busca-se o ponto gatilho. Em seguida, procura-se os parâmetros que diminuem a dor do ponto gatilho. Parâmetros: flexão/extensão. adução/abdução. rotação interna/rotação externa. 59 Quando a dor diminui ou desaparece, o osteopata mantém a pressão sobre o ponto gatilho durante 90 (noventa) segundos - tempo necessário para a inibição completa do sistema nervoso gama. Para finalizar, trazer lentamente o membro inferior do paciente para a posição neutra a fim de não reativar a hiperatividade gama. 3- Técnica para Psoas Stretching do psoas Paciente em decúbito dorsal, na borda lateral da mesa. Osteopata em finta anterior do lado lesado, em direção à cabeça do paciente. O paciente segura, em tríplice flexão, o MI não lesado. O MI lesado posiciona-se para fora da mesa. O osteopata apoia sua mão interna sobre o joelho flexionado do paciente e sua mão caudal sobre a parte distal da coxa a ser tratada. O stretching é realizado empurrando-se ritmicamente o quadril do paciente no sentido da extensão. 4 - Músculo energia para o psoas O posicionamento do paciente e do osteopata é o mesmo que para a técnica do stretching. Nesse caso, pede-se 3 a 4 ciclos de contrações isométricas de 5 seg. Aumenta-se o parâmetro de extensão a cada ciclo. 60 5 - Ponçagem do psoas Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em finta anterior do lado oposto ao lesado. Faz-se flexão do quadril a 90º e adução do lado a ser tratado. Palpa-se o psoas e faz-se massagem circular sobre o mesmo. 61 6 -Técnica para isquiotibiais Paciente em decúbito dorsal Osteopata do lado lesado, direção cabeça do paciente Coloca tornozelo do paciente sobre seu ombro interno. Busca-se a barreira motora em extensão do joelho Pede-se contrações isométricas no sentido da flexão, empurrando o calcanhar sobre o ombro Faz-se 3 ciclos e ganha-se em extensão a cada ciclo 7 -Técnica de Músculo Energia para o Quadrado Lombar em Decúbito Ventral. 62 Paciente em decúbito ventral Osteopata em finta anterior ao nível da pelve do lado ao lesado. Mão cefálica empalma EIAS. Mão caudal fixa 12a costela Busca-se a barreira motora elevando EIAS Pede-se contrações isométricas puxando EIAS na direção da mesa 8- Stretching do quadrado lombar em decúbito lateral Paciente em decúbito lateral, do lado oposto a ser tratado MI do lado da mesa flexionado. O MI superior, estendido. Almofada debaixo da cabeça. MS superior em abdução/antepulsão, acima da cabeça. Para aumentar a convexidade do lado espasmado, pode-se puxar obliquamente para baixo o MS que apoia na mesa, e também colocar uma almofada abaixo da cintura. 63 Osteopata, em finta lateral, apoia o antebraço caudal no ilíaco e o antebraço cranial, nas costelas baixas. As mãos juntas, no nível do quadrado lombar, fixam os espinhais no momento do alongamento. Para alongar, deixa-se cair o peso do corpo e afasta-se os antebraços, abduzindo os braços, sem afastar as mãos. Pode-se trabalhar diferentes feixes: — Fibras anteriores: — MI para trás do corpo e MS para frente. — Fibras posteriores: — Ml para frente, braço para trás. — Fibras médias: — MI e MS em posição neutra. 9 - Técnica para o quadrado lombar Aproveitando O relaxamento pós-isométrico Paciente em decúbito lateral, do lado são. Osteopata em finta anterior, na direção à cabeça do paciente. Coloca-se uma almofada abaixo do quadrado lombar inferior. O MI superior deve estar estendido e o MI inferior, flexionado. Empalma-se a crista ilíaca do paciente e traciona-se na direção dos pés. Pede-se ao paciente para resistir elevando a crista ilíaca. Após cada contração, o osteopata aumenta a amplitude do movimento. Para as fibras médias, o osteopata posiciona-se atrás do paciente. Para as fibras anteriores (MI posteriormente); o osteopata posiciona- se atrás. Para as fibras posteriores (MI anteriormente); o osteopata posiciona- se na frente. 64 6. Técnica com Thrust para Disfunção do Ilíaco em Anterioridade Objetivo: Posteriorizar o ilíaco e restabelecer o jogo articular Paciente em decúbito ventral na borda da mesa. As mãos cruzadas atrás da cabeça Os tornozelos superpostos, o E sobre o D para correção de um ilíaco E Osteopata em finta anterior, ao nível da pelve, lado oposto a disfunção Osteopata coloca a cintura escapular do paciente num plano perpendicular ao da mesa. Exerce então, uma tração discreta no eixo vertebral Fixa essa posição com a ajuda da mão e antebraço caudal (E) Empalma com a mão oposta cefálica EIAS E, e empurra a pelve contra a mesa Busca-se a barreira motora pressionando em direção a mesa Realiza um thrust na mesma direção 7. Técnica para uma Disfunção Ilíaca em Anterioridade para Pacientes Hiperelásticos 65 Objetivo: Posteriorização do ilíaco e restaurar o jogo articular Paciente em decúbito lateral do lado oposto ao lesado O MI direito em flexão quadril e joelho 90o Osteopata em finta anterior ao nível da pelve, entre os MIs do paciente Sustenta a coxa superior do paciente Empalma com a mão em pronação o ísquio e EIAS O osteopata aumenta a flexão do quadril, e simultaneamente, gira o ilíaco para trás até a barreira motora Realiza-se a correção no mesmo sentido, aumentando o movimento. 8. Técnica em Músculo Energia para Disfunção Anterior do Ilíaco Objetivo: Posteriorizar o ilíaco e restaurar o jogo articular Paciente em decúbito lateral do lado oposto ao lesado 66 Osteopata em finta anterior, direção cefálica Leva o MI em flexão do quadril e joelho 90o em plano horizontal Coloca o pé do paciente do lado lesado ao nível de sua EIAS Empalma a face medial do joelho com a mão interna, a mão oposta palpa o sulco O osteopata busca a barreira motora em flexão do quadril, até sentir que o sacro inicia o movimento. Pede-se ao paciente uma abdução do quadril e resiste Repete-se de 3 a 4 vezes, até sentir a abertura articular Busca uma nova barreira motora em flexão Pede-se ao paciente uma adução do quadril e resiste, repete-se de 3 a 4 vezes até sentir a abertura articular Pede-se uma extensãodo quadril, empurrando o pé contra seu ilíaco Faz 3 ciclos e a cada ciclo, ganha-se em flexão do quadril 9. Técnica com Thrust para Disfunção do Ilíaco em Posterioridade Objetivo: Anteriorizar o ilíaco e restaurar o jogo articular Paciente em decúbito lateral do lado oposto ao lesado, lesão E O MIE em flexão do quadril e joelho, antepé em contato com o cavo poplíteo do joelho oposto Osteopata em finta anterior ao nível da pelve, joelho flexionado sobre a perna superior flexionada do paciente. Realiza pela cintura escapular uma tração discreta no eixo vertebral, estabilizando-a com a mão cefálica, faz-se flexão do tronco para fixar as lombares e solidarizá-las com o sacro, deve-se evitar a rotação do mesmo. Mão caudal ao nível da EIPS, dedos na direção do joelho flexionado, antebraço no eixo do braço menor do ilíaco, para frente e ligeiramente para cima O osteopata gira a pelve na sua direção, simultaneamente aumenta a flexão do quadril até o pequeno braço, aumenta a rotação e abre a articulação apoiando sobre a perna do paciente. Reduz o slack pressionando o ilíaco para frente e para fora 67 Realiza o thrust na mesma direção e com o quick 10. Técnica Músculo Energia para um Iliaco Posterior em pacientes Hiperelásticos Objetivo: Anteriorizar o ilíaco e restaurar o jogo articular Paciente em decúbito ventral, cabeça girada para D, em uma disfunção D. Osteopata em finta anterior ao nível da pelve, do lado oposto lesado Empalma EIPS com a mão cefálica. A mão caudal e antebraço, sustenta em berço o membro inferior do lado da disfunção O osteopata adução e rotação interna para abrir a articulação, depois coloca o parâmetro de extensão do quadril até sentir que a tensão chega a EIPS. Pede-se 3 contrações isométricas de 5 Seg. no sentido da flexão do quadril. Ganha-se em extensão ao final de cada ciclo. Variante: 68 Paciente em decúbito dorsal MI do lado em disfunção pendente para fora da mesa, joelho flexionado Osteopata em finta anterior em contato com o joelho Empalma e fixa EIAS oposta, pode-se pedir o paciente para flexionar o lado são e segurá-lo com a ajuda do osteopata. A outra mão sobre a face anterior e distal da coxa O osteopata aumenta a extensão do quadril até a barreira motora Pede ao paciente para flexionar o quadril, resiste e relaxa Realiza-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas de 5 Seg. Busca-se uma nova barreira motora em extensão a cada ciclo 11. Técnica de Músculo Energia para Ilíaco In Flare Restrição de mobilidade para fora do ilíaco (distância EIAS umbigo reduzida do mesmo lado) Paciente em decúbito dorsal Osteopata em finta anterior do lado lesado, ao nível da pelve, direção pés do paciente Com a mão cefálica empalma e fixa EIAS oposta ao lado em disfunção Com a mão caudal empalma o tornozelo e faz flexão adução, rotação externa do quadril, joelho flexionado. O cotovelo E contata a face medial do joelho O osteopata aumenta a abdução e a rotação externa do quadril até a barreira motora Pede-se ao paciente para efetuar uma adução do quadril e resiste e relaxa A cada ciclo encontra-se uma nova barreira motora em abdução e rotação externa Faz-se 3 ciclos de 3 contrações ∆ !! Manter a abdução e a rotação externa durante o retorno do membro inferior 69 12. Técnica de Músculo Energia para Disfunção em Out Flare do Ilíaco Restrição de mobilidade para dentro do ilíaco (distância EIAS – umbigo aumentada) Paciente em decúbito dorsal Osteopata em finta anterior do lado lesado ao nível da pelve, direção cefálica A mão cefálica contata crochetando EIPS, e puxa para fora num plano perpendicular ao eixo do corpo A mão caudal empalma o pé pela sua face medial, e realiza flexão adução, rotação interna do quadril, joelho flexionado O ombro caudal apoiado sobre o joelho O osteopata busca a barreira motora em adução, rotação interna Pede ao paciente para realizar abdução do quadril e resiste. Realiza-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas. A cada ciclo, busca-se nova barreira motora em adução, rotação interna. ∆ !!Manter a adução e a rotação interna durante o retorno do membro inferior 13. Técnica para Disfunção do Ilíaco em Up S (Subluxação do Ilíaco em Superioridade) Paciente em decúbito ventral, cabeça em rotação para o lado lesado, MI em discreta abdução e rotação interna. 70 Osteopata em finta anterior aos pés da mesa Empalma a extremidade distal da perna com a mão E em pronação, e a mão D em supinação Faz uma extensão do quadril, traciona mantendo parâmetros precisos para reduzir o slack Realiza o thrust em tração 14. Técnica de Músculo Energia para Disfunção em Inferioridade do Púbis Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado sobre o abdome Osteopata em finta anterior ao nível da pelve do lado oposto à disfunção Segura com a mão cefálica borda oposta da mesa, o cavo axilar apoiando sobre a extremidade proximal da perna do paciente A mão caudal, punho fechado, encaixa sob a tuberosidade isquiática Pede-se ao paciente para realizar uma extensão do quadril e resiste-se Faz-se 3 ciclos e a cada ciclo busca-se uma nova barreira motora em flexão, ajudando com a mão que está sob o ísquio 15. Técnica de Músculo Energia para Disfunção em Superioridade do Púbis Paciente em decúbito dorsal o MI lesado pendente para fora da mesa. Osteopata em finta anterior entre o MI e a mesa, direção cefálica, do lado lesado Sustenta com o tornozelo o MI do paciente Empalma e fixa com a mão interna EIAS A mão externa contacta a face anterior e distal da coxa 71 O osteopata busca a barreira motora em extensão até a sínfise púbica Pede-se ao paciente para flexionar o quadril e resiste-se Faz-se 3 ciclo e cada ciclo busca-se uma nova barreira motora em extensão ∆ !!Pode-se também resistir à elevação do membro. 16. Técnicas anespecíficas para Disfunção Púbica Paciente em decúbito dorsal, joelhos 90o, pés sobre a mesa Osteopata em finta anterior, ao nível das pernas, direção cefálica 1o Tempo: O osteopata empalma as faces laterais dos joelhos juntos Pede-se ao paciente para efetuar uma abdução dos quadris e resiste Repete-se 3 a 4 vezes 2o tempo: Coloca os 2 antebraços entre as faces mediais dos joelhos Pede-se ao paciente para fazer adução e resiste Repete-se de 3 a 4 vezes O osteopata pode também soltar bruscamente sua resistência ao nível dos joelhos 72 A Coluna Lombar I. Constituição a) Papel: − Estática, suporte = Pilar anterior − Dinâmico = Pilar posterior − Proteção dos elementos nervosos (medula espinhal) Segundo Kapandji – Vértebras Lombares b) Descrição da Vértebra Lombar 1. Corpo vertebral − Constituído por uma cortical de osso denso envolto em tecido esponjoso − Cotical superior − Cortical inferior Formada de platôs vertebrais em contato com discos intervertebrais 2. Pedículos Asseguram a função entre corpo vertebral e arco neural 3. Lâminas Permitem a função entre • Processos transversos • Pediculos • Processos espinhosos 73 4. Processos Transversos − Apresentam inserção de músculos • Transversário espinhoso − Apresentam inserções de ligamentos • Ligamentos iliolombares • Ligamentos intertransversários 5. Processos espinhosos 6. Canal vertebral 7. Processos articulares − Situados entre pedículos e lâminas − As articulações superiores são côncavas: olham para tráse para dentro − As articulações inferiores são convexas: olham para frente e para fora − A orientação dos planos das facetas facilitam o movimento de flexão e Extensão e limita o movimento de rotação 7. Articulação Disco-Somática Segundo Kapandji – Articulação Disco Somática Existem ligamentos específicos de cada região da Coluna Vertebral. Eles serão vistos junto a elas. 74 Ligamento Longitudinal Anterior Ligamento Amarelo Ligamento Interespinhoso e Intertransversário Ligamento Longitudinal Posterior Ligamento Supra-espinhal c) Sistema Ligamentar 1. Meio de união do pilar anterior 75 Ligamento longitudinal anterior (L.L.A ) 2. Meio de União do pilar posterior − Ligamento amarelo − Ligamento interespinhoso − Ligamento supraespinhoso − Ligamentos intertransversário − Ligamento inter-apofisário (reforça a cápsula articular) − Ligamento longitudinal posterior (L.L.P) − Ligamento iliolombar − Feixe superior: processo transverso de L4 – crista ilíaca − Feixe inferior: processo transverso de L5 – crista ilíaca - asa sacra d) Sistema Muscular 1. Sistema Muscular Anterior − Psoas − Abdominais (ver pelve) 2. Sistema Muscular Lateral − Quadrado lombar (ver pelve) − Músculo intertransversário: estende-se de um processo transverso a outro Do ponto de vista osteopático: espasmo = lateroflexão + + 3. Sistema muscular posterior Plano Profundo Músculo das goteiras = espinhais Inervação = ramo posterior dos n. raquidianos − Transversário espinhoso • Cauda equina • Lâmina – processos transverso das 4 vértebras suprajacentes 76 Do ponto de vista osteopático: espasmo = lesões vertebrais em: ∗ Extensão ∗ Rotação ∗ Lateroflexão Do mesmo lado, sobre uma ou várias vértebras − Interespinhoso Músculos situados entre os processos espinhosos Do ponto de vista osteopático: limitação da flexão segmentar da vértebra − Epi-espinhoso ou Espinhal do tórax Processo espinhoso de T12 – L2 → Processo espinhoso de T1 – T6 − Longuíssimo 2a costela – 12a costela → Processos transversos das vértebras torácicas e lombares − Iliocostal 8 últimas costelas perto do ângulo posterior → processo transverso das vértebras lombares, sacro, asa ilíaca Sistema muscular profundo → massa comum Plano Médio − Serrato póstero-inferior Processos espinhosos T11 – L3 →Face lateral das 4 últimas costelas 77 Plano Superficial − Grande Dorsal Processos espinhosos das 6 últimas torácicas, das 5 lombares e sacro, 1/3 posterior da crista ilíaca → sulco bicipital Do ponto de vista osteopático: ligação entre a sacroilíaca e a cintura escapular, vértebras lombares e ombros II. Biomecânica das vértebras Lombares Fisiologia do movimento articular Segundo Kapandji – Biomecância das Vértebras Lombares 1. Flexão ou Anteflexão O corpo vertebral da vértebra suprajacente inclina-se e desliza para frente, constata-se uma diminuição da altura do disco anteriormente, bocejo posterior, núcleo pulposo encontra-se empurrado para trás. Os processos articulares inferiores suprajacentes desliza para cima • Movimento de divergência Limitação do movimento ∗ Ligamentos do Pilar Posterior ∗ Cápsula articular ∗ Interespinhoso ∗ Massa muscular 2. Extensão ou Posteroflexão − Diminuição da altura do disco posteriormente e bocejo anterior, o núcleo é empurrado para frente − Imbricação das facetas articulares − ligamento longitudinal anterior, e o choque dos processos espinhosos limitam o movimento 3. Inclinação lateral ou lateroflexão 78 − Movimento facetário com divergência das articulações posteriores para a convexidade − Movimento facetário em convergência das articulações posteriores na concavidade − Ligamento intertransversário limitando a inclinação lateral Segundo Kapandji – Biomecância das Vértebras Lombares 4. Rotação − As facetas articulares superiores das vértebras lombares olham para trás e para dentro, elas estão situadas em um arco de círculo, cujo centro está situado na base do processo espinhoso − movimento de rotação se efetua em torno desse centro e acompanha-se de um deslizamento do corpo vertebral da vértebra superior em relação ao da vértebra inferior. − O disco é solicitado em cisalhamento − Uma faceta articular desliza para frente. A outra faceta desliza para trás do lado da rotação = posterioridade do processo transverso. Segundo Kapandji – Biomecância das Vértebras Lombares 5. Especificidade para L5 – S1 − A articulação L5 – S1 é diferente das outras lombares, elas são mais separadas e mais frontais. − Dobradiça L5 – S1, está submetida a uma pressão + + (problema mecânico) − Variações anatômicas • L5 soldada à S1 – sacralização – lombalização • Arco posterior de L5 e de S1 não soldados na linha mediana – espinha bífida • Assimetria entre as articulações superiores esquerda e direita de S1 79 ∆ !! Papel dos ligamentos Iliolombares − A flexão coloca em tensão o ligamento iliolombar superior − A extensão coloca em tensão o ligamento iliolombar inferior − Os ligamento iliolombares limitam a lateroflexão e a rotação de L4 e L5 Movimento de Flexão da Dobradiça L5 – S1 – Amplitude: 6 a 8o – Limitação – clássica = feixe superior do ligamento iliolombar – Responsável pelo movimento • Psoas • Oblíquos do abdome Movimento de extensão − Amplitude: 8 a 12o − Limitação – clássica = feixe inferior do iliolombar − Responsável pelo movimento: espinhais Movimento de lateroflexão − Amplitude: 2 a 7o − Músculos motores: • Psoas • Espinhais Movimento de rotação − Amplitude: 1 a 2o − Músculos motores: • Transversário espinhoso para lateroflexão • Psoas para lateroflexão rotação oposta III. Mecanismo Lesional da Coluna Lombar − As facetas articulares inferiores olham para frente e para fora − As facetas superiores olham para trás e para dentro − As superfícies articulares são os disco anteriormente e as 4 superfícies apofisários posteriores. − Uma vértebra, em relação a supra e infrajacente possui 6 relações: 4 articulações posteriores e 2 discossomáticas Como acontece os mecanismos Lesionais − Em um movimento de convergência ou divergência das facetas. O desequilíbrio das forças de pressão, a proprioceptividade ligamentar reage violentamente, criando um espasmo profundo que chamaremos “cadeados”. É o caso da microlesão, que aparece no momento de não vigilância. 80 O que chamamos de rotação patológica é a colocação sob “cadeados” de uma relação articular que torna-se pivot relacional. Do lado subjacente contralateral, observa-se um choque articular. Entre os dois pontos estabelece-se um eixo biarticular dito de “fechamento”. Esse esquema completa-se, sobre o plano dos eixos, por um eixo dito de “facilitação”que interessa as articulações que ficaram livres. A vértebra que perde sua mobilidade deve ser analisada no seu contexto em sua relação supra e subjacentes. O bloqueio mais evidente será feito no plano de rotação, ou seja, de posterioridade (em relação à transversa), a restrição de mobilidade será feita em relação à vértebra subjacente. Então, seis relações articulares, 3 superiores e 3 inferiores, essas diferentes relações são influenciadas pela lesão e perda de mobilidade da vértebra, onde encontram-se focalizadas as forças de pressão que seguirão as leis de Fryette. Leis de Fryette
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