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Teoria de Grupos e Simetria Prof. Renaldo T. Moura Júnior Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Agrárias Departamento Química e Física v A definição formal de simetria: (Dicionário Aurélio) ü Correspondência de posição, de forma, de medida em relação a um eixo entre os elementos de um conjunto ou entre dois ou mais conjuntos: ü Harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares. ü Matemática: Disposição de duas figuras que se correspondem ponto por ponto de tal sorte que os dois pontos correspondentes de uma e da outra estejam a igual distância de um ponto, de uma reta ou de um plano dado. ü Eixo de simetria: reta comum a todos os planos de simetria. Introdução – Conceito de Simetria 2 v Inúmeros exemplos de elementos de simetria na natureza e em obras artísticas: Introdução – Conceito de Simetria Imagem especular em um lago Simetria em seres vivos Teto octaédrico na Catedral de Ely Simetria nos cristais de gelo v Ou simples figuras geométricas: 3 v Conceitos de Simetria já visto anteriormente: ü Funções pares e impares; ü Natureza esférica do orbital 1s do átomo de hidrogênio; ü A forma cilíndrica dasmoléculas diatômicas H2+ e H2 ü Todas são aplicações da simetria! v A Simetria na Química: ü Simetria & Química: Relação historicamente antiga (540 a.c.) ü Elementos da natureza (Pitágoras): o Terraà hexaedro ou cubo o Fogoà tetraedro o Arà octaedro o Águaà icosaedro o Esfera celesteà dodecaedro v Conceito intuitivo de simetria da química moderna: Introdução – Conceito de Simetria na Química à Intuitivamente, sabe-se: o Quais carbonos são equivalentes; o Quais hidrogênios são equivalentes; o Relações com propriedades espectroscópicas 4 v O que é uma operação de simetria? Operações de Simetria e Elementos de Simetria – B A C 120o 90o 180o v Operação de simetria: Operaçãoque move a molécula em uma orientaçãoequivalente à original v Elemento de simetria: Ponto, linha (eixo) ou plano com respeito ao qual a operação de simetria é realizada B A CB A CB A C 5 v Cinco tipos de operações de simetria: ü Operação que deixa a molécula inalterada: E ü Rotação ao redor de um eixo de simetria: Cn ü Reflexão através de um plano de simetria: σ o Vertical (σv), Horizontal (σh), Diédrico (σd) ü Inversão através de um centro (ou ponto) de inversão: i ü Rotação imprópria em um eixo de simetria impróprio: Sn (Cn · σh) Operações de Simetria e Elementos de Simetria – Centro de Inversão B DC A Eixo de Rotação B DC A B DC A Plano de Reflexão B DC A ECn F σ i Eixo de Rotação Impróprio Sn Identidade B DC A θ º360 =n 6 v Qual a relação entre simetria, teoria de grupos e química? Operações de Simetria e Elementos de Simetria – Simetria QuímicaTeoria de Grupos v Objetos reais, inclusive moléculas, não têm conjuntos de elementos de simetria aleatórios v Apresentam apenas certos grupos de elementos de simetria possíveis v Todos os elementos de simetria desses grupos de interceptam em um único ponto à Grupo pontual v As operações de simetria podem ser definidasmatematicamente: x y z O xO yO zO H1 xH1 yH1 zH1 H2 xH2 yH2 zH2 Coordenadas dos átomos ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ θθ θθ = 100 0sen 0sen-cos cosC zn θ º360 =n ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − θθ θθ = 100 0sen 0sen-cos cosS zn ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 100 010 001 E ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ −= 100 010 001 xzσ Representação matricial geral dos cinco tipos de operações de simetria ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − − = 100 010 001 i v Operações de simetriaà Operadoresmatemáticos :: Ô(3x3) · vcoord(3x1) 7 v Aspectos sobre as operações de simetria para objetos reais (moléculas): ü Operadores expressos por matrizes3x3 ü Somente certosgrupos de elementosde simetria são possíveis A Base Matemática dos Grupos – v A área da matemática que trata da simetria e de grupos pontuais é a Teoria de Grupos v Um grupo é um certo conjunto de operações que, definida uma regra de combinação, satisfaz as seguintes condições: ü A combinação dois elementos do grupo tem que ser um elementos do grupo (fechamento): ü Seja um conjunto de três elementos {A, B, C},à AA, BB, CC, AB, AC, BC, BA, CA, CB = A ou B ou C ü Se as combinações do grupo forem comutativasà Grupo Abeliano ü Deve conter uma operação identidade: ü Comuta com todas as outras operações e não as alteraà EX = XE = X ü A lei associativa deve ser satisfeita: ü A(BC) = (AB)C ü Todo elemento deve ter um recíproco que faz parte do grupo (operação inversa): ü Um elemento B é recíproco de C se CB = BC = E ü Se B é recíproco de C, então C é o recíproco de B ü C2 é seu próprio inverso ü C3 e C32 (ou C3–1) são inversos 8 v Exemplo: Moléculas e Simetria – Elementos de simetria observados: E, C3 , C32, σv , σv’ , σv’’ v Propriedades de grupo: ü Contem a identidade E ü Propriedade de fechamento ü Lei associativa satisfeita ü Todo elemento temum inverso 3C 2 3C vσ ' vσ ''vσ v Definições acerca dosGrupos: ü Ordem: número de operações de simetria individuais em um grupo (h) ü Classe: Conjunto de uma ou mais operações de simetria agrupadas em um grupo o Exemplo de NH3:E, 2C3 , 3σv (h=6) v Classificação das moléculas emGrupos Pontuais: ü Toda molécula temuma estrutura que pertence a um Grupo Pontual Conhecido ü Pode-se determinar todos os elementosde simetria e compará-los com uma lista ..OU... 9 Diagrama de Fluxo de Grupos Pontuais – SimNão Sim Não Sim D∞hC∞v NãoSim TdIhi ? i ?C5 ? Não Sim Oh Não Sim Csσ ? Não i ? Sim Não Ci C1 Sim – Observar o valor de n Este eixo é o eixo principal. Se houver mais de que um eixo de ordem máxima n, escolher um para ser o eixo principal Sim Sim Dnhσh ? Não Não Dn Sim Dndn σd ? Estrutura Linear? 2 ou mais Cn n > 2 ? Um ou mais eixos Cn, onde n é de ordem máxima e n > 1 ? Não Existem n eixos C2perpendiculares ao eixo principal Cn ? Sim Cnhσh ? Não Não Sim Cnvn σv ? Não Cn Sim S2nS2n ? Não 10 SimNão Sim Não Sim D∞hC∞v NãoSim TdIhi ? i ?C5 ? Não Sim Oh Não Sim Csσ ? Não i ? Sim Não Ci C1 Sim – Observar o valor de n Este eixo é o eixo principal. Se houver mais de que um eixo de ordem máxima n, escolher um para ser o eixo principal Sim Sim Dnhσh ? Não Não Dn Sim Dndn σd ? Estrutura Linear? 2 ou mais Cn n > 2 ? Um ou mais eixos Cn, onde n é de ordem máxima e n > 1 ? Não Existem n eixos C2perpendiculares ao eixo principal Cn ? Sim Cnhσh ? Não Não Sim Cnvn σv ? Não Cn Sim S2nS2n ? Não Diagrama de Fluxo de Grupos Pontuais – Exemplo 11 Tabelas de Caracteres – v Representação matricial das operações de simetria: ü Cada átomo contribui com x,y, z. ü Total de 3N coordenadas (base) ü Matrizes representam as mudanças na base devidas à operação de simetria ü Matrizes chamadas de representação da operação de simetria ü Representações redutíveis (!) ü Procuramos simplificar as representaçõesredutíveis ü Representações irredutíveis (!) v As matrizes de simetria: 2C yz vσ xz vσ x y z x y z x y z x y z ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = 2 22 1 1 1 2 2 2 1 1 1 100 010 001 000 000 000 000 000 000 000 000 000 100 010 001 000 000 000 000 000 000 000 000 000 100 010 001 H H H O O O H H H H H H O O O H H H z y x z y x z y x z y x z y x z y x E ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − − − − − = ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ − − − − = 1 1 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 000 000 000 000 000 000 100 010 001 000 000 000 100 010 001 000 000 000 100 010 001 000 000 000 000 000 000 H H H O O O H H H H H H O O O H H H z y x z y x z y x z y x z y x z y x C 12 Tabelas de Caracteres – v Simplificação das representações:Menor padrão de submatrizes quadradas 2C yz vσ xz vσ x y z x y z x y z x y z ( ) ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − − = ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧− − = 2 2 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1 100 010 001 000 000 000 000 000 000 000 000 000 100 010 001 000 000 000 000 000 000 000 000 000 100 010 001 H H H O O O H H H H H H O O O H H H z z y x z y x z y x z y x z y x z y x yzσ ( ) ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − = ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ − − = 1 1 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 000 000 000 000 000 000 100 010 001 000 000 000 100 010 001 000 000 000 100 010 001 000 000 000 000 000 000 H H H O O O H H H H H H O O O H H H z z y x z y x z y x z y x z y x z y x xzσ 13 ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 100 010 001 E ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ −= 100 010 001 xzσ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − = 100 010 001 2C ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡− = 100 010 001 yzσ Tabelas de Caracteres – v Forma-se uma tabela de caracteres contendo as representações irredutíveis de cada transformação 14 C2v E C2 σv σv' A1 1 1 1 1 z, x2, y2, z2 A2 1 1 –1 –1 Rz xy B1 1 –1 1 –1 x, Ry xz B2 1 –1 –1 1 y, Rx yz A1, A2, B1 e B2 tem nomenclaturas arbitrárias: Porém, guardam informações Os caracteres de cada representação irredutível Simetria de algumas funções: x, y, z: rep. irred. das coordenadas cartesianas o orbitais p o Operador dipolo elétrico Rx, Ry, Rz: rep. irred. das rotações Ri nos eixos i xy, xz, yz ... : rep. irred. dos produtos binários das coordenadas o orbitais dxy, dxz, dyz, ... o Polarizabilidade (segunda ordem) O Teorema da Grande Ortogonalidade – v Os caracteresdas representações irredutíveis podem ser multiplicados uns pelos outros (no mesmo grupo) v As representações irredutíveis, de um grupo pontual, constituem um grupo matemático v As representações irredutíveis são ortogonais ü A soma dos produtos dos caracteresde duas representações irredutíveis: 15 C2v E C2 σv σv' A1 1 1 1 1 z, x2, y2, z2 A2 1 1 –1 –1 Rz xy B1 1 –1 1 –1 x, Ry xz B2 1 –1 –1 1 y, Rx yz =⋅∑ Γa de classes as todas ji χχ h se i = j 0 se i ≠ j v O Grande Teorema da Ortogonalidade (GTO): ü É uma relação geral entre todos os elementos das matrizes que constituem as representações irredutíveis de um grupo ü A equação acima é a junção de regras consequentes do GTO ü A aplicação mais importante na teoria de grupos aplicada à química e à espectroscopia: o Permite decompor qualquer representação redutível em sus representações irredutíveis ∑ Γ ΓΓ ⋅⋅= a de classes as todas linear combinação 1 χχN h a aΓ é o nº de vezes que Γ aparece em χcomb. lin. Simetria aplicada a Orbitais – v Como tudo visto acerca de simetria nos ajuda em espectroscopia?? v Aplicações da Teoria de Grupos e Simetria: ü As funções matemáticas também apresentam propriedades de simetria o Por exemplo, funções pares e impares! ü As funções de onda que descrevem os elétrons em átomos e moléculas (funçõesmatemáticas) v Exemplo: ü Formação de orbitais híbridos na molécula de BF3: o Orbitais híbridos = combinação linear adaptada à simetria 16 D3h E 2C3 3C2 σh 2S3 3σv A1’ 1 1 1 1 1 1 x2+ y2, z2 A2’ 1 1 –1 1 1 –1 Rz E’ 2 –1 0 2 –1 0 (x,y) (x2 – y2, xy) A1’’ 1 1 1 –1 –1 –1 A2’’ 1 1 –1 –1 –1 1 z E’’ 2 –1 0 –2 1 0 Rx, Ry (xz, yz) Γσ 3 0 1 3 0 1 1σ 2σ3σ Como a base (σ1, σ2, σ3) muda com as operações de simetria? Obtenção de Γσ ∑ Γ ΓΓ ⋅⋅= a de classes as todas c.l. 1 χχN h a 'E'A1⊕=Γσ s px, py Formação de orbitais híbridos sp2 Simetria em Integrais – v Aplicações da Teoria de Grupos e Simetria: v Usando simetria em integrais: ü Atribuir simetria a funções de onda à útil na avaliação de integrais que envolvem funções de onda! 17 ∫ ΓΓ τψψ d2*1 Não-nula (por argumentos de simetria) se algum termo permanecer constante sob uma operação se simetria! ( ) 2*1A1 Γ⊗Γ⊂ ü A representação redutível resultante da combinação das funções deve conter a rep. irred. A1 v Porque isso é importante?? ü Aplicar considerações de simetria pode prever integrais nulas sem precisar calcular as integrais ü Considerações de simetria sãomuito úteis em espectroscopia: o Pode-se atribuir simetria à operadores da mecânica quântica o É possível prever se transições espectroscópicas irão ocorrer ou não o Obtenção da estrutura eletrônica adaptada à simetria em compostos: • Teoria do Campo Ligante em compostos de coordenação! v Uma das principais aplicações da Teoria de Grupo e Simetria na Química: Espectroscopia! finalOinicial Γ⊗Γ⊗Γ⊂ ˆ1A Introdução à Espectroscopia – v O que se conhece sobre amatériaà interação damatéria com a radiação eletromagnética v Interações definem o que conhecemos como espectroscopia! 18 v Em 1860 Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff inventaram o espectroscópio: ü Observaram que cada elemento absorvia ou emitia apenas comprimentos de onda de luz característicos (propuseram técnica de identificação de elementos químicos) v A espectroscopia explora os níveis de energia de átomos, moléculas e sólidos. v Energias dos átomos e moléculas dividida em tipos diferentes (Aproximação de Born–Oppenheimer): ü Eletrônica, Rotacional e Vibracional ü Transições dos diferentes tipos ocorrem em regiões diferentes do espectro eletromagnético O Espectro Eletromagnético – v A luz pode ser representada por uma onda v Comprimento de onda relacionado com a velocidade da luz v Teoria quântica relaciona a frequência v com a energia da onda v Conveniência da espectroscopia: ü Tipos particulares de transições ocorrem em regiões de energia diferentes o Transições rotacionais: micro-ondas (podendo sobrepor IV e UV) o Transiçõesvibracionais: infravermelho o Transições eletrônicas: visível e ultravioleta (4f – 4f podem cair no infravermelho) 19 Ondas de rádio Micro-ondas Vi sí ve l Ultravioleta Raios gamaInfravermelho Raios X v = 3 x 108 λ = 1 x 100 10–3 1011 10–6 1014 10–8 1016 10–9 1017 m s–1 La ra nj a Ve rm el ho Ve rd e Az ul Am ar el o Vi ol et a λ = 770 nm 400 nm vc ⋅= λ vhE ⋅= Transições rotacionais Transições vibracionais Transições eletrônicas Simetria em Movimentos moleculares – 20 v Representação dosmovimentos de umamolécula comN átomos: ü Cada átomo contribui com x,y, z. ü Total de 3N coordenadas (base) – Graus de liberdade ü Uma molécula precisa de 3N coordenadas para descrever seus movimentos ü Movimento translacional: Todos os átomos se movendo em uma das direções x, y, z o Três graus de liberdade o Átomos não se movem uns com relação aos outros ü Movimento rotacional: Dois (moléculas lineares) ou três (moléculas não-lineares) movimento dos átomos o Dois ou três graus de liberdade o Átomos não se movem uns com relação aos outros o Centro de massa não se move no espaço ü Movimento vibracional: 3N – 5 (moléculas lineares) ou 3N – 6 (moléculas não-lineares) movimentos internos o Modos normais de vibração o Átomos não se movem uns com relação aos outros o Centro de massa não se move no espaço o Todos os modos normais se comportam como representações irredutíveis do grupo pontual da molécula Como obter essas representações das vibrações?? Simetria em Espectroscopia Vibracional – 21 v Representação matricial das operações de simetria: ü Todas as operações de simetria podem ser representadas como rotações ü Definição de rotaçõespróprias e impróprias o rotações próprias: E (θ = 0º) ; Cn (θ = 360º/n) o rotações próprias: i (θ = 0º) ; Sn (θ = 360º/n) ; σ (θ = 180º) v Pode ser feito gerando asmatrizes 3N×3N ou... 3C dσ x y z x y z x y z x y z x y z x y z ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ − − − − − = 4 4 4 3 3 3 2 2 2 1 1 1 3 0 100 0cossin 0sincos 000 000 100 0cossin 0sincos 0 00 100 0cossin 0sincos 00 100 0cossin 0sincos 0000 0000 100 0cossin 0sincos Cl Cl Cl Cl Cl Cl C C C Cl Cl Cl Cl Cl Cl z y x z y x z y x z y x z y x C θθ θθ θθ θθ θθ θθ θθ θθ θθ θθ 1 2 3 4 Simetria em Espectroscopia Vibracional – 22 v Etapas para determinar as representações redutíveis vibracional, rotacional e translacional Td E 8C3 3C2 6S4 6σd A1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2 1 1 1 –1 –1 E 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– x2) T1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2 3 0 –1 –1 1 (x,y,z) (xy, xz, yz) 1. Na primeira Linha, escrever o número de átomos na molécula cuja posição no espaço não varia quando submetida à operação E 8C3 3C2 6S4 6σd Nestacionário 5 2 1 1 3 θ 0º 120º 180º 90º 180º 1+2cosθ 3 0 –1 1 –1 χtotal = +Nest.(1+2cosθ) 15 0 –1 –1 3 χr 3 0 –1 1 –1 χt 3 0 –1 –1 1 χv 9 0 1 –1 3 2. Na segunda linha, escrever o ângulo θ da rotação da operação 3. Na terceira linha, calcular a expressão 1+2cosθ para cada operação 4. Calcular Nestacioário× (1+2cosθ) . Multiplicar por +1 para rotações próprias ou –1 para rotações impróprias rotações próprias: E (θ= 0º) ; Cn (θ = 360º/n) rotações próprias: i (θ= 0º) ; Sn (θ= 360º/n) ; σ (θ = 180º) 5. Calcular a representação para as rotações χr =1+2cosθ 6. Calcular a representação para as translações χt =+(1+2cosθ) 7. Calcular a representação para as vibrações χv = χtotal – χ r – χt 8. Reduzir as representações usando o TGO 9. Representação do dipolo elétrico (x,y,z): T2 21 T2E1A1 ⊕⊕=Γv 10. CCl4 apresenta dois modos vibracionais triplamente degenerados ativos no infravermelho (permitidos por dipolo elétrico) Espectroscopia Raman – 23 v Os modos vibracionais A1 e E não são ativos no infravermelho! v Não podem ser estudados experimentalmente? Podem! v A molécula CCl4 nãomostra absorção de luz IV mas pode espalhar luz de forma inelástica v Luz +matériaà pequena quantidade de luz sendo espalhada ü ventrada = vsaídaà Espalhamento Rayleigh (elástico) ü ventrada ≠ vsaídaà Espalhamento Raman (inelástico) v A polarizabilidade elétrica: ü Capacidade de polarização de um sistema quântico: Átomos, moléculas, sólidos Transição Stokes Transição anti-Stokes Espalhamento Rayleigh + – ++++++ ––––––– – – – + + ++ + + v O Processo Raman: ü O dipolo induzido pode gerar radiação ventrada ≠ vsaída ü Espalhamento inelástico ü Haverá atividade Raman se houver variação da polarizabilidade com a vibração nuclear Espectroscopia Raman – 24 v Voltando ao caso damolécula CCl4: Td E 8C3 3C2 6S4 6σd A1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2 1 1 1 –1 –1 E 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– y2) T1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2 3 0 –1 –1 1 (x,y,z) (xy, xz, yz) E 8C3 3C2 6S4 6σd Nestacionário 5 2 1 1 3 θ 0º 120º 180º 90º 180º 1+2cosθ 3 0 –1 1 –1 χtotal = +Nest.(1+2cosθ) 15 0 –1 –1 3 χr 3 0 –1 1 –1 χt 3 0 –1 –1 1 χv 9 0 1 –1 3 21 T2E1A1 ⊕⊕=Γv CCl4à 2T2 ativos no infravermelho (permitidos por dipolo elétrico) xy, xz, yz ... : rep. irred. dos produtos binários das coordenadas o orbitais dxy, dxz, dyz, ... o Polarizabilidade (segunda ordem) Todas as representações A1 , E e T2 do CCl4 são Raman-ativas (quatro sinais) Simetria Aplicada à Espectroscopia Eletrônica – 25 v É possível obter a representação redutívelpara orbitais emmoléculas ü Orbitais de ligações σ no BF3 ü Orbitais sp3 no carbono tetraédrico ü Orbitais d em ummetal de transição v É possível obter, portanto, as representações de simetria de estados eletrônicos ü E aplicar o que vimos até agora para decidir se determinada transição será permitida: ü Uma das aplicações da Teoria de Grupos e simetria é a espectroscopia em compostos de coordenação: contendo elétrons d. v Como os elétrons d se comportam: ü Em um íon livre? ü Em um composto de coordenação? ü Em compostos tetraédricos? ü Em compostos octaédricos? ∫= τψµψ dM inicialfinal ˆ* Surgimento da Mecânica Quântica – Estrutura do átomo 26 v Niels Bohr (1922): Primeiro modelo teórico do átomo ü Elétron em movimento em torno do núcleo (Modelo planetário) ü Postula que o elétron só pode orbitar em níveis restritos ü Rompeu a mecânica clássica (A física clássica não fazia restrição para o tamanho ou energia das órbitas) amostra prisma colimador detector v Evidências mostravam a luz agindo como partículas e como onda ü Experimento da dupla fenda de Thomas Young (1801): Ø Difração da luz (interferência construtiva e destrutiva) A Natureza da Luz (dualidade onda-partícula) 𝐸 = −2𝜋&𝑚𝑒)𝑛&ℎ& Surgimento da Mecânica Quântica – Função de Onda 27 v Se o elétron tem comportamento do onda, por que não tratar como uma onda? ü Elétrons descritos por funções de onda Ψ ü Ψ encerra todas as informações que se pode conhecer sobre um sistema ü Ψ é uma função matemática que deve satisfazer certas condições ü Ψ deve satisfazer a equação de Schrödinger dependente do tempo v A função de onda! ü Ter um valor único ü Ser contínua ü Ser diferenciável v Comportamento de uma onda: Surgimento da Mecânica Quântica – Função de Onda 28 v Interpretação da função de onda (interpretação de Bohr) ü A probabilidade de encontrar a partícula em uma região infinitesimaldo espaço é proporcional à Ψ2. ü Ψ2 é a densidade de probabilidade ü Se Ψ2 for normalizada,,Ψ&𝑑𝜏 = 1 ⋯ 𝑑𝜏 = 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 ü A probabilidade de encontrar o elétron em qualquer lugar do espaço é 1 (100%) v A função de onda de uma partícula é obtida através da solução da equação de Schrödinger, uma equação diferencial parcial sugerida em 1926. ü Equação resolvida para uma partícula livre: Sem restrição para as energias das órbitas ü Equação resolvida para uma partícula confinada no espaço (elétron ligado a um centro): Restrição das energias das órbitas (Quantização!!) Átomos com um Elétron – 29 v O átomo de hidrogênio: ÁTOMO COM UM ELÉTRON ü A equação de Schrödinger para o átomo H: 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ ü O símbolo 𝐻7 é o operador Hamiltoniano 𝐻7 = − ℎ4𝜋𝑚 𝜕&𝜕𝑥& + 𝜕&𝜕𝑦& + 𝜕&𝜕𝑧& − 𝑒&4𝜋𝜀<𝑟 r Núcleo elétron Energia cinética Energia potencial ü O operador de energia cinética pode ser escrito em coordenadas esféricas Ψ = 𝑅 𝑟 Θ 𝜃 Φ 𝜑 𝛻& = 𝜕&𝜕𝑥& + 𝜕&𝜕𝑦& + 𝜕&𝜕𝑧& 𝛻& = 𝜕&𝜕𝑟& + 2𝑟 2𝜕𝜕𝑟 + 1𝑟& Λ& 𝜃, 𝜑 ∴ Λ& 𝜃, 𝜑 = 1𝑠𝑒𝑛&𝜃 𝜕&𝜕𝜑& + 1𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜕𝜕𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜕𝜕𝜃 ü Supondo que a função de onda Ψ é escrita como Átomos com um Elétron – 30 v Resolvendo a equação diferencial ü O problema da força central (resolução analítica) ü Surgem os números quânticos na descrição dos orbitais do hidrogênio (orbitais hidrogenoides) ü A equação matemática que descreve os orbitais hidrogenoides assume a forma 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ r Núcleo elétron ü n à 1, 2, 3, ... (número quântico principal) à Quantiza a energia ü 0 ≤ 𝑙 < 𝑛 (momento angular orbital) àQuantiza o momento angular ü 𝑚L ≤ 𝑙 (número quântico magnético) à Quantiza a orientação do momento angular Ψ 𝑟, 𝜃, 𝜑 = 𝑅M,L𝑌OLL Orbitais: Dependem de n, l e ml Átomos com um Elétron – 31 v Resolvendo a equação diferencial 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ r Núcleo elétronΨ 𝑟, 𝜃, 𝜑 = 𝑅M,L𝑌OLL Em função dos harmônicos esféricos Átomos com um Elétron – 32 v Resolvendo a equação diferencial 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ r Núcleo elétron 𝐸 = − 𝑍&𝑒)𝜇8𝜀<&ℎ&𝑛& Só depende de “n” ü n à 1, 2, 3, ... (número quântico principal) à Quantiza a energia ü 0 ≤ 𝑙 < 𝑛 (momento angular orbital) àQuantiza o momento angular ü 𝑚L ≤ 𝑙 (número quântico magnético) à Quantiza a orientação do momento angular Orbitais: Dependem de n, l e mlΨ 𝑟, 𝜃, 𝜑 = 𝑅M,L𝑌OLL En er gi a n = 1 n = 2 l = 0 l = 1 n = 3 l = 0 l = 1 l = 2 n = 4 l = 0 l = 1 l = 2 l = 3 l = 0 E = – 109,737 cm–1 E = – 27,434 cm–1 E = – 12,193 cm–1 E = – 6,858 cm–1⋮ camadas subcamadas Átomos com um Elétron – 33 v Resolvendo a equação diferencial 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ𝐸 = − 𝑍&𝑒)𝜇8𝜀<&ℎ&𝑛& Só depende de “n” • Regras de seleção: ∆l = ±1 ∆ml = 0, ±1 • Diagrama de Grotrian: Sumário das transições que aparecem no espectro do átomo de hidrogênio. • Linhas mais profundas: Transições mais intensas. Átomos com um Elétron – Forma dos orbitais 34 Átomos com mais de um Elétron – 35 v Resolvendo a equação diferencial 𝐻7Ψ = 𝜀Ψ En er gi a n = 1 n = 2 2s 2p n = 3 3dn = 4 4s 4p 4d 4f 1s ⋮ 3s 3p 5sn = 5 5p 6sn = 6 Hamiltoniano com mais termos à Átomos com Muitos Elétrons – 36 v Níveis de energia de um átomo hidrogenóide descritos por 4 números quânticos v Para vários elétrons: ü Estados dependem das resultantes desses números quânticos ü Acoplamento Russell-Saunders v Exemplo: O átomo de carbono C6: 1s2 2s2 2p2 ü 15 maneiras diferentesde arranjo ü Grupos commicroestados de mesma energia ü Gruposà Termos Espectroscópicos r à 2x nº de orbitais n à nº de elétrons ml = –1 0 +1 (2S+1)L L = 0 1 2 3 4 5 6... S P D F G H I v No caso do 2p2: 3P ; 1D ; 1S 𝑁OU = 𝑟!𝑛! 𝑟 − 𝑛 ! vO que são OrbitaisMoleculares v Como construir os OrbitaisMoleculares v Interpretações dos OrbitaisMoleculares vAlgumas aplicações Teoria dos Orbitais Moleculares – 37 vMaior parte dos sistemasquímicos: Moléculas ü Importância da mecânica quântica aplicada à moléculas ü Exemplo inicial: Molécula H2+ ² Interaçãodo elétron com os núcleos ² Interaçãoentre os núcleos ü O Hamiltoniano completo do H2+ ü Nenhuma função de onda analítica é conhecida! ü Algumas simplificações são necessárias 38 Hˆ = − !2mp ∇p1 2 − ! 2mp ∇p2 2 − ! 2me ∇e 2 − e2 4πε0r1 − e2 4πε0r2 + e2 4πε0R Teoria dos Orbitais Moleculares – vMassa dos núcleos muitomaior que a dos elétrons ü Aproximação:Núcleos fixos independentemente do movimento dos e– ü Matematicamente, a aproximaçãoBOA: ü Funçãode onda completaà Produto ü A equaçãode Schrodinger para a parte eletrônica ü A equaçãode Schrodinger para os núcleos A Aproximação de Born-Oppenheimer – BOA 39 Ψmolécula =Ψnúcleo ×Ψelétron − ! 2me ∇e 2 − e2 4πε0r1 − e2 4πε0r2 + e2 4πε0R % & ' ( ) *Ψel = EelΨel − ! 2mp ∇p1 2 − ! 2mp ∇p2 2 +Eel R( ) # $ %% & ' ((Ψnúcleo = EnúcleoΨnúcleo vDois oumais átomos se combinamàMolécula ü Orbitais individuais dos átomos separados se combinam ü Orbitais formados pertencemà molécula inteira ü Orbitais moleculares formados: ü Combinação linear de orbitais atômicos (monoeletrônicos) ü Temos, então, duas possibilidades: Formação dos Orbitais Moleculares – CLOA 40 φH2+ =AϕH(1) +BϕH(2) φH2+ (1) = c1 ϕH(1) +ϕH(2)( ) φH2+ (2) = c2 ϕH(1) −ϕH(2)( ) v Coeficientesda combinação linear: c1 e c2 ü O orbital molecular deve ser normalizado: ü Orbitais moleculares são escritos: ü E as energias dos orbitais formados? 41 φ*H2+ (1)∫ φH2+ (1)dτ =1 Formação dos Orbitais Moleculares – CLOA Orbitais monoeletrônicos φH2+ (1) = 1 2+ 2S12 ϕH(1) +ϕH(2)( ) φH2+ (2) = 1 2− 2S12 ϕH(1) −ϕH(2)( ) Descrição da forma dos orbitais v Energia dos orbitaismoleculares ü Atuandoo operador Hamiltoniano para cada OM formado: ü Usando o princípio variacional: ü E as energias dos orbitais formados? 42 E(φ1) = φ*H2+ (1) Hˆ ∫ φH2+ (1)dτ = c12 ϕ*H(1)HˆϕH(1) +ϕ*H(1)HˆϕH(2) +ϕ*H(2)HˆϕH(1) +ϕ*H(2)HˆϕH(2)( )∫ dτ Formação dos Orbitais Moleculares – CLOA − ! 2me ∇e 2 − e2 4πε0r1 − e2 4πε0r2 + e2 4πε0R % & ' ( ) *φH2+ (1) = E(φ1)φH2+ (1) H11 H12 H21 H22 E(φ1) = H11 +H12 1+S12 E(φ2) = H22 −H12 1−S12 vAplicando a interpretação de Born ü Densidade de probabilidade do elétron ü Forma cilíndricaà Orbital σ 43Interpretação dos Orbitais Moleculares – φH2+ (1) 2 φH2+ (2) 2 v Estabilidade da molécula ü Ordem de ligação (n): Força de ligação entre átomos em uma molécula n = 12 nligante − nantiligante( ) 44Moléculas Diatômicas Homonucleares – v Extensão da teoriapara a molécula H2 ü No casodo H2+: ü Para o casodo H2à Produto de duas funções (2 elétrons) ü Deve satisfazer o princípio de Pauli ² Ser anti-simétrica com relaçãoà troca de elétrons φH2+ (1) = 1 2+ 2S12 ϕH(1) +ϕH(2)( ) φH2 = φH2+ (1)φH2+ (2) = 1 2+ 2S12 ϕH(1)(1)+ϕH(2)(1)( ) ϕH(1)(2)+ϕH(2)(2)( ) φH2 = φH2+ (1)φH2+ (2) α(1)β(2)−α(2)β(1)[ ] 45Moléculas Diatômicas Homonucleares – v Simetria dos orbitaismoleculares ü Orbitais rotulados como σg ou σu ü Aplica-se somente a diatômicas homonucleares vO caso da molécula He2 ü Forma geral é a mesma do H2 ü σu é mais instável do que o σg é estável ü Ordem de ligação = 0 Centro de inversão 46Moléculas Diatômicas Homonucleares – v Inclusão de orbitais atômicos s e p v Princípio geral da TOM: ü Todos orbitais com simetria apropriada contribuem para um OM ü Combinaçãodos orbitais s já abordada ü Orbitais p em uma direção (z)à OM com simetria σ ü Orbitais p nas outras direçõesà OM com simetria π Centro de inversão ΦAB = c1ϕA2s +c2ϕB2s + c3ϕA2pz + c4ϕB2pz Forma geral dos OM σ em A–B ligante antiligante 47Moléculas Diatômicas Homonucleares – vDiagramas de níveis de energias: ü Forma qualitativa de avaliar as moléculas homonucleares ü Combinar os OA levando em conta asaproximações: ² Combinam-se OA com energias semelhantes ² Combinam-se OA de mesma simetria ü nº de MO é igual ao nº de OA utilizados ü Exemplo de diagrama para O2 e F2 48Moléculas Diatômicas Homonucleares – vOrbitais atômicos s compondo os OMπ: ü Diminuição do caráter sà Aumento da energia do 1πu ü Tendência mais forte com o aumentodo número atômico ü Regras de preenchimento dos orbitais moleculares! TOM explica o O2 tripleto 49Moléculas Diatômicas Heteronucleares– v Formação dos orbitaismoleculares: ü Contribuições desiguais de cada orbital atômico: ca ≠ cB ü Se cA2 > cB2 àMaior contribuiçãode A para o OM ü Átomos mais eletronegativosàMaior contribuição para OM ligantes ü Átomos menos eletronegativosàMaior contribuiçãopara OM antiligantes ΦAB = cAϕA + cBϕB + ! HF CO ICl Átomos com Muitos Elétrons – 50 v Para o caso de ummetal do bloco d? v Exemplo: Para o Cr: [Ar] 3d5 4s1 ü Cr3+: 3d3à 4F ; 4P ; 2H ; 2G ; 2F ; 2D ; 2P v E se esse átomo estiver em um composto octaédrico? ü Significa dizer que os elétrons d estão sob influência de uma simetria octaédrica! ü Como os níveis de energia se comportam nessa situação? ü Como é o espectro de um composto desse tipo? v Exemplo: [Cr(NH3)6]3+ Valores aumentados Átomos com Muitos Elétrons – 51 v Representações de simetria dos orbitais do metal d: ü Os termos espectroscópicos também são uma base para a teoria de grupos ü Como obter as representaçõesredutível e irredutível? Oh E 8C3 3C2 6C4 6C2’ i 8S6 3σh 6S4 6σd A1g 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2g 1 1 1 –1 –1 1 1 1 –1 –1 Eg 2 –1 2 0 0 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– y2) T1g 3 0 –1 1 –1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2g 3 0 –1 –1 1 3 0 –1 –1 1 (xy, xz, yz) A1u 1 1 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 A2u 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 1 1 Eu 2 –1 2 0 0 –2 1 –2 0 0 T1u 3 0 –1 1 –1 –3 0 1 –1 1 (x,y,z) T2u 3 0 –1 –1 1 –3 0 1 1 –1 Γ4F 7 1 –1 –1 –1 7 1 –1 –1 –1 θà ângulo da operação de simetria L à momento angular total do termo i à depende da paridade da conf. eletrônica )sin( )sin()( 2 2 1 θ θ χ + = LR 12)( += LEχ )12()( +±= Liχ 2g 4 1 4 2g 4 TTA ⊕⊕=Γ gv Teoria do Campo Cristalino – 52 v Usando a Teoria de Grupos e a Simetria em Compostos de Coordenação: Compostos octaédricos ü Qualitativamente: Cargas interagem de forma diferente com cada orbital d. 2zd 22 yxd − xzd yzd xyd Como a base (d) muda com as operações de simetria? Obtenção de Γd ∑ Γ ΓΓ ⋅⋅= a de classes as todas d 1 χχN h a 2gg TE ⊕=Γd ü Como os orbitais d se desdobram em um campo com simetria octaédrica? Oh E 8C3 3C2 6C4 6C2’ i 8S6 3σh 6S4 6σd A1g 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2g 1 1 1 –1 –1 1 1 1 –1 –1 Eg 2 –1 2 0 0 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– y2) T1g 3 0 –1 1 –1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2g 3 0 –1 –1 1 3 0 –1 –1 1 (xy, xz, yz) A1u 1 1 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 A2u 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 1 1 Eu 2 –1 2 0 0 –2 1 –2 0 0 T1u 3 0 –1 1 –1 –3 0 1 –1 1 (x,y,z) T2u 3 0 –1 –1 1 –3 0 1 1 –1 Γd 5 –1 1 –1 1 5 –1 1 –1 1 ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = − xy yz xz yx z d d d d d d 22 2 Orbitais d Campo Cristalino [ML6] ge 2gt Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos 53 v Estimativa do desdobramentodevido ao campo: Compostos tetraédricos ü Interaçãodas cargas pontuais com os orbitais d ( ) 0' ' ' '' =+− ∑ ≠ mm cc mm mm mm cc VccV ε mVmV cc mm cc 2'2 ' =∴ Td E 8C3 3C2 6S4 6σd A1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2 1 1 1 –1 –1 E 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– y2) T1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2 3 0 –1 –1 1 (x,y,z) (xy, xz, yz) Γd 5 –1 1 –1 1 2zd 22 yxd − xzd yzd xyd ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = − xy yz xz yx z d d d d d d 22 2 ü Usando a Teoria de Grupos e a Simetria: Como a base (d) muda com as operações de simetria? Obtenção de Γd ∑ Γ ΓΓ ⋅⋅= a de classes as todas d 1 χχN h a 2TE⊕=Γd ü Resolvendo o determinante secular, obtêm-se as energias: e 2t T5 2 Δ T5 3 Δ TΔ 5 4 T 27 20 9 4 R rqe oct =Δ=Δ Teoria do Campo Cristalino – Outros Arranjos 54 v Estimativa do desdobramentodevido ao campo: Compostos tetraédricos ü Se resolvermos o problema do determinante secular para outros arranjos o Dois particularmente importantes: Ø Distorções tetragonais do octaedro (D4h) Ø Quadrática plana (D4h) ü Comparando o desdobramento dos orbitais d devido à diferentes campos cristalinos Distorções tetragonais OhàD4h e T5 2 Δ T5 3 Δ ge 2gt octΔ5 3 octΔ5 2 1gb ge xyd xzd yzd 2d z 22d yx − 2t xyd xzd yzd 2d z 22d yx − xzd yzd xyd 22d yx − 2d z 1ga 2gb 1gb ge xzd yzd xyd 22d yx − 2d z 1ga 2gb Tetraédrica Octaédrica Tetragonal Quadrática plana Teoria do Campo Cristalino – Efeito Jahn-Teller 55 ü Alguns compostos apresentam alongamento ou compressão axial semelhante à distorção tetragonal ü Esse efeito recebeuo nome de Efeito Jahn-Teller v Teorema de Jahn-Teller: ge 2gt octΔ 1gb gexyd xzd yzd 2d z 22d yx − xzd yzd xyd 22d yx − 2d z 1ga 2gb Octaédrica Alongamento axial 1gb ge xz d yzd xyd 22d yx − 2d z 1ga 2gb Compressão axial 1/2δ1 1/2δ1 1/2δ1 1/2δ1 1/3δ2 2/3δ2 2/3δ2 1/3δ2 Uma molécula não-linear, em um estado eletrônico degenerado, sofrerá distorção para diminuir sua simetria, removendo a degenerescênciae diminuindo a sua energia Energia de Estabilização do Campo Cristalino ( ) octΔ×−×= 5253octaédricoCC 63EE ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12 1 5 3 12 1 12 1 5 3 23 1 23 2 5 2tetragonal CC δ δ2δ13 δ4δ26EE −Δ−= ×−×+Δ×+ ×−×+Δ×−= oct oct oct A Teoria do Campo Cristalino explica quantitativamente o efeito Jahn-Teller da distorção tetragonal Teoria do Campo Ligante – 56 v Simetria dos orbitais do metal: ü Considerando os orbitais (n-1)d ; ns, np ü Avaliando a representação irredutível para cada caso o Como se desdobra nas irredutíveis ü Ou simplesmente avaliando a tabela de caracteres (!!) Oh E 8C3 3C2 6C4 6C2’ i 8S6 3σh 6S4 6σd A1g 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 x2 + y2 + z2 A2g 1 1 1 –1 –1 1 1 1 –1 –1 Eg 2 –1 2 0 0 2 –1 2 0 0 (x2 – y2, 2z2 – x2– y2) T1g 3 0 –1 1 –1 3 0 –1 1 –1 (Rx, Ry, Rz) T2g 3 0 –1 –1 1 3 0 –1 –1 1 (xy, xz, yz) A1u 1 1 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 A2u 1 1 1 –1 –1 –1 –1 –1 1 1 Eu 2 –1 2 0 0 –2 1 –2 0 0 T1u 3 0 –1 1 –1 –3 0 1 –1 1 (x,y,z) T2u 3 0 –1 –1 1 –3 0 1 1 –1 Γs 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Γp 3 0 –1 1 –1 –3 0 1 –1 1 Γd 5 –1 1 –1 1 5 –1 1 –1 1 1gA=Γs 1uT=Γp 2gg TE ⊕=Γd s zp yp xp Teoria do Campo Ligante – 57 v Simetria dos orbitais dos ligantes: Considerando as ligações σ ü Representação redutível do conjunto de 6 orbitais σ dos ligantes vÉ possível escrever as Combinações Lineares Adaptadas à Simetria (CLAS): Oh E 8C3 3C2 6C4 6C2’ i 8S6 3σh 6S4 6σd Γσ 6 0 0 2 2 0 0 0 4 2 1ug1g TEA ⊕⊕=Γσ ge ( ) ( )654321611g11g aψ:a σσσσσσ +++++= ( ) ( )654321121g2 22eψ σσσσσσ −−−+−= ( ) ( )654241g3 eψ σσσσ −+−= 1ut ( ) ( )42211u5 tψ σσ −= ( ) ( )65211u6 tψ σσ −= ( ) ( )31211u4 tψ σσ −= Teoria do Campo Ligante – 58 v Combinando os orbitais do metal e dos ligantes: 2gt 2zd 22 yxd − xzd yzd xyd ge 1ga 1ut s zp yp xp + + + Não existe combinação de orbitais σ dos ligantes que tenham simetria t2g è Conjunto de orbitais não-liganteTeoria do Campo Ligante – 59 v Orbitaismoleculares e o diagrama de energias: ü 1 orbital do metal + 1 orbital dos ligantesà 2 orbitais moleculares CLAS ü Orbitais do grupo ligante se combinam com orbitais de mesma simetria do metal 1ut 2gg te + 1ga 1ut ( )d1−n pn sn ge 1ga ge 2gt 1ga 1ut * ge * 1ga * 1ut octΔ Orbitais Moleculares Anti-ligantes Orbitais Moleculares Não-ligantes Orbitais Moleculares Ligantes Teoria do Campo Ligante – 60 v Técnica experimentalà Auxílio na descrição do diagrama de energias: ü [Mo(CO)6]: o Cada CO contribui com 2 e– ( :CO )à 12 e– dos ligantesà o Mo possui 6 e– de valênciaà ou o Uma linha em~8 eVà Primeira e única ionizaçãoà Orbital majoritariamente do metalà t2g o Próximos sinaisà ionização Mo–CO e CO Energia de ionização (eV) In te ns id ad e (u .a .) 4 g 6 1u 2 1g eta 6 g 4 g 6 1u 2 1g teta *2g 4 g 4 g 6 1u 2 1g eteta ü Como explicar o forte desdobramento do CO?? 1ut 2gg te + 1ga 1ut ( )d1−n pn sn ge ge 2gt 1ga 1ut * ge * 1ga * 1ut octΔ 1ga
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