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Gesso Odontológico - Materiais Dentários PHILLIPS (resumo)

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INTRODUÇÃO 
- Os gessos são fornecidos como pós finos do hemi-
hidrato de gipsita (CaSO42H2O), produzidos a partir do 
aquecimento de partículas moídas desse material. Após 
ser misturada à água, esse pó volta a forma de gipsita. 
- Usado para construção de modelos de estudo de 
estruturas orais, como material acessório na produção 
de próteses dentárias e para construção de modelos e 
troquéis, onde as próteses e restaurações são contruídas. 
 
PRODUÇÃO DE GESSO 
- Produzido pela calcinação do sulfato de cálcio di-
hidratato, que em seguida é moído e submetido a altas 
temperaturas (110ºC e 130ºC) em fornos abertos para 
eliminar água da hidratação. Resultando no chamado 
gesso comum (agregrado fibroso com cristais finos). 
Quando aquecida sob pressão em ambiente úmido 
forma-se um gesso-pedra, cristalino em forma de 
prisma. De acordo com tamanho, área de superfície e 
nível de perfeição da grade, os pós resultantes são 
chamados de: 
 α-hemi-hidrato: gesso-pedra, cristas mais densos de 
forma prismática. Quando se adiciona água, forma 
um composto di-hidrato muito mais resistente e 
duro do que o de β-h-h. 
 β-hemi-hidrato: gesso comum, forma esponjosa e 
irregular. Devido a seu formato, necessita de muito 
mais água para molhar as partículas de pó até o 
ponto certo. 
- A quantidade de água que deve ser adicionada a cada 
tipo de gesso é regulada pelo fabricante e depende do 
processo de fabricação, da temperatura, do tamanho das 
partículas de gipsita, etc. 
- Quando a calcinação ocorre em uma solução de CaCl2 
ou com succinato de cálcio, se forma um gesso que 
precisa de ainda menos água, o gesso-pedra 
melhorado, ou gesso para troquel. 
 
PRESA DOS GESSOS 
- A reação gesso e água produz gipsita sólida, mas o 
gesso nunca atinge 100% de conversão após a presa, 
logo, existe hemi-hidrato não reagido no material após 
a presa. 
 
REAÇÕES DE PRESA: 
- 3 teorias: 
1. Teoria coloidal: o hemi-hidrato entra em um estado 
coloidal através do mecanismo sol-gel, no estado 
sol as partículas são hidratadas para formar di-
hidrato, e no estado gel, a água é consumida e a 
mistura fica sólida. 
2. Teoria da hidratação: partículas de gesso re-
hidratado se unem através de ligações entre 
hidrogênio e sulfatos para formar o material sólido. 
3. Teoria dissolução-precipitação: partículas do 
hemi-hidrato se dissolvem na água e sofrem uma 
recristalização instantânea na forma di-hidrato (pois 
o hemi-hidrato é até 4 vezes mais solúvel que o di-
hidrato, que quando se forma sofre precipitação). 
 
QUANTIFICANDO AS REAÇÕES DE PRESA: 
- A mistura deve ser feita uniformemente para a reação 
ser homogênea. 
- É necessário saber o estágio no qual a mistura ganhou 
resistência suficiente para resistir a fratura (na hora da 
separação modelo-molde). 
- O tempo entre a adição de água até o término da 
mistura é chamado de tempo de espatulação. Dura pelo 
menos 1 minuto (na forma mecânica). 
- O tempo entre o início da mistura até o tempo em que 
ele deixa de ser utilizável é chamado tempo de 
trabalho, e geralmente dura 3 minutos (tempo para 
mistura e produção do molde) 
- Quando o gesso consegue resistir à penetração por 
uma agulha Gillmore com uma ponta de 2,12mm de 
diâmetro e 113,4 g de peso, o tempo percorrido se 
chama tempo de presa inicial (perda de brilho). 
- Quando o gesso consegue resistir a penetração por 
uma agulha Gillmore com uma ponta de 1,06mm de 
diâmetro e 453,6 g de peso, o tempo percorrido se 
chama tempo de presa final (término da exotermia). 
 
CONTROLE DO TEMPO DE PRESA 
- Dependendo do tipo de aplicação, é necessário 
controlar o tempo de presa. 
- As quantidade de água e hemi-hidrato devem ser 
medidas precisamente em peso. O peso da água dividido 
pelo peso do pó é conhecido como relação água/pó 
(A/P – mL/g). Uma relação A/P maior diminui o 
número de núcleos por unidade de volume, também 
MATERIAIS DENTÁRIOS - UNESP 
MATERIAIS DENTÁRIOS – Phillips 
Capítulo 9 - Gesso 
 
causa uma redução na resistência e na expansão de presa 
do gesso. 
- Quanto maior o tempo de espatulação e maior a 
energia aplicada durante a espatulação, menor será o 
tempo de presa. 
 O aumento de temperatura diminui a solubilidade do 
hemi-hidrato e da gipsita, causando um aumento no 
tempo de presa, sendo que a partir de 100ºC a reação 
não acontece. 
 
MODIFICADORES PARA CONTROLE DO TP 
- Retardadores ou aceleradores, químicos que 
aumentam ou diminuem o tempo de presa, 
respectivamente. São utilizados para fabricar pós com 
tempo de presa específicos. 
- Aceleradores: K2SO4 (o mais comum), Na2SO4 e a 
“água suja” que sai de um recortador de modelos 
(contém partículas finas de gipsita que agem como 
núcleos de cristalização e aceleram o processo). 
- O aumento do tempo ou da velocidade de espatulação 
cria mais núcleos pela quebra de cristais de di-hidrato 
em partículas menores, acelerando a presa. 
- Sais inorgânicos e bórax: são acelerados em baixas 
concentrações e retardadores em altas concentrações. 
 
 
EXPANSÃO DE PRESA 
- Sempre detectada durante a mudança de hemi-hidrato 
para di-hidrato. 
 Volume de di-hidrato é menor que o volume hemi-
hidrato + água 
- Depende da composição do produto de gipsita. 
 
CONTROLE DA EXPANSÃO DE PRESA 
- Uma relação A/P mais baixa e um tempo de 
espatulação maior aumentam a expansão de presa. 
 Quando a relação A/P é mais alta, menor núcleos de 
cristalização estão presentes por unidade de volume, 
então o espaço entre os núcleos é maior e a interação 
dos cristais di-hidrato é menor, diminuindo a expansão. 
 
EXPANSÃO HIGROSCÓPICA DE PRESA 
- Ocorre quando o gesso entra em contato com a água 
antes da sua presa inicial (perda de brilho). 
 
 
 A água consumida pela hidratação será reposta e a 
distância entre as partículas permanecerá a mesma, 
mesmo após os cristais continuarem a crescer 
 NORMAL HIGROSCÓPICA 
I Cristais começam a se formar 
II Água diminui e os núcleos 
são puxados uns para os 
outros para manter a área de 
superfície da água mínima 
A água perdida pela 
hidratação é reposta pela 
água que está ao redor 
III Contato aumenta e água 
diminui 
Distância não diminui, mas 
a área não aumenta (TS) 
IV Cristais crescem para o 
exterior, mas não se 
expandem muito 
Cristais crescem muito 
mais livremente 
V Cristais se entrelaçam Cristais se entrelaçam 
 
- A expansão de presa sem imersão em água se chama 
expansão normal de presa, e a que ocorre sob a água 
se chama expansão higroscópica de presa. Ambas 
ocorrem pela mesma reação química, ou seja, dependem 
das mesmas variáveis. 
 Expansão higroscópica é cerca de 2 vezes maior 
que a expansão normal. 
- Importante em revestimentos para fundição. 
 
RESISTÊNCIA DO GESSO APÓS A PRESA 
- Geralmente se considera a resistência à compressão 
EFEITO DO CONTEÚDO DA ÁGUA 
- Resistência aumenta conforme o gesso endurece após 
a presa inicial, e a água livre restante depois da presa 
afeta a resistência, por isso temos a: 
 Resistência úmida/verde: quando água acima da 
necessária para a hidratação permanece no corpo. 
 Resistência seca: quando a água é removida pela 
secagem, e cristais de gipsita se precipitam em seu 
lugar. 
 Resistência seca é mais de 2 x maior que a úmida. 
EFEITO DA RELAÇÃO ÁGUA/PÓ 
- Quanto maior a relação A/P, maior é a porosidade do 
gesso, e portanto menor é a resistência do material 
(porque existem menor cristais di-hidrato por unidade 
de volume) 
EFEITO DA MANIPULAÇÃO E DOS ADITIVOS 
- Umtempo de espatulação de aproximadamente 1 min 
aumenta a resistência a seu máximo (abaixo de 1 min a 
resistência será menor, e acima de 1 min os cristais de 
gesso serão quebrados) 
- A adição de aceleradores ou retardadores diminui as 
resistências úmida e seca do gesso. 
TIPOS DE GESSO 
- 5 tipos de gesso de acorda com a especificação Nº 25 
da ADA. 
- Critérios: 
 Uso pretendido 
 Propriedades física necessárias para o uso 
GESSO PARA MOLDAGEM (tipo I) 
- Gesso de Paris (β-hemi-hidrato) com adição de 
modificadores para regular o tempo e a expansão de 
presa. 
- Raramente utilizado: substituído por hidrocoloides e 
elastômeros. 
 
GESSO COMUM (tipo II) 
- Para preencher muflas utilizadas na construção de 
próteses totais, quando a expansão da presa não é crítica 
e a resistência é adequada. 
- Comercializado na cor branca natural (ao contrário do 
gesso-pedra, que é colorido) 
- β-hemi-hidrato 
 
 
 
 
 
GESSO-PEDRA (tipo III) 
- Confecção de modelos para fabricação de próteses 
totais adaptadas aos tecidos moles (resistência boa e 
facilidade de remoção do gesso da prótese após o 
processamento) 
- α-hemi-hidrato 
 
 
 
GESSO-PEDRA de ALTA RESISTÊNCIA (tipo IV) 
- Gesso-pedra melhorado/para troquel 
- Resistência, dureza e mínima expansão de presa 
- Superfície seca mais rapidamente, logo, a dureza 
superficial aumenta mais rapidamente que a resistência 
a compressão (vantagem pois a superfície resiste à 
abrasão enquanto o seu interior é tenaz e menos sujeito 
à fratura) 
 
 
 
 
 
GESSO-PEDRA de ALTA RESISTÊNCIA e ALTA 
EXPANSÃO (tipo V) 
- Menor relação A/P de todos os gessos, tendo também 
a maior resistência a compressão entre todos eles 
- Expansão máxima de 0,1 a 0,3% (para compensar a 
contração de resfriamento de metais) 
 Seu uso deve ser evitado para produção de troquíeis 
para inlays e onlays, pois a expansão pode resultar em 
peças muito justas ao dente preparado. 
 
GESSOS ESPECIAIS 
- Para montagem de modelos de ortodontia, 
propriedades: 
 presa rápida 
 baixa expansão de presa 
 resistência baixa (para recorte e para separação 
entre o modelo e as bases do articulador) 
 especificidades (tempo de trabalho pequeno, 
mudança de cor quando está pronto para uso, maior 
resistência a abrasão para possibilitar escultura, etc) 
 
 
MANIPULAÇÃO DO GESSO 
CUIDADOS COM GESSOS 
- Umidade relativa: gipsita absorve a água do ar e 
começa a reação de presa, recobrindo alguns cristais de 
hemi-hidrato com di-hidrato, quando o gesso finalmente 
for ser utilizado, o tempo de presa dele será maior. 
Armazenamento deve ser em AMBIENTE SECO. 
 
PROPORCIONAMENTO 
- Utilizar a relação A/P recomendada, medir utilizando 
uma proveta graduada precisa e uma balança para pó 
(não deve ser medido por volume) 
 
MANIPULAÇÃO E VAZAMENTO 
- O gral deve ser parabólico, liso e resistente à abrasão. 
- A espátula deve ter uma lâmina rígida e um cabo de 
formato conveniente 
- A água é colocada no gral e o pó é adicionado aos 
poucos, deve se misturar vigorosamente até obter uma 
mistura lisa (≈ 1 min) 
- O molde deve ser inclinado para controlar o 
movimento do gesso nas depressões dos dentes e 
garantir melhor escoamento 
 
CUIDADOS COM O MODELO 
- Não é seguro armazenar acima de 55ºC 
- Nos casos em que é necessário imergir o modelo na 
água, esta deve apresentar como ser uma solução 
saturada de sulfato de sódio (para que o gesso não 
dissolva) 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO 
- Quando não se sabe se o molde está desinfetado 
corretamente, o processo deve ser realizado ou repetido, 
para impedir a infecção cruzada, para isso são utilizadas 
soluções desinfetantes próprias para o gesso.

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