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GLICÓLISE Definição: Sequencia de reações que transforma a glicose em piruvato, com a concomitante produção de uma quantidade relativamente pequena de ATP. Na transformação de 1 molécula de glicose em 2 moléculas de piruvato é gasto 2ATP. Envolve 10 reações enzimáticas entre elas, causadas por enzimas. Origina 11 metabólitos (produtos de metabolismo) Ocorre no citoplasma – dentro da célula. Conceitos importantes: Primeira fase: glicólise Glicose (aldeído): fonte de energia Alteração de aldeído para acetona: no processo de glicose Para obter energia Tudo ocorre na célula Respiração celular Transforma glicose em piruvato e produz também 4ATP 2 é lucro e 2 é consumido (ATP) Piruvato pode seguir 3 caminhos: 1, ser reduzido em etanol 2, ser reduzido em lactato 3, ser oxidado em CO2 e H2O A glicólise é dividida em 3 estágios: 1 INVESTIMENTO (aprisionamento e desestabilização da glicose) 2 RENDIMENTO (conversão de DHAP em GAP) 3 EXTRAÇÃO – PAGAMENTO (produção de 2 moléculas de ATP em 2 moléculas de NADH) ESTÁGIO 1 – INVESTIMENTO Aprisionamento da glicólise, pois possui cargas elétricas diferentes, o que pode acarretar na saída dela da célula; Glicose transformada em frutose, transforma para aprisionar e fazer o processo através das reações enzimáticas; Enzima específica, uma enzima para agir em cada lugar diferente 1ª REAÇÃO (primeiro gasto de energia e reação irreversível) Aprisionamento da glicose: Hexoquinase no músculo e Glicoquinase no fígado. A enzima responsável pelo processo no músculo e no fígado, captura um grupo fosfato que está circulante no organismo e une ele a glicose, onde a hidroxila dá lugar ao fosfato. TRANFORMAÇÃO ------ Glicose Glicose – 6 – Fosfato Não se difunde na membrana porque é apolar; Glicose-6-fosfato aumenta a radioatividade da glicose, ou seja, possuirá mais energia; A reação é irreversível; Ocorre mudança na enzima que faz parte do processo; *Imagine que a glicose é uma molécula um tanto quanto rebelde, e se alguém não a prender dentro da célula, ela acaba escapando. Por isso, ocorre um processo de fosforilação da glicose, pela enzima Hexoquinase, para que glicose permaneça na célula. O ATP doa um fosfato ao carbono 6 (C-6) da molécula de glicose e, portanto, o produto desta reação será glicose-6-fosfato. Para a adição do fosfato (fosforilação) à glicose, há o primeiro gasto de energia. Note que para que a reação ocorra, a Hexoquinase requer o cofator Mg2+, porque ele protege as cargas negativas do grupo fosforil do ATP. O complexo MgATP2- promove maior facilidade para a ligação do grupo - OH da glicose ao fosfato, ativando a glicose e mantendo-a dentro da célula. 2ª REAÇÃO (reação reversível) A Glicose – 6 – Fosfato é a protagonista; Ocorre o processo de desestabilização da molécula de glicose, onde desestabiliza para virar 2 moléculas de piruvato (processo de quebra). 1MGli 2MPiruvato A enzima Fosfohexose Isomerase muda a conformação do grupamento da glicose, passa de aldose para cetona. Processo reversível; Agrupamento de fosfato vai ser rearranjado; TRANSFORMAÇÃO ------ Glicose – 6 – Fosfato Frutose – 6 – fosfato 1º Passo: Ocorre isomerização, ou seja, glicose – 6 – fosfato forma frutose – 6 – fosfato, a enzima que catalisa esta reação é a Fosfohexose isomerase. Precisa de mais fosfato, pois para na hora da quebra, ter fosfato dos dois lados; 3ª REAÇÃO (segundo gasto de energia e reação irreversível) TRANSFORMAÇÃO ---- Frutose – 6 – Fosfato Frutose – 1,6 – bifosfato 2º Passo: Fosforilação – adição de um grupo fosfato; Fosfotrutoquinase, enzima, captura um fosfato do ATP circular; Frutose-6-fosfato é fosforilada, produzindo frutose-1,6-bisfosfato. Esta reação é acoplada à hidrólise de ATP, constituindo então o segundo gasto de energia. ATP vira ADP, pois houve gasto de energia; 2 fosfatos no agrupamento, ou seja, um lado igual ao outro; É uma reação que não demanda trabalho. Final do 1º estagio: Regulamentação da glicose ESTAGIO 2 – RENDIMENTO 4ª REAÇÃO (reação reversível) TRANSFORMAÇÃO ----- Frutose – 1,6 – bifosfato DHAP e GAP Quebra de um carboidrato com seis carbonos; Aldolase, enzima que promove a quebra da Frutose – 1,6 – bifosfato em 2 moléculas com 3 carbonos, onde a quebra resulta em duas moléculas diferentes: 1) Diihidroxiacetona – fosfato (DHAP) e 2) Gliceraldeído – 3 – fosfato (GAP); Cetona e aldeído; Não gosta de cetona, sendo assim, transforma DHAP em aldeído. 5ª REAÇÃO (reação reversível) TRANSFORMAÇÃO ---- DHAP GAP Reaproveitamento de DHAP em GAP; A enzima Triose – Fosfato – Isomerase, muda a conformação da molécula, ou seja, muda de acetona para aldeído. Gliceraldeído no lugar de cetona; Reação rápida e reversível; Agora tem 2 gliceraldeído; A partir da 5ª reação tudo é duplicado. * Apenas o gliceraldeído-3-fosfato pode ser diretamente degradada nos passos subsequentes da glicólise. Entretanto, a diidroxiacetona-fostato é convertida reversivelmente em gliceraldeído-3-fosfato, pela enzima triose-fosfato-isomerase NOTA: percebe-se que uma molécula de glicose (hexose) foi quebrada e convertida a duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (triose), portanto, as reações que se seguem serão representadas apenas uma vez, mas na realidade, duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato estarão participando de reações iguais. Ah, e o saldo até agora está negativo, porque foram usados 2 ATPs. ESTAGIO 3 – PAGAMENTO Balanço parcial 1: Entrou uma molécula de glicose Consumo de ATP Saíram 2 moléculas de GAP 3 carbonos fosforilados Até aí tem ATP, agora entra NADH (energia circulante do organismo) OBS: Até este momento, não houve nenhuma reação oxidativa, e foram usados 2 ATP. Por isso, esta fase recebe este nome, visto que haverá o pagamento duas moléculas de ATP gastas, a partir do gliceraldeído-3-fosfato, com saldo positivo de 2 ATP e 2 Piruvatos. FASE 1 DO PAGAMENTO: duas moléculas de GAP entram nessa fase. 6ª REAÇÃO (redução do NAD+ a NADH e reação reversível) TRANSFORMAÇÃO ---- GAP + Fosfato 1,3 – bifosfatoglicerol A enzima Gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase une o GAP a um grupo fosfato, nessa união o NAD+ será utilizado liberando um hidrogênio. Com isso, NAD+ vira NADH; Ocorre a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bisfosfoglicerato; NAD+ entra para dar mais energia ao processo. *Ocorre a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bisfosfoglicerato, pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase. Esta é a reação característica da glicólise, porque envolve a adição de fosfato ao gliceraldeído-3-fosfato e transferência de elétrons para o NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídio). O NAD+ é um transportador de energia, e é reduzido a NADH ao receber dois elétrons e um próton (mais informações no “bônus” no final do post). Como todas as células contém quantidades limitadas de NAD+, a glicólise logo cessaria caso o NADH gerado nesse passo da glicólise não fosse continuamente oxidado. 7ª REAÇÃO (pagamento dos 2 ATPs gastos e reação reversível) Fosfoglicertato-quinase, enzima, potencializa o 1,3-bifosfoglicerato onde é adicionado fosfato ao grupo para que possa fazer fosforilação de ATP (diferentemente da etapa 6, a fosforilação não é oxidativa, pois não há transferência de elétrons, e sim de fosfato, em nível de substrato); 1,3-Bifosfoglicerato se une ao ADP (que sobra de outra reação); Fosfato + ADP = 2ATP (duplica); A enzima tira o fosfato de 1,3-bifosfoglicerato, que vira 3-fosfoglicerato, une ao ADP e forma ATP; Começa a ter e produzir ATP. Balanço parcial 2: Duplicação. FASE 2 DO PAGAMENTO: 2 moléculas de 3-fosfoglicerato são convertidas em piruvato com formação de mais 2ATPs; Envolve 3 reações: 1) Rearranjamento do grupo fosfato, 2) Desidratação e 3) Fosforilação de ADP. 8ª REAÇÃO (reação reversível) TRANSFORMAÇÃO ----- 3 – Fosfoglicerato 2 – Fosfoglicerato Há um rearranjo do grupo fosfato, 3-fosfoglicerato; Fosfoglicerato-mutase, enzima, rearranja a conformaçãopor meio de isomeria, onde o fosfato passa do carbono 3 (C-3) para o carbono 2 (C-2). Forma-se então o 2-fosfoglicerato. Medida preparatória para o processo final. 9ª REAÇÃO (reação reversível) TRANSFORMAÇÃO ----- 2 – FOSFOGLICERATO Fosfoenolpiruvato (PEP) A endolase, promove a desidratação da molécula de 2-fosfoglicerato, para ter capacidade de doar fosfato, onde ocorre a formação do fosfoenolpiruvato. Mg ajuda a arrancar o H para formar água, o que ajuda a enzima. 10ª REAÇÃO FOSFOENOLPIRUVATO + ADP → PIRUVATO + ATP A enzima piruvato-quinase, através de fosforilação, tira o fosfato do fosfoenolpiruvato e doa para o ADP circulante, formando o piruvato (inicialmente na forma enólica) e ATP; Depois, há uma tautomerização (ação não enzimática), e o piruvato alcança a forma cetônica. Quando doa, sobra apenas o piruvato (2); Estágio 3, forma 4ATP. Como você mesmo lembra, tudo está acontecendo em dobro, e por isso, há 2 moléculas de piruvato e 2 ATP. REGENERAÇÃO DE NAD+ Provocado a partir da fermentação do piruvato; Importante na respiração celular; Utiliza no Ciclo de Krebs. Contagem do nosso saldo: · Fase preparatória (investimento + rendimento): gasto de 2 ATP · Fase de pagamento: produção de 4 ATP e 2 Piruvatos · Saldo positivo de 2 ATP e 2 Piruvatos, além de 2 NADH. *ATP – fornece energia imediatamente, não armazena *Objetivo da Respiração Celular – extrair energia dos alimentos para produzir ATP *Glicólise consome 2 ATPs, mas produz 4 ATPs, onde termina com o saldo positivo de 2 ATPs *Função do NAD+ - carreador de elétrons ricos em energia. *O principal objetivo da quebra da glicose é produzir energia para as funções celulares, o que significa formar moléculas de adenosina trifosfato (ATP) a partir da junção de um fosfato inorgânico em uma molécula de adenosina difosfato (ADP).
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