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Direito Penal I

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Direito Penal I
Fontes do Direito Penal
Fonte é o local de onde as provêm. No nosso caso, buscamos a origem da norma jurídica em matéria penal. E as nossas fontes podem ser materiais ou formais.
Material: é a fonte de criação, é o local é fabricada a norma jurídica, o órgão encarregado da criação da norma; no Brasil a competência para a elaboração de normas penais é da União, conforme disposto no art. 22, inc. I, da CF, porém, Estados-Membros também podem legislar sobre o assunto, desde que haja autorização por lei complementar, conforme disposto no art. 22, parágrafo único, da CF.
Formal: é a fonte de revelação, ou seja, é o modo pelo qual é dado conhecimento ao povo sobre a criação de uma norma, garantindo o conhecimento da população; a fonte formal se subdivide em imediata e mediata.
Formal imediata: é a lei (em sentido estrito), bem como os tratados internacionais e jurisprudenciais que por conta da jurisprudência e a doutrina moderna a classifica.
Formal mediata: são os costumes, os princípios gerais do direito e os atos administrativos.
O costume não pode criar infração penal nem pode criar pena. Basicamente, é utilizado para interpretar a normal penal. Costume não revoga lei penal (Art. 2°, §1°, da LICC).
Os princípios, por sua vez ajudam a formar o raciocínio jurídico, por serem normas jurídicas de especial relevância que servem como vetores interpretativos para o operador do Direito.
Ato administrativo, normalmente, serve para complementar a normal penal em branco.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Princípio da Reserva Legal: Não há crime sem lei que o defina; não há penal sem cominação legal.
Por esse princípio, você deve entender, que determinada matéria esta reservada a uma lei ordinária. Para ser mais claro veja o exemplo do Art. 5°, inc. XXXII da CF; o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; essa lei que o inciso fala é o código de defesa do consumidor. Portando todo dispositivo que estiver prescrito que determinada matéria vai ser regida por lei ordinária, estará implicitamente o princípio da reserva legal.
Princípio da Proporcionalidade: determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato.
Princípio da Anterioridade da lei: para que haja crime e seja imposta pena é preciso que o fato tenha sido cometido depois que lei entrar em vigor.
Princípio “ne bis in idem”: ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
Princípio da Insignificância ou Bagatela (delitos de lesão mínima): está ligado ao Princípio da Fragmentalidade; só pode ser punido o ato que causar lesão efetiva e relevante ao bem jurídico, não se podendo conferir atipicidade aos caos de ínfima relevância.
Princípio da Culpabilidade: a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.
Princípio da Analogia “in malam partem”: proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal: A lei posterior mais severa tem efeito “ex tunc”.
Frise na ideia “Ex nunc”, nunca volta. E “Ex tunc” tem efeitos para frente.
Princípio da Igualdade ou Isonomia: todos são iguais perante a lei penal.
Princípio da Intervenção Mínima: a pena deve estar proporcionada ou adequada à magnitude da lesão ao bem jurídico representada pelo delito e a medida de segurança à periculosidade.
Princípio da Humanidade: determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.
Princípio da Ofensividade: O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta ofende um bem jurídico, não sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.
Princípio da Pessoalidade: Somente o autor da infração penal pode ser apenado, a obrigação de reparar o dando pode ser estendida aos sucessores.
Princípio da Presunção de Inocência: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Tempo do Crime
Existem três teorias acerca do momento do crime:
Atividade: considera-se praticado o crime no momento da prática da conduta (ação ou omissão), não impostando o resultado;
Resultado: considera-se o crime praticado no momento da produção do resultado;
Mista ou ubiquidade: momento do crime é tanto o da prática da conduta quando o da produção do resultado.
O CP brasileiro adotou a teoria da atividade no Art. 4° “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”. Logo, não importa quando se deu o resultado, e sim o momento da conduta (ação ou omissão).
Ex.: A, quando tinha 17, atirou em B. Um mês depois, quando A já tinha 18 anos, B morreu – o resultado morte do homicídio consumado veio quando A já tinha 18 anos. Ele será considerado imputável ou inimputável? Inimputável, porque quando ele praticou a ação tinha 17 anos. Esse ato será considerado ato infracional, e deverá ter trâmite na vara da Infância e Juventude.
Lugar do Crime
Existem três teorias acerca do lugar do crime. Para sermos mais diretos são as mesmas teorias do tempo do crime, que foram acima prescritas.
O nosso CP adotou a teoria da ubiquidade ou mista no Art. 6°: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde ser produziu ou deveria produzir-se o resultado” (o CP aceita tanto o lugar da atividade quanto o lugar do resultado).
Ocorre, porém, que essa regra tem aplicação nos denominados “crimes à distância ou de espaço máximo”, em que um crime tem inicio no Brasil e consumação no exterior ou vice-versa. Em outras palavras, ocorrendo a conduta ou o resultado no Brasil, o lugar do crime será no território brasileiro. Já no caso de a conduta e o resultado, porém, ocorrerem dentro do território nacional, mas em locais diferentes (delito plurilocal), devemos nos guiar pelo disposto no Art. 70 do CPP, que firma a competência pelo lugar em que a infração atingiu a consumação ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.
Ex.: A atirou em B em Goiânia, deixando-o mortalmente ferido, e B é trazido para São Paulo, para um hospital, onde morre após uma semana. Em relação ao tempo do crime, considera-se a conduta, ou seja, o momento da ação (esta ocorreu uma semana antes, quando A atirou em B, aplicando-se a teoria da atividade). Quanto ao lugar do crime, seria Goiânia ou São Paulo?
Aplica-se a teoria da ubiquidade ou mista, o lugar do crime seria Goiânia e São Paulo, pois o Art. 6° do CP, considera praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão (Goiânia), no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (São Paulo). Todavia, tratando-se de crime realizado inteiramente no território nacional, a norma a orientar o caso é a do Art. 70 do CPP, ou seja, a competência será ditada pelo lugar em ocorreu a consumação por essa regra, o agente deveria ser processado em São Paulo, local onde ocorreu – teoria do resultado.
DICA – PROCESSO MNEMÔNICO 
LUTA
Lugar do Crime – Teoria da Ubiquidade ou Mista
Tempo do Crime – Teoria da Atividade

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