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Direito Previdenciário e Seguridade Social

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Direito e Instituições Jurídicas Públicas
Direito Previdenciário e Seguridade Social
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
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O Direito Previdenciário é um ramo do direito público surgido da conquista dos direitos sociais no fim do século XIX e início do século XX. Seu objetivo é o estudo e a regulamentação do instituto seguridade social.
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Fontes
Constituição Federal 1988 (arts. 193 a 204); 
Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei nº 8.212/91);
 Lei Orgânica de Benefícios Previdenciários (Lei nº 8.213/91); 
Lei Complementar (Lei n. 108/2001); 
Lei Complementar (Lei n. 109/2001); 
Decreto - Regulamento da Previdência Social (Lei n. 3048/99)
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História
Século XIX;
Montepio Geral dos Servidores do Estado (Mongeral);
1888, Decreto n° 9.912-A, de 26 de março;
24 de janeiro de 1923, Lei Elói Chaves;
1° de maio de 1943, o Decreto-Lei n° 5.452, CLT;
Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS;
Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, criou o Programa de Integração Social-PIS; 
1974 foi instituído o Ministério da Previdência e Assistência Social desmembrado do Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
1984 é aprovada a Consolidação das Leis da Previdência Social.
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A Seguridade Social consiste num conjunto de políticas sociais cujo fim é amparar e assistir o cidadão e a sua família em situações como a velhice, a doença e o desemprego.
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Princípios Constitucionais
I - Universalidade da cobertura e do atendimento;
Universalidade objetiva (cobertura) -extensão a todos os fatos e situações que geram as necessidades básicas das pessoas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e morte
Universalidade subjetiva (atendimento) – consiste na abrangência de todas as pessoas, indistintamente;
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II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
Concessão dos mesmos benefícios de igual valor econômico e de serviços da mesma qualidade;
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III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
Compreende o atendimento distintivo e prioritário aos mais carentes; alguns benefícios são pagos somente aos de baixa renda; os trabalhadores ativos contribuem para a manutenção dos que ainda não trabalham (menores) e dos que já não trabalham mais (aposentados). 
O sistema objetiva distribuir renda, principalmente para as pessoas de baixa renda, tendo, portanto, caráter social.
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IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
As prestações constituem dívidas de valor; não podem sofrer desvalorização; precisam manter seu valor de compra, acompanhando a inflação; esta é uma norma de eficácia limitada;
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V - equidade na forma de participação no custeio;
Quem ganha mais deve pagar mais, para que ocorra a justa participação no custeio da Seguridade Social; a contribuição dos empregadores recai sobre o lucro e o faturamento, além da folha de pagamento; estabelece que se devem tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais
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VI - diversidade da base de financiamento;
O custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Cabe à sociedade civil participar da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados (caráter democrático).
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A seguridade social, no que tange a gestão do Regime Geral de Previdência Social, é organizada pelo Ministério da Previdência Social e executada principalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social, com o auxílio das secretarias estaduais de assistência social. Estão também diretamente envolvidos na seguridade social o Ministério da Saúde (e as respectivas secretarias dos estados da federação), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Trabalho e Emprego.
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A Constituição brasileira em seu título VIII (da Ordem Social), traz entre os artigos 194 a 204, a base da regulamentação da seguridade social no Brasil. O artigo 194, em seu caput determina que a seguridade social é composta de três pilares:
Previdência social: mecanismo público de proteção social e subsistência proporcionados mediante contribuição;
Assistência social: política social de proteção gratuita aos necessitados;
Saúde pública: espécie da seguridade social (por efeito da Constituição) destinada a promover redução de risco de doenças e acesso a serviços básicos de saúde e saneamento.
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Financiamento 
A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. 
No âmbito federal, o orçamento da seguridade social é composto de receitas provenientes: 
I - da União; 
II - das contribuições sociais; e 
III - de outras fontes.
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A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual. 
A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
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À Saúde
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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As atividades de saúde são de relevância pública, e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
I - acesso universal e igualitário; 
II - provimento das ações e serviços mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único; 
III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
IV- atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
V - participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de saúde; e 
VI - participação da iniciativa privada na assistência à saúde, em obediência aos preceitos constitucionais. 
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Sistema Único de Saúde (SUS)
Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, foi instituído pela Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” 
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Princípios do SUS
Universalidade
Integridade
Equidade
Regionalização e Hierarquização
Descentralização
Participação Social
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À Assistência Social
A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. 
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A organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa; e 
II - participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 
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Sistema Único de Assistência Social (SUAS)
Modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de assistência social. O SUAS foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a partir do previsto na lei federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, a Lei Orgânica de Assistência Social.
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Objetivos
A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
O amparo às crianças e adolescentes carentes;
A promoção da integração ao mercado de trabalho;
A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
A garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 
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À Previdência Social
A Previdência Social pode ser definida como um seguro social, que garante ao trabalhador e aos seus dependentes, amparo quando ocorre a perda, permanente ou temporária, em decorrência dos riscos que se obriga a sofrer. Obedecido sempre o teto do Regime Geral de Previdência Social – (RGPS). Ela está inserida em um conceito mais amplo que é o da Seguridade Social.
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Segundo Soibelmann, trata-se de um "[...]conjunto de medidas que garantem os riscos decorrentes da incapacidade de trabalho do indivíduo e a sua aposentadoria. Entre os benefícios da previdência social, contam-se, entre outros, os seguintes: auxílio-doença; pensão por morte; aposentadoria por invalidez, velhice ou tempo de serviço; assistência médica; abonos e pecúlios diversos."
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Atenderá a:
I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
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Curiosidade
A Previdência Social paga, atualmente, mais de 22 milhões de pessoas. Estima-se que, direta e indiretamente, esteja beneficiando 77 milhões de pessoas.
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Sistema de Partição Simples
O trabalhador ativo de hoje financia os inativos, e posteriormente aqueles serão financiados por trabalhadores ativos quando chegarem à inatividade.
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Conselhos Estruturais da Previdência Social
A previdência social tem como estrutura básica o Ministério da Previdência Social (MPS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV) e os Órgãos Colegiados.
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Ministério da Previdência Social
Administração Direta;
Atua na Previdência Social e na Previdência Privada;
responsável pela formulação e gestão de políticas previdenciárias;
É segmentado em diversas secretarias.
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Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Autarquia;
funções inerentes à concessão de benefícios;
Concede e mantém os benefícios previdenciários, bem como os benefícios assistenciais pagos aos idosos e pessoas portadoras de deficiências da baixa renda.
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Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)
Promove a arrecadação, a fiscalização e a cobrança das contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho que se destinam ao financiamento da Previdência Social.
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Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev)
Responsável por processar o pagamento de benefícios previdenciários;
Recolhimento das contribuições sociais das empresas e dos contribuintes individuais;
Produção estatística e informações gerenciais e informatização de órgãos previdenciários.
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O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) é órgão superior de deliberação colegiada e responsável pela coordenação da política da Previdência Social e pela gestão do sistema previdenciário. É presidido pelo ministro da Previdência Social e é composto por 15 membros, 6 representantes do governo federal, 3 representantes dos aposentados e pensionistas, 3 representantes dos trabalhadores em atividade e 3 representantes dos empregadores.
O Conselho de Recursos da Previdência Social compete julgar as decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários e contribuintes do RGPS. Funciona como uma espécie de tribunal administrativo e tem por função básica mediar litígios entre segurados ou empresas e a Previdência Social. O CRPS é formado por Câmaras de Julgamento (Caj), localizadas em Brasília, que julgam em segunda instância, e 28 Juntas de Recursos (JR) em vários estados da Federação e pelo Conselho Pleno que uniformiza a jurisprudência previdenciária.
O Conselho de Gestão da Previdência Complementar que delibera, coordena, controla e avalia a execução da política de previdência complementar das entidades fechadas de previdência privada.
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O Direito Previdenciário hoje (Mudanças nos benefícios previdenciários)
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, anunciou a edição de medidas provisórias (MPs) que tornarão mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários. As medidas vão significar uma economia de R$ 18 bilhões por ano, a partir de 2015.
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Seguro-Desemprego
Será elevado de seis meses para 18 meses o período seguido de trabalho para que os recursos sejam liberados ao contribuinte que acaba de ficar desempregado.
Para solicitar o benefício pela segunda vez, o trabalhador terá que ter trabalhado por 12 meses seguidos. Na terceira solicitação, o período de trabalho exigido continuará sendo de seis meses.
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Pensão por morte
A duração do benefício dependerá da expectativa de sobrevida:
39 e 43 anos receberá pensão por 15 anos;
33 e 38 anos obterá o valor por 12 anos;
28 a 32 anos terá pensão por nove anos
22 e 27 anos receberá por seis anos;
21 anos ou menos receberá pensão por apenas três anos.
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Abono Salarial
Atualmente o dinheiro é pago a quem tenha exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias consecutivos ou não, no ano.
Hoje só poderá obter o benefício o trabalhador que tenha exercido atividade por seis meses.
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Auxílio-Doença
O prazo de afastamento para que a responsabilidade passe do empregador para o INSS será de 30 dias. Além disso, será estabelecido um teto para o valor do auxílio equivalente à média das últimas 12 contribuições.
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Seguro-defeso
Hoje veda o acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciárias com o seguro-defeso. O pescador que recebe, por exemplo, auxílio-doença não poderá receber o valor equivalente ao seguro-defeso.
Será instituída uma carência de 3 anos a partir do registro oficial como pescador, para que o valor seja concedido.
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Finalizamos este trabalho afirmando que o conhecimento do Direito Previdenciário acima de tudo é uma questão de cidadania.
Previdência Social
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