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Aula 01 - Introdução 2

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Noções introdutórias de 
direito penal
DIREITO PENAL
EDIVALDO WALDEMAR GENOVA
Noções introdutórios do Direito Penal
1. HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
2. ILÍCITO JURÍDICO e ILÍCITO PENAL
3. CONCEITO DE DIREITO PENAL
4. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
5. CIÊNCIA DO DIREITO PENAL
6. FUNCÕES DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
8. DIVISÕES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
10. INTERPRETAÇÃO DIREITO PENAL
11. FUNCIONALISMO DO DIREITO PENAL
6. FUNÇÕES DO DIREITO PENAL
O Direito Penal é um 
importante instrumento 
para a convivência dos 
homens em sociedade
Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed. rev., atual. e
ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
6. FUNÇÕES DO DIREITO PENAL
Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed. rev., atual. e
ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
 proteção de bens jurídicos - valores ou interesses
reconhecidos pelo Direito e imprescindíveis à satisfação
do indivíduo ou da sociedade
1. Direito Penal como proteção de bens jurídicos
Juízo de 
valor 
positivo
ELABORA LEIS para coibir e
reprimir as condutas lesivas ou
perigosas a bens jurídicos
fundamentais
SELECIONA determinado objeto ou 
situação social e de sua importância 
para o desenvolvimento do ser humano
Bens 
jurídicos
penais
Bem 
Bem jurídico 
proteção de bens jurídicos penais 
BENS JURÍDICOS PENAIS
“... circunstâncias reais dadas ou finalidades
necessárias para uma vida segura e livre, que garanta a
todos os direitos humanos e civis de cada um na
sociedade ou para o funcionamento de um sistema
estatal que se baseia nestes objetivos – Claus Roxin
Vida, propriedade, honra, 
liberdade, patrimônio, 
saúde, família, meio 
ambiente, fé pública, 
dignidade sexual, etc. 
FATO
VALOR NORMA
Teoria Tridimensional do Direito – Miguel Reale - 1968
embora nem todas elas se envolvam com a prática de infrações
penais. Ao contrário, apenas a minoria envereda pelo caminho da
criminalidade, seja por questões morais, seja pelo receio de
aplicação da lei penal.
2. Direito Penal como instrumento de controle social
 Preservação da paz pública -> manter a ordem
determinada coletividade
 Direcionada a todas as pessoas de uma comunidade
3. Direito Penal como garantia
 funciona como um escudo aos cidadãos - punição ->
condutas criminosas devem estar expressamente previstos
em lei como
 Garantia ao cidadão – arbitrariedade do Estado 
 Franz von Liszt dizia: “o Código Penal é a Magna
Carta do delinquente”.
4. Função ético-social do Direito Penal
 Função criadora ou configuradora dos costumes
 Estreita vinculação entre a matéria penal e os valores éticos
fundamentais de uma sociedade – Efeito moralizador
Lei crimes 
ambientais 
Conscientização?
reprovação moral e social
Mudar comportamentos?
Proteger meio-
ambiente ?
5. Função simbólica do Direito Penal
 Governo: sensação de terem feito algo para a proteção da paz
pública
 Cidadão: proporciona a falsa impressão -> problema da
criminalidade está sob controle das autoridades
6. Função motivadora 
 Motivar os cidadãos a não violarem suas normas, mediante a
ameaça de imposição cogente de sanção na hipótese de ser lesado
ou colocado em perigo determinado bem jurídico
 Leis penais mensagem: “não matar”, “não roubar”, “não furtar” etc.
7. Função de redução da violência estatal
 Reduzir ao mínimo a própria violência estatal
 Estado - incriminação de condutas nos casos estritamente
necessários
 Prestígio: direito à liberdade assegurado pela Constituição
Federal
Imposição 
sanção penal 
Agressão
cidadão-
infrator
8. Função promocional do Direito Penal
 Direito Penal não tem a função de manter os valores da
sociedade, nem constituir-se em empecilho ao progresso
 Finalidade de atuar como instrumento de transformação
social
Direito Penal: auxiliar a dinamizar a
ordem social e promover as mudanças
estruturais necessárias para a evolução
da comunidade
Noções introdutórios do Direito Penal
1. HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
2. ILÍCITO JURÍDICO e ILÍCITO PENAL
3. CONCEITO DE DIREITO PENAL
4. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
5. CIÊNCIA DO DIREITO PENAL
6. FUNCÕES DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
8. DIVISÕES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
10. INTERPRETAÇÃO DIREITO PENAL
11. FUNCIONALISMO DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
 O Direito é uno
 Ordenamento jurídico → Conjunto de normas e princípios
em vigor no país e em determinada época.
 Divisão → fins didáticos.
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Praticada uma 
infração penal
Processo e julgamento 
do autor do infração 
penal 
Sanção penal 
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
Direito Processual 
Penal garantir a efetiva 
e justa incidência ao 
caso concreto das leis 
penais objetivas
DUE PROCESS OF LAW (CF, art. 5.º, LIV)
“ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal”
Devido processo 
Legal
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
Regras e 
princípios 
constitucionais
Legitimidade
das leis penais
Delimitar
âmbito de
aplicação das
leis penais
DIREITO CONSTITUCIONAL
art. 5.º, XLVII, a, 
CF/88 – proíbe pena 
de trabalho forçado
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO
- A definição de condutas criminosas é válida apenas
quando alberga valores constitucionalmente
consagrados
- Constituição acaba desempenhando as funções de
fundamentar e limitar o Poder Punitivo.
DIREITO CONSTITUCIONAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Conjunto de normas e princípios que regulam a
organização e o funcionamento da Administração Pública e
suas relações com os particulares no exercício das
atividades de interesse público
Polícia: 
prevenção e 
investigação 
criminal 
DROGAS
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
Portaria 344/1998 – SVS/MS
Ato 
Administrativo 
complementando 
a lei penal 
Lei penal 
em 
branco
DIREITO ADMINISTRATIVO 
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
DIREITO CIVIL 
 Relação antiga entre leis civis e leis penais
 Conceitos de Direito Civil: propriedade, posse, detenção,
absolutamente e relativamente incapaz, família, pátrio poder,
casamento, etc.
 Infração menor gravidade: Direito Civil - reparação
 Infração maior gravidade: Direito Penal – sanção penal
Sanção penal + Sanção civil 
?
Noções introdutórios do Direito Penal
1. HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
2. ILÍCITO JURÍDICO e ILÍCITO PENAL
3. CONCEITO DE DIREITO PENAL
4. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
5. CIÊNCIA DO DIREITO PENAL
6. FUNCÕES DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
8. DIVISÕES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
10. INTERPRETAÇÃO DIREITO PENAL
11. FUNCIONALISMO DO DIREITO PENAL
Direito Penal objetivo (Jus poenale)
- conjunto das leis penais em vigor
- Princípio da Legalidade
- normas penais incriminadoras (definem as infrações penais e
cominam as sanções penais) e normas penais não incriminadoras
1. Direito Penal objetivo e Direito Penal subjetivo
Direito Penal subjetivo (jus puniendi)
- direito de punir do Estado - direito do Estado de aplicar as normas
penais
1. Direito Penal objetivo e Direito Penal subjetivo
Direito Penal subjetivo (jus puniendi)
DireitoPenal subjetivo positivo: Capacidade do Estado criar e
executar as normas penais
Direito Penal subjetivo negativo: faculdade de derrogar
preceitos penais ou restringir o seu alcance
- STF → ADIN
Nasce no momento em que é violado o conteúdo da lei penal
incriminadora
-o direito de punir possui três momentos:
lº) ameaça da pena (pretensão intimidatória)
2°) aplicação da pena (pretensão punitiva)
3°) execução da pena (pretensão executória)
Jus puniendi
1. Direito Penal objetivo e Direito Penal subjetivo
Direito Penal fundamental ou Direito Penal primário
- conjunto de normas e princípios gerais contidas no Código Penal aplicáveis
inclusive às leis penais especiais, desde que estas não possuam disposição
expressa em sentido contrário (art. 12 CP)
2. Direito Penal fundamental ou Direito Penal primário
x
Direito Penal complementar ou Direito Penal secundário
Legislação especial 
Art. 12. As regras gerais deste Código aplicam-se aos
fatos incriminados por lei especial, se esta não
dispuser de modo diverso.
2. Direito Penal fundamental ou Direito Penal primário
x
Direito Penal complementar ou Direito Penal secundário
Direito Penal complementar ou Direito Penal secundário
Conjunto de normas que integram o acervo da legislação penal
extravagante (não estão no Código Penal)
Exemplos: Lei 9.455/1997 (crimes de tortura), Lei 11.343/2006 (crimes
de tráfico de drogas), Lei 4.898/1965 (crimes de abuso de autoridade),
Lei 7.492/1986 (crimes contra o sistema financeiro nacional), entre
tantas outras (leis especiais não integrantes do Código Penal)
DIREITO PENAL MATERIAL
- conhecido como substantivo, por ele se entende a totalidade de leis
penais em vigor. É o Direito Penal propriamente dito.
1. Direito Penal Material e Direito Penal Formal
DIREITO PENAL FORMAL 
- Denominado ainda de adjetivo - grupo de leis processuais penais em
vigor. É o Direito Processual Penal.
DIREITO PENAL COMUM 
Aplica-se indistintamente a todas as pessoas.
- Código Penal e diversas leis especiais (Decreto-lei 3.688/1941 - Lei das
Contravenções Penais e a Lei 11.343/2006 - Drogas), aplicadas pela
Justiça Comum.
1. Direito Penal Comum e Direito Penal Especial
DIREITO PENAL ESPECIAL 
- Aplica-se apenas às pessoas que preenchem certas condições legalmente
exigidas. Exemplo: Código Penal Militar - Decreto-lei 1.001/1969, aplicado 
aos miliares pela Justiça Militar
Noções introdutórios do Direito Penal
1. HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
2. ILÍCITO JURÍDICO e ILÍCITO PENAL
3. CONCEITO DE DIREITO PENAL
4. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
5. CIÊNCIA DO DIREITO PENAL
6. FUNCÕES DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
8. DIVISÕES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
10. INTERPRETAÇÃO DIREITO PENAL
11. FUNCIONALISMO DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
FONTE: Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed.
rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
9. FONTES DO DIREITO PENAL
1. FONTE MATERIAL
fonte de produção da norma, é o órgão encarregado da
criação do Direito Penal – Quem faz a lei
Art. 22. Compete privativamente à UNIÃO legislar sobre:
I - direito civil, comercial, PENAL, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho;
Art. 22
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo
9. FONTES DO DIREITO PENAL
2. FONTE FORMAL
instrumento de exteriorização do Direito Penal - modo
como as regras são reveladas
 Fonte de conhecimento ou de cognição
 Exteriorização da norma penal
9. FONTES DO DIREITO PENAL
Fonte 
Formal
Imediata LEI
Mediata
Costumes
Princípios 
gerais do 
Direito 
Atos 
Administrativos
A LEI é a fonte formal imediata ou primária do direito penal
LEI → criar crimes e cominar sanção penal 
9. FONTES DO DIREITO PENAL
Princípio da Reserva 
legal
1. LEI 
9. FONTES DO DIREITO PENAL
2. Costumes
É a reiteração de uma conduta, de modo constante e
uniforme, por força da convicção de sua
obrigatoriedade
Elemento 
objetivo
Elemento 
subjetivo
Fato: reiteração
Agente: convicção 
obrigatoriedade
No Direito Penal - costume nunca
pode ser empregado para criar
delitos ou aumentar penas
Única fonte do 
DP - criar 
crimes/cominar 
penas
9. FONTES DO DIREITO PENAL
2. Costumes
auxilia o intérprete a esclarecer o conteúdo de
elementos ou circunstâncias do tipo penal
Art. 139 (reputação), art. 140 (dignidade e
decoro), art. 233 (ato obsceno)
Secundum 
legem ou 
interpretativo
Ato obsceno
Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao
público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Atos obscenos: urinar em via pública, deixando o pênis à mostra; a "chispada" (corrida
sem roupas); prática de sexo dentro de veículo que está estacionado em via pública;
automasturbação em local público
9. FONTES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
contraria a lei, mas não tem o condão de
revogá-la
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS
LEIS
Contra legem 
ou negativo ou 
DESUETUDO
Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho, ou
praticar qualquer ato relativo à sua realização ou exploração:
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de dois a
vinte contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis a
dois contos de réis, aquele que participa da loteria, visando a obtenção
de prêmio, para si ou para terceiro. (DL 3.688/41)
2. Costumes
9. FONTES DO DIREITO PENAL
- supre a lacuna da lei
- normas penais não incriminadoras
Praeter legem 
ou integrativo
Causas supralegais de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade
Ex. circuncisão empregada como rito religioso pelos israelitas
2. Costumes
9. FONTES DO DIREITO PENAL
3. Princípios 
Gerais do 
Direito 
- valores fundamentais 9escrios ou não) que
inspiram a elaboração e a preservação do
ordenamento jurídico
- Vedado tipificar condutas ou cominação de
penas – Princípio da Reserva Legal
- normas penais não incriminadoras
A pessoa deve responder pelos próprios atos
e não pelos atos alheios
Pacta sunta servanda
9. FONTES DO DIREITO PENAL
3. Atos da 
Administração 
Pública
Os atos administrativos, no Direito Penal,
funcionam como complemento de algumas
leis penais em branco
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
Portaria 344/1998 – SVS/MS
Noções introdutórios do Direito Penal
1. HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
2. ILÍCITO JURÍDICO e ILÍCITO PENAL
3. CONCEITO DE DIREITO PENAL
4. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
5. CIÊNCIA DO DIREITO PENAL
6. FUNCÕES DO DIREITO PENAL
7. DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO DIREITO
8. DIVISÕES DO DIREITO PENAL
9. FONTES DO DIREITO PENAL
10. INTERPRETAÇÃO DIREITO PENAL
11. FUNCIONALISMO DO DIREITO PENAL
Identificar o exato significado na da norma penal
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
INTERPRETAÇÃO
Vontade da lei → mens legis, não 
a vontade do legislador (mens
legislatoris)
Portaria 344/1998 – SVS/MS
Hermenêutica Jurídica: Ciência da interpretação
Exege: atividade prática de interpretação
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
 Amolda a lei à realidade atual
 Evita a constante reforma legislativa e se destina a companhar
as mudanças da sociedade
 Ex.: conceito de ato obsceno, diferente atualmente do que era há 
algumas décadas.
INTERPRETAÇÃO PROGRESSIVA, EVOLUTIVA ou ADAPTATIVA
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
 Lei contém em seu bojo uma fórmula casuística seguida de 
uma fórmula genérica
 possibilitar a aplicaçãoda lei aos inúmeros e imprevisíveis 
casos da vida diária
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ou INTRA LEGEM
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Art. 121
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ou INTRA LEGEM
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Art. 121
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum
emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, torturaFormula 
casuística
1. Outro meio insidioso
2. Outro meio cruel
3. Outro meio de que possa resultar perigo comum
Cláusula 
genérica
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ou INTRA LEGEM
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Estelionato 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, 
ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Formula 
casuística
Cláusula 
genérica
ANALOGIA
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
 Não é interpretação da lei penal
 Integração ou colmatação do ordenamento jurídico.
 Não há lei a ser interpretada
 Processo de INTREGAÇÃO da lei, para suprir as lacunas
legais
 A lei pode ter lacunas, mas não o ordenamento jurídico
 Finalidade: encontrar a solução para um caso concreto não
previsto na lei
 Sinônimos: integração analógica ou suplemento
analógico
ANALOGIA
Analogia a aplicação, ao caso não
previsto em lei, de lei reguladora de
caso semelhante.
Direito Penal 
somente é 
permitido usar a 
analogia nas leis 
penais não 
incriminadoras
Princípio da 
Reserva legal
ubi eadem ratio ibi 
eadem iuris dispositio
10. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Tipos de 
Analogia
analogia legis ou legal
aplicação da analogia tendo por base outra
disposição legal que regula caso
semelhante
analogia juris ou jurídica
aplicação da analogia tendo por base um
princípio geral do direito
analogia in bonam
partem
aplica-se ao caso omisso uma lei em
benefício ao réu - aplicação permitida no
âmbito penal.
analogia in malam
partem
aplicação ao caso omisso de uma lei
prejudicial ao réu
Não se aplica no âmbito do Direito Penal.
analogia in malam partem
aplicação ao caso omisso de uma lei prejudicial ao réu
Não se aplica no âmbito do Direito Penal.
"O crime de associação para o tráfico não integra o rol legal
de crimes equiparados a hediondos, previsto na Lei nº
8.072/90, sendo impossível a analogia in malam partem
com o fito de considerá-lo delito dessa natureza“ (STJ, 6° T.,
HC 182882, j. 13/03/2012).
1. Suficientemente comprovada a dolosa importação de grande
quantidade de medicamentos (cerca de seis mil comprimidos de
Pramil) sem o necessário registro e fiscalização pelo órgão de
vigilância sanitária competente, a conduta se subsume ao art. 273,
§ 1º-B, I e V, do Código Penal.
2. 2. Porém, em face da desproporcionalidade da pena cominada para
o art. 273 do CP, faz-se necessário ajuste principiológico da norma,
aplicando-se a analogia ‘in bonan partem’ a reprimenda prevista na
Lei nº 11.343/2006, que visa a proteger, entre outros, idêntico bem
jurídico, qual seja, a saúde pública
Art. 273 
Pena- reclusão, de 10 
(dez) a 15 (quinze) 
anos, e multa 
Art. 33 Lei 11.343/2006 
Pena- reclusão de 05 (cinco) 
a 15 (quinze) anos, 
pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa
FONTE: https://slideplayer.com.br/slide/8839297/
Muito obrigado

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