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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO BICO DO PAPAGAIO – FUNEB FACULDADE DO BICO DO PAPAGAIO – FABIC CURSO DE DIREITO GRÉCIA E ROMA AUGUSTINÓPOLIS-TO ABRIL/2015 2 IORRANA LAÍS DE JESUS SILVA GRÉCIA E ROMA Trabalho apresentado a Faculdade do Bico do Papagaio – FABIC como instrumento parcial para obtenção de nota na disciplina de História e Antropologia Jurídica. Orientador: Profª. Andréia Ferreira Freitas AUGUSTINÓPOLIS-TO ABRIL/2015 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4 2. GRÉCIA ..................................................................................................................... 6 2.1. SOCIEDADE E POLÍTICA ...............................................................................................7 2.2. LEIS DE DRACON E ORIGEM DO TERMO DRACONIANO .......................................8 2.3. LEIS DE SOLON ...............................................................................................................9 Sólon, um dos Sete Sábios da Grécia, acabou com a transmissão de poder hereditária e abriu o acesso aos altos cargos do governo para (quase) toda a população ateniense. ......9 2.4. DIREITO PENAL GREGO .............................................................................................10 3. ROMA ...................................................................................................................... 11 3.1. REPÚBLICA E SUAS INSTITUIÇÕES .........................................................................11 3.2. FONTES: Costumes, Leis, Plebiscito, Edito dos Magistrados e Constituições Imperiais. ....14 3.3. LEI DAS XII TABUAS .....................................................................................................16 3.4. O CORPUS IURIS CIVILIS (CORPO DE DIREITO CIVIL) .........................................17 3.5. INFLUENCIAS NO ORDENAMENTO JURIDICO ATUAL: Direito Civil, Direito De Família, Direito Sucessório, Posse e Propriedade ..................................................................18 3.6. DIREITO PENAL ROMANO ..........................................................................................20 4. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 25 4 1. INTRODUÇÃO A seguinte pesquisa buscar apresentar alguns fatos relativos ocorridos na Grécia e na Roma durante muito tempo atrás, são fatos estudados por muitos dos estudantes em nossa sociedade atual. Qualquer sociedade é muito mais do que aquilo que dela podemos falar ou que se possa delimitar em conceitos. E mesmo estes são apenas as nossas conjecturas a respeito de uma realidade efetivamente inatingível (BLOCH, 2001; CARNEIRO, 2008), dado que pertence ao passado. Trata-se, portanto de nossos conceitos e nossa palavra; aquilo que temos a respeito do que não temos acesso. O mundo oriental é uma extensa região que incorpora o continente asiático e parte da África. Ali se desenvolveram as primeiras aglomerações urbanas que se conhece. Compreende as culturas indo-chinesas, mesopotâmicas acrescida da Palestina e do Egito. Mas, além disso, oriente é muito mais um conceito ideológico-cultural do que geográfico. Trata-se de uma representação que o "ocidente" faz de um "outro" que lhe é estranho, mas que necessita de um reconhecimento, não só como "bárbaro", mas como realidade passível de ser conhecida e, porque não, explorada, como de fato ocorreu, ao longo de alguns séculos. Grécia e Roma, como entram nessa história? Inicialmente constatando que estas duas regiões se desenvolveram mais tardiamente do que o oriente. Temos notícias de que os mundos mesopotâmico e egípcio apresentam sinais de urbanização a partir de 4.000 a.C., enquanto na Grécia os primeiros sinais de organização social humana manifesta-se a partir do segundo milênio antes de Cristo; e no mundo latino o processo é ainda posterior. Podemos entender o racionalismo grego ao nos debruçar sobre o seu sistema de crenças, privado de valores morais e voltado quase que unicamente para a explicação do mundo físico e obtenção de benefícios concretos por meio de contratos firmados com as divindades por sacrifícios. Seus cultos tinham então apenas um caráter externo e mecânico. Bastaria ao adorador desempenhar a sua parte no combinado, executando o sacrifício indicado, e os deuses cumpririam a sua. Como os deuses são caprichosos, essa troca, todavia, nem sempre era equânime ou estável, portanto, não devemos nos deixar levar pela sedução de uma explicação simples para o passado. É comum vermos os gregos associados ao princípio do que hoje se chama “pensamento ocidental”. Certamente, parte do que somos hoje se 5 deve a eles, em grande parte devido à sua filosofia em todas as suas diferentes vertentes, mas também graças aos seus progressos científicos na medicina, na biologia, na história, na matemática. E artísticos, na literatura, no teatro, na arquitetura e na escultura. A criação de Roma é conhecidamente marcada pela lenda envolvendo os irmãos Rômulo e Remo. Segundo a história descrita na obra Eneida, do poeta Virgilio, o povo romano é descendente do herói troiano Eneias. Sua fuga para a Península Itálica se deu em função da destruição da cidade de Troia, invadida pelos gregos em 1400 a.C.. Após sua chegada, criou uma nova cidade chamada Lavínio. Tempos depois, seu filho Ascânio criou o reino de Alba Longa. 6 2. GRÉCIA A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias cidades politicamente autônomas entre si apareceram e fundaram diversas práticas que influenciaram profundamente os costumes que hoje definem a feição do mundo ocidental. Do ponto de vista geográfico, o espaço que deu origem ao Mundo Grego é repleto de vários acidentes geográficos. A variação no relevo teve enorme importância para que cada cidade consolidasse uma cultura própria e impedisse a formação de um possível Estado unificado. Além disso, por conta dessa mesma característica, vemos a impossibilidade de uma atividade agrícola extensa. Após vivenciarem uma experiência social centrada na utilização coletiva das terras, observamos que o desenvolvimento de uma aristocracia empreende a fixação dos primeiros núcleos urbanos. Por conta de sua já citada independência, compreendemos que a Grécia Antiga deve ser observada como um amplo mosaico de culturas que se desenvolvem de forma diversa. 7 2.1. SOCIEDADE E POLÍTICA Sociedade Os primeiros habitantes da Grécia foram os pelágios ou pelasgos. A or igem do mesmo não é profundamente conhecida acredita-se que o mesmo deva estar ligado a p´ropia cultura nativa da região mediterrânea (lembrar que a Grécia estava dividida como uma concha de retalhos espalhadas próximas ao mar mediterrâneo) .Por volta de 2000 a.c grupos de arianos de origem indo-européia começaram a se fixar na região. A principio estabeleceram relações pacíficas com os pelágios, até a chegada dos dórios. Estes deram inicio a um novo período da história grega, no qual a sociedade passou a se basear em comunidades familiares no período homérico. O período de formação do povo grego por isso ficou conhecido como Pré-Homérico com a desagregação dos genos e consolidação das pólis vem o período chamado de arcaico. Os gregos chamavam a Grécia Antiga de Hélade e a si de helenos. Na verdade a civilização grega resultou numa mistura de diversos povos. Por volta do segundo milênio a.C., a ilha de Creta, graças ao seu comércio marítimo possuía uma civilização bastante adiantada. Em torno de 1400 a.C.,a sociedade cretense foi conquistada pelos aqueus, que haviam se estabelecido na Grécia Continental. O predomínio da civilização micênica (por ser Micena a principal cidade dos aqueus), durou até 1100 a.C., quando os dórios, que conheciam e utilizavam o ferro, penetraram na Grécia. Os invasores provocaram a fuga das populações que se dispersaram pelas ilhas do Egeu e costas da Ásia Menor. A invasão dórica provocou a decadência das artes e paralisou o comércio. Somente nas regiões colonizadas pelos jônios preservou-se a cultura grega. Política A política se constitui em algo sempre presente na vida do homem a partir do momento em que ele relaciona-se com a vida em sociedade na busca constante 8 de transformações de uma realidade insatisfatória para eles. O ser humano portanto tem todos os meios para mudar sua própria história que está intrinsecamente ligada à política como afirma o filósofo Aristóteles no século IV a.c "O homem é, por natureza, animal social e político". Segundo MAAR, o termo "política" foi criado a partir da atividade social desenvolvida pelos homens da polis, a "cidade - estado" grega. Na Grécia, ao lado destas atribuições do soberano, a atividade política desenvolver-se-ia como cimento da própria vida social. O que a política Grega acrescenta aos outros estados é a referência à cidade, ao coletivo da pólis, ao discurso, à cidadania, à soberania, à lei. O Real significado de política é oriundo da pólis grega, porque esta era exercida no coletivo nas cidades-estados pelos que eram considerados cidadãos, enquanto que em Roma as decisões se constituem de forma centralizada e autoritária ligado ao jogo de poder que se fortalecem através do estado e se institucionalizou (Estado Romano) deixando de ter um real cunho político. 2.2. LEIS DE DRACON E ORIGEM DO TERMO DRACONIANO Drácon de Atenas foi um legislador ateniense (século VII a.C.) Arconte¹ de origem aristocrática, Drácon recebeu em 621 a.C. poderes extraordinários para por fim ao confito social provocado pelo golpe de estado de Cilón e o exílio de Megacles. Dracón redigiu então um rígido código de leis baseado nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes. As leis draconianas foram o primeiro código ateniense a ser escrito. Leis Draconianas As leis draconianas têm um importante papel na história do Direito, por serem o primeiro código de leis escrito. Seus detalhes perderam-se no tempo, mas aparentemente estas leis eram sempre favoráveis aos eupátridas² e cobriam penas extremamente severas aos infratores. Afirmava, essencialmente, a 9 supremacia dos poderes públicos. Consagrava o direito de jurisdição do pai sobre o filho mas suprimiu a vingança particular. Para os crimes graves, aqueles submetidos ao Areópago³, as penas eram a morte ou o exílio. O código escrito por Drácon, contudo, não era uma constituição pois não contemplava os problemas econômicos e sociais. Estes, somente seriam resolvidos por Sólon de Atenas. Deve-se a Drácon o começo de um importante princípio do Direito Penal: a diferença entre o homicídio involuntário, voluntário e legítima defesa Tanto o furto como o assassinato recebiam a mesma punição: a morte. Por este motivo atualmente o adjetivo draconiano se refere a alguém excessivamente severo e rígido. Um político de 4 a.c gracejou que Drácon não escreveu suas leis com tinta, mas com sangue. Drácon é citado no início do romance o Código da Vinci de Dan Brown. 2.3. LEIS DE SOLON Sólon, um dos Sete Sábios da Grécia, acabou com a transmissão de poder hereditária e abriu o acesso aos altos cargos do governo para (quase) toda a população ateniense. Na Grécia antiga, os aristocratas tinham tanto orgulho de sua origem que se diziam descendentes dos deuses. Cada família recitava a longa lista de antepassados até chegar ao patriarca divino. Com Sólon (638-558 a.C.), não foi diferente: ele traçava sua origem até Poseidon, o deus grego dos mares. Mas, diferentemente dos outros nobres, Sólon se importava com os "reles mortais" e dedicou a vida a construir uma sociedade mais justa e igualitária. Tanto que os historiadores o consideram o pai da democracia ateniense. "Sólon integra a lista dos Sete Sábios da Grécia ao lado de figuras como o matemático Tales de Mileto", diz o filósofo Ron Owens, da Universidade de Newcastle 10 (Austrália), no livro Solon of Athens (Sólon de Atenas, inédito no Brasil). "Foram feitas várias listas dos sete sábios, e Sólon está em todas elas. Sua influência não era mesmo de desprezar: ao menos 115 autoridades do mundo antigo o mencionam em seus escritos, entre eles Aristóteles (384-322 a.C.)." 2.4. DIREITO PENAL GREGO Não é por acaso que em milhares de anos tivesse sido a terra sempre a forma mais elementar de poder e de riqueza, só tendo perdido espaço após a Revolução Industrial e o advento da ascensão da classe burguesa. Os povos da antiguidade fizeram guerras por séculos em nome da posse da terra. Na Idade Média foi o feudo que manteve o poder dos príncipes e suseranos, bem como a influência da igreja. No Renascimento, pelo menos até o século XVII, o poder econômico, e político, estava associado à posse de terras, como apregoava a Escola Fisiocrata. Também ainda se verifica em países contemporâneos menos desenvolvidos industrialmente, a tendência forte a que o poder esteja nas mãos dos latifundiários, em detrimento de uma reforma agrária mais efetiva. Com relação ao Direito propriamente dito, um exemplo dessa extrema concentração nuclear na família e a sua influência na vida social, política e econômica das tribos originárias, está o fato da mulher que ao casar passa a pertencer à família de seu esposo, inclusive sendo “arrancada” dos deuses de sua família, dos rituais do fogo sagrado de seus pais. Quando morria essa mulher era enterrada na propriedade de seu marido e não de seus ancestrais. No direito grego é notório que toda a ação começa quando a pessoa lesada coloca diretamente, ou por intermédio de um representante, diante dos jurados, sua queixa, suas explicações e suas reivindicações. Neste caso, a ação pública é classificada pelo tipo de queixa, fato ou teor, e não pela iniciativa do agente - que pode ser uma família, se o lesado está morto ou impossibilitado de se queixar -, já que o agente sempre tem a iniciativa, pois em Atenas, por exemplo, não existe Ministério Público, advogados, delegados. Neste sentido, o sentido que temos atualmente com relação aos tipos de Ação difere substancialmente. Portanto pode- se afirmar que o direito ateniense é essencialmente retórico. 11 3. ROMA Denomina-se Roma Antiga a civilização que surgiu de uma pequena comunidade agrícola fundada na península Itálica no século VIII a.C. Localizada ao longo do mar Mediterrâneo e centrada na cidade de Roma, tornou-se um dos maiores impérios do mundo antigo A antiga cidade de Roma foi o centro de um dos maiores e mais poderosos impérios que o mundo já conheceu. O Império Romano tinha sua sede no lugar em que hoje fica a Itália. Ao conquistar mais terras e povos, sua influência se espalhou pela Europa ocidental e além dela. 3.1. REPÚBLICA E SUAS INSTITUIÇÕES República Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios. 12 República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar. Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército. À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.) Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus. Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo. Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais 13 Instituições No fim do século VI a.C., os romanos estabeleceram uma profunda transformação em suas instituições políticas. Na época, o rei Tarquínio, o Soberbo, foi deposto por meio de uma revolta protagonizada pelos membros da classe patrícia. Segundo alguns historiadores, essa mudança aconteceu por causa das derrotas militares deste monarca e sua intenção de buscar apoio político por meio de uma série de concessões aos menos favorecidos. A queda do regime monárquico representou o início da hegemonia política dos patrícios em Roma. O Senado passou a ser uma instituição política de importância fundamental e teve o seu número de representantes elevado de cem para trezentos membros, todos oriundos da classe patrícia, que exerciam o cargo em prazo vitalício. Entre outras funções, os senadores deveriam zelar pelas tradições religiosas, cuidar das finanças, tratar da política externa, indicar um ditador, conceder honras e controlar as províncias. As sessões do Senado eram sempre convocadas por um magistrado que organizava os trabalhos e pautas a serem discutidas naquela ocasião. Ao longo de uma mesma sessão, os senadores tinham o direito de proclamar um discurso. Logo que proferia sua opinião a respeito de um assunto ou lei, ele poderia se retirar por uma das duas portas do Senado. Se optasse pela passagem à sua direita, significava seu favor em relação à medida; saindo pela esquerda, manifestava sua desaprovação. Mesmo abandonando o modelo monárquico, percebemos que a Roma Republicana ainda preservou alguns traços deste regime. A cada ano, a Assembleia Curiata, formada somente por patrícios adultos, escolhia dois cônsules. Sendo o mais importante cargo das magistraturas, os cônsules tinham como funções primordiais a organização dos cultos públicos, o comando dos exércitos e a convocação do Senado. Em tempos de instabilidade, poderiam indicar um ditador que teria poder absoluto por seis meses. Em um primeiro momento, observamos que a maioria dos cargos públicos e postos políticos era controlada por indivíduos provenientes da classe patrícia. Contudo, os conflitos sociais que se desenvolveram em Roma transformaram o quadro político romano. Progressivamente, membros da classe militar e os plebeus 14 também puderam ocupar cargos de magistratura e votar leis de seu interesse ao criarem, por exemplo, a magistratura dos tribunos da plebe. 3.2. FONTES: Costumes, Leis, Plebiscito, Edito dos Magistrados e Constituições Imperiais. Costumes A única fonte do direito, nas origens de Roma, é o costume, mos maiorum, que podemos definir como “um conjunto de regras aceitas por todos como obrigatórias, sem qualquer proclamação ou reconhecimento de um poder legislativo estabelecido”. O costume retira sua autoridade do consenso geral e tácito dos cidadãos. Transmite-se de geração a geração por uso repetido. É freqüentemente conhecido como ius non scriptum (direito não escrito). Leis e Plebiscitos As leis e plebiscitos eram manifestações coletivas do povo. As primeiras, leges rogatae, tomadas nos comícios, de que só participavam cidadãos romanos (populus romanus). Os comícios eram convocados pelos magistrados para deliberar sobre texto de lei por eles proposto. Os segundos, plebiscita, forma anômala de fonte de direito, eram decisões da plebe, reunida sem os patrícios. Essas deliberações passaram a ser válidas para a comunidade toda desde que a lei Hortensia, em 286 a.C., assim determinou. Interessante observar que são pouquíssimas as leis romanas de real importância para o direito privado: não mais de 25. Conservou-se o nome de aproximadamente 800 leis nos 500 anos em que tais fontes produziram direito. (Marky, Thomas, Curso Elementar de Direito Romano, ed. Saraiva, 6ª ed., 1992). Força obrigatória. – Os plebiscitos aplicavam-se, no início, à plebe; mas a partir da lex Hortensia (286 a.C.), adquiriram a mesma eficácia que a lei. Os próprios textos passaram a designá-los com o termo lex (pl. leges). 15 • Éditos dos magistrados Decisões dos magistrados encarregados da jurisdição (pretores, edis, governadores das províncias), que se transformaram em regras do direito; – Éditos dos pretores deram origem, a partir da Lex aebutia de formulis, ao direito pretoriano, distinto do direito civil (leis e costumes); – Direito pretoriano preencheu as lacunas do direito civil e criou novas regras de direito; – por ordem de Adriano foi redigido o Édito Perpétuo (125-138 d.C.), uma compilação dos éditos anuais dos pretores. Os altos magistrados romanos, cônsules, censores, pretores, governadores de província, tinham o costume de publicar, no momento de sua eleição, as declarações (edicta), nas quais apresentavam os seus projetos. Eram geralmente escritos em letras negras sobre tábuas pintadas de branco (alba). Os títulos eram escritos em letras vermelhas (rubrae), daí a palavra rubrica. Dentre os edicta, os únicos que interessam às fontes do direito são os dos magistrados judiciários, investidos da função de dizer o direito (iurisdictio). Eram, em Roma, os editos dos pretores e dos edis curuis; nas províncias, os dos governadores e questores. O edito que teve o papel mais importante na formação do direito é o do pretor urbano, edictum urbanum. Constituições Imperiais No inicio, o Príncipe, como qualquer magistrado, não tinha o poder legislativo. A partir de Adriano (imperador entre 117 e 138 d.C.), o poder legislativo dos imperadores começa a desenvolver-se justamente quando o edito do pretor deixa de ser uma fonte viva do direito. Em breve, as constituições imperiais tornar- se-ão a mais importante fonte do direito. Diferentes espécies. – Podemos distinguir quatro tipos de constituições imperiais: os edicta, os mandata, os decreta e os rescripta. a) Os edicta são as disposições análogas aos editos dos magistrados. São também anunciadas pelo imperados quando assume seu cargo. 16 b) Os mandata são as instruções dirigidas pelo imperador aos seus funcionários e, particularmente, aos governadores de província, traçandolhes uma linha de conduta no exercício de sua magistratura. c) Os decreta são as decisões judiciárias dadas pelo imperador nos processos em que a ele se apelou ou que ele próprio avocou a si. Os decreta desempenharam importante papel na formação do direito porque os magistrados e os governadores de província conformavam-se em seus julgamentos à jurisprudência imperial. d) Os rescripta são as respostas dadas pelo imperador a um funcionário ou a um particular, sobre questões de direito que lhe são formuladas. A resposta era escrita seja no próprio requerimento do particular (quando levava o nome de subscriptio), seja em folha separada (a epistula) em resposta à pergunta feita por um funcionário. 3.3. LEI DAS XII TABUAS A Lei das Doze Tábuas foi um marco na história do Direito Romano, um “divisor de águas”, pois pela primeira vez as leis passaram a ser escritas, e o mais importante, passaram a valer também para os plebeus, da mesma forma que para os patrícios (estes, os cidadãos romanos, a quem até então o mundo do Direito era restrito). De acordo com relatos semilendários, preservados por Lívio, no início da República Romana as leis eram mantidas em segredo pelos pontífices e por outros representantes dos patrícios, sendo executadas com especial severidade contra os plebeus. Um plebeu chamado Terentílio (Gaius Terentilius) propôs em 462 a.C. a compilação e publicação de um código legal oficial, de modo que os plebeus pudessem conhecer a lei e não ser pegos de surpresa quando de sua execução. As Doze Tábuas foram então promulgadas, havendo sido literalmente inscritas em doze tabletes de madeira (carvalho) que foram afixados no Fórum romano, de modo que todos pudessem lê-las e conhecê-las. Elas não são uma compilação abrangente e sistemática de todo o direito da época (portanto, não formam códigos, na acepção moderna do termo). São, antes, uma série de 17 definições de diversos direitos privados e de procedimentos. Consideravam de conhecimento geral algumas instituições como a família e vários rituais para negócios formais. TÁBUA DÉCIMA SEGUNDA 1. ...Do penhor .... 2. Se alguém fizer consagrar uma coisa litigiosa, que pague o dobro do valor da coisa consagrada. 3. Se alguém obtiver de má fé a posse provisória de uma coisa, que o pretor, para pôr fim ao litígio, nomeie três árbitros, que estes condenem o possuidor de má fé a restituir o dobro dos frutos. 4. Se um escravo cometer um furto, ou causar algum dano, sabendo-o patrono, que seja obrigado esse patrono a entregar o escravo, como indenização, ao prejudicado. 3.4. O CORPUS IURIS CIVILIS (CORPO DE DIREITO CIVIL) O Corpus Juris Civilis (Corpo de Lei Civil) é uma obra fundamental da jurisprudência, publicada por ordem do imperador bizantino Justiniano I. O livro é composto por 4 partes: o Código de Justiniano, que continha toda a legislação romana revisada desde o século 2; o Digesto ou Pandectas, composto pela jurisprudência romana; os Institutos, os princípios fundamentais do direito, e as Novelas ou Autênticas, com leis formuladas por Justiniano. Justiniano (482 - 565) foi imperador romano do Oriente de 527 até sua morte. Assim que assumiu o poder, ordenou a compilação de leis que compõem o Corpus Juris Civilis. Esta obra organizou as leis que já existiam e formulou novas, que se tornaram a base do direito Civil moderno. Além de representar uma revolução jurídica, é também um documento importante sobre a vida no Império Romano. DO QUE TRATA O Corpus Juris Civilis (Corpo de Lei Civil) é uma obra fundamental da jurisprudência, publicada por ordem do imperador bizantino Justiniano I. O livro é 18 composto por 4 partes: o Código de Justiniano, que continha toda a legislação romana revisada desde século 2; o Digesto ou Pandectas, composto pela jurisprudência romana; Institutos, os princípios fundamentais do direito; e as Novelas ou Autênticas, com leis formuladas por Justiniano. QUEM ESCREVEU Justiniano (482-565) foi imperador romano do Oriente de 527 até sua morte. Assim que assumiu o poder, ordenou a compilação de leis que compõem o Corpus Juris Civilis. POR QUE MUDOU A HUMANIDADE Porque organizou as leis que já existiam e formulou novas, que se tornaram a base do Direito Civil moderno. Além de representar uma revolução jurídica, é também um documento importante sobre a vida no Império Romano. 3.5. INFLUENCIAS NO ORDENAMENTO JURIDICO ATUAL: Direito Civil, Direito De Família, Direito Sucessório, Posse e Propriedade No processo de internacionalização dos direitos humanitários, o Brasil aderiu a inúmeros tratados, dentre os quais se destaca a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que em seu artigo XVI garante aos homens e mulheres, sem distinção de raça, nacionalidade ou religião o direito de fundar uma família. A Constituição Federal de 1988, demonstrando nexo com a Declaração dos Direitos Humanos trouxe em seu artigo 226, caput, que a família é a base da sociedade cabendo ao Estado oferecer-lhe especial proteção. Observa-se que no texto da Carta Magna o legislador originário não se restringiu a garantir proteção estatal às famílias, mas também efetuou releituras ao novo conceito de família com o reconhecimento da união estável. Casais que conviviam sem a celebração do instituto do casamento passaram a adquirir o status de família, que em sentido lato sensu, abrange tanto as pessoas ligadas por vínculos de sangue quanto às unidas pela adoção ou afinidade (GONÇALVES, 2011). 19 Como é sabido, o sistema jurídico romano era caracterizada por uma pluralidade de fontes de produção, o que, interagindo uns com os outros, assegurou o dinamismo do sistema conjunto e ao mesmo tempo a sua flexibilidade em soluções dos casos individuais que surgiram a partir prática. Embora os magistrados da época tivessem cargos fundamentalmente políticos e pudessem ser pessoas não entendidas em direito, foi o conjunto de decisões e declarações dos magistrados o que produziu a tecnificação do direito romano. Portanto, consideremos que o direito privado romano foi a área que mais marcou a cultura jurídica ocidental, pois, tanto os conceitos jurídicos como os métodos de argumentação hoje utilizados por nós, tem como origem o direito romano. Nestes aspectos podemos concluir que embora muitos ainda desconheçam, o direito romano influenciou muito no, direito natural, direito das gente e estrangeiros e direito civil moderno, e até hoje ainda usufruímos destes direitos com a contribuição justiniana. Pode-se afirmar que a base e estrutura do Direito Civil Brasileiro, com suas perspectivas, modelos, classificações, métodos e conceitos são construções eminentemente romanas, trazidas pelas caravelas colonialistas. Embora, sendo de natureza fática do nosso cotidiano, muito dos institutos jurídicos que regulam nosso ordenamento jurídico foi fruto da contribuição de ilustres juristas romanos. Desta forma, a proposta deste trabalho é realizar um paralelo entre o direito clássico romano e o direito brasileiro atual, mostrando a enorme semelhança entre ambos. No ocidente, a ciência jurídica romana conheceu um renascimento a partir do século XII, quando passou a ser estudadas nas universidades europeias. Foi essa redescoberta, aliada ao fato de a escrita ter desaparecido durante a Idade Média, que fez o direito continental, advindo dai o fato de o nosso atual direito ser considerado dentro do aspecto dos direitos romanistas. Possuía uma organização bastante diferente da que conhecemos hoje. Família significava o grupo de pessoas submetidas ao poder do Pater Famílias, mas possuía outros significados, como patrimônio familiar ou valor econômico. O Casamento, diferente do cristianismo instituído pelo Cristianismo, os romanos tinham o seu matrimonio mais como relação social do que propriamente relação jurídica. O matrimonio romano tinha alguns efeitos, como o reconhecimento social da 20 mulher casada, os filhos poderem continuar a família paterna como descententes, o dever de fidelidade conjugal (apenas da mulher), além dos efeitos patrimoniais. Os antigos princípios do Direito de Família foram aniquilados, surgindo outros, dentro dessa proposta de constitucionalização, remodelando esse ramo jurídico. Em suma, deve-se reconhecer também a necessidade da constitucionalização do Direito de Família, pois "grande parte do Direito Civil está na Constituição, que acabou enlaçando os temas sociais juridicamente relevantes para garantir-lhes efetividade. A intervenção do Estado nas relações de direito privado permite o reivigoramento das instituições de direito civil e, diante do novo texto constitucional, forçoso ao intérprete redesenhar o tecido do Direito Civil à luz da nova Constituição". São regras atinentes á transmissão do patrimônio, o conjunto dos direitos transmissíveis por herança, de uma pessoa morta a uma ou mais pessoas vivas, seus herdeiros. Fazem parte do patrimônio as propriedades do de cujus, grande parte de seus créditos, seus outros direitos reais hereditários etc. Eis alguns dos legados deixados pelos romanos, que tanto contribuíram e contribuem para nosso ordenamento jurídico atual. O termo sucessão de forma genérica significa o ato jurídico pelo qual uma pessoa substitui outra em seus direitos e obrigações, podendo ser consequência tanto de uma relação entre pessoas vivas quanto da morte de alguém. O Direito, portanto, admite duas formas de sucessão: inter vivos e causa mortis. Não se pode confundir sucessão com herança. A primeira é o ato de alguém substituir outrem nos direitos e obrigações, em função da morte, ao passo que herança é o conjunto de direitos e obrigações que se transmitem, em virtude da morte, a uma pessoa ou várias pessoas, que sobreviveram ao falecido. 3.6. DIREITO PENAL ROMANO Em Roma, evolui-se as fases de vingança através da Lei do Talião e da Composição, e também da vingança divina na época da Realeza, separando-se direito de religião. A lei penal romana conheceu, no auge de seu desenvolvimento, três espécies de pena: corporais, infamantes e pecuniárias. No tempo do Império, a 21 pena de multa, era a mais freqüente quanto aos crimes comuns. Os delitos são divididos em crimina pública, ficava a cargo do Estado, representado pelo magistrado com poder de Imperium com a função de garantir a segurança pública, e delicta privata, que consistiam em infrações menos graves, onde a função de reprimir caberia ao particular ofendido, havendo a interferência estatal apenas para regular seu exercício. Os delicta pertenciam à esfera do Direito Privado, e a pena para esses delitos era, na maioria das vezes, pecuniária. Cria-se a crimina extraordinária, em meio a crimina pública e a delicta privata. A pena torna-se, em regra, pública. As sanções são mitigadas e a pena de morte é praticamente abolida, sendo substituída pela deportação e pelo exílio. O Direito Romano contribuiu para a evolução do Direito Penal, através da criação de princípios penais ao erro, culpa, dolo, imputabilidade, coação irresistível, agravantes, atenuantes, legítima defesa. Direito como consequência da noção coletiva e justiça A jurisdição, historicamente, foi concebida no pressuposto da ocorrência de litígio, isto é, de conflito entre interessados que disputam o mesmo bem da vida. Sem tal disputa, necessariamente individual, a atividade jurisdicional não era admitida. Entretanto, modernamente, a jurisdição assume dimensões muito mais amplas, e a sua tarefa de manter a paz social passa a compreender, também, os fenômenos coletivos, em que os interesses transcendem a esfera do indivíduo e, de maneira difusa, alcançam toda a comunidade ou grandes porções dela.1 Bens coletivos como o meio ambiente, patrimônios histórico e cultural, e as relações consumeristas tornaram-se objeto de tutela jurisdicional, surgindo um sistema de direito processual coletivo, cujo início ocorreu com a edição da lei da ação popular (lei 4.717/1965) seguida da lei da ação civil pública (lei 7.347/1985), Constituição Federal de 1988, que instituiu o mandado de segurança coletivo, do estatuto da criança e do adolescente (lei 8.069/1990), do Código de Defesa do Consumidor (lei 8.078/1990) e da lei que regula a ação de improbidade administrativa (lei 8.429/1992). 22 As ações coletivas visam à tutela da coletividade, categorias ou grupos de pessoas acima da proteção individual de cada um de seus componentes. O desenvolvimento dessa legislação, de acordo com Cândido Dinamarco, é um reflexo brasileiro de uma das ondas renovatórias que na segunda metade do século XX atingiram o Processo Civil de origem romano-germânica, tradicionalmente apegado a certas premissas individualistas, como a da legitimidade individual para demandar em juízo e da rigorosa limitação subjetiva da coisa julgada, que jamais poderia aproveitar nem prejudicar quem não houvesse sido parte no processo. Com base no modelo americano das class action, o legislador brasileiro percebeu que para alcançar uma tutela jurisdicional completa seria necessário criar institutos jurídicos novos e instrumentos processuais próprios de realização dos direitos coletivos advindos da sociedade moderna. A justiça como meta do Direito Grego A justiça e a lei surgiram com a civilização. E na Grécia antiga, o berço da Civilização Ocidental, acreditava-se que a lei havia sido dada aos homens por Zeus. Possivelmente o primeiro legislador grego foi Sólon (638 BC – 558), que é creditado pelos seus biógrafos Heródoto e Plutarco como sendo o criador ou o reformador do Aerópago (Aeropagus) uma espécie de concelho ou tribunal superior com inspetores e mantenedores da lei. Além de ter se esforçado para promover leis voltadas a coibir o declínio moral dos atenienses, Sólon escreveu poemas que serviram para inculcar o civismo e reforçar a identidade ateniense e grega. Para os filósofos gregos clássicos, a justiça era tanto um bem político quanto uma virtude individual. Na obra de Platão o tema da justiça aparece em dois diálogos – A República e Gorgias –, o primeiro entre Sócrates e Thrasymachus e o segundo entre Sócrates e Callicles. Embora os dois diálogos abordem o tema usando a situação das cidades-estado da antiga Grécia, eles trazem uma universalidade ao contrastar as visões dos expoentes do poder e dos expoentes do direito. No primeiro, a justiça é definida como sendo uma virtude, e no segundo, o debate gira em torno de qual a alternativa menos ruim, causar injustiça ou sofrer injustiça. Embora Sócrates tivesse sublinhado a justiça interior de cada ser humano, Platão 23 conduziu o argumento para a justiça externa ao indivíduo, ou seja, a justiça do Estado. Podemos notar que os filósofos gregos já separavam os dois tipos de justiça: a justiça política dispensada pelo Estado, e a justiça natural, aquela que se presume que cada indivíduo tenha, considerada uma virtude que se revela nos hábitos de conduta de cada indivíduo. Na visão de Sócrates é preciso que a sociedade seja harmoniosa mas para isso é preciso que os seus cidadãos se encontrem no lugar certo, fazendo e dando o melhor que podem. Platão concordou com seu mestre sobre a importância da sociedade ser harmoniosa, mas para ele a condição maior é a boa administração. Desenvolvimento da democracia Nas monarquias constitucionais típicas, como no caso da Grã-Bretanha, Espanha e Noruega, são eleitos apenas os parlamentares, que, por sua vez, escolhem o primeiro-ministro, a quem cabe formar um gabinete. Embora seja costume utilizá-los indistintamente, os termos "democracia" e "república" não são sinônimos. A democracia pressupõe a participação popular na nomeação dos governantes, algo que nem sempre ocorre com as repúblicas, muitas delas ditatoriais ou submetidas a um regime de partido único. O governo do povo teve um importante papel nas democracias da era pré- cristã. Diferentemente das democracias atuais, as democracias das cidades-Estados da Grécia clássica e da República romana eram democracias diretas, onde todos os cidadãos tinham voz e voto em seus respectivos órgãos representativos. Não se conhecia o governo representativo, desnecessário devido às pequenas dimensões das cidades-Estados, que dificilmente tinham mais de 10 mil habitantes. A democracia das primeiras nações europeias não pressupunha a igualdade de todos os indivíduos, já que a maior parte do povo, constituída por escravos e mulheres, não tinha reconhecidos seus direitos políticos. Atenas, a maior das cidades-Estados gregas regidas por um sistema democrático, restringia o direito de voto aos cidadãos nascidos na cidade. 24 Relevância do Direito Romano ate os dias atuais É de suma importância o conhecimento do Direito Romano nos dias atuais, haja vista, a influência que exerce em nossas vidas. Percebe-se que o homem não nasceu para viver só. E quando no seio da sociedade, para que houvesse um equilíbrio nas interações, se fez necessário o Direito. Percebe-se a importância do estudo do legado do direito romano ao direito civil moderno, sendo assim, o presente estudo consiste em primeiramente entender os principais aspectos do direito romano em si, e em seguida observar o que ainda será considerado no direito civil moderno, para que assim o fundamento possa ser compreendido. O direito romano tem como principal característica a pluralidade, também podemos considerar que é um direito parcialmente não estatal, formalista e tecnificado. Também chamado de direito quiritário (já que quiris é o antigo nome do cidadão romano) ou de ius civile indicando que seria o direito da cidade. Segundo Capella (2002) o direito romano teve grande importância na constituição do direito quando permitiu que uma parte de seu conteúdo fosse elaborada por acordo entre particulares, adaptando-se às necessidades econômicas. Ainda conforme afirma Capella (2002), embora os magistrados da época tivessem cargos fundamentalmente políticos e pudessem ser pessoas não entendidas em direito, foi o conjunto de decisões e declarações dos magistrados o que produziu a tecnificação do direito romano. 25 4. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES, A Política. acesso em 18 de abril de 2015. BLOCH, Marc, Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar. 2001. Disponível em: < http://www.webartigos.com/artigos/grecia-e-roma- dois-mundos/32858/#ixzz3XzYAO88j> CALDAS, Alberto Lins. A criação da história. In. Primeira Versão. ano V, nº 180 - fevereiro - Porto Velho, 2005. CARNEIRO, Neri P. Estudar História in: www.webartigosos.com, publicado em: 7/04/2008. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/grecia-e-roma-dois- mundos/32858/#ixzz3XzYAO88j> CARNEIRO, Neri P. Porque A Filosofia Nasceu Na Gréciain: www.webartigosos.com, publicado 2/04/2008. Disponível em:< http://www.webartigos.com/artigos/grecia-e-roma-dois- mundos/32858/#ixzz3XzYAO88j> NOME ORIGINAL_Corpus Juris Civilis (antiga Constantinopla - atual Istambul, Turquia) EM INGLÊS_ Ams Pr; 1988. Disponível em: http://super.abril.com.br/cotidiano/corpus-juris-civilis-direito-romano-445936.shtml Solon of Athens, Ron Owens, Sussex Academic Press, Canadá, 2010. Disponivel em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/confira-vida-solon-pai- democracia-grega-706665.shtml TRABULSI, José Antonio Dabdab. Ensaio sobre a mobilização política na Grécia Antiga, Editora UFMG: Belo Horizonte, 2001.
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