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DIREITO NATURAL E POSITIVO

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DIREITO NATURAL
DIREITO POSITIVO
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DIREITO NATURAL
Trata-se de um sistema de normas que independe do direito positivo, ou seja, independe das variações do ordenamento da vida social que se originam no Estado. 
Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de Deus ou a racionalidade dos seres humanos.
É o pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do princípio de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. 
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Conjunto de princípios inerentes ao ser humano, tais como a liberdade, a vida, a honra, e que servem SEMPRE de fundamento ao direito positivo.
Os defensores do direito natural argumentam sua superioridade ao Direito Positivo, posto que, seria absoluto e universal, justamente por corresponder à natureza humana.
Afirmam também que este não é constituído de normas/preceitos, mas sim por princípios fundamentais que devem nortear o Direito Positivo.
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Suas principais características:
Universalidade
Imutabilidade
Conhecimento através da própria razão do homem
	Obs.: Durante muito tempo o pensamento jusnaturalista esteve mergulhado na Religião e concebido como de origem divina. Assim, aceito, o Direito Natural seria uma revelação feita por Deus aos homens.
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EVOLUÇÃO DO DIREITO NATURAL
Para os sofistas, o direito natural tinha como base a natureza humana, em que deveriam se enfatizar a liberdade e a igualdade dos homens. 
Para Santo Tomás de Aquino:
A lei eterna, razão divina que rege o universo; 
A lei natural, reflexo da lei eterna. O homem conhece por meio da razão; 
A lei humana, criação do homem. Instrumento para ordenar a convivência. 
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Com o protestantismo inicia-se a decadência do direito natural. 
Durante muito tempo o direito natural restou esquecido, superado pelo pensamento jurídico dominante do séc. XIX. 
O positivismo se impôs tão fortemente que quase decretou o desaparecimento da doutrina do direito natural.
 Há, no entanto, um reflorescimento contemporâneo do direito natural. 
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A crítica mais difícil de ser questionada situa-se exatamente na afirmação de que o direito positivo é verdadeiramente um direito, um conjunto de normas, enquanto o direito natural é um conjunto de ideais de justiça que não podem ser aplicados como lei. 
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Hugo Grócio, jurisconsulto holandês considerado “o pai do Direito Natural” – promoveu a laicização desse Direito.
 “O Direito Natural existiria mesmo que Deus não existisse ou que, existindo, não cuidasse dos assuntos humanos”. 
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O ordenamento positivo, para ter legitimidade, deve-se conformar com o direito natural.
 É essencial que a lei tenha validade intrínseca, isto é, que possa ser admitida eticamente pela sociedade.
 O direito natural cumpre o importante papel de orientar e ilustrar o caminho do direito positivo. 
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Os princípios e as declarações dos direitos do homem trazidos pela ONU são exemplos de positivação do jusnaturalismo em nível universal. 
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Direito positivo é aquele posto, positivado, pelo Estado, formado por um conjunto de normas elaboradas por uma sociedade.
O positivismo coloca-se, como regra geral, no lado oposto do jusnaturalismo. 
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É o direito vigente, garantido por sanções coercitivamente aplicadas pelo Estado (Gusmão)
É ordem jurídica obrigatória em determinado lugar e tempo (Nader)
Conjunto de normas jurídicas escritas vigentes em um determinado território e, também internacionalmente, na relação entre os Estados (Venosa). 
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Com a crise do Direito Natural, no século XIX, inicia-se o surgimento da Escola do Direito Positivo, surgindo assim o pensamento positivista.
Dentro da escola do direito positivo, pode-se dividir o POSITIVISMO SOCIOLÓGICO E O POSITIVISMO JURÍDICO.
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POSITIVISMO SOCIOLÓGICO:
Defensores: Durkheim, Tobias Barreto, Sílvio Romero, Clóvis Bevilacqua. 
Defendem que: aqueles direitos considerados naturais, são na verdade, direitos concedidos por consciência coletiva.  
POSITIVISMO JURÍDICO:
Tem a missão de afastar o Direito Natural como fundamento para o Direito Positivo.
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Foram três: 
O direito não tem fundamento na moral e sim na força coercitiva do direito. 
A base do direito positivo está no poder soberano do Estado, sendo a única fonte do Direito. 
A base de um ordenamento jurídico está na organização lógica, técnica, jurídica e hierárquica das normas.
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Objetiva atingir os fins de justiça, mas quantas vezes se fica longe dos fins e dos ideias de justiça. 
“Há leis que são contrárias ao bem comum, que são injustas, que não realizam verdadeiramente um fim de paz social.”
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Esse mesmo positivismo permitiu o período do Estado cruel do nazismo, assim como o ferrenho comunismo da extinta União Soviética. 
A letra fria da lei é uma lança para o bem ou para o mal. 
“Ao aceitarem a legislação dessas ditaduras totalitárias, quer fascistas, quer comunistas, como formas de direito, os positivistas se perderam. Proclamar que uma lei é uma norma, só porque Hitler o quis, viola o mais elementar senso de Direito.” (Friedrich, 1965)
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Mais recentemente, tem-se observado que muitos seguidores do positivismo reconhecem a existência de valores superiores ao direito positivo. 
É um movimento que envolve pensadores do século XX, o qual acarretou um reflorescimento do Direito Natural e, da corrente de pensamento jusnaturalista. 
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A tendência contemporânea é considerar o direito natural como um conjunto de princípios, e não propriamente como um direito normativo. 
Sua função atual é traçar as linhas mestras para conduzir o homem em sociedade, sempre sob o aspecto da dignidade. 
Nesse sentido, o novo positivismo procura entender valores, ainda que não os reconheça como integrantes do fundamento do Direito. 
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Para que as leis e os códigos atinjam a realização da justiça – causa final do Direito – é indispensável que se apoiem nos princípios do Direito Natural. 
O divórcio entre o Direito Positivo e o Natural gera as chamadas leis injustas.

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