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RESUMO DA DISCIPLINA PRÁTICA SIMULADA I

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RESUMO DA DISCIPLINA PRÁTICA I
 
MATÉRIAS PRATICADAS EM SALA DE AULA
PETIÇÃO INICIAL: é pressuposto de existência e validade
Existência – o autor provoca a tutela jurisdicional
Validade - se for considerada apta ela possibilita o desenvolvimento do processo de forma válida
Artigo 312 CPC – Da propositura da ação: somente após ser protocolada a demanda é considerada proposta.
É neste momento que surge para o autor os efeitos da litispendência, quanto ao réu somente após a citação.
A Petição Inicial é um projeto de sentença – traça os limites (nem mais nem menos, o juiz só pode dar o que foi pedido).
A petição inicial é a peça escrita na qual o autor do conflito pede a tutela jurisdicional ao Estado Juiz, para que este decida o caso concreto.
Também é o instrumento de demanda
Tem como objetivos: Instaurar o processo, identificar a demanda e trazer os elementos identificadores da ação:
a) partes;
b) causa de pedir e 
c) pedido
OBS: Elementos importantes para evitar a repetição de uma ação de acordo com o Artigo 337§§ 1º e 2º do CPC
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção; Perempção é quando há o abandono da causa pelo autor por mais de 30 dias ocasiona a extinção do processo sem julgamento do mérito.
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Requisitos processuais: 
1) Forma escrita com data e assinatura
Reduzida a termo, assinada por advogado, pois é ele que tem a capacidade postulatória. (Defensor/MP)
Exceções: Lei 9099/95 - 20 salários min.
Procedimentos especiais – Juizados Especiais (não há necessidade de advogado, a parte pode apresentar o pedido e neste caso quem reduz a termo é o serventuário da justiça).
Na regra geral escrita, datada e assinada.
2) Indicar o juízo a que é dirigida – O autor delimitará a competência do órgão jurisdicional.
3) Art. 319 CPC – qualificação das partes (individualiza a ação)
4) Apresentar os fatos e fundamentos jurídicos do pedido - Os fatos devem ser apresentados de forma clara, lógica e cronológica.
O juiz vai conhecer os fatos a partir da Petição Inicial.
Analisar os fatos a luz do ordenamento jurídico e apresentar o direito do cliente.
5) o pedido com as suas especificações – Dizer o que ele quer e quanto ele quer. 
Relação de lógica entre fatos e fundamentos apresentados pelo autor – apresenta os fatos, apresenta os fundamentos e consequência pede a tutela jurisdicional.
6) o valor da causa – o quanto vale este pedido, serve para delimitar o valor das custas processuais, honorários.
7) as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados – O autor deve indicar ao juiz como ele vai provar o que alegou em relação ao réu.
8) Exigência do autor indicar se tem ou não interesse na audiência de conciliação/mediação – essa novidade do novo CPC que vem com a temática para os meios alternativos de composição de conflitos. Estímulo do Legislador.
Art. 319 - Caso não disponha das informações – o autor poderá pedir ao juiz que diligencie para obter as informações do réu.
A petição Inicial deve ser acompanhada dos documentos indispensáveis para sua propositura – Doc´s pessoais, comprovante de endereço, contrato (objeto da lide), certidão de casamento e fundamental a procuração da parte para o advogado. 
Art. 319. A petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida;
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – o pedido com as suas especificações;
V – o valor da causa;
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Há duas alterações significativas nos incisos do art. 319 do Novo CPC, vejamos:
Art. 319, II – a qualificação agora exige expressamente que o autor afirme se há união estável, além de ser exigido o endereço eletrônico;
Art. 319, VI – Atualmente, a audiência prévia de conciliação ou mediação é obrigatória e uma das poucas hipóteses em que pode ser afastada é justamente quando as partes (ambas) afirmam que não tem interesse na autocomposição. A opção do autor, assim, não afasta a audiência, apenas dá ao réu a opção de também manifestar-se neste sentido. 
Quanto à forma da petição Inicial:
A petição deverá ser:
Concisa
Linguagem clara
Redigida em português
Sem rasuras
Obs:
1 - os termos em latim são consagrados quanto a utilização
2 – Utilizar bom vocabulário (“entre duas palavras simples, escolha a mais curta”) Paul Valery
3 – Se o magistrado não entender o que se pleiteia, poderá ocorrer a extinção do processo.
O art. 319, §1º dispõe que “Caso não disponha das informações previstas no inciso II (qualificação), poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção“.
Assim, por exemplo, o autor poderá requerer justificadamente o acesso a bancos de dados públicos para a busca do endereço do réu. Obviamente, a diligência deverá ser justificada e não pode ser utilizada de forma indiscriminada.
A qualificação não essencial para a citação do réu poderá ser convalidada, ou seja, o juiz não deve prender-se meramente aos requisitos formais, se o objetivo do processo puder ser conseguido sem parte da qualificação das partes.
Além disso, o art. 319 do novo CPC prevê, ainda, que a integralidade dos dados requeridos no seu inciso II pode ser dispensada se “se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça“
Emenda da petição inicial 
Se o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 (documentos essenciais), ou que “apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito“, deverá intimar o autor, para que no prazo de 15 dias emende a inicial ou a complete, sob pena de indeferimento, conforme o artigo 321.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citaçãodo réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320.  A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Lembrando que, nos termos do art. 219 do CPC, os prazos serão contados em dias úteis.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Peculiaridades do pedido inicial
O art. 322 do novo CPC tem a seguinte redação:
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios (pedido principal inclui acessórios).
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
As obrigações em prestações sucessivas serão automaticamente incluídas na condenação, independente de declaração expressa do autor, salvo se já estiverem pagas ou consignadas (art. 323 do novo CPC).
Conforme o art. 334, se o juiz acolher o pedido inicial (requisitos básicos e não for caso de improcedência sumária), será designada audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
A audiência obrigatória de conciliação ou mediação pode ser cindida (separada).
Indeferimento da petição inicial
Segundo o Novo CPC, a petição inicial será indeferida quando (art. 330):
I – for inepta; (não apta a produzir efeitos juridicos, por vícios tornam confusa, contraditória, absurda, incoerente; ou por lhe faltarem os requisitos exigidos pela lei)
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas às prescrições dos arts. 106 e 321.
O § 1o do art. 330 do Novo CPC, deve ser reconhecida a inépcia da petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Petição inicial inepta é a que é considerada não apta a produzir efeitos juridicos, por vícios que a tornam confusa, contraditória, absurda, incoerente; ou por lhe faltarem os requisitos exigidos pela lei, nao se apoiar em direito expresso ou por não se aplicar à espécie o fundamento invocado. A inépcia enseja a preclusão e proíbe-se de levar adiante a ação.
Preclusão no direito processual é a perda do direito de agir nos autos em face da perda da oportunidade, conferida por certo prazo.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 106.  Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
§ 2o Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320.  A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiênciaserá feita na pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
Recurso contra o indeferimento da petição inicial
Se houver o indeferimento da petição inicial, o autor poderá recorrer através do recurso de apelação, sendo possível:
O recurso de apelação contra o indeferimento da petição inicial possui efeito regressivo, ou seja, é facultada a retratação, que no novo CPC deve ocorrer no prazo de 5 dias.
Se não houver a retratação, o juiz intimará o réu para contrarrazões normalmente. 
PETIÇÃO INICIAL - formatação
Configuração de página: 
Papel A4, margem superior esquerda de 3,0 cm, margem inferior e direita de 3,0 cm; 
Fonte, no mínimo 12;
Espaço ente linhas 1,5;
Recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
Formatação de parágrafos: espaço entre linhas de 1,5. Início do parágrafo (primeira linha) de 2,0 cm. Em espaço entre parágrafos.
Endereçamento: texto em caixa alta (maiúsculo) e em negrito, utilizando-se de alinhamento justificado.
Nome da ação: texto em caixa alta e em negrito, alinhado a esquerda.
Nome do autor, do representante legal e do réu todos em caixa alta e em negrito.
Na primeira página da petição, colocar apenas o cabeçalho da ação.
Citações com recuo de 4 cm, fonte 12 e espaço simples entre linhas.
Padronizar terminologia: requerente/ requerido; autor/ réu; demandante/ demandado, etc. Ao escolher uma terminologia, deve permanecer com a mesma até o fim da petição.
MODELO DA PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO... (observar art. 319, I, do CPC e Código de Organização e Divisão Judiciária do seu Estado)
 
 
 
 
 
 
 
 
(NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, domicílio, residente (endereço completo / respeitar esta ordem de qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), para fins doartigo 77, inc. V,do CPC, vem a este juízo, propor
 
AÇÃO _______,
 
pelo procedimento comum ou especial, em face de (NOME COMPELTO DA PARTE RÉ), nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio, residente (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
 
I - PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER)
II - GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER)
III- DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃODA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (VI - TUTELA PROVISÓRIA (URGENCIA /EVIDENCIA) (QUANDO COUBER) 
VII - DO PEDIDO Diante do exposto, o autor requer esse juízo:
A - Prioridade na tramitação (QUANDO COUBER) B- Gratuidade de justiça (QUANDO COUBER) C- Concessão/Deferimento da Tutela provisória (urgência/evidencia), (QUANDO COUBER) D- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento; (QUANDO COUBER) E- Citação do réu para integrar a relação processual F- Que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato) e (pedido mediato); G- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários advocatícios.
 (# o professor deverá lembrar o aluno que o ato de intimação e o ato da citação do réu será elaborado no mesmo mandado .)
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
 
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$... (valor expresso em reais).
 
Pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
O processo de conhecimento
O processo de conhecimento é a fase em que ocorre toda a produção de provas, a oitiva das partes e testemunhas, dando conhecimento dos fatos ao juiz responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso concreto, com o proferimento da sentença. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Fundamentação: Livro I do Código de Processo Civil
O processo de conhecimento é o mais aplicado por ser considerado o procedimento padrão e pode ser aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução (vide art. 318, parágrafo único do CPC/2015).
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 318.  Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único.  O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Sequência lógica prevista pela lei processual para o procedimento comum
1º petição inicial
2º Audiência de Conciliação ou Mediação
3º Contestação (com preliminares e mérito)
4º Réplica
5º Saneamento
6º AIJ – Audiência de Instrução e Julgamento
7º Sentença
Curiosidades
Ação: você propõe, promove, move ou ajuíza;
 Mandado de Segurança, mandado de injunção, habeas corpus ou habeas data você impetra;
Embargos: você opõe;
 Recurso: você interpõe.
OBS:
1 – COMPETÊNCIA - está elencada nos artigos 42 e seguintes do CPC, no artigo 43 faz menção ao momento da distribuição da petição inicial que determina a competência, entretanto devemos observar as normas contidas no CPC e o Código de organização judiciária de cada estado.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Art. 45.  Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações,ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Art. 53.  É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Atenção para quando o réu for incapaz – art. 50 será proposta no domicílio do seu representante legal (ART. 71 – PAIS, TUTOR OU CURADOR). 
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 71.  O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
2.2 Rito COMUM OU ESPECIAL - (artigo 318 do CPC) “APLICA-SE A TODAS AS CAUSAS O PROCEDIMENTO COMUM, SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO OU DE LEI. 
2. 3 qualificação do réu
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 318.  Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único.  O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
3 – INDICAÇÃO ADVOGADO artigo 77 V
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil.
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
caso concreto 1
Descrição Caso Concreto: 
No dia 20/12/2016, Joana, brasileira, solteira, técnica em contabilidade, moradora de Itabuna/BA, recebeu notícia que seu filho Marcos, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio XXX.
No mesmo dia Joana procurou um advogado criminalista para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários. 
Joana ao chegar em casa comentou com Joaquim, seu vizinho, que não tinha o valor cobrado pelo advogado e que estava desesperada. Joaquim vendo a necessidade de Joana de obter dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial, propôs a Joana comprar seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o carro o preço de mercado no calor de R$ 50.000,00. 
Diante da situação que se encontrava, Joana resolveu celebrar o negócio jurídico.
No dia seguinte ao negócio jurídico realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista Joana descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho através de um Habeas Corpus.
Diante destes novos fatos Joana fala com Joaquim para desfazerem o negócio, entretanto, Joaquim informa que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado.
Elabore a peça processual cabível.
Algumasobservações para elabora da petição inicial: 
DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO.
1 - COMPETÊNCIA – COMARCA DE ITABUNA – BA.
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______  VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA-BA.
 
Obs: A competência está elencada nos artigos 42 e seguintes do CPC, no artigo 43 faz menção ao momento da distribuição da petição inicial que determina a competência, entretanto devemos observar as normas contidas no CPC e o Código de organização judiciária de cada estado.
No caso em tela a competência é do foro do domicílio do Réu, uma vez que envolve direito pessoal. 
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
à ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, 
fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
 
2 – Qualificação da parte Autora: Artigo 319, I do CPC
 
		JOANA DE TAL , brasileira, solteira, técnico em contabilidade, com identidade n XXXXX, inscrita no CPF sob o n XXX, com endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliada na Rua  XXXXXX, vem, por seu advogado, infra-assinado XXX com escritório na Rua XXXXXX (Art 77, V) do CPC, para fins de intimação/publicação, propor a presente ação :
NOME DA AÇÃO: ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Obs. Determinação da OAB.
2.2 Rito e qualificação do réu
Pelo rito comum (artigo 318 do CPC) em face de JOAQUIM DE TAL , brasileiro, com CPF n. XXXX, com endereço eletrônico XXXX, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos:
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil
Art. 318.  Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único.  O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
3 – DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO 
Quando couber com fulcro na Lei 10.173/01 em seu artigo 70 e no artigo 1048, I do CPC que informa a prioridade de tramitação para pessoas acima de 60 anos. A prioridade de tramitação para todos os atos processuais e cartorários.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil 
Art. 1.048.  Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
II - regulados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
4 – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Quando couber com fulcro nos artigos 98 e seguintes do CPC e na Lei 1060/50.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil 
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 4o A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.
§ 8o Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.
5 – DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO.
 
OBS : elencado no artigo 319, IV do CPC, é requerido obrigatório a manifestação da pretensão, seja ela positiva ou negativa. Frisa-se que a não manifestação poderá caracterizar ato atentatório a dignidade da justiça e litigância de má-fé, artigo 77, parágrafo 2 do CPC, multa de até 20% do valor da causa.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
IV - o pedido com as suas especificações6 – DOS FATOS – narrativa lógica o caso concreto.
Relatar os acontecimentos: (contar tudo que aconteceu)
Exposição dos fatos ocorridos
Linguagem clara 
Cronologia dos fatos
7 – DOS FUNDAMENTOS 
 
No caso temos o vício do negócio jurídico denominado LESÃO 
A doutrina (Segundo Silvio Venosa) fundamenta a lesão como: “É o negócio defeituoso em que uma das partes, abusando da inexperiência ou da premente necessidade da outra, obtém vantagem manifestamente desproporcional ao proveito resultante da prestação, ou exageradamente exorbitante dentro da normalidade”. 
Ressalte-se ainda que a lesão justifica como a forma de proteção ao contratante que se encontra em estado de inferioridade. Frisa-se ainda que este agente perde a noção do justo e do real,  e a sua vontade é conduzida a praticar atos que constituem verdadeiros disparantes do ponto de vista econômico, ou seja, A VONTADE ESTÁ VICIADA.
O presente feito encontra amparo legal no artigo 157 parágrafo 1º e 2º do código civil;
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. – Código Civil
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Cabe ressaltar também a Lei 1.521 de 26/12/51 que tipifica os crimes contra economia popular também define em seu art. 4º: “Obter ou estipular, em qualquer contrato, abusando da premente necessidade, inexperiência ou leviandade de outra parte, lucro patrimonial que exceda ao quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida”.
OBS : O Prazo prescricional para ações de anulação de negócio jurídico é de 04 anos – Art, 178, II, do C.C.
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. – Código Civil
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
DA JUSRISPRUDÊNCIA : 
8 – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA OU EVIDÊNCIA – quando couber – Art. 294 a 311 do CPC.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil
DA TUTELA PROVISÓRIA
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 297.  O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Art. 298.  Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Art. 299.  A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único.  Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301.  A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Art. 302.  Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único.  A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Art. 304.  A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutelaantecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307.  Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único.  Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
9 – DO PEDIDO:
Prioridade de tramitação (quando couber)
Gratuidade de Justiça (quando couber)
Deferimento da Tutela Provisória (quando couber)
Designação de Audiência de Mediação/Conciliação e intimação do Réu para seu comparecimento.
Citação do Réu para integrar o polo processual e querendo conteste o feito sob pena de revelia e confissão
Seja julgado procedente o pedido do autor para anular o negócio jurídico celebrado com a entrega do bem XXX
Seja julgado procedente o pedido para a condenação do Réu nas custas e honorários advocatícios.
10 – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 do CPC em especial, prova documental, prova pericial, testemunhal e depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão. 
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – Código de Processo Civil
Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
11 – DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se pá causa o valor de R$ XXXX valor do contrato artigo 292 CPC (deverá ser colocado também por extenso).
Objeto de anulação: 
Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00. art. 292, II do CPC (Valor do contrato de compra e venda a ser anulado)
Local e data.
Advogado / OAB/UF
Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
OBS:
VALOR DA CAUSA NO PROCEDIMENTO ESPECIAL:
LEI 9099/99 – ATÉ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS (ESTADUAL)
LEI 10259/01 – ATÉ 60 SALÁRIOS MÍNIMOS (FEDERAL) 
LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995. Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
LEI No 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001. - Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal.
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.
OBS: Defeitos dos negócios jurídicos em face do Código Civil de 2002
a) Erro ou ignorância
b) Dolo
c) Coação
d) Fraude contra credores
e) Lesão
f) Estado de perigo
A vontade viciada sempre acarreta o negócio anulável. O vício de consentimento impede que a vontade seja livre, espontânea e de boa fé, o que fatalmente prejudica a validade do negócio jurídico. Para a vontade ser jurígena (gerar os efeitos jurídicos desejados) é imprescindível que seja livremente manifestada, de forma espontânea e de boa fé.
	Negócios Nulos
	Negóciosanuláveis
	É violado o interesse público. Existe um vício insanável na medida em que são violadas exigências que a lei entende essenciais. A nulidade é absoluta. Não é suscetível de confirmação, não convalesce pelo decurso do tempo. Pode ser conhecida de ofício. 
	É violado o interesse privado. A nulidade é relativa, admitindo confirmação (ratificação ou saneamento do negócio – em suma, admite a correção do vício). Existe a produção de efeitos até a declaração de invalidade. O juiz não pode conhecer de ofício. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA/BAHIA.
JOANA DA CUNHA E SILVA, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portadora do RG nº ...., inscrita no CPF sob número ...., endereço eletrônico ....@..., residente e domiciliando em ...., Itabuna/Bahia, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional Avenida Armando Lombardi, número 511, sala 1171 para fins do art. 77, inc. V, do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor pelo RITO COMUM:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
Em face de JOAQUIM DA SILVA, estado civil Solteiro, profissão motorista portadora do RG nº ...., inscrita no CPF sob número ...., endereço eletrônico ....@..., residente e domiciliando em ...., Itabuna/Bahia, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
AUDIÊNCIA DE conciliação
Declara a autora, para fins do art. 319, VII, CPC, que OPTA pela realização de audiência de MEDIAÇÃO.
I – DOS FATOS
No dia 20/12/2016, a autora recebeu a notícia que seu filho Marcos, de 18 anos de idade, encontrava-se preso, sendo conduzido sem fundamento legal, para o presídio XXX. De imediato, naquele mesmo dia, a Autora procurou um advogado criminalista para analisar a possível defesa do filho inocente, tendo esse lhe cobrado R$20.000,00 (Vinte mil reais) em honorários advocatícios.
Ao chegar em casa desorientada, a autora comentou com o réu, seu vizinho, que não possuía naquele momento a quantia necessária para arcar com o valor cobrado pelo advogado, e que estava desesperada com tal situação. O réu aproveitando-se da necessidade da autora, dolosamente, com intuito de obter ilícita vantagem patrimonial, propôs a autora comprar seu carro pelo valor de 20.000,00 (Vinte mil reais), sendo que o valor de mercado do automóvel, à época, era de 50.000,00 (Cinquenta mil reais). Diante da grave situação que se encontrava, a autora aceitou celebrar o negócio jurídico.
Um dia após a celebração do negócio jurídico, e antes que a autora entregasse o valor de R$20.000,00 (Vinte mil reais) ao advogado, recebeu a notícia que a avó paterna de seu filho, já havia contratado advogado para que atuasse na causa, tendo o mesmo impetrado HABEAS CORPUS, obtendo êxito na libertação de seu filho.
Diante desses fatos, a autora procurou o réu para que pudessem desfazer o negócio jurídico celebrado, entretanto, obteve como resposta a negativa do réu.
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Da análise dos fatos, nota-se absolutamente que as atitudes do réu, tornaram defeituoso o negócio jurídico celebrado com a autora, uma vez que, de forma dolosa, induziu a autora a erro ferindo o disposto no ARTIGO 145 do CC/02, agindo ilicitamente, contrariando ainda, o ARTIGO 157 do CC, vez que se valeu da condição de iminente desespero que a autora se encontrava, fazendo com que ela vende-se seu automóvel por um valor inferior ao preço praticado no mercado.
Assim, exponho que o negócio jurídico se formou contaminado, ocorrendo vícios de consentimento e lesão tanto patrimonial, devendo ser aplicado ao caso o Artigo 171 II do código civil:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:(...)
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Com esse prejuízo transmitido, neste sentido, podemos definir lesão como o desequilíbrio das prestações e contraprestações de um contrato comutativo, de modo que resulte, se executado, em uma onerosidade desproporcional para uma das partes em proveito da outra. (Izner Hanna Garcia; 2014)
A ocorrência do vício desvirtua a natureza do instituto contratual, tornando excessivamente onerosa a obrigação sinalagmática, e rompendo o liame subjetivo necessário para que, neste caso, haja a continuidade do negócio jurídico, sendo imprescindível pelo exposto, haver a anulação do negócio celebrado.
A jurisprudência se posiciona que é responsabilidade do dono de quem manuseia o objeto é responsável pelos atos por ele praticado:
	1ª Decisão encontrada na pesquisa de um total de 12
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	0061741-29.2006.8.19.0001 - APELAÇÃO
	1ª Ementa
	Des(a). MARIO ASSIS GONÇALVES - Julgamento: 27/09/2017 - TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
	
	Apelação cível. Requerimento de resolução contratual. Promessa de compra e venda de imóvel. Descabimento. Um dos corolários da boa-fé é o denominado "venire contra factum proprium" que veda o comportamento contraditório, ou seja, visa impedir que um dos contratantes, após se comportar de determinada maneira durante certo lapso temporal criando legítima expectativa de que esse comportamento será mantido, modifique sua conduta de forma abrupta, quebrando a confiança anteriormente gerada e causando prejuízos à parte contrária. No caso em análise, as partes firmaram contrato de promessa de compra e venda de dois imóveis localizados na Barra da Tijuca em janeiro de 2001, sendo a chave entregue e estando o promitente comprador na posse dos bens desde a concessão do "habite-se", ou seja, agosto do mesmo ano. Pretende, agora, a desconstituição do negócio jurídico. Não se mostra razoável a rescisão do contrato neste momento. O espólio autor foi devidamente imitido na posse do bem, dele usufruindo desde 2001, ou seja, por quase 17 (dezessete) anos. Como ressaltado pelo juízo não há prova de que o autor tenha realizado cobrança ou interpelação extrajudicial ao subscritor do contrato para lavratura da escritura. De fato, não houve notificação ou tentativa de compelir os réus a regularizarem a situação cadastral do imóvel judicialmente. Vê-se, portanto, que o recorrente não se desincumbiu do ônus que lhe era atribuído por lei. O comportamento do apelante criou nos réus a justa expectativa de que o negócio estava consolidado, restando a confiança frustrada pelo requerimento de anulação do negócio com devolução dos valores pagos no ano de 2001. De fato, viola a razoabilidade permitir que alguém se beneficie de negóciojurídico enquanto este lhe convém e requeira a declaração de sua nulidade quando este não mais for conveniente. Tal conduta afronta a boa-fé objetiva e a segurança jurídica e configura comportamento contraditório. Ademais, a anulação de ato ou negócio jurídico depende da comprovação de defeito resultante da incapacidade relativa do agente, de erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo ou fraude contra credores e o conjunto probatório carreado aos autos não evidencia a ocorrência de qualquer dos defeitos apontados. Por fim, poderá o apelante requerer, em ação própria, a regularização dos imóveis objeto da lide, não sendo a anulação do contrato de promessa de compra e venda a solução mais adequada ao caso concreto. Recurso ao qual se nega provimento.
A doutrina argumenta na direção, exposto pelo escritor Silvio de Salvo VENOSA:
O dolo surge no mesmo momento do negócio jurídico e tem como objetivo enganar o próximo. Ainda de acordo com o mesmo autor, “a fraude geralmente visa à execução do negócio, enquanto o dolo visa à sua própria conclusão”. (2008, p. 394)
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pede e requer a autora a V.EXA:
A procedência do pedido para anular o negócio jurídico celebrado pelas partes.;
Ou a condenação do réu ao pagamento do valor de mercado do automóvel, por meio da complementação de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais);
Designação de audiência de conciliação, e citação do réu por meio de AR, ou oficialde justiça para comparecer à audiência;
Condenação do réu ao pagamento de danos morais;
Condenação do réu ao pagamento dos ônus de sucumbência;
IV – DAS PROVAS
A produção de todos os meios de provas admissíveis em direito, na amplitude do art. 369 e seguinte do CPC, especialmente documental e testemunhal.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) nos termos do artigo 292,II, do CPC.
Termos em que 
Pede deferimento.
ITABUNA 09 DE MARÇO DE 2018
ADVOGADO/OAB
TIPO DE AÇÃO
Petições - Negócios e Atos Jurídicos - O requerente celebrou contrato de compra e venda de imóvel. Porém, constatou que as condições não eram aquelas anteriormente expostas. Por ter sido levado a erro pretende a anulação do negócio.
É a ação que pretende extinguir ato jurídico vicioso, tornando-o inválido. Deve ser ajuizada em primeira instância, seguindo o procedimento ordinário, quando autônoma, ou qualquer outro procedimento, quando incidental. Não atinge diretamente a sentença, mas apenas o ato eivado de nulidade. O ajuizamento desta ação deve observar o prazo prescricional atinente ao direito invocado. 
Por ter levado ao erro o réu Joaquim aproveitando-se da necessidade de Joana, dolosamente, com intuito de obter ilícita vantagem patrimonial, propôs a autora comprar seu carro pelo valor de 20.000,00 (Vinte mil reais), sendo que o valor de mercado do automóvel, à época, era de 50.000,00 (Cinquenta mil reais). Diante da grave situação que se encontrava, a autora aceitou celebrar o negócio jurídico. A ação proposta é de AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
caso concreto 2
Descrição Caso Concreto: 
Gerson, brasileiro, solteiro, médico, residente em Vitoria/ES, é credor de Bernardo, viúvo, residente em Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016. 
Ocorre que, Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé/RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor do próprio Bernardo, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. 
Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para terceiros. 
Diante de tal situação, Gerson contrata seu serviço advocatício, para defesa de seus interesses, com o fim de anular a doação dos imóveis realizada pelo devedor Bernardo. 
Elabore a peça processual cabível.
TIPO DE AÇÃO
A ação pauliana consiste numa ação pessoal movida por credores com intenção de anular negócio jurídico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados para pagamento da dívida numa ação de execução. A ação pauliana pode ser ajuizada sem a necessidade de uma ação de execução anterior.
A ação pauliana é movida contra todos os integrantes do ato fraudulento:
devedor insolvente
pessoa que com ele celebrou o negócio
terceiro adquirente que agiu de má-fé.
A ação proposta é de AÇÃO PAULIANA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RIO DE JANEIRO.
GERSON DA SILVA, brasileiro, solteiro, médico, CPF 111.222.333-44, endereço eletrônico gersondasilva@gmail.com, residente e domicílio em Vitória/ES, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado que subscreve, Rodrigo de Oliveira Gomes, 234567 OAB/RJ, com endereço profissional Avenida Armando Lombardi, número 511, sala 1171, endereço eletrônico gomesradv@gmail.com, para fins do art. 77, inc. V, do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor;
AÇÃO PAULIANA
Em face de BERNARDO DA CUNHA, brasileiro, viúvo, empresário, CPF 444.333.222-11, endereço eletrônico bernardodacunha@gmail.com, residente e domiciliado em Salvador/Bahia, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
aUDIÊNCIA DE conciliação
 O Autor deseja a inclusão da audiência de conciliação segundo o art. 319, VII, CPC.
I - DOS FATOS 
O Autor Gerson da Silva informa e comprova uma dívida em nota promissória no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016, em face do Réu Bernardo da Cunha. Após o vencimento da dívida e o não pagamento, o Réu efetuou uma doação de seus imóveis localizados nas cidades de Aracruz e Linhares respectivamente, ambos localizados no Espírito Santo, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais), para sua filha Janaina, menor Impúbere, residente em Macaé/RJ com sua genitora.
No contrato de doação inseriu uma cláusula de usufruto em favor do próprio Réu Bernardo, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme consta na certidão de ônus reais. Ressaltamos que as dívidas do réu, ultrapassam a soma de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais), sendo certo que o imóvel doado para sua filha impúbere está alugado para terceiros.
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Diante dos fatos exposto, o autor está amparado dentro do artigo 158 CC combinado com 171 CC que dispõe das fraudes contra credores e violação do vício da boa fé. Acrescento que o réu buscou esvaziar seu patrimônio e assim agindo de má-fé (art. 104, I, II, CC) e DOTTI DORIA (2005) explana que a litigância de má-fé caracteriza-se pelo agir em desconformidade com o dever jurídico de lealdade processual, para o não pagamento da dívida com o autor, (art. 159 CC) sendo assim peço a anulação do negócio jurídico (doação), art. 171, I, II CC, pela violação do vício da boa-fé objetiva (art. 113, CC), visando de má-fé enganar a parte autora (art. 161, CC).
A jurisprudência se posiciona que da fraude contra credores como:
TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 20686426920158260000 SP 2068642-69.2015.8.26.0000 (TJ-SP) 
Data de publicação: 04/09/2015 
Ementa: Agravo de instrumento. Ação pauliana julgada procedente. Sentença que declara nulo o negócio e determina a imediata indisponibilidade do bem. Insurgência contra decisão que recebe apenas no efeito devolutivo a apelação interposta pelos réus. Manutenção. 1. Reconhecimento de fraude à execução que extrapola os limites do agravo e não será analisada. 2. Parágrafo único do artigo 558 do Código de Processo Civil que viabiliza ao juiz determinar o processamento da apelação apenas no efeito devolutivo, a fim de evitar prejuízo. Atribuição de efeito suspensivo ao apelo dos agravantes obstaria que a ordem de indisponibilidade do bem surtisse efeito. Fato passível de acarretar risco de lesão a terceiros que viessem a realizar negócios envolvendo o imóvel. 3. Eventual execução provisória de sentença de origem que rende aos agravados apenas o direito de averbar a declaração de nulidade do negócio. Ausência do risco alegado. Decisão mantida. Recurso desprovido.
A doutrina argumenta na direção, exposto nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves: “não conduzem a um descompasso entre o íntimo querer do agente e a sua declaração. A vontade manifestada corresponde exatamente ao seu desejo. Mas é exteriorizada com a intenção de prejudicar terceiros ou de fraudar a lei”.
III - DOS PEDIDOS
Diante dos fatos expostos peço requerimento a Vossa Excelência:
A designação de audiência de conciliação.
A citação da parte ré, para integralizar a presente demanda.
Seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes ré Bernardo e sua filha.
Condenação do réu ao pagamento dos ônus de sucumbência;
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente: depoimento pessoal dos réus, pena de confesso; inquirição de testemunhas que oportunamente serão arroladas e juntada de novos documentos.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 300.000,00(trezentos mil reais) nos termos do artigo 292, II, doCPC.
Termos em que 
Pede deferimento.
MACAÉ 16 DE MARÇO DE 2018
ADVOGADO/OAB
caso concreto 3
Descrição Caso Concreto: 
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão, todos residentes e domiciliados em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis, neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromélia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ, pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos se manifestassem sobe o referido ato jurídico. 
Os alienantes e ao adquirente residem na cidade de Nova Friburgo /RJ 
Esclarecem ainda, que não concordam com o mencionada venda, visto que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00 (Trezentos e cinquenta mil reais). 
Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência para resguardar os direitos de seus clientes.
TIPO DE AÇÃO
Negócio jurídico é um ato lícito, no qual há uma composição de interesses, um regramento de condutas. É composto de manifestação de vontade com finalidade negocial, que em geral é criar, adquirir, transferir, modificar ou extinguir direitos.
De acordo com o Código Civil, o negócio jurídico é nulo quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; não revestir a forma prescrita em lei; for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; tiver por objetivo fraudar lei imperativa; a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção (art. 166).
Por outro lado, será anulável o negócio jurídico, além dos casos expressamente declarados na lei, por incapacidade relativa do agente e por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores (art. 171).
A ação proposta é de ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURIDICO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO/RIO DE JANEIRO.
ANTÔNIO MARANHÃO, brasileiro, solteiro, soldador, CPF 111.222.333-44, endereço eletrônico maranhao@gmail.com, MARA MARANHÃO, brasileira, casada, do lar, CPF 011.222.333-44, endereço eletrônico maramaranhao@gmail.com e JOAQUIM MARANHÃO, brasileiro, casado, taxista, CPF 001.222.333-44, endereço eletrônico joaquimaramaranhao@gmail.com, ambos residentes e domicílio em Nova Iguaçu/RJ, vêm respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado que subscreve, Rodrigo de Oliveira Gomes, 234567 OAB/RJ, com endereço profissional Avenida Armando Lombardi, número 511, sala 1171, endereço eletrônico advrodrigomes@gmail.com, para fins do art. 77, inc. V, do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor;
ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURIDICO
Pelo procedimento comum, em face de MANUEL MARANHÃO, casado, aposentado, CPF 444.333.222-11, endereço eletrônico manuelmaranhao@gmail.com, FLORINDA MARANHÃO, casada, aposentada, CPF 344.333.222-11, endereço eletrônico mmanuelmaranhao@gmail.com e RICARDO MARANHÃO, solteiro, vendedor, CPF 544.333.222-11, endereço eletrônico maranhaoricardo@gmail.com; residentes e domiciliados em Nova Iguaçu/RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
aUDIÊNCIA DE conciliação
 Procedimento a inclusão de conciliação segundo o art. 319, VII, CPC.
I - DOS FATOS. 
No dia 20/09/2015, os avós maternos Manuel Maranhão e Florinda Maranhão com o intuito de amparar seu neto Ricardo Maranhão a aquisição de um imóvel, veio a se desfazer de um dos seus bens imóveis, situado na rua Bromélia, nº 138, Centro, Petrópolis/Rj e assim adquirir um novo imóvel para seu neto. O negócio foi celebrado em Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo/Rj e transcritos devidamente no registro geral de imóveis (RGI) competente. O valor do imóvel praticado em mercado na época da venda era de R$350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) e foi vendido por R$200.000,00 (duzentos mil reais), um valor considerado muito inferior.
Ambos autores se sentiram lesados, já que não foram consultados a respeito da alienação do bem imóvel, ou seja, não houve a anuência deles, a fim de que fosse consolidado o negócio. 
	
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Da análise dos fatos, para que um negócio jurídico se torne válido, é necessário estar em sincronia com o art. 104 do Código Civil Brasileiro de 2002:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Apreciando o art. 104 do Código Civil Brasileiro de 2002, entendemos que a ação encontra-se viciada, uma vez que é vedada pelas normas civis.
Entretanto é necessário mencionar que, quando o negócio jurídico realizado entre ascendente e descendente, havendo outros destes, devem expressamente anuir, juntamente com o cônjuge do alienante. A ausência do consentimento expresso torna o negócio jurídico anulável, conforme entende-se o art. 496 do Código Civil Brasileiro de 2002:
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Diante dos fatos narrados, notoriamente vislumbrado que a ação dos réus causou um prejuízo aos autores, uma vez que a venda foi realizada sem o consentimento e exaltamos que foi celebrado com um valor muito abaixo do mercado. Perante ao exposto, o negócio deve ser anulado como solicitado. 
A jurisprudência se posiciona sobre a anulação do negócio jurídico:
TJ-SP - Apelação Cível AC 5122404800 SP (TJ-SP) 
Data de publicação: 18/09/2008 
Ementa: ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL E RESPECTIVA ESCRITURA PÚBLICA - Alegação de simulação - Prova dos autos hábil a comprovar a prática de simulação relativa, por interposta pessoa - Negócio jurídico simulado de compra e venda de imóvel com a finalidade de disfarçar verdadeiro negócio de doação a cônjuge, na constância do regime da separação obrigatória de bens, em detrimento dos direitos sucessórios dos filhos do doador, herdeiros necessários - Alienação a cônjuge do conteúdo econômico da propriedade em prejuízo dos filhos - Art. 167 do Código Civil - Nulidade do negócio jurídico simulado de compra e venda - Nulidade do negócio jurídico dissimulado de doação, por se tratar de doação moficiosa e implicar burla ao regime da separação obrigatória de bens - Fraude à lei - Exegese do art. 166 , VI , do Código Cl vil - A ção procedente, para o fim de declarar a nulidade do negócio jurídico de compra e venda do imóvel e respectiva escritura pública - Recurso provido. . 
Maria Helena Diniz argumenta a anulação como:
Negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. Em suma, o vício presente no negócio jurídico não necessariamente levará o mesmo a sua invalidação, podendo o mesmo ser.
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pede e requer os autores a V.EXA:
A procedência do pedido para anular o negócio jurídico celebrado pelos réus.
Seja expedido de ofício ao Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo/Rj, para que seja retificado o Registro do Imóvel.
Que seja julgado procedente o pedido para condenar os réus ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
IV - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00(duzentos mil reais) nos termos do artigo 292, II, do CPC.

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