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Resenha-Método Clínico-Calsa

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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO 
PARANÁ 
Câmpus Toledo 
 
Mainara Pagliari 
Resenha sobre Método Clínico 
Contribuições do método clínico para a pesquisa em Psicopedagogia. 
 
Método Clínico: A lógica Interna do Pensar 
 
Geiva Carolina Calsa, Doutora em Educação, começou sua formação 
acadêmica em 1975 onde formou-se em pedagogia. Além de sua 
especialização em psicopedagogia Geiva fez mestrado na área de ciências 
humanas e educação, voltado para o ambiente escolar. Atualmente é 
professora na Universidade Estadual de Maringá. Sua experiência tem ênfase 
em Formação de Conceitos, principalmente nas áreas de cultura, educação, 
representações sociais, ensino-aprendizagem, construtivismo e intervenção 
pedagógica. 
No capitulo Calsa relata sobre o Grupo de Estudos e Pesquisa em 
Psicopedagogia – UEM, no qual o mesmo investiga o Método Clinico elaborado 
e sistematizado por Piaget na área de psicopedagogia. O grupo vem 
realizanado investigações de caráter quanti-qualitativos. 
Segundo a autora o Método Clínico começou a ser mais utilizado com o 
objetivo de reconhecer e dar assistência a doentes mentais, mostrando-se 
eficaz na medida em que foi se desenvolvendo. Com as contribuições de Freud 
sobre o inconsciente humano, o Método Clínico tornou-se modelo diagnóstico e 
terapêutico. Com as observações em hospitais, Piaget usou as possibilidades 
do método para desenvolver e sistematizar sua teoria sobre o conhecimento, 
adaptando o método clínico psiquiátrico à investigação do pensamento infantil. 
O principal objetivo do Método Clínico é compreender a lógica interna do 
pensar e ele consiste em uma entrevista, durante a qual, o pesquisador, por 
meio de perguntas claras e precisas, acompanha o pensamento e as ações do 
entrevistado. Assim, é possível entender o processo de conhecimento e de 
aprendizagem de um sujeito e não apenas a manifestação de seus erros e 
acertos. 
Este método apresenta um caráter flexível entre a interação do 
pesquisador e do sujeito, podendo ser adaptado a cada situação e a cada 
individuo. Para entender melhor esse método a autora apresenta uma 
investigação realizada por Cezar (2008) sobre a aprendizagem de um conteúdo 
escola na disciplina de língua portuguesa. Sua pesquisa foi realizada com 30 
alunos entre 4ª e 5ª série. (15 alunos de cada turma). Nas duas turmas foram 
identificados que apresentavam, dificuldades de aprendizagem (DA) média ou 
acentuada. 
Os alunos foram divididos em 3 grupos por turma, de acordo com o 
desempenho do teste de escrita aplicado para os alunos. Com a amostra de 
cada série foram realizadas entrevistas individuais com base no modelo 
utilizado por Piaget (1977), adaptado no Método Clínico, sobre o tema de 
pontuação gráfica. Essas entrevistas tinham o objetivo de identificar o domínio 
dos conceitos e procedimentos envolvidos nas atividades e o nível de tomada 
de consciência em relação à fala e a escrita. 
Na entrevista foram utilizadas pelo entrevistador cinco estratégias, com o 
objetivo de obtenção de informações por partes. As estratégias são: 
1- Observação dos conceitos prévios - conhecimento prévio sobre o 
conteúdo de acentuação gráfica, o vinculo entre oralidade e escrita; 
2- Indagações de explicações e justificativas – explicação e justificativa 
sobre as acentuações realizadas nos testes. 
3- Contra-sugestão e contra-argumentação – obter confirmação ou não 
das explicações e justificativas apresentadas pelos alunos sobre os 
procedimentos que utilizaram. 
4- Verificação de Contradição – verificar se os alunos eram capazes de 
perceber as contradições existentes em sua fala e em suas 
estratégias. 
5- Verificação da influência de variáveis – verificar a influencia de 
conceitos entre as variáveis presentes nas situações-problemas. 
A criação do conhecimento, de acordo com a teoria Piagetiana, se constitui por 
meio do conflito sociocognitivo, onde há um processo contínuo de assimilações 
e acomodações. Com a investigação, o pesquisador pode avaliar a qualidade 
do erro e dos acertos, acompanhando a progressão do processo de tomada de 
consciência da modificação de seus conceitos e procedimentos. 
O professor pode fazer o papel do entrevistador, observando se os erros 
dos alunos são conscientes, portanto os alunos realmente não sabem um 
determinado conteúdo, ou se eles estão errando e acertando por “sorte”. A 
entrevista pode confirmar suas expectativas quanto à turma, sendo possível de 
mudar a metodologia utilizada. 
 
 
 
 
Referências 
CALSA, G. C. Contribuições do Método Clínico para a Pesquisa em 
Psicopedagogia. In: MACIEL, L. S. B.; MORI, N. N. R. (Org.). Pesquisas em 
educação: múltiplos olhares. 1ª ed. Maringá: EDUEM, 2009.

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