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MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 27 3.17 – CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES: 3.17.1 – Funções Crescentes e Decrescentes: Neste item procuraremos empregar o conceito de derivadas para identificar funções crescentes ou decrescentes. Porém, é necessário primeiramente definir Função Crescente e Função Decrescente. Seja a função definida pela lei ( )xfy = , que seja contínua num intervalo ℜ⊂I e seja 0 x um ponto desse intervalo. Então definimos: A – Função Crescente: Para todo ( ) ( ) ( ) ( ) >⇒> <⇒< ∈ 00 00 : xfxfxxse xfxfxxse Ix , então dizemos que a função é crescente neste intervalo. Graficamente: y x 0 x 0x x ( )xf ( ) 0 xf ( )xf ( )xfy = MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG B – Função Decrescente: Para todo ( ) ( ) ( ) ( ) <⇒> >⇒< ∈ 00 00 : xfxfxxse xfxfxxse Ix , então dizemos que a função é decrescente neste intervalo. Graficamente: 3.17.2 – Intervalos de Crescimento e Decrescimento de Funções: Podemos identificar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função definida pela lei ( )xfy = simplesmente analisando os sinais de sua derivada ( )xf ′ . Seja ( )xfy = uma função crescente num intervalo ℜ⊂I e vamos tomar retas tangentes à curva dessa função em pontos variados deste intervalo. y x 0 x 0x x ( )xf ( ) 0 xf ( )xf ( )xfy = y x 0 α α α ( )xfy = MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Neste caso, percebemos que ∈ 2 ,0 π α e 0>αtg . Vamos, agora, repetir este procedimento, considerando que a função ( )xfy = seja decrescente num intervalo ℜ⊂I . Neste caso, percebemos que ∈ π π α , 2 e 0<αtg . De acordo com a Interpretação Geométrica da Derivada, ( ) αtgxf =′ para todo ponto x do Domínio da função onde ela é derivável. Portanto, para um intervalo ℜ⊂I onde a função é contínua, podemos concluir que: Assim, para identificarmos os intervalos de crescimento ou decrescimento de uma função ( )xf , basta estudarmos os sinais de sua derivada ( )xf ′ . EXEMPLOS: 01) Identificar os intervalos de crescimento e decrescimento da função ( ) 76 2 5 3 23 −+−= x xx xf . y 0 x α α α ( )xfy = ( ) ( ) ( ) ( ) IemedecrescentéxfentãoIemxfSe IemcrescenteéxfentãoIemxfSe ,0 ,0 <′ >′ MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Temos: ( ) 652 +−=′ xxxf Como a derivada é um polinômio de 2o grau e devemos estudar os seus sinais, vamos primeiramente achar as suas raízes. Para 0652 =+− xx temos 2=x ou 3=x . Estudo de Sinais: Concluímos que: • ( )xf é crescente para 2<x ou 3>x ; • ( )xf é decrescente para 32 << x . 02) Estudar os intervalos de crescimento e decrescimento da função ( ) 12492 23 +−−= xxxxf . Temos: ( ) 24186 2 −−=′ xxxf Resolvendo a equação ( ) 0=′ xf , temos as raízes: 1−=x e 4=x . Estudo de Sinais: Concluímos que: • ( )xf é crescente para 1−<x ou 4>x ; • ( )xf é decrescente para 41 <<− x . 03) Estude a função ( ) 3 3 − + = x x xf quanto ao seu crescimento ou decrescimento. Temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )22 3 6 3 3.13.1 − − =′⇒ − +−− =′ x xf x xx xf Estudo de Sinais: +++++++−−−−−−−−−++++++ 2 3 x ( )xf ′ +++++++−−−−−−−−−++++++ 1− 4 x ( )xf ′ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - +++++++++++++ +++++++++++ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 3 x x x MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Percebemos que a derivada ( )xf ′ é negativa para todos os pontos do Domínio desta função. Portanto, a função dada é estritamente decrescente (ou monótona) no seu domínio. 3.18 – MÁXIMOS E MÍNIMOS RELATIVOS: 3.18.1 – Definições: Seja ( )xfy = uma função contínua num intervalo ℜ⊂I e seja Ix ∈ 0 . Então definimos: A – Máximo Relativo: A função ( )xfy = tem Máximo Relativo no ponto 0 x se ( ) ( ) 0 xfxf < para todo x nas vizinhanças de 0 x . Graficamente: 0 x = ponto de Máximo Relativo ( ) 0 xf = Máximo Relativo y x 0 x 0 x x ( ) 0 xf ( )xf ( )xfy = MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG B – Mínimo Relativo: A função ( )xfy = tem Mínimo Relativo no ponto 0 x se ( ) ( ) 0 xfxf > para todo x nas vizinhanças de 0 x . Graficamente: 0 x = ponto de Mínimo Relativo ( ) 0 xf = Mínimo Relativo Observação: Os pontos de Máximo ou Mínimo Relativos são chamados de extremantes e os valores Máximo e Mínimo Relativos são chamados de extremos. 0 x = Extremante ( ) 0 xf = Extremo EXEMPLO: 72492 23 +−−= xxxy y 0 x 0x x ( ) 0 xf ( )xf x ( )xfy = y x 0 1− 20 4 105− 72492 23 +−−= xxxy MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Conclusões: 1−=x ⇒ Ponto de Máximo Relativo 20=y ⇒ Máximo Relativo 4=x ⇒ Ponto de Mínimo Relativo 105−=y ⇒ Mínimo Relativo 3.18.2 – Teorema de Fermat: O Teorema de Fermat é importante para o estudo de Máximos e Mínimos Relativos, porque ele é o primeiro passo que se deve dar para a determinação dos extremantes de uma função, quando eles existem. Este Teorema afirma que: “Se 0 x é extremante de uma função ( )xf e se existe ( ) 0 xf ′ , então ( ) 0 0 =′ xf .” Demonstração: Conforme é do nosso conhecimento, todo Teorema é composto de Hipóteses e Teses. As Hipóteses são as afirmações que são feitas e consideradas verdadeiras. Tese é aquilo que se quer provar a partir das Hipóteses. No nosso caso, as Hipóteses são: • 0 x é extremante da função ( )xf (ponto de Máximo ou Mínimo Relativo); • ( ) 0 xf ′ existe Nestas condições, a Tese a ser provada é que ( ) 0 0 =′ xf . Vamos admitir que ( ) 0 xf ′ fosse diferente de zero. Desta forma, temos dois casos a considerar: 1o Caso: ( ) 0 0 >′ xf Se ( ) 0 0 >′ xf então, por definição, a função ( )xfy = é crescente nas vizinhanças de 0 x . Neste caso, podemos admitir dois valores 1 x e 2 x nas vizinhanças do ponto 0 x , de modo que se tenha: ( ) ( ) ( ) 201201 xfxfxfxxx <<⇒<< . MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Como ( ) ( ) 01 xfxf < e ( ) ( ) 02 xfxf > então não podemos afirmar que 0 x seja extremante da função ( )xfy = . Logo, ( ) 0 xf ′ não pode se maior que zero. 2o Caso: ( ) 0 0 <′ xf Se ( ) 0 0 <′ xf então, por definição, a função ( )xfy = é decrescentenas vizinhanças de 0 x . Neste caso, podemos admitir dois valores 1 x e 2 x nas vizinhanças do ponto 0 x , de modo que se tenha: ( ) ( ) ( ) 201201 xfxfxfxxx >>⇒<< . Como ( ) ( ) 01 xfxf > e ( ) ( ) 02 xfxf < então não podemos afirmar que 0 x seja extremante da função ( )xfy = . Logo, ( ) 0 xf ′ não pode se menor que zero. Concluímos, finalmente, que ( ) 0 xf ′ só pode ser igual a zero. EXEMPLO: Na aula anterior mostramos que a função definida por ( ) 72492 23 +−−= xxxxf tinha como extremantes os valores 1−=x (ponto de Máximo Relativo) e 4=x (ponto de Mínimo Relativo). Temos: ( ) 24186 2 −−=′ xxxf Para ( ) ( ) 012418611 =−′⇒−+=−′⇒−= ffx Para ( ) ( ) 0424729644 =′⇒−−=′⇒= ffx Observações: O1: O Teorema de Fermat afirma que uma condição necessária para que 0x seja extremante de uma função ( )xf é que ( ) 0 0 =′ xf . Porém, esta condição não é suficiente, ou seja, o fato de se ter ( ) 0 0 =′ xf não implica, necessariamente, que 0 x é um extremante da função. MAT – 001 – CÁLCULO 1 Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Consideremos, por exemplo, a função ( ) 3xxf = . Temos: ( ) 23xxf =′ Para ( ) 000 =′⇒= fx Observamos que a derivada é nula quando 0=x . Entretanto, para ( ) 00 >′⇒< xfx e para ( ) 00 >′⇒> xfx . Isto significa que a função é crescente nas vizinhanças do ponto 0=x , o que caracteriza que este ponto não pode ser extremante da função. Graficamente: Percebemos que a função é estritamente crescente, portanto não possui Máximo e nem Mínimo Relativos. O ponto 0=x , neste caso em particular, recebe o nome de Ponto de Inflexão Horizontal da função, isto é, ponto em que a curva muda de concavidade. O2: Os pontos em que se tem ( ) 0=′ xf são chamados de Pontos Críticos da função e são os possíveis pontos de Máximo ou Mínimo Relativos dessa função. y 0 x ( ) 3xxf =
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