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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX DOS CARNÍVOROS

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX DOS CARNÍVOROS
TÓRAX
A forma do tórax altera muito entre as raças.
Essas diferenças se refletem na forma das costelas.
Tórax Longo e Profundo: as costelas são longa e relativamente retas. Ex: Borzoi.
Tórax Largo e em Forma de Barril: as costelas são relativamente curtas e fortemente curvadas. Ex: Buldogue. 
Uma consequência do tórax em barril é o deslocamento lateral da extremidade inferior da escápula, resultando uma predisposição a luxação do ombro.
MÚSCULOS
Músculos da Parede Torácica Lateral: O ângulo entre a Escápula e o Úmero é ocupado pelo Tríceps, mas as partes laterais das costelas, atrás do membro, são mais finamente cobertas pelos músculos Serrátil ventral, Grande dorsal, Escaleno e Oblíquo externo do abdome. 
É possível sentir as costelas através deles, porque são achatados. 
O tórax de cães e gatos jovens resiste consideravelmente à pressão externa. 
O Diafragma surge a partir das primeiras vértebras lombares, por pilares direito e esquerdo, junto ao arco costal e ao esterno e se fixa à superfície medial das costelas. 
Os principais vasos e nervos intercostais situam-se caudomediais ás costelas, sob a fáscia endotorácica. 
É preciso ter em mente essas localizações quando se for fazer uma incisão ou punção. 
A punção correta deve ser feita na borda cranial das costelas
PULMÕES
Pulmão direito: é o maior, possui lobos cranial, médio, caudal e acessório.
Pulmão esquerdo: possui lobo cranial dividido em duas partes (cranial e caudal) e um lobo caudal único.
Impressão cardíaca lobares: é uma região côncava onde se acomoda o coração. 
Sendo rasa na superfície medial do pulmão esquerdo e profunda no pulmão direito.
Incisura Cardíaca Direita: espaço entre os lobos cranial e médio. 
Este espaço tem formato triangular que possibilita a punção cardíaca, no ventrículo direito, entre o 4º ou 5º espaço intercostal.
PULMÃO
Do lado esquerdo o pulmão cobre a superfície lateral do coração impedindo a punção desse lado.
Fissuras, Vasos e Brônquios Interlobares: os lobos são divididos internamente por fissuras, que ligados apenas pelos brônquios e vasos sanguíneos. 
Essa ligação permite torção de um lobo pulmonar em caso de trauma.
Marcas Vasculares: os vasos sanguíneos na região caudodorsal são de fácil visualização.
PULMÃO
. Na radiografia os pulmões cheios de ar não aparecem, sendo visível apenas o coração. 
Quando há presença de líquido é possível ver o contorno dos lobos dos pulmões, deixando meio apagado o coração. 
Animais idosos apresentam radiograficamente maior contraste pulmonar por causa da calcificação da cartilagem brônquica.
PULMÕES
A vasculatura pulmonar é distribuída em: zona central ou hilar; zona média (melhor visualização) e zona periférica. 
Atelectasia (colapso do pulmão) em contato com a mesa diminui o contraste, o posicionamento correto é o lado afetado para cima.
Campo de Auscultação Pulmonar: a projeção dos pulmões na parede torácica lateral produz um campo triangular para auscultação. 
Esse campo é a partir da borda caudal da Escápula até a Articulação Costocondral da 6ª costela, e a extremidade proximal da 11ª costela.
MEDIASTINO
É formado pela junção das duas pleuras que se projetam ventralmente e divide o pulmão.
 Em equinos e ruminantes, além de dividir anatomicamente, também divide funcionalmente o tórax. 
Tem a função de sustentação, revestimento e divisão funcional. 
Não é visível radiograficamente no animal normal. 
Localizado na parte central da cavidade torácica e está incompleto na maioria dos cães e gatos. 
MEDIASTINO
O mediastino divide-se em:
Mediastino Ventral: a região do ápice do coração até o esterno.
Mediastino Central: região da base do coração.
Mediastino Dorsal: perto das vértebras e margens vasculares.
 Reflexão Pleural: quando a pleura que envolve o tórax, começando pela cúpula pleural (pleura que se projeta na entrada do tórax), projeta-se de volta revestindo internamente o tórax e envolvendo o Diafragma. 
Toracocentese: é punção de uma cavidade pleural. Deve ser feita no meio do 7º ou 8º espaço intercostal.
CORAÇÃO
O coração do cão é ovóide. 
Seu eixo longitudinal forma um ângulo de aproximadamente 45° em relação ao esterno.
 Existem muitas variações na distância entre o coração e o diafragma. 
O peso relativo do coração é de aproximadamente 0,7% do peso do corpo, em cães de caça ou corrida apresentam corações duas ou três vezes mais pesados do que os animais não atléticos.
 O coração estende-se da 3ª costela ao 6º espaço intercostal.Ligamento Frenopericárdico: ligamento longo e relativamente forte, seu liga à parte esternal do diafragma. 
Isto permite motilidade maior ao ápice do que nas espécies maiores, nas quais o pericárdio é firmemente fixado ao esterno.
Sulco Interventricular Paraconal: parede torácica esquerda.
Sulco Interventricular Subsinoso: parede torácica direita.
CORAÇÃO
A silhueta cardíaca varia conforme a forma do tórax em projeção lateral:
Tórax Profundo: coração proporcionalmente menor, o ápice pode não alcançar o esterno (não confundir com pneumotórax).
Tórax Largo e Pouco Profundo: coração proporcionalmente maior.
Variação Radiográfica devido ao ciclo respiratório:
Expiração: coração aparentemente maior.
Inspiração: melhor avaliação cardíaca.
CORAÇÃO
Animais jovens com menos de 3 meses apresentam radiograficamente o coração arredondado e proporcionalmente maior (não confundir com cardiomegalia). 
Tempo de exposição menor ou igual a 1/20 seg (0,05 seg) demonstra diferenças entre sístole e diástole. 
Em exposições maiores que 1/20 seg (0,1 seg) ocorre perda de contraste.
 Em gatos o coração está mais distante do diafragma e em cães é mais próximo do diafragma. 
Coxim Retroesternal: acúmulo de gordura no ligamento frenopericárdico entre o coração e o esterno (pode confundir-se com o tamanho do coração). 
Mensuração Cardíaca: medida do coração.
 Em cães e gatos estão entre 2,5 e 3,5 espaços vertebrais.
Escala Cardíaca Vertebral (VHS – Vertebral Heart Scale):
Eixo Maior: borda ventral do brônquio principal esquerdo (carina) até o ápice do coração.
Eixo Menor: é perpendicular, no ponto mais largo do terço medial do eixo maior.
Essa medida é transformada em escala de unidades vertebrais, colocando sob a coluna vertebral torácica, a partir da T4.VHS = EIXO MAIOR + EIXO MENOR Valores normais: cães é entre 9,2 e 10,5. Gato entre 7,2 e 7,8. 
ESÔFAGO
Localizado a esquerda da traqueia e eleva-se sobre a bifurcação traqueal.
Insere-se no hiato esofágico do diafragma, ventral à T10 (predisposição a obstrução por corpos estranhos). 
Dividido em cervical (fora do tórax) e torácico (dentro do tórax). 
O acesso cirúrgico ao esôfago cranial é pela parede torácica esquerda e ao esôfago caudal é pela parede torácica direita. 
No lado direito da parte caudal do esôfago permite a ligadura da veia ázigo quando rompida, já do lado esquerdo, é contra indicado fazer cirurgias por possível rompimento da aorta. 
TRAQUEIA
Estende-se até o 6º - 7º espaço intercostal, formada por anéis de cartilagens em formato de U. 
É três vezes maior ou igual ao diâmetro da 3º costela da parte proximal.
 Pode ocorrer Hipoplasia, Colapso e Estenose na traqueia. 
TIMO
Ocupa a parte ventral do mediastino cranial. 
Seu maior desenvolvimento ocorre entre 6 a 8 semanas de idade do animal e a regressão começa ao redor do 4º mês até 1 ano. 
ESTERNO
Variação radiográfica da espessura do coxim retroesternal devido ao ciclo respiratório, principalmente em animais obesos (não confundir com derrame pleural). 
COSTELAS
As cartilagens costais podem se mineralizar precocemente em filhotes normais causando uma densidade salpicada na radiografia. 
DIAFRAGMA
Variação radiográfica devido à conformação corpórea, em projeção ventro-dorsal.
Tórax Profundo: o contorno diafragmático é bi-lobulado, evidenciado do lado esquerdo e direito do diafragma na radiografia.
Tórax Largo: contorno diafragmático uni-lobulado.Variação radiográfica devido ao ciclo respiratório:
na inspiração o diafragma se afasta do coração e na expiração se aproxima. 
LINFONODOS TORÁCICOS
Não são visíveis no animal normal. 
Localização:
Linfonodos Esternais: dorsal à 2ª estérnebra.
Linfonodos Mediastinais: na entrada do tórax, próximos a traqueia e o esôfago ou porção cranial do mediastino dorsal.
Linfonodos Traqueobrônquicos: próximo à bifurcação da traqueia e da base cardíaca.
Linfonodo Intercostal: presente na extremidade dorsal do 5º ou 6º espaço intercostal.
Pontos Chaves para a Radiografia do Tórax:
Posicionamento exato
Tempo de exposição menor que 1/20 seg (0,05 seg), evita perda do detalhe radiográfico devido à movimentação.
Aparelho com capacidade maior ou igual à 100 ma.
Realizar durante a pausa inspiratória (o contraste aumenta devido á distensão dos alvéolos).
Avaliar radiograficamente por no mínimo 2 projeções.
Estudos comparativos devem sempre obedecer à técnica e o posicionamento do exame anterior.

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