Buscar

album de generos textuais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE PEDAGOGIA
ÁLBUM DE GENEROS TEXTUAIS
NOME
Itaquaquecetuba 
2017
CONTO
O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa.
O conto é dividido em duas fases, uma delas é a fase "oral", cujo início não é possível precisar: o conto origina-se num tempo em que nem sequer existia a escrita; as histórias eram narradas oralmente ao redor das fogueiras das habitações dos povos primitivos. A outra fase seria a fase escrita, o primeiro indício de um conto escrito é provavelmente aquele em que os egípcios registraram O livro do mágico (cerca de 4 000 a.C.). Daí vamos passando pela Bíblia – veja-se como a história de Caim e Abel (2 000 a.C.) tem a precisa estrutura de um conto. O antigo e novo testamento trazem muitas outras histórias com a estrutura do conto, como os episódios de José e seus irmãos, de Sansão, de Ruth; as parábolas: o Bom Samaritano, o Filho Pródigo, a Figueira Estéril, a do Semeador, entre outras.
Exemplos:
A princesa e a ervilha – publicado em 1835
Havia uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas não se contentava com uma princesa que não fosse de verdade. De modo que se dedicou a procurá-la no mundo inteiro, ainda que inutilmente, pois todas que via apresentavam algum defeito. Princesas havia muitas, porém não podia ter certeza, já que sempre havia nelas algo que não estava bem. Assim, regressou ao seu reino cheio de sentimento, pois desejava muito uma princesa verdadeira!
Certa noite, caiu uma tempestade horrível. Trovejava e chovia a cântaros. De repente, bateram à porta do castelo, e o rei foi pessoalmente abrir.
No umbral havia uma princesa. Mas, Santo Céu, como havia ficado com o tempo e a chuva! A água escorria por seu cabelo e roupas, seu sapato estava desmanchando.
Apesar disso, ela insistia que era uma princesa real e verdadeira.
A rainha logo pensou: “Bom, isso vamos saber logo”. 
E, sem dizer uma palavra, foi ao quarto, tirou toda a roupa de cama e colocou uma ervilha no estrado, em seguida colocou vinte colchões sobre a ervilha, e sobre eles vinte almofadas feitas com as plumas mais suaves que se pode imaginar. Ali teria que dormir toda a noite a princesa.
Na manhã seguinte, perguntaram-lhe como tinha dormido.
- Oh, terrivelmente mal! – disse a princesa. Não consegui fechar os olhos toda a noite. Vá se saber o que havia nessa cama! Encostei-me em algo tão duro que amanheci cheia de dores. Foi horrível!
Ouvindo isso, todos compreenderam que se tratava de uma verdadeira princesa, já que havia sentido a ervilha através dos vinte colchões e vinte almofadões. Só uma princesa podia ter uma pele tão delicada.
E assim o príncipe casou com ela, seguro que sua era uma princesa completa. A ervilha foi enviada a um museu onde pode ser vista, a não ser que alguém a tenha roubado.
João e Maria – versão Irmãos Grimm - esterilizada para a classe média do século XIX
Era uma vez, um pobre lenhado, pai do João e da Maria, vivia numa casa, perto de uma grande floresta. Certa ocasião, uma grande crise veio sobre o país e a situação do lenhador ficou muito ruim. Não conseguia alimentos para os filhos e com isso já não conseguia dormia durante a noite. A madrasta sugeriu, então, que os filhos fossem levados para o interior da floresta, onde seriam abandonados. O pai não gostou muito da ideia, mas acabou por concordar. Lá foram os 3, floresta a dentro. João, que tinha escutado a conversa, juntou pedrinhas de cascalho que foi deixando cair pelo caminho para que pudesse encontrar o caminho de regresso.
No meio da floresta, o pai lá acendeu uma fogueira para aquecer os meninos. O pai disse que iria cortar lenha na floresta, mas voltou para casa. Como o pai nunca mais chegava, João e Maria resolveram voltar para a casa. Foi só seguirem o caminho das pedras.
Quando chegaram a casa, o pai alegrou imenso, a madrasta, porém, não gostou do regresso deles.
Algum tempo mais tarde, a miséria assolou ainda mais o país. A mulher voltou a queixar-se ao marido:
– Não temos comida suficiente. Precisamos de levar estas crianças para um lugar ainda mais distante.
O pai ficou muito triste, mas acabou por deixar-se convencer pela mulher.
João ouviu novamente a conversa e resolveu ir juntar algumas pedrinhas novamente, mas, desta vez, a madrasta tinha trancado a porta do quarto dos dois.
Na manhã seguinte, foram todos a uma floresta bem distante. Desta vez, João foi deitando pedaços de pão para marcar o caminho de regresso. As crianças, desta vez, foram abandonadas num lugar bem mais longe de casa. Quando resolveram voltar, João não conseguiu encontrar os pedaços de pão que tinha deixado cair ao longo do caminho. Os passarinhos tinham comido tudo.
Durante três dias e três noites, os dois andaram perdidos pela floresta. De repente, encontraram uma casinha feita de pão e bolo. Como estavam com muita fome, comeram um pedaço da casa. Enquanto comiam, saiu de dentro da casa uma velha de bengala que os convidou a entrar, fingindo-se de boazinha, mas ela não passava de uma bruxa malvada. Quando entraram na casa, a bruxa prendeu o João. Alimentava-o bem para ficar gordo e poder comê-lo depois. João, sabendo qual era a intenção da bruxa, mostrava-lhe sempre um pedaço de osso quando ela vinha examinar o seu dedo.
A bruxa não percebia, porque era meio cega. Um dia, a paciência da bruxa esgotou-se e ela pediu a Maria que acendesse o forno para que pudesse comer o João, mesmo magro. Maria triste, teve que lhe obedecer. Quando a bruxa se aproximou do forno, Maria empurrou-a lá para dentro. Os dois, agora, estavam livres.
João colocou as joias e a comida da casa num cesto e saíram em busca da casa dos pais. Depois de vários dias de procura, acabaram por encontrar a casa. Os pais receberam-nos com muita alegria. Estavam muito arrependidos por terem abandonado aos dois.
Chapeuzinho Vermelho – final do século XVII
Era uma vez uma linda menina chamada chapeuzinho vermelho. 
Um certo dia sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para a sua avó que morava do outro lado do bosque. 
Chapeuzinho vermelho estava caminhando pelo bosque quando encontrou o lobo. 
- Aonde vai chapeuzinho? Perguntou o lobo. 
- Na casa da vovó levar uma cesta de doces. Respondeu Chapeuzinho. 
- Muito bem boa menina, por que não leva flores também? 
Enquanto Chapeuzinho colhia as flores o lobo correu para a casa da vovó. Bateu a porta e imitando a voz de chapeuzinho vermelho pediu para entrar. Assim que entrou deu um pulo e devorou a vovó inteirinha, depois colocou a touca, os óculos e se cobriu, esperando chapeuzinho. 
Quando chapeuzinho chegou o lobo pediu para ela chegar mais perto. 
- Vovó que orelhas grandes! Disse Chapeuzinho. 
- É para te ouvir melhor. Disse o lobo. 
- Que olhos enormes Vovó!
- É para te ver melhor. 
- Que nariz comprido! 
- É para te cheirar. 
- E essa boca vovozinha, que grande! 
- É para te devorar !!!. 
Então, o lobo pulou da cama e correu para pegar chapeuzinho. Um lenhador que passava perto da casa ouviu o barulho e foi ver o que era. O lobo tentou fugir, mas o lenhador atirou e matou o lobo. Chapeuzinho apareceu e disse que o lobo havia engolido a vovó. O lenhador abriu a barriga do lobo e tirou a vovó sã e salva. 
Elas foram felizes para sempre!
	Rapunzel - publicado pela primeira vez em 1812
Numa pequena aldeia, um casal aguardava ansioso a chegada do primeiro filho. A mulher ficou com vontade de comer os rabanetes da horta vizinha. A horta pertencia a uma bruxa que apareceu na hora em que o homem apanhava alguns rabanetes escondidos. Ela ficou furiosa e jurou tomar a criança assim que nascesse. Quando o bebê nasceu, a bruxa apareceu e levou-o para bem longe.Como era uma menina, a bruxa chamou-a Rapunzel. Colocou-a em uma torre muito alta e sem portas. 
O tempo passou, Rapunzel transformou-se em uma linda moça de longas tranças. 
Um príncipe caçava na floresta e achou a torre de Rapunzel. Logo viu a bruxa chegar e gritar: 
- Rapunzel, jogue as tranças cor de mel!
O príncipe viu a bruxa subir na torre pelas tranças. Quando ela foi embora, o príncipe foi ao encontro de Rapunzel. E passou a visitá-la. 
Então um dia, a bruxa descobriu sobre as visitas do príncipe. Cortou as tranças da Rapunzel e a levou embora. Esperou pelo príncipe para vingar-se. Quando o príncipe apareceu, a bruxa jogou as tranças e quando ele chegou na janela, ela o empurrou. Ele caiu sobre um espinheiro e ficou cego. 
O príncipe mesmo sem enxergar, correu o mundo procurando Rapunzel. Um dia, bateu na porta de uma casa pedindo pousada e alimento. A moça que o atendeu era Rapunzel e logo reconheceu o príncipe. Ela então chorou de tristeza porque ele ficou cego. Suas lágrimas caíram sobre os olhos do príncipe e ele voltou a enxergar. 
O príncipe levou Rapunzel para o seu reino. Casaram-se e foram felizes para sempre.
PIADA OU ANEDOTA
A Anedota ou Piada é um gênero textual humorístico, ou seja, tem o intuito de levar ao riso. Trata-se de um texto narrativo simples em que geralmente há presença de enredo, personagens, tempo, espaço.
São textos populares que vão sendo contados em ambientes informais, e que normalmente não possuem um autor.um recurso humorístico utilizado na comédia e também na vida cotidiana. Tem seus vestígios de surgimento no século XVII com o chinês Chen Vig Hom. A palavra “piada” vem do latim: “Pyadas”, que quer dizer “história engraçada”
Exemplos:
- Amor! 
- Oi! 
- Se arruma, que hoje a gente vai sair, vou te levar em um lugar bem caro! 
- Ah! É amor, e onde você vai me levar? 
- No posto de gasolina.
O que fala o livro de Matemática para o livro de História? 
R: Não me venha com história que eu já estou cheio de problema!
A mulher comenta com o marido: 
- Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe... 
O marido logo pensa: “Maldito relógio. Sempre atrasado...”
Outro plano de fuga. Só que desta vez era para pular portão. Chegou a noite, mas quando chegou na hora H o doido disse: 
-Ih, não vai dar pra pular o portão. 
-Mas porquê? 
-Esqueceram ele aberto.
FÁBULA 
É uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. Mesmo que desenvolvidas por Esopo, a origem das fábulas antecede os gregos: provérbios sumérios, escritos de cerca de 1500 a.C., já compartilhavam semelhanças com as fábulas gregas.
Exemplos:
O leão e o ratinho
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado debaixo da sombra boa de uma árvore.
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu debaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois o leão ficou preso na rede de uns caçadores.
Não conseguindo se soltar, fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso apareceu o ratinho, e com seus dentes afiados roeu as cordas e soltou o leão.
Moral: Uma boa ação ganha outra.
A lebre e a tartaruga
A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
“Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso” – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga…
Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
A cigarra e a formiga
Num dia ensolarado de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro. 
- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra. 
- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo. 
- Por que hei de me preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor. 
A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora. 
Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito mal...
Moral da história: Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.
O lobo e a cabra
Um lobo viu uma cabra pastando em cima de um rochedo escarpado e, como não tinha condições de subir até lá, resolveu convencer a cabra a vir mais para baixo.
– Minha senhora, que perigo! – disse ele numa voz amistosa. – Não seja imprudente, desça daí! Aqui embaixo está cheio de comida, uma comida muito mais gostosa.
Mas a cabra conhecia os truques do esperto lobo.
– Para o senhor, tanto faz se a relva que eu como é boa ou ruim! O que o senhor quer é me comer! 
Moral: Cuidado quando um inimigo dá um conselho amigo.
RECEITA CULINÁRIA
A receitaculinária é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Viandier de Taillevent (1380) e Ménagier de Paris (1392) foram, verdadeiramente, os primeiros dispensários de cozinha, difundindo modos de preparação, técnicas de cozinha e receitas.
Exemplos:
Mousse de Maracujá
Ingredientes:
2 caixas de gelatina de maracujá
2 xícaras de água quente
1/2 xícara de suco de maracujá
2 xícaras de leite de vaca
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite sem soro
Modo de preparo
Prepare a gelatina com a água quente. Depois é só bater todos os ingredientes no liquidificador e colocar numa travessa para gelar
Danoninho Caseiro
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
2 caixas de creme de leite
200 g de iogurte natural
1 pacote de suco em pó, sabor morango
Modo de preparo
Em um liquidificador, bata todos os ingredientes até obter uma consistência cremosa. Dispense a mistura em um recipiente e leve à geladeira até que fique firme.
Pão de Queijo
Ingredientes:
 500 g de polvilho azedo
1 copo (americano) de água
1 copo (americano) de leite
1/2 xícara de óleo
2 ovos
100 g de queijo parmesão ralado
Sal a gosto
Modo de Preparo
Em uma panela, ferva a água e acrescente o leite, o óleo e o sal. Adicione o polvilho, misture bem e comece a sovar a massa com o fogo desligado. Quando a massa estiver morna, acrescente o queijo parmesão, os ovos e misture bem. 
Unte as mãos e enrole bolinhas de 2 cm de diâmetro. Disponha as bolinhas em uma assadeira untada com óleo, deixando um espaço entre elas
Asse em forno médio(180º C), preaquecido, por cerca de 40 minutos
Paçoca de colher
Ingredientes:
500 gramas de amendoim sem pele tostado 
1 lata de leite condensado 
1 1/2 xícara (chá) de leite 
1 colher (sopa) de manteiga 
1 lata de creme de leite sem soro
Amendoim moído para decorar
Modo de preparo
Pique o amendoim grosseiramente.
Em uma panela, coloque o leite condensado, o leite e a manteiga. Cozinhe em fogo brando (160º C), mexendo sem parar até começar a desgrudar do fundo da panela.
Retire do fogo, misture o amendoim e o creme de leite. Distribua em copinhos e decore com amendoim moído.
Sirva quente ou fria.
CARDÁPIO
O gênero Textual Cardápio é de Cunho informativo, tendo como objetivo orientar e informar as pessoas sobre os pratos/produtos oferecidos no estabelecimento. Seu tipo textual é descritivo, onde descreve os pratos e os ingredientes do prato em questão. Esse gênero textual serve para informar as pessoas(clientes) sobre os tipos de alimentos servidos no local em questão. Os cardápios podem variar de acordo com o local, e podem ser utilizados em restaurantes, bares e lanchonetes, e locais similares. Geralmente a estrutura de um cardápio é organizada de maneira que o produto seja seguido de seu preço, sendo estruturados um abaixo do outro, sendo separados por categorias. Há pelo menos duas versões acerca da origem do cardápio, menu, carta, ementa, e de quando essa lista começou a ser utilizada 
O primeiro cardápio documentado está no acervo do Museu do Palácio de Versalhes, e data de 21 de junho de 1751. Foi o menu de um Banquete oferecido pelo rei Luís XV da França à comunidade financeira. Listava 48 pratos, sopas, carnes e sobremesas. Foi desenhado pelo artista e calígrafo Brain de Sainte-Marie.
Embora não documentado, teria havido um cardápio mais antigo, conforme os alemães, que se dizem seus inventores. Em Abril de 1521, o duque Heinrich Brunswick-Wolfenbüttel fez com que seus cozinheiros escrevessem, num pergaminho, a lista dos pratos servidos no banquete de abertura da Dieta de Worms, a qual considerou Martinho Lutero como fora da lei.
Ex.:
POEMA
Poema é um gênero textual dividido em estrofes e versos. Cada estrofe é constituída por versos (não tendo um número exato). Introduzidos pelo sentido das frases - e mais raramente em conversa - em que a poesia, forma de expressão estética através da língua, geralmente se manifesta. Além dos versos, não obrigatoriamente, fazem parte da estrutura do poema as estrofes, a rima e a métrica. Conforme a disposição dos versos e dos outros elementos estruturais, os poemas podem receber classificações ou nomes específicos (ou ser considerados gêneros literários próprios) tais como rapanha, haikai, poema-colagem, soneto, poema-dramático, poema-figurado, epopeia, etc. É um texto capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem. Sua função é emocionar, transmitir pensamentos e ideias. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.
Ex.:
Soneto da Fidelidade (Vinicius de Moraes) - 1946
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Amor (Álvares de Azevedo)
Amemos! Quero de amor 
Viver no teu coração! 
Sofrer e amar essa dor 
Que desmaia de paixão! 
Na tu’alma, em teus encantos 
E na tua palidez 
E nos teus ardentes prantos 
Suspirar de languidez! 
Quero em teus lábios beber 
Os teus amores do céu, 
Quero em teu seio morrer 
No enlevo do seio teu! 
Quero viver d’esperança, 
Quero tremer e sentir! 
Na tua cheirosa trança 
Quero sonhar e dormir! 
Vem, anjo, minha donzela, 
Minha’alma, meu coração! 
Que noite, que noite bela! 
Como é doce a viração! 
E entre os suspiros do vento 
Da noite ao mole frescor, 
Quero viver um momento, 
Morrer contigo de amor!
Canção do Exílio (Gonçalves Dias) - 1846
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Para Sempre (Carlos Drummond de Andrade)
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Timidez (Cecília Meireles)
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
e um dia me acabarei.
BILHETE
O bilhete é um texto cotidiano, utilizado de maneira informal e escrito de indivíduo para indivíduo por conta da afetividade, são textos comunicativo com mensagens simples e escrito em pequenos papéis, para serem enviados para amigos, parentes e familiares entre outros. Portanto o bilhete tem a função de informar a alguém sobre algo, relato, fatos, solicitar ou avisar m assunto entre outros. Não há indícios de onde e quando surgiu o primeiro bilhete. 
Ex.:
CARTA
Carta, missiva, ou ainda epístola, é o termo que descreve um manuscrito ou um impresso destinado a estabelecer uma comunicação interpessoal escrita, entre pessoas e/ou organizações. A legislação brasileira, em sua regulamentação dos serviços postais, define carta como: "objeto de correspondência, com ou sem envoltório, sob a forma de comunicação escrita, de natureza administrativa, social, comercial, ou qualquer outra, que contenha informação de interesse específico do destinatário". Não se sabe ao certo quando elas surgiram, mas os reis do antigo Oriente Médio já escreviam cartas. Por ser também um dos registros mais antigos, alguns estudiosos apontam, inclusive, que a carta é a mãe de todos os gêneros textuais, ao lado dos mitos e contos populares. Já no Egito, mais de 4 mil anos antes da Era Cristã, já existiam os sigmanacis, mensageiros que levavam recados escritos a pé ou montados em cavalos e camelos. Na carta pessoal, é comum encontrarmos uma linguagem pessoal e a presença de aspectos narrativos ou descritivos. Já a carta aberta, destinada à sociedade, tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo.
Ex.:
Brasília, 15 de fevereiro de 2014
Caro Diretor,
Venho por meio desta solicitar o espaço exterior para realizar a feira de ciências organizada pela turma do 9° ano que ocorrerá dia 20 de fevereiro na Escola Estadual José Alvim.
Visto a importânciadesse evento e a impossibilidade de o realizar na sala de aula, pedimos encarecidamente o espaço externo.
Desde já agradecemos a atenção!
Atenciosamente,
Aluno Representante do 9° ano.
NOTICIA
A Notícia é um gênero textual jornalístico e não literário que está presente em nosso dia-a-dia, sendo encontrada principalmente nos meios de comunicação. Trata-se, portanto de um texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real, veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros. Por esse motivo, as notícias possuem teor informativo e podem ser textos descritivos e narrativos ao mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as personagens envolvidas. A primeira publicação regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C.
Ex.: 
PROPAGANDA
A propaganda é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido volante (flyer) de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Ex.:
Chupa Chups – pirulito sem açúcar
Chiclete Ping Pong
Refrigerante H2OH!
Carro Pajero ACW-R – Mitsubishi Motors
Refrigerante PEPSI (propaganda de Halloween)
*Tradução: Nós desejamos um Halloween assustador!
BULA DE REMÉDIO
Trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. No Brasil, a partir do século XX, o termo bula (originado do latim bulla, que significava bola, era dado aos selos colocados em documentos e cartas simbolizando autenticidade e originalidade dos mesmos) passou a designar um impresso que acompanha os medicamentos, contendo informações sobre composição, utilidade, posologias e contraindicações.
Ex.:
CHARGE
A charge é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. As charges foram criadas no princípio do século XIX, por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje.
Ex.:
ADIVINHAS
Adivinha é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal. As adivinhas, também conhecidas como adivinhações ou "o que é, o que é" são perguntas em formato de charadas desafiadoras que fazem as pessoas pensar e se divertir. São criadas pelas pessoas e fazem parte da cultura popular e do folclore brasileiro. São muito comuns entre as crianças, mas também fazem sucesso entre os adultos. Na antiguidade, eram muito usadas como desafio aos homens para provar a sabedoria que possuíam. O primeiro jogo de adivinhação inventado pelo ser humano, e também o provável primeiro jogo de palavras da História, faz parte do folclore oral da maioria dos povos desde tempos imemoriais, assim como as lendas e os mitos. Segundo o “Guinness”, o Livro dos Recordes, o mais antigo quebra-cabeças matemático também é uma adivinha, encontrada num papiro egípcio datado por volta de 1650 a.C.
Quando eu estava me dirigindo para St. Ives (tradução inglesa), encontrei um homem com sete esposas. Cada esposa tinha sete sacos, e em cada saco havia um gato. Cada gato tinha sete crias. Crias, gatos, sacos e esposas, quantos estavam indo para St. Ives? Resp. Um (eu)
Ex.:
- O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro
 
- O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo
 
- Ele é magro pra chuchu, tem dentes mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome?
Resposta: o garfo
- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
 
- O que é o que é feito para andar e não anda?
Resposta: a rua
 
- O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar? 
Resposta: o relógio
 
- Qual é a piada do fotógrafo? 
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
 
- O que é o que é que sobe quando a chuva desce? 
Resposta: o guarda-chuva.
 
- Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital? 
Resposta: em dia de plantão.
 
- O que é? O que é? Que tem mais de 10 cabeças mas não sabe pensar? 
Resposta: uma caixa de fósforos.
 
- O que é o que é que enche uma casa, mas não enche uma mão?
Resposta: um botão
 
- Qual a única pedra que fica em cima da água? 
Resposta: a pedra de gelo.
 
- O que a areia disse para o mar?
Resposta: Deixa de onda.
 
- O que é um monte de pontinhos coloridos no meio do mato?
Resposta: formigas treinando para o carnaval!
 
- O que é um pontinho verde brilhando na cama de um hospital? 
Resposta: uma ervilha dando à luz
 
- O que a esfera disse para o cubo?
Resposta: deixa de ser quadrado.
ROMANCE
Romance é a forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta uma história completa composta por enredo, temporalidade, ambientação e personagens definidos de maneira clara. É oriundo dos contos épicos e revela ações em conjunto com a distribuição de personagens ao longo da trama. Entre as características marcantes desse gênero está a proximidade com a realidade. 
Ex.: 
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Machado de Assis
Uma desconstrução do Brasil, por meio da ironia, que escancara a hipocrisia da nossa elite dirigente no século 19. Machado de Assis dá voz a um narrador defunto que, longe da vida social, pode zombar do caráter das pessoas com quem conviveu. O romance também é importante por se valer de novas técnicas narrativas, fazendo-se a obra mais inovadora daquele século.
O Ateneu (1888), Raul Pompeia
É o precursor da autoficção, um romance carregadamente autobiográfico, centrado nas desilusões do menino Sérgio em um colégio que era tido como o melhor o país. Ele descobre a falsidade e os comportamentos sórdidos de um mundo onde não há lugar para o amor e a amizade. Escrito com um cuidado de poeta parnasiano, este é o romance brasileiro em que a linguagem literária chegou ao seu ápice.
Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos
Um romance montado com cenas avulsas, a partir de quadros, em que Graciliano Ramos acompanha a rotina desesperadora de nordestinos que vivem de fazenda em fazenda, isolados do mundo. Fabiano e Sinhá Vitória têm que tomar uma decisão crucial, eternizar este ciclo de exploração ou tentar dar aos filhos o estudo que eles nunca tiveram. Mais do que um romance sobre a seca e o nordeste, é uma narrativa sobre o poder da linguagem.
A Paixão Segundo GH (1964), Clarice Lispector
É o livro mais importante de Clarice Lispector, marcado por uma estrutura solta, que não tem começo nem fim — inicia e termina com reticências. O que o leitor acompanha é parte dos intermináveis questionamentos de uma narradora atormentada pela necessidade de se conhecer, ampliando metaforicamente o eu e o agora até os primórdios da vida no planeta.
O Coronel e o Lobisomem (1964), José Cândido de Carvalho
Ambientado no litoral carioca, este romance coloca em cena um narrador mentiroso, quegosta de contar vantagem, mas que revela, em cada episódio, a sua ingenuidade de roceiro. O coronel que acreditava em lobisomem é completamente enganado por figuras urbanas, cifrando o fim deste mundo mítico, que não tem mais continuidade no presente. Aqui, a linguagem sertaneja ganha um colorido deslumbrante para cifrar o descompasso deste mundo.
Grande Sertão: Veredas (1956), Guimarães Rosa
Verdadeira enciclopédia do Sertão, este romance avança barrocamente para todos os lados, mostrando um narrador sertanejo que usa filosoficamente a linguagem, modificando-a para tentar dar vazão aos seus questionamentos interiores. Riobaldo narra para nos e para se convencer de sua inocência em relação a três episódios centrais: o pacto que ele teria feito com o diabo, o fato de amar em Diadorim (a guerreira travestida de jagunço) a mulher e não o homem e as mortes que ele comete na jagunçagem.
Dom Quixote de La Mancha (El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha Parte I) (1605), Miguel de Cervantes
Alonso Quijano, o protagonista desta história, é um retirado fidalgo castelhano, com perto de cinquenta anos de idade, cujo excesso de literatura sobre cavaleiros faz com que tenha dificuldades em encontrar a fronteira entre a realidade e a imaginação. Decide vestir uma armadura antiga que tem em casa e sair em aventura como cavaleiro errante. A partir desse momento passa a chamar-se Dom Quixote de La Mancha. Faz-se acompanhar por um vizinho a quem chama de escudeiro, Sancho Pança e seu cavalo esquelético, Rocinante.
Dom Casmurro(1899), Machado de Assis
Bentinho e Capitu são criados juntos e se apaixonam na adolescência. Mas a mãe dele, por força de uma promessa, decide enviá-lo ao seminário para que se torne padre. Lá o garoto conhece Escobar, de quem fica amigo íntimo. Algum tempo depois, tanto um como outro deixam a vida eclesiástica e se casam. Escobar com Sancha, e Bentinho com Capitu. Os dois casais vivem tranquilamente até a morte de Escobar, quando Bentinho começa a desconfiar da fidelidade de sua esposa e percebe a assombrosa semelhança do filho Ezequiel com o ex-companheiro de seminário.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
História em Quadrinhos é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. A História em Quadrinhos nasceu como gênero em 1895, com a publicação da primeira tirinha que convencionou a linguagem das HQs tal qual conhecemos hoje. Normalmente estão associadas à narração, apresentando texto e imagem que estabelecem uma ideia de complementaridade. Gênero muito popular entre crianças e adolescentes, as Histórias em Quadrinhos infelizmente ficaram, por muito tempo, relegadas ao injusto rótulo de “subgênero”.
Ex.:
 
QUADRINHAS
A quadrinha é uma espécie de trova popular, formada por estrofes de quatro versos, normalmente de sete sílabas cada um, também chamadas de quartetos, cujas rimas são simples, assim como as palavras que fazem parte do seu texto. São muito usadas para desafios, provérbios populares e adivinhas. Os relatos do surgimento das quadrinhas apontam para o período do Trovadorismo, por volta do século XII.
Ex.:
Andorinha no coqueiro,
Sabiá na beira-mar,
Andorinha vai e volta,
Meu amor não quer voltar.
 
O colo desta menina,
É branco como algodão,
Tem a beleza das garças,
Voando pelo sertão.
Palavras fora da boca,
É pedra fora da mão,
Tu tens me dito palavras
De cortar-me o coração.
Esta noite tive um sonho,
Mas que sonho atrevido,
Sonhei que era o babado
Da barra do teu vestido.
Chove chuva miudinha,
Na copa do meu chapéu
Antes um bom chuvisquinho,
Do que castigo do céu.
Eu coloquei meu nome,
No teu relógio, querida,
Faça agora o que quiser,
Das horas da minha vida.
Você me mandou cantar,
Pensando que eu não sabia,
Pois eu sou que nem cigarra,
Canto sempre todo dia.
Se vires a tarde triste,
E o ar a querer chover,
Saiba que são os meus olhos,
Que choram por não te ver.
Com jeito tudo se arranja,
De tudo o jeito é capaz,
A coisa é ajeitar o jeito,
E isso pouca gente faz.
Se eu soubesse que ocê vinha,
Eu mandaria buscá,
Com sombrinha enfeitada,
Só pro Sol não te queimá.
Laranjeira pequenina,
carregadinha de flores,
Eu também sou pequenina,
Carregadinha de amores.
Escrevi teu lindo nome,
Na palma da minha mão,
Passou um passarinho e disse:
- Escreve em teu coração.
De encarnado veste a rosa,
De verde o manjericão,
De branco veste a "sucena"
De luto o meu coração.
Batatinha quando nasce,
Espalha rama pelo chão,
Minha amada quando dorme,
Põe a mão no coração.
As estrelas nascem no céu,
Os peixes nascem no mar,
Eu nasci aqui neste mundo,
Somente para te amar!
 
Corre ratinho
Que o gato tem fome.
Corre ratinho
Que o gato te come.
 
A roseira quando nasce
Toma conta do jardim.
Eu também ando buscando
Quem tome conta de mim.
PARLENDA
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. São usadas por adultos também para embalar, entreter e distrair as crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algumas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo. Não é possível saber como surgiram as primeiras parlendas, muitas foram criadas há séculos e passaram de geração a geração tornando-se parte do folclore brasileiro.
Ex.:
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.
Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)
Chuva, choveu
Goteira pingou
Pergunte ao papudo
Se o papo molhou
– Cala a boca!
– Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!
- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
Fui à feira
Encontrei uma coruja
Pisei no rabo dela
Ela me chamou de cara suja
Bam ba la lão
Senhor capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Uma pulga na balança
Deu um pulo
E foi a França
Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
Com uma faca na mão
Passando manteiga no pão
A B C D
Meu burrinho sabe ler
Minha mãe mandou ir na escola
Para ele aprender!
Chuva e Sol,
Casamento de espanhol
Sol e chuva
Casamento de viúva
Tá com frio?
Toma banho no rio
Tá com calor?
Toma banho de regador
A vovó da Mariazinha
Fez xixi na panelinha
E falou pra todo mundo
Que era caldo de galinha.
Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Mata-piolhos.
Lá em cima do piano tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
O culpado não fui
EU 
O macaco foi à feira
Não teve o que comprar
Comprou uma cadeira
Pra (nome da pessoa) se sentar
A cadeira esborrachou
Coitada(o) (nome da pessoa)
Foi parar no corredor.
Quem foi a Portugal
perdeu o lugar.
Quem foi a Cotia
Perdeu a tia.
Quem foi a Pirapora
chegou agora.
Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
Do meu coração.
Lá vai a bola, girar na roda,
Passear depressa e sem demora.
E se no fim, desta canção, você estiver
Com a bola na mão, depressa pule fora.
Corre cutia, na casa da tia.
Corre cipó, na casa da vó.
Lencinho na mão, caiu no chão.
Moça bonita, do meu coração ...
UM, Dois, Três!
Eu sou pequenininha,
do tamanho de um botão.
Carrego papai no bolso
e mamãeno coração.
Quem cochicha o rabo espicha
Come pão com lagartixa!
Tropeiro fala de burro.
Vaqueiro fala de boi.
Jovem fala de namorada.
Velho fala do que foi.
Papagaio come milho,
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros,
triste sina de quem ama.
E-MAIL.
O E-mail ou Mensagem Eletrônica é um gênero textual epistolar do meio eletrônico muito explorado na atualidade. Do inglês, o termo “e-mail” corresponde a abreviação de “eletronic mail”. O e-mail substitui, em partes, as antigas cartas, enviadas pela agência de correios. Ainda que tenha se proliferado de uma maneira muito marcante, as cartas ainda fazem parte do mundo atual. No entanto, torna-se indiscutível a importância do e-mail como suporte e veículo de comunicação moderno. O e-mail surgiu através de troca de mensagens entre usuários de computadores e, o primeiro a que se tem notícia, aconteceu no ano de 1965. Nesta ocasião, a troca de mensagens possibilitava a comunicação entre os múltiplos usuários de um computador do tipo mainframe. Para quem não sabe, mainframe é um computador de grande porte, especializado no processamento de um grande volume grande de informações.
Ex.:
BIOGRAFIA
Biografia é uma história contada sobre a vida de uma determinada pessoa. A biografia escrita ou filmada é o relato dos fatos que articularam a vida pessoal de alguém, desde seu nascimento, sua formação até a chegada à vida adulta com seus consequentes sucessos e fracassos. A biografia de uma determinada pessoa pode, muitas vezes, mostrar fotos para comprovar o que aconteceu, sendo um documento cujo objetivo é mostrar a trajetória inteira da vida de alguém, com dados precisos, incluindo os nomes, locais e datas de todos os acontecimentos marcantes de sua vida. É um genero de cunho narrativo.
Ex.:
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Descendente de uma família de fazendeiros em decadência, o poeta estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ), de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, o itabirano começou a carreira de escritor como colaborador do “Diário de Minas”, que congregava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Devido à insistência familiar para obter um diploma, ele se formou em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Fundou com outros escritores “A Revista”, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais. 
O escritor ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Depois, passou a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954, colaborou como cronista no “Correio da Manhã” e, a partir do início de 1969, no “Jornal do Brasil”. (...) 
Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi, seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa. (...) 
Alvo de admiração unânime, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro- RJ, no dia 17 de agosto, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, fato que o havia deixado extremamente abatido.
Monteiro Lobato
José Renato Monteiro Lobato (depois ele mudou o nome para José Bento Monteiro Lobato) nasceu em 18/04/1882 em Taubaté e morreu em 04/07/1948. Ele foi um dos grandes nomes da literatura infantil brasileira, sendo autor de obras clássicas como "O Sítio do Pica-pau Amarelo". Foi membro da Academia Paulista da Letras e também foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (mas recusou a cadeira). Morreu em 1948, vítima de derrame. 
Monteiro Lobato nasceu em 1882 e, desde cedo, despertou o gosto pela leitura. Quando adolescente, foi para São Paulo estudar no Instituto de Ciências e Letras e mais tarde ingressou na Faculdade de Direito, onde se formou no ano de 1904. 
Depois de ser aprovado num concurso público, começou a trabalhar na cidade de Areias (no Vale do Parnaíba). Além de trabalhar como promotor, Monteiro Lobato também escrevia para diversas revistas e jornais. Em 1908 ele se casou com Maria Pureza da Natividade e o casal teve quatro filhos. Publica Urupês, seu primeiro livro, em 1918. 
O escritor fundou uma editora, mas acabou falindo. Depois Monteiro Lobato se mudou para o Rio de Janeiro e começou a publicar livros infantis. Publicou, em 1921, Narizinho Arrebitado, que foi um grande sucesso e deu origem ao Sítio do Pica-pau Amarelo. Monteiro Lobato morreu de problemas cardíacos em 1948.
Haia Pinkhasovna Lispector (depois mudou para Clarice Lispector).
Clarice Lispector foi uma jornalista e também uma das escritoras mais importantes do século XX. De origem judaica, nasceu na Ucrânia (1920) e emigrou para o Brasil (1922), morando em Maceió. Mudou-se para Recife (1925) e depois para o Rio de Janeiro (1937). 
Ingressou na Faculdade Nacional de Direito (1939) e, nessa época, trabalhava como secretária num escritório de advocacia e fazia traduções de textos científicos. Iniciou sua carreira de jornalista em 1940, trabalhando como redatora e repórter para a Agência Nacional. Recebeu seu primeiro registro profissional em 1942, como redatora do jornal A Noite. 
No ano de 1943, formou-se em Direito, se casou com Maury Gurgel (que era seu colega de turma) e publicou "Perto do Coração Selvagem", o seu primeiro livro. Seu marido foi aprovado no concurso para ser diplomata do Ministério das Relações Exteriores e Clarice passou a acompanhá-lo em suas viagens, morando em vários países (Itália, Inglaterra, Suíça, Estados Unidos). Em 1945, na Itália, durante a II Guerra Mundial, Clarice alistou-se como enfermeira voluntária, servindo na Força Expedicionária Brasileira e dando assistência aos brasileiros feridos na guerra. 
O primeiro filho nasceu em 1949 (na Suíça) e o segundo nasceu em 1953 (nos Estados Unidos). Separou-se de Maury em 1959, retornando ao Rio de Janeiro com seus filhos. Ao retornar ao Brasil, Clarice passou a trabalhar no Correio da Manhã e no Diário da Noite, escrevendo para colunas de assuntos femininos. Em 1960, publicou "Laços de Família" (que venceu o Prêmio Jabuti) e, no ano seguinte, publicou "A Maçã no Escuro" (que foi considerado o melhor livro do ano). Em 1967, começou a publicar suas crônicas no Jornal do Brasil e, nesse mesmo ano, publicou "O Mistério do Coelho Pensante" (livro infantil). 
Em 1969, Clarice Lispector já tinha doze livros publicados. Morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, aos 56 anos.
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) é considerado o maior nome da Literatura Brasileira. Viveu entre os períodos do Romantismo e do Realismo. Ele foi um escritor completo: escreveu vários romances, além de contos, teatro, coletâneas de poemas e mais de seiscentas crônicas. Ele também foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, como também o seu primeiro presidente. 
Ele nasceu numa chácara no morro do Livramento (Rio de Janeiro) em 21/06/1839 (época do Brasil Imperial). Era filho de um pintor (José Francisco Machado de Assis) e de uma lavadeira (Leopoldina Machado de Assis). Sua família era humilde e ele foi criado pela madrasta após perder a sua mãe ainda na infância. Estudou em escola pública, trabalhou como aprendiz de tipógrafo, revisor, funcionário público e colaborou em algumas revistas da cidade (Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio e Revista Ilustrada). Publicou seu primeiro poema em 1855 na revista Marmota Fluminense.
Casou-se com Carolina em 1869 (o casal não teve filhos). 
Seu livro de estreia foi "Ressurreição" (publicado em 1872) e a sua obra se divide entre as épocas do Romantismo (primeirafase) e do Realismo (segunda fase).
Na fase romântica, seus personagens ganharam os traços do Romantismo e os relacionamentos amorosos foram a principal temática de seus livros. Foi nesse período que Machado de Assis escreveu os seguintes livros: Ressurreição (em 1872), A Mão e a Luva (em 1874), Helena (em 1876) e Iaiá Garcia (em 1878). 
Na segunda fase de sua produção (Realismo), os livros de Machado de Assis passaram a abordar o aspecto psicológico dos personagens, fazendo uma análise mais realista e profunda do ser humano, revelando suas necessidades, qualidades e defeitos. Os principais livros desse período foram: Memórias Póstumas de Brás Cubas (em 1881), Quincas Borba (em 1892), Dom Casmurro (em 1900) e Memorial de Aires (em 1908).
Morreu de câncer em 1908, no Rio de Janeiro, deixando-nos o legado de uma obra literária monumental.
RESUMO
O resumo é um gênero textual em que temos que ter duas habilidades: a síntese e a objetividade. Trata-se de um texto em que são dispostos e apresentados os pontos essenciais, ideias ou fatos principais que foram desenvolvidos no decorrer de outro texto. Esses pontos são expostos de forma abreviada, sempre respeitando a ordem em que aparecem no texto resumido. Trata-se de uma ferramenta útil para o estudo e para a memorização de textos escritos ou falados. Por exemplo, quando você ouve uma palestra e anota as ideias principais, pode discorrer em um texto, representando uma versão resumida do texto oral apresentado. Não há registros de onde e quando surgiram os primeiros resumos. Há três tipos de resumo:
Resumo Indicativo: resume somente os fatos importantes, as principais ideias, sem que haja exemplos oferecidos do texto original. É o tipo de resumo mais pedido nas escolas.
Resumo Informativo: resume as informações e/ou dados qualitativos e quantitativos expressos no texto original. Se confunde com os fichamentos e geralmente são utilizado em textos acadêmicos.
Resumo Crítico: chamado de resenha crítica, ele resume as informações do texto original os quais são acrescentados juízos de valor, ou seja, surge argumentos do autor e do escritor do resumo.
Ex.:
Resumo Indicativo: A Hora da estrela de Clarice Lispector.
Narrada por Rodrigo S.M. (narrador-personagem), um escritor à espera da morte, o livro retrata a vida dramática, desde sonhos e conflitos de Macabéa, a protagonista da história.
Nordestina órfã de pai e mãe, e criada por uma tia que a maltratava muito, Macabéa é uma alagoana pobre de 19 anos que possui um corpo franzino e só come cachorro quente. Além disso, ela é feia, virgem, tímida, solitária, ignorante, alienada e de poucas palavras.
Quando foi morar no Rio de Janeiro, conseguiu um emprego de datilógrafa na cidade. No entanto, chegou a ser despedida pelo patrão, seu Raimundo, que por fim, teve compaixão de Macabéa, deixando-a permanecer com o trabalho.
No Rio de Janeiro, Macabéa morava numa pensão e dividia o quarto com três moças. Todas eram balconistas das Lojas Americanas, e no livro são mencionadas como “as três Marias”: Maria da Penha, Maria da Graça e Maria José.
Um de seus maiores prazeres nas horas vagas é ouvir seu rádio relógio, emprestado de uma das Marias.
Mesmo destituída de beleza Macabéa (ou Maca, seu apelido) consegue encontrar um namorado, o nordestino ambicioso metalúrgico Olímpico de Jesus Moreira Chaves. O namoro termina quando Glória, o contrário de Macabéa, bonita e esperta, rouba seu namorado.
Quando foi à Cartomante, a impostora chamada Madame Carlota, Macabéa descobrirá por meia das cartas sua “sorte”. No entanto, ao sair de lá, atravessa a rua muito contente pelas palavras que acabara de ouvir, sendo atropelada por uma Mercedes Benz amarelo.
Foi ali que ocorreu sua "hora da estrela", o momento em que todos a enxergam, e ela se sente uma estrela de cinema. A obra possui uma grande ironia em seu término, posto que só no momento da morte é que Macabéa obtém a grandeza do ser.
Resumo Informativo: Baeder, Angela Martins. Educação ambiental e mobilização social: formação de catadores na grande São Paulo.
Este estudo analisa trabalhos de formação de catadores(as) de materiais recicláveis, realizados coletivamente, na Região Metropolitana da Grande São Paulo, entre 1997 e 2008, com a finalidade de identificar elementos para subsidiar a construção participativa de soluções sustentáveis para a problemática socioambiental de resíduos sólidos nas áreas urbanas. Essas ações educativas estão imbricadas num momento de disseminação de diálogos e ações de Educação Ambiental, voltados para o controle social das políticas públicas e institucionais para a gestão ambiental participativa. A análise dos trabalhos de formação exigiu o levantamento do contexto histórico, dos debates sobre o pensar e agir da Educação Ambiental; das condições de vida e trabalho dos catadores; da problemática socioambiental de resíduos sólidos e as potencialidades e desafios para a consolidação da coleta seletiva como alternativa de economia solidária. Foram foco de análise os trabalhos educativos relativos à organização da Coleta Seletiva no núcleo habitacional Pedra sobre Pedra, na Zona Sul de São Paulo; a mobilização de grupos de coleta na cidade, no Fórum Recicla São Paulo, movimento social de catadores; a Capacitação para implantação das primeiras Centrais de Triagem do Programa de Coleta Seletiva Solidária de São Paulo/2003; o fortalecimento de catadores e do diálogo com o poder público, no Projeto Coleta Seletiva Brasil Canadá. Essas ações educativas estão embasadas teoricamente na multirreferencialidade e no entendimento do compromisso com a construção de sujeitos autônomos para uma sociedade democrática. Os elementos de Educação Ambiental emancipatória foram identificados neste doutorado e, na ação educativa, foram trabalhados por meio de metodologias interativas no coletivo dos catadores. Assim, destacamos os avanços proporcionados pela formação, revelados nos encontros e nas vozes dos ) catadores: a autovalorização; a valorização do próprio trabalho, o fortalecimento da identidade, apropriação dos processos vividos e o planejamento coletivo de ações locais. Com a avaliação realizada neste doutorado, evidenciou-se a necessidade de trabalhos futuros para estender as ações educativas a um contingente maior de catadores, pelas próprias lideranças; intensificar o diálogo com o poder público; superar as barreiras institucionais, com o propósito de criar políticas públicas de resíduos com a inclusão dos catadores(as).
Resumo Crítico: Resenha crítica do livro o “Menino Maluquinho” (1980) - Ziraldo Alves Pinto.
Quem nunca ouviu falar do menino que ‘tinha ventos nos pés’, o ‘olho maior que a barriga’, ‘fogo no rabo’, ‘umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo)’ e que ‘chorava escondido se tinha tristezas’?
É assim, que caracterizamos um dos personagens de Ziraldo que com mais de 30 anos de existência, corrobora sua atemporalidade.
“O Menino Maluquinho”, lançado em 1980 pelo escritor e cartunista Ziraldo, é um clássico da literatura e que continua conquistando o universo infanto-juvenil.
Em entrevista ao Diário Catarinense (2011), Ziraldo afirma que a ideia de criar o menino maluquinho surgiu de considerações e observações pessoais:
“Eu já tinha visto o que tinha acontecido com meninos felizes e infelizes. Os felizes viraram adultos mais bem resolvidos. Os infelizes e desamados, ficaram adultos mais sofridos.”
No tocante ao uso da inocência e da simplicidade, muitas obras de artes nos leva a recordar da célebre frase de Leonardo da Vinci quando nos alerta que:
“A simplicidade é o último grau de sofisticação”.
No livro o “Menino Maluquinho”, isso não é diferente e se torna claro, no momento em que iniciamos a leitura. De partida, já nos familiarizamos com seus desenhos naif, sua linguagem simples, ‘nada de especial’, diriam alguns, ‘tudo de essencial’, afirmariam outros.
Assim, o essencial e o especial se mesclam numa narrativa fluida, simples e familiar. Isso porque a obra trata de aspectos do cotidiano, da simplicidadedos momentos, de um menino travesso com uma felicidade contagiante. Interessante notar que o sucesso da obra não fora passageiro e seu reconhecimento implicou no aumento considerável do número de vendas e edições ao longo desse anos.
E, se pensarmos assim, já temos certeza que esse ‘personagem lendário’ adquiriu uma posição de destaque, já que é considerada uma das maiores obras infanto-juvenis do Brasil. Atualmente, ela é utilizada nas escolas como ferramenta de acesso e, ainda, para disseminar o gosto pela leitura. Além disso, a obra foi adaptada para cinema, série televisiva e desenho animado, expandindo ainda mais os corriqueiros momentos de travessuras desse menino tão maluquinho. Nesse momento, surgem as perguntas: o que torna uma obra literária parte do imaginário de um povo? Como adquire uma posição de destaque?
Para responder essas questões, podemos pensar na psicologia e pressupor uma identificação da personagem com sua personalidade. Ou ainda, percorrer os caminhos da linguística pra explicar que uma linguagem simples e cheia de significados absorve a atenção do público. Entretanto, aqui, a ideia não é esta!
Após a leitura, fica claro é que, com uma linguagem e uma narrativa simples, Ziraldo conseguiu transmitir ao público, a trajetória e os momentos quase universais de uma infância feliz.
Talvez por isso, houve durante essas décadas, enorme aceitação do público. Essa obra vendeu cerca de 2,5 milhões de exemplares ao mesmo tempo que acompanhou nossa era digital.
Assim, hoje encontramos sites do menino maluquinho, com vídeos, jogos, quadrinhos, dentre outros.
“E, como todo mundo, o menino maluquinho cresceu (...) E foi aí que todo mundo descobriu que ele não tinha sido um menino maluquinho ele tinha sido era um menino feliz!”.
A simplicidade com que o livro termina, nos leva a pensar que, como toda criança travessa, sua infância e trajetória de vida está repleta de acontecimentos tão ‘humanos’.
Destacam-se: fazer travessuras, ter inquietudes, se apaixonar, brincar com os familiares, tirar nota baixa na escola, ter bons amigos, algumas namoradas, segredos, jogar futebol, empinar pipa, se machucar, ter decepções e alegrias...
Todos os acontecimentos que resumem uma vida simples e feliz e que o tornam esse ‘cara legal’, são desvendadas pelo próprio Ziraldo no final da estória.
O maluquinho revela diante das coisas boas e nem tão boas da vida, que consegue sorrir e ter princípios e valores.
Segundo o poeta e filósofo estadunidense Henry Thoreau (1817-1862): “Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro”.
Pra mim, essa frase faz sentido na medida em que meu encontro com o “Menino Maluquinho”, foi de extrema identificação, percepção, magia, catarse.
‘Devorei’ a obra nos espaçosos corredores de uma feira de livros na década de 90 na cidade de São Paulo. Eu tinha 8 anos.
Naquele momento inebriada com o cheiro de livros, luzes coloridas e brilhantes, vozes em verso e prosa e as mãos dadas ao papai, que eu iria crescer, igual o menino maluquinho. Assim, o meu novo desafio a partir daí foi a busca para me tornar aquele ‘cara legal’ descrito por Ziraldo. Afinal, ‘ventos nos pés’, vontade de 'abraçar o mundo' e 'imaginação' eu já tinha, e bastante.
CANTIGAS DE RODA
As cantigas populares são um gênero intersimiótico, ou seja, elas harmonizam ao mesmo tempo linguagem verbal e a musical (ritmo e melodia). As cantigas são gêneros passados oralmente, de geração em geração, em brincadeiras infantis. São parte das manifestações populares da cultura e marcam a lembrança de adultos e crianças,por isso devem ser trabalhadas na escola. Por serem textos curtos e de estilo simples, as cantigas populares, podem oportunizar as crianças especialmente as de series iniciais, espaços de interação efetiva, valorizando as experiências significativas de linguagem. As cantigas de roda hoje conhecidas no Brasil têm origem europeia, mais especificamente em Portugal, Espanha e França e foram trazidas ao Brasil juntamente com os portugueses, sem uma estimativa de data.
Ex.:
Marcha Soldado
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acuda acuda acuda
A bandeira nacional
Samba Lelê 
Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)
O Cravo e a Rosa
O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar
Ciranda Cirandinha
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Nesta Rua
Nesta rua, nesta rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem
Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar
Atirei o Pau no Gato
Atirei o páu no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!
Fui no Tororó
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha !
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar !
Por que eu tenho o Pedro
Para ser o meu par !
Sapo Cururu
Sapo Cururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento
Peixe Vivo
Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Escravos de Jó
Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za (bis)
A Barata diz que tem
A Barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado

Outros materiais