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Inspeção de alimentos 1-) Órgãos responsáveis pela inspeção de alimentos no Brasil a. Ministério da agricultura pecuária e abastecimento MAPA - Também conhecido como ministério da agricultura - Desde 1968 o médico veterinário possui exclusividade nesta área - Órgão responsável por fiscalizar fabricas de produtos de origem animal e fabricas de bebidas - Fabrica de bebidas: Suco, chá, cerveja, vinho, cachaça, refrigerante - Fabrica de queijo, fabrica de linguiça - Carne, leite, ovos, pescado e mel - Esse órgão fiscalizam os locais que fabricam alimentos em que o principal ingrediente de preparo é de origem animal, como queijo, iogurte, linguiça e afins • LANAGRO – Laboratorio nacional agropecuário - É o laboratório do ministério da agricultura - Responsável por monitorar, controlar e fiscalizar alimentos e bebidas produzidos e comercializados no Brasil - Realizar analises especificas para verificação de patologias e afins • VIGIAGRO – Sistema de vigilância agropecuária internacional - Faz a fiscalização do transito animal e dos produtos de origem animal - Ele emite o GTA, guia de transito animal - Equinos de provas são fiscalizados por esse órgão - Cães viajando para outro país • VISA – Vigilância sanitária - Responsável pela prevenção e controle de doenças nas populações animais - Controlar e evitar a disseminação de doenças - Como por exemplo febre aftosa, tuberculose, raiva nos animais • SIF – Serviço de inspeção federal – Ministério da agricultura - Fiscaliza os estabelecimentos industriais que pratiquem comércio entre Estados ou para fora do país, exportação • SISP – Serviço de inspeção do Estado de são Paulo – Secretaria estadual da agricultura - SIE, serviço de inspeção estadual, e ele recebe no final o sigla do estado pertencente, no Rio de Janeiro é SIRJ - Fiscaliza os estabelecimentos industriais que pratiquem comercio de produtos no território do Estado de São Paulo • SIM – Serviço de inspeção Municipal – Secretaria municipada agricultura - Fiscaliza os estabelecimentos industriais que pratiquem comercio de produtos apenas no território do próprio município em que estão sediados ∆ Estes órgãos abaixo não possuem nome ou sigla específicos • Fiscalização de alimentos destinados aos animais - Ração, petiscos - Fábrica de ração por exemplo • Fiscalização de produtos destinados aos animais - Medicamentos, e produtos veterinários, shampoo - Fabricas de shampoo por exemplo b. Ministério da saúde - É em nível federal - Órgão responsável por fiscalizar as fabricas de produtos de origem vegetal e a fiscalização do comercio de alimentos e distribuidoras - Supermercado, fabrica de molho de tomate, fabrica de bolo, fabrica de geleia, arroz, feijão, palmito, balas - Este órgão fiscalizam os locais que fabricam alimentos em que o principal ingrediente de preparo é de origem vegetal, como bolo - Faz o planejamento de ações, e leis • Anvisa – Agencia nacional de vigilância sanitária – Ministério da saúde - Nível federal - Tem como objetivo promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços - É a proteção da saúde de toda a população brasileira - Cria leis e programas e repassa para os outros níveis estadual e municipal • Secretaria estadual de saúde – CVS - Centro de vigilância sanitária pertence à secretaria estadual de saúde - Tem como objetivo promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços - Pode até criar algumas leis e programas, mas só em nível estadual • Secretaria municipal de saúde – SIM – Vigilância sanitária - Tem como objetivo promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços - Executa as leis e programas que foram criados pelo nível federal e estadual • Vigilância epidemiológica - Responsável pela prevenção e controle de doenças na população humana - Este órgãos recebe os dados, avalia e planeja ações, quem executa é o centro de controle de zoonoses - Como por exemplo, leptospirose, agressão por animais, febre amarela • Centro de controle de zoonoses - Órgão responsável por executar as ações planejadas pela vigilância epidemiológica - Controle da população de ratos, mosquitos, morcegos e afins Questão de prova Como se divide a responsabilidade da inspeção de alimentos no Brasil? Quais os órgãos e suas competências? - O ministério da agricultura pecuária e abastecimento, o SIF é responsável pela fiscalização de fabricas de produtos de origem animal, como carne, ovos, leite, mel e pescado e fabricas produtores de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, como refrigerante, suco e cerveja. Já o ministério da saúde, ANVISA, é responsável pela fiscalização de fábricas produtores de produtos de origem vegetal, como arroz, feijão, geleia. → Um pouco de história: A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal se torna obrigatório em 1950 com a lei 1283 - Aprova o regulamento RIISPOA - Torna-se obrigatória a inspeção da produção, embalagem, rotulagem, transporte, comercialização - Em 1950 quem inspeciona é o ministério e a secretaria estadual de agricultura - Mas em 1971 eles decidem que chega de parcerias, pois o serviço não está sendo feito corretamente - Lei da federalização em 1971: Essa lei acaba com esses convênios e ele concentra nas mãos no Ministério da agricultura concentra todos os poderes para inspecionar todas as indústrias alimentícias - Por um tempo deu certo, mas depois ele sozinho não conseguiu dar conta, então em 1989 ele estabelece a divisão de tarefas para os níveis estaduais e municipais Questão de prova Como se divide as tarefas nos setores do ministério da agricultura? - O ministério da agricultura é dividido em outros três setores responsáveis por inspecionar fábricas e industrias de produtos de origem animal e bebidas em geral. O SIF inspeciona em nível federal as fabricas de produtos de origem animal que são exportados para outros países e para outros estados, o SIE inspeciona em nível estadual as fabricas de produtos de origem animal que são comercializados somente naquele estado de produção, o SIM inspeciona em nível municipal as fabricas de produtos de origem animal que são comercializados somente naquele município. 2-) Enfermidades veiculadas por alimentos – EVA • Origem: - Origem física: pelos, moscas, papel, grampos, plástico - Origem química: Pesticidas, resíduos químicos, agrotóxicos, aditivos químicos - Origem biológica: Bactéria, fungo, vírus - Origem natural: Alimentos naturalmente contem substancias que não devemos ingerir, como por exemplo, alguns cogumelos, baiacu • Definições: - Intoxicações: Doença causada pela toxina produzida pela bactéria no alimento - Toxinfecções: Dentro do organismo a bactéria produz a toxina - Infecções: Bactéria que causa a doença, não envolve produção de toxina • Gravidade do quadro: - Depende do microrganismo, indivíduo e dose ingerida a. Botulismo – Intoxicação • Agente etiológico: - Toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum - Toxinas de A a G - É uma intoxicação - Botulismo clássico (toxinas no alimento) - Botulismo de lesões (toxinas em feridas) - Botulismo infantil (esporos, germinação, multiplicação e toxigênese no intestino de criança menores de 1 ano) • Distribuição: - Solo, sedimentos de cursos d’água e lagos - Iodo, trato intestinal de mamíferos, aves e peixes - Contaminação dos alimentos por contaminação fecal, solo ou água contaminados • Características do agente: - Bacilo gram + - Formadores de esporos, é uma forma de resistência, são resistentes ao calor - Anaeróbios - Toxina termolábil - Não se multiplica em refrigeração, porém não é morta - pH ótimo: >4,6 para proliferação - Botulismo humano, toxina do tipo A, B, E, F - Botulismo animal, tipo C, D • Período de incubação: - 2h a 10 dias - Usual 12 a 36h • Sinais e sintomas: - Náusea, vômitos, cólicas e diarreia - Cefaleia, vertigem ou tonturas, visão dupla, perda de reflexos à luz - Disfagia - Ataxia, fraqueza - Constipação - Cansaço respiratório, parada respiratória - Letalidade: 50 a 65% em 3 a 10 dias • Alimentos envolvidos: - Conservas vegetais de preparação caseira - Conservas animais, mel - Mais propensos, enlatados sob vácuo ou em óleo • Diagnóstico: - Toxina(8 dias) em sangue, fezes, conteúdo estomacal - Alimentos suspeitos pode se fazer a extração da toxina e inoculação em camundongos • Tratamento: - Terapia respiratória de suporte e soro - Antitoxina polivalente • Prevenção e controle: - Controle, evitar a germinação controlando pH, atividade de água e potencial de oxidação - Ferver os enlatados para destruição da toxina - Refrigerar para impedir sua multiplicação - Industrias acidificam com salmoura b. Intoxicação estafilocócica • Agente etiológico: - Toxina produzida pelo Sstaphylococcus aureus - Toxinas identificadas de A a F • Distribuição: - Presente no homem em cavidade nasal, mãos, unhas e lesões da pele - Animais como bovinos e caninos podem ser portadores • Características do agente: - Cocos - Gram positiva - Não esporogênico - Anaeróbios facultativos - Multiplicam-se entre 10°C e 46°C produzindo toxinas - Toxina termorresistente - Toxina resistente ao congelamento, -20°C - Refrigeração impede sua multiplicação - Calor elimina a bactéria, termolabil - pH ótimo 4,5 a 9,3 - Microrganismo mesófilo - Toxina tipo A, 75% dos surtos • Período de incubação: - 30min a 8h - Média de 4h • Sinais e sintomas: - Repentino mal estar com náuseas, vomito - Dor abdominal e prostração - Diarreia são frequentes, porém sem febre - Curta duração, um ou dois dias • Alimentos envolvidos: - Presunto cozido, produtos cárneos em geral, aves - Salada, molhos, massas recheadas de creme - Batatas peixes, leite e queijo - Salada de maionese, raviolli, lasanha - Alimentos com alta umidade e elevado teor proteico • Prevenção e controle: - Educação e aplicação de medidas de higiene pessoal e de manipulação de alimentos - Refrigeração rápida de produtos de origem animal a temperaturas inferiores a 4°C - Cozimento imediato, temperaturas maiores que 60°C c. Intoxicação por Bacillus cereus • Agente etiológico: - Toxina produzida pela bactéria Bacillus cereus • Distribuição: - Solo e meio ambiente - Esporos presentes no ambiente natural, domestico, hospitalar - Contaminação inicial de alimentos com os esporos nas sobras mantidas entre 4°C e 49°C - Bactéria encontra-se no homem • Características do agente: - Bacilo - Gram positivo - Aeróbio - Mesófilo - Produtor de esporos - Principal causador de mastite em vacas × Toxina diarreica: Termolabil, 55°C por 20min, necrótica × Toxina emética: Termoressistente, 126°C por 90min, tolera ampla faixa de pH(2 a 11) • Período de incubação: × Síndrome emética: 30min a 6h × Síndrome diarreica: 8h a 16h • Sinais e sintomas: × Síndrome emética: - Náuseas, vômitos - Duração máxima de 24h × Síndrome diarreica: - Dores abdominais, diarreia aquosa e profusa, tenesmo, náuseas - Necrose intestinal, óbito - Duração média de 12 a 24h • Alimentos envolvidos: × Síndrome emética: - Arroz e outros cereais × Síndrome diarreica: - Vegetais crus e cozidos - Pescados, massas, pudins a base de amido - Carne, leite, sorvete • Prevenção e controle: - Alimentos devem ser resfriados rapidamente em pequenas porções e mantidos abaixo de 4°C ou acima de 55°C - Não manter alimentos em temperatura ambiente - Alimentos reaquecidos devem estar acima de 75°C - Higiene dos alimentos, equipamentos e manipulação adequada d. Salmonelose • Agente etiológico: - É uma infecção, a própria bactéria causa a doença - Salmonella entérica causa salmonelose - Salmonela paratyphi causa febre paratifoide - Salmonela typhimurium causa febre tifoide • Distribuição: - Mamíferos, aves, repteis e o homem infectado - Transmissão ao alimento através de fezes e água contaminadas • Características do agente: - Bacilo gram negativo - Anaeróbio facultativo - Frio inibe sua multiplicação - Ingerida em pouca quantidade não provoca a doença - Não produtor de esporos - Multiplicam-se entre 7 a 46°C, mesófilo - Destruída em temperatura superiores a 60°C por 12min - Termolábil • Período de incubação: - 2 a 36h • Sinais e sintomas: × Salmonelose: - Dores abdominais, calafrios, febre, náuseas, vômitos - Duração de 1 a 4 dias - Baixa letalidade × Febre tifoide: - Cefaleia, febre alta, diarreia, vômitos, septicemia - Pode ocorrer sangramentos no intestino e nariz - Duração de 8 semanas - Letalidade de 10% × Febre entérica: - Cefaleia, febre alta, diarreia, vomito, septicemia - Pode ocorrer sangramentos no intestino e nariz - Duração de 1 a 3 semanas - Sinais iguais a febre tifoide porem mais brandos • Alimentos envolvidos: - Produtos lácteos, ovos - Pudins, gemadas, maionese - Carne bovinas, suínas e aves, derivados de carne também - Alimentos com alto teor de umidade e elevada porcentagem de proteína • Prevenção e controle: - Tratamento dos efluentes e dos dejetos de origem animal - Higiene do abate - Pasteurização do leite - Manipulação adequada de alimentos - Conservação e cocção nas temperaturas corretas - Tratamento dos animais enfermos - Refrigeração impede sua multiplicação e. Listeriose • Agente etiológico: - Listeria monocytogenes - Infecção, a própria bactéria causa a doença • Distribuição: - Homem(assintomático) - Diversas espécies, ruminantes, monogástricos, aves, peixes, larvas de insetos, rãs - Coloniza o ambiente, sendo encontrada em ralos, pisos, água estagnada, resíduos, utensílios e equipamentos(geladeira) - Ambientes de alta umidade e presença de nutrientes • Características do agente: - Bacilo gram positivo - Anaeróbio facultativo - Não produtor de esporos - Crescimento na faixa de temperatura de 2,5°C e 44°C, mesofilos - Suporta excessivos congelamentos e descongelamentos - Multiplica-se em baixa atividade de água e sobrevive em níveis de 120ppm de nitrato de sódio e 3% de sal • Período de incubação: - 1 dia a semanas • Sinais e sintomas: - Grupo de risco, idosos, gestantes, crianças, imunodeprimidos (30% de letalidade) - Diarréia, febre moderada, fadiga, mal estar - Náuseas, vomito e dores abdominais - Sintomas nervosos em idosos e crianças, meningite, encefalite e abscessos - Mulheres gravidas causam abortamentos, parto prematuro natimorto ou septicemia neonatal - Imunodeprimidos possuem letalidade de 30% • Alimentos envolvidos: - Produtos lácteos, produtos cárneos crus ou processados - Produtos vegetais e de origem marinha • Prevenção e controle: - Limpeza e sanificação dos equipamentos - Evitar a contaminação cruzada, criar barreiras ao acesso de insetos e animais na indústria - Higiene do ambiente e dos manipuladores - Utilizar calor f. E. coli • Agente etiológico: - Infecção por Escherichia coli - A bactéria que causa a doença • Distribuição: - Microbiota normal do TGI de mamíferos - Transmissão ao alimento através de fezes, água, solo, equipamentos, insetos, aves e animais domésticos • Características do agente: - Bastonete gram negativo - Anaeróbio facultativo - Não produtor de esporos - Possui cinco categorias, mas algumas cepas não são patogênicas - Bactéria coliforme fecal - Bactéria enteropatogênica, enterotoxigênica(toxinas termolabeis e termorresistentes), enteroinvasiva, enterohemorrágica(bovino é um reservatório natural) e enteroagregativa • Período de incubação: × Enteroinvasiva: 8 a 24h × Enteropatogênica: 12 a 72h × Enterotoxicogênica: ´8 a 44h × Enterohemorrágica: 3 a 9 dias • Sinais e sintomas: × Enteroinvasiva: - Febre, calafrios, cefaleia, mialgias, espasmos abdominais, diarreia aquosa profusa × Enteropatogênica: - Vômitos, diarreias, dores abdominais e febre - No Brasil mais de 30% doas casos de diarreia aguda em crianças com menos de 6 meses de idade × Enterotoxicogênica: - Diarreia do viajante - Diarreia aquosa, dores abdominais, febre baixa, náuseas - Caso mais severos, diarreia semelhante a água de arroz, vomito, desidratação, choque × Enterohemorrágica: - Colite hemorrágica, dores abdominais e diarreia com grandes quantidade de sangue, ausência de febre - Pode evoluir para síndrome uremica hemolítica, falência renal, DRC • Alimentos envolvidos: - Água e alimentos em condições insatisfatórias de higiene - Enterohemorrágica, doença do hambúrguer • Prevenção e controle: - Higiene pessoal e de manipulação - Evitar contaminação cruzada e rigoroso controle das temperaturas de processamento e de refrigeração g. Vibrio parahaemolyticus • Agente etiológico: - Bactéria Vibrio parahaemolyticus - Infecção, a bactéria que causa a doença • Distribuição: - Águas litorâneas de temperaturas maiores do que 15°C e alimentos de origem marinha • Características do agente: - Bacilo gram negativo - Anaeróbio facultativo - Halófilo, gosta de sal - Não produtor de esporos - Cresce em temperaturas entre 5°C a 42°C, 37°C temperatura ideal de multiplicação - Muito sensível ao calor, temolabil, 60°C por 15min - Sensível ao frio também temperaturas menores do que 5°C ele é inativado - Sensível a desidratação • Período de incubação: - 4 a 96h - Media de 12 a 24h • Sinais e sintomas: - Diarreia profusa, dor abdominal, náuseas, algumas vezes vomito e febre - Geralmente é autolimitante - Em casos mais graves é indicada a terapia de suporte e antibioticoterapia - Pode causar infecções extra intestinais em olhos e feridas abertas - Necessária uma certa quantidade de bactéria no alimento ingerido para que ocorra a infecção e aparecimento do quadro clinico • Alimentos envolvidos: - Basicamente alimentos marinhos crus - Crustáceos, moluscos, lagosta • Prevenção e controle: - Cozimento, refrigeração e congelamento adequado dos produtos h. Campilobacteriose • Agente etiológico: - Bactéria Campilobacter jejuni - Infecção, a bactéria que causa a doença • Distribuição: - TGI de animais domésticos e silvestres, aves - C. lari, flora intestinal de aves aquáticas - c. coli, suínos - Contato direto com animais doentes e/ou infectados e ingestão de água e alimentos • Características do agente: - Bacilos gram negativo - Microaerófilo, baixa concentração de oxigênio - Não produtores de esporos - Cresce em faixa estreita de temperatura, 30 a 47°C - Algumas cepas do C.jejuni produzem toxinas termolabeis - Altamente sensível ao sal, ph ácido, desidratação, congelamento e calor - Não se desenvolve bem fora do hospedeiro • Período de incubação: - 2 a 5 dias, até 10 dias • Sinais e sintomas: - Dose infectante é baixa - Enterocolite: diarreia acompanhada de febre baixa e dores abdominais - Em alguns casos pode ocorrer febre alta e fezes com sangue - Vômitos são raros - Diarreia pode durar 2 a 3 dias - Dores abdominais podem persistir por até 3 semanas - Geralmente é autolimitante - Em casos de febre é recomendada a antibioticoterapia • Alimentos envolvidos: - Leite cru contaminado com matéria fecal - Leite mamítico - Carnes e miúdos de aves e outros animais insuficientemente cozidas • Diagnóstico: - Isolamento a partir dos sintomas e dos alimentos suspeitos • Prevenção e controle: - Evitar contaminação cruzada entre alimentos - Medidas higiênicas e tratamento térmico adequado i. Toxinfecção por Clostridum perfringens • Agente etiológico: - Clostridium perfringens tipo A, C e D - Toxinfecção pois a toxina vai ser produzida no intestino do hospedeiro - Se for ingerida já com a toxina no estomago a doença não é manifestada pois esta é destruída no estomago pelo suco ácido presente - Dentro do TGI a bactéria esporula e produz a toxina • Distribuição: - Solo e TGI de homem e animais - C. perfringens tipo A é o mais comum - Contaminação se dá pelas mãos dos manipuladores, roedores e moscas • Características do agente: - Bacilo gram positivo - Anaeróbio - Produtor de esporos - Possuem cepas termorresistentes(100°C por 60min) e termolábeis(100°C por 10min) - Cresce ampla faixa de temperatura, 15 a 55°C, ideal para multiplicação 43° e 47°C - Enterotoxinas sensíveis ao pH ácido e à ação enzimática • Período de incubação: - 8 a 12h, duração média de 24h • Sinais e sintomas: - Toxina tipo A: Dores abdominais agudas, diarreia com náuseas e febre, vômitos são raros - Toxina tipo C: Dores abdominais agudas e intensas, diarreia sanguinolenta e inflamação necrótica do intestino delgado sendo frequentemente fatal • Alimentos envolvidos: - Carnes de um modo geral, embutidos, conservas de peixe - Patês e queijo fermentado • Prevenção e controle: - Conservação de alimentos acima de 60°C ou abaixo de 4°C - Cuidado com o reaquecimento dos produtos 3-) Leite - Na década de 90 existia leite tipo A, B ou C, pasteurizado - O UHT entro no mercado na década de 90 - A classificação dos leites tem nada tem a ver com quantidade de nutrientes ou gordura, mas sim com sua procedência e produção, como o tipo de rebanho, ordenha, processo de obtenção e número máximo de bactérias após a pasteurização - O leite A tem melhor procedência que o B, e assim por diante - Leite C é o mais barato dos leites, por isso era mais consumido, já o A é o mais caro - Leite C, tem validade de 3 dias - Leite UHT tem validade de 4 meses - Somente o leite C pode virar UHT, ou ele é pasteurizado ou ele vira UHT - O leite UHT é o leite C que passa pelo processo de UHT Perfil de consumo de leite na década de 90 Leite Tipo A - O leite pasteurizado tipo A é produzido em uma fazenda própria - É obrigatório que nesta propriedade tenha uma usina para ser pasteurizado e engarrafado - Por exemplo leites da Fazenda Xangô, Bela Vista - Só tem leite das vacas da fazenda Xangô e Bela Vista - O leite B e C são recolhidos pelo laticínio e processados pelo laticínio Leite desnatado: até 0,5% de gordura Leite semi-desnatado: de 0,6 a 2,9% de gordura Leite integral: Mínimo de 3% de gordura → Instrução normativa 51/2002 ∆ Refrigeração do leite: - O leite será refrigerado em um tanque - Escolhe um produtor que possui uma propriedade mais central e o Ministério da agricultura instala um tanque naquela produção para que os outros produtores despejem esse leite - Este tanque comunitário, vários produtores colocam o leite no mesmo tanque, mas antes deverá ser recolhida uma amostra individual do leite de cada produtor - O laticínio disponibiliza frascos para coleta de amostrar, e quando o laticínio vem pegar o leite refrigerado ele pega essas amostras - Antes do leite entrar no laticínio deve-se ser realizado vários testes - São provas rápidas e simples • Temperatura: até 7°C • pH: Normal 6,3 a 6,7 - Não dá para saber a contagem de bactérias, somente que elas estão lá - Leite muito ácido, contém muitas bactérias que produzem ácido lático - Leite alcalino, indicio de mastite • Resíduo de antibiótico: Deu resíduo o leite é descartado ∆ Limites de CCS e CPP: - Antigamente não existia limite para carga bacteriana no leite C, não havia controle de qualidade, por isso era mais barato também - E existiam limites brandos para os leites tipo A e B - Em 2002 o Ministério da agricultura almejava melhorar a qualidade do leite para chegar ao patamar de exportação, então eles diminuem o limite da carga bacteriana permitida para os leites tipo A e B e criam limites para o leite tipo C - Esta normativa também estabelece a refrigeração do leite cru, o produtor é obrigado a refrigerar o leite Testes para qualidade do leite • Contagem de células somáticas – CCS: - Detecção de mastite o que eleva a quantidade de células somáticas no leite • Contagem padrão em placas – CPP: - Mede a quantidade de bactérias no leite ∆ Como reduzir a carga bacteriana e células somáticas? - Manejo sanitário, limpeza dos animais, limpeza do ambiente, higiene do funcionário, controle de mastite e tratamento das vacas enfermas × Em 2002 o Ministério da agricultura cria limite e prazos: - Teriam 3 anos para chegar até os valores limites de CCS e CPP - Tinham até julho de 2005 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 1.000.000 - ☺ • CCS: Unidades de células somáticas/ml – 1.000.000 - ☺ - As metas foram atingidas × Em 2005 o Ministério da agricultura aumenta mais o limite permitido: - Teriam 3 anos para chegar até os valores limites de CCS e CPP - Tinham até julho de 2008 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 750.000 - ☺ • CCS: Unidades de células somáticas/ml – 750.000 - ☺ - As metas foram atingidas × Em 2008 o Ministério da agricultura aumenta mais o limite permitido: - Teriam 3 anos para chegar até os valores limites de CCS e CPP - Tinham até julho de 2011 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 100.000 - ☻ • CCS: Unidades de células somáticas/ml – 400.000 - ☻ - As metas não foram atingidas - Se o produtor conseguisse chegar nesses limites o leite tipo C estaria dentro dos padrões europeus - O Ministério da agricultura almejava chegar até o padrão do leite europeu para que a sua exportação fosse possível e o leite tipo C poderia ser eliminado, mas isso não ocorreu - Em julho de 2011 eles não haviam conseguido chegar até as metas estipuladas - Então o Ministério da agricultura estende essa prazo para mais seis meses, teriam até dezembro de 2011 para diminuir esse limite - Chegado em dezembro de 2011 os produtores não conseguiram alcançar a meta estipulada, então o ministério cria outra instrução normativa → Instrução normativa 62/2011 ∆ Desaparecimento do leite C: - A instrução normativa dita que o leite C não existe mais - Agora se chama leite cru refrigerado - Esse leite cru refrigerado ou ele é tratado e vira UHT, leite longa vida ou ele vira o leite pasteurizado padronizado ∆ Limites de CPP e CCS: - Em 29 de dezembro de 2011 é publicada a instrução - Ela traz novos limites para a adequação dos produtores, reprograma as metas × Em 2011 o Ministério da agricultura diminui os limites permitidos: - Teriam um ano para se adequar aos novos valores estipulados - Tinham até 2012 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 600.000 - ☺ • CCS: Unidade de célula somática/ml – 600.000 - ☺ - As metas foram atingidas × Em 2012 o Ministério da agricultura diminui os limites permitidos: - Teriam dois ano para se adequar aos novos valores estipulados - Tinham até 2014 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 300.000 - ☺ • CCS: Unidade de célula somática/ml – 500.000 - ☺ - As metas foram atingidas × Em 2014 o Ministério da agricultura diminui os limites permitidos: - Teriam dois ano para se adequar aos novos valores estipulados - Tinham até 2016 • CPP: Unidades formadoras de colônia/ml – 100.000 - ☻ • CCS: Unidade de célula somática/ml – 400.000 - ☻ - As metas não foram atingidas - Então o Ministério publica outra instrução normativa → Instrução normativa 7/2016: - Ministério estende por mais dois anos para que os produtores cheguem até os limites permitidos de CCS e CPP
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