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Aula_5-Leishmania[1]

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Leishmaniose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Gênero Leishmania 
Filo: Sarcomastigophora 
Subfilo: Mastigophora 
Classe: Kinetoplastea 
 
-Protozoários pertencentes à família 
Trypanosomatidae, encontrados em regiões 
quentes do Velho e do Novo Mundo. 
 
- Determinam infecções denominadas 
leishmanioses: 
 
- Leishmaniose Tegumentar Americana 
Cutânea 
Cutâneo-mucosa 
Cutâneo-difusa 
 
- Leishmaniose Visceral (calazar) 
 
Classificação 
 
Complexos: 
 Leishmania braziliensis 
Leishmania mexicana 
Leishmania donovani 
Leishmanioses cutâneas do 
Velho Mundo 
 
Transmissão 
 
Insetos da família 
 Phlebotomidae 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Distribuição mundial 
- Climas equatorial, tropical, subtropical 
- 350 milhões de pessoas em regiões endêmicas com risco de contrair a infecção 
- Prevalência mundial de 12 milhões de infectados em 80 países; estimativa de 
400.000 novos casos da doença por ano. 
 
• LV: Predomina na Índia e redondezas 
• LTA: Predomina nas Américas Central e do Sul e alguns países da África e Ásia 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Formas de vida 
• Ciclo vital (heteroxênico), apresentam 2 formas: 
 
• Amastigotas 
– Intracelulares / hospedeiro vertebrado 
– Parasitam as células do SFM (sistema fagocítico mononuclear) 
– “Fagocitose frustrada” 
 
• Promastigotas 
– Luz do intestino do hospedeiro invertebrado 
– Multiplicam e colonizam o proventrículo do inseto 
– Transmitidas na tentativa de alimentação do inseto 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Formas de vida 
Amastigota 
Promastigota 
Cinetoplasto 
- Mitocôndria única 
- DNA mitocondrial (kDNA) 
- Localizada anterioremente 
ao cinetossoma do flagelo 
Digenéticos (heteroxenos) 
Flagelada e extracelular 
Corpo alongado e flagelo livre 
Oval e intracelular 
Sem movimento 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Formas de vida 
Amastigotas Promastigotas 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Leishmaniores 
COMPLEXO L. braziliensis L. mexicana L. donovani Velho Mundo 
 
 
 
 
 
LESÕES 
Lesões simples 
ou múltiplas da 
pele e 
metástases nas 
mucosas nasais 
e orofaringianas, 
mas não 
invadem as 
vísceras. 
 
Produzem 
lesões benignas 
da pele e não 
dão metástases 
nas mucosas. 
 
Forte tendência 
a invadir as 
vísceras (sistema 
macrofágico do 
baço, do fígado, 
da medula óssea 
e dos órgãos 
linfóides) 
 
Infecções 
limitadas a pele 
que não 
originam 
metástases e 
nem invadem as 
vísceras 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Complexo Leishmania braziliensis 
• Américas 
• Amastigotas relativamente pequenos - 2,3 m 
• Parasitam a pele 
• Não apresentam tendência a invadir as vísceras 
• Tendência a produzir metástases 
– Disseminação e colonização dos parasitos, em áreas distantes do 
ponto em que penetraram, com produção de novas lesões 
• Parasitos não são abundantes nas ulcerações 
• Crescem pobremente em meios de cultura 
 
• Leishmania braziliensis 
• L.panamensis 
• L. guyanensis 
• L. peruviana 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Complexo Leishmania mexicana 
• Américas 
• Amastigotas – 3,2 m 
• Parasitam a pele 
– Lesões benignas 
– Não apresentam metástases nasofaringianas 
• Crescem bem em meios de cultura / hamster 
 
• L. mexicana 
• L. amazonensis 
• L. pifanoi 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
• Amastigotas pequenos - 2,1 m 
• Tropismo pelas vísceras 
– SFM do baço, fígado, medula óssea e tecidos 
linfóides 
 
• Leishmania donovani 
• Leishmania infantum 
– Leishmania chagasi 
Complexo Leishmania donovani 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
• Bacia do Mediterrâneo e Ásia 
• Phlebotomus 
• Limitadas a pele 
– Não originam metástases 
– Não invadem as vísceras 
 
• L. tropica 
• L. major 
• L. aethiopica 
 
Leishmanioses Cutâneas do Velho 
Mundo ou Úlcera Tropical 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Vetores 
 
- 40-70 ovos por desova, eclodem 
depois 6-17 dias 
 
- Larvas se nutrem de matéria 
orgânica por mais 15-70 dias, 
depois pupa (7-14 dias) 
 
-Adultos ativos no crepúsculo ou a 
noite 
 
-Temperatura ideal: 20°C 
 
-Pequenos e pilosos 
-Pouso: asas entreabertas e 
ligeiramente levantadas 
- Américas: flebotomíneos do gênero 
Lutzomyia (mosquito palha, birigui, etc) 
 
- Velho Mundo: gênero Phlebotomus 
 
- Brasil: Lutzomiya longipalpis, L. wellcomei 
e outros. 
 
- Postura de ovos: solo úmido de bosques e 
florestas, matas secundárias ou plantações 
 
- Hematofagia: somente a fêmea -
necessitam do sangue para a maturação 
dos ovários. 
 
- Elas se alimentam sobre animais silvestres, 
mas algumas espécies picam também 
humanos 
 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Vetores 
Lutzomya 
Novo Mundo 
Todos os vetores das Américas 
Fêmeas 
Phlebotomus 
África 
Europa 
Ásia 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Ciclo de vida do inseto 
Insetos põem os ovos 
No solo e outros lugares úmidos das florestas, bosques, matas secundárias, 
plantações de café, cacau ou banana 
 
Larvas 
 
Pupas 
 
Insetos adultos 
 
Fêmeas hematófagas: 
 
Espécies antropófilas 
Picam o homem e têm importância para a transmissão da infecção leishmaniótica à 
população humana 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Ciclo Biológico 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Relação parasito/hospedeiro vertebrado 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Formas de Leishmaniose 
• Leishmaniose cutânea 
• Produzem exclusivamente lesões cutâneas, ulcerosas ou não, 
limitadas 
 
• Leishmaniose mucocutânea ou cutâneo-mucosa 
• Lesões ulcerosas destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe 
 
• Leishmaniose visceral ou calazar 
• Tropismo SFM do baço, fígado, medula óssea e tecidos linfóides 
 
• Leishmaniose cutâneo-difusa 
• Formas disseminadas cutâneas, não-ulcerosas (indivíduos 
anérgicos) 
• Manifestação tardia em indivíduos tratados de calazar 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Reservatórios 
Leishmaniose tegumentar americana 
 
Reservatórios silvestres 
-Algumas espécies de roedores, marsupiais, edentados e canídeos silvestres 
 
Animais domésticos 
-Numerosos registros de infecção, porém considerados hospedeiros acidentais 
 
 
 
 
Leishmaniose visceral 
 
Reservatórios silvestres 
- Raposas e os marsupiais. 
 
Animais domésticos 
- O cão é a principal fonte de infecção. A infecção canina tem precedido a 
ocorrência de casos humanos e tem sido mais prevalente. 
- O Ministério da Saúde informa a ocorrência de 2 a 3 mil casos de Leishmaniose 
Visceral por ano. Estima-se que, para cada caso humano, há uma média de 200 
cães infectados. 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Patogenia 
Infecção e multiplicação intracelular dos parasitos: 
Rompimento e destruição dos macrófagos 
 
Hiperplasia histiocitária (aumento do número de Leishmanias) 
 
Infiltração de linfócitos e plasmócitos (inflamação local) 
 
Fagocitose dos flagelados por macrófagos teciduais 
Não conseguem destruir os parasitos e ainda permitem sua multiplicação no interior dos 
vacúolos digestivos 
 
Infiltração de linfócitos, plasmócitos e outras células inflamatórias 
 
Necrose da epiderme, tecidos adjacentes / órgãos 
 
Úlcera 
 
Reparação da cicatriz  Cura 
Mecanismos de reparação e cicatrização:deixam alterada a estrutura histológica primitiva 
Cicatriz residual / Proteção específica 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Evolução da lesão ulcerada - LT 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fisiopatogenia - LTA 
- Após a ruptura dos macrófagos infectados, ocorre a liberação 
de partículas antigênicas que serão apresentadas ao sistema 
imune, gerando a resposta específica. É provavelmente neste 
momento que características como intensidade e qualidade 
da resposta imune são definidas, influenciando assim a 
evolução da doença para cura espontânea, formas 
autolimitadas ou formas progressivas. 
 
 
- A localização intracelular dos amastigotas no interior de 
macrófagos faz com que o controle da infecção seja 
dependente da resposta imune mediada por células. 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fisiopatogenia - LTA 
- A principal célula efetora da eliminação das amastigotas é o próprio macrófago, 
após sua ativação por linfócitos T auxiliadores (comunicação por meio da secreção 
de citocinas) 
- Eliminação de amastigotas  predomínio de resposta TH1 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fisiopatogenia - LTA 
Para o controle da infecção, é necessária a predominância da resposta imune celular 
com características Th1, envolvendo linfócitos CD4 e CD8 e citocinas como IL-12, IFN-γ, 
fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), linfotoxina e algumas quimiocinas produzidas por 
macrófagos. 
Esta resposta tem como resultado a ativação de macrófagos, tornando-os capazes de 
eliminar o parasito (síntese de intermediários tóxicos de oxigênio e nitrogênio, como o 
óxido nítrico), controlando a infecção 
Quanto mais intensa a resposta de tipo 1, maior a 
eficiência na eliminação do parasito. Quanto mais 
presente a resposta de tipo 2 (baixa produção de 
IFN-γ e níveis altos de IL-10), ao contrário, maior será 
a sobrevivência do protozoário 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fisiopatogenia - LTA 
Alguns indivíduos curam precocemente a 
lesão, às vezes sem procurar atendimento 
médico. Outros permanecem meses com a 
lesão em atividade e o processo de 
cicatrização mostra-se lento. 
Estabelecimento rápido ou tardio 
de uma resposta imune 
específica eficiente na 
eliminação do parasito 
 
- A cura da leishmaniose não é estéril, tem sido possível isolar parasitos viáveis de 
cicatrizes de LTA em indivíduos curados há vários anos. Este fenômeno poderia assim 
explicar o aparecimento de recidivas tardias como também o surgimento da doença 
em pacientes imunocomprometidos, como no caso da AIDS. 
 
- Para a cura do paciente, seja de forma espontânea, seja após tratamento específico, é 
necessário que a infecção tenha estimulado o sistema imune a estabelecer uma 
resposta celular de tipo 1 equilibrada 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fisiopatogenia - LTA 
• A localização intracelular das formas amastigotas no 
hospedeiro mamífero determina que anticorpos 
sejam ineficazes para o controle da infecção. 
 
• Além de não terem influência no destino da infecção, 
os níveis de anticorpos circulantes são diretamente 
proporcionais à gravidade da doença e à atividade da 
infecção. Os títulos de anticorpos específicos são 
mais altos nas formas graves, multiparasitárias, como 
a LCD e a leishmaniose visceral. 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LTA – Aspectos clínicos 
-P.I. = 3 a 8 semanas 
-Picada  Úlcera indolor de cura espontânea em meses  Úlcera mucosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cutânea Cutânea- difusa Mucosa 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LTA – Aspectos clínicos 
-Tegumentar: 
 
 a) Cutânea (“botão do oriente”, 
“Úlcera de Bauru”) 
 
 - Infecção confinada na derme, com 
epiderme ulcerada ou não. 
- no Brasil: L. braziliensis, L. guyanensis, L. 
chagasi, L. lainsoni 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
“Úlcera de Bauru” 
• Características das úlceras: 
–Restritas a pele 
–Redondas, regulares. Únicas ou múltiplas 
–Bordas nítidas, endurecidas e talhadas 
– São limpas, mas podem estar 
acompanhadas de infecções bacterianas 
purulentas 
–Pode ocorrer demora para ulcerar (lesões 
úlcero-vegetantes) 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
“Úlcera de Bauru” 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
“Úlcera de Bauru” 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LTA – Aspectos clínicos 
-Tegumentar: 
 b) Muco-cutânea: 
-Infecção na derme (úlceras), invasão de 
mucosa e destruição da cartilagem 
-No novo mundo: L. braziliensis, L. 
guyanensis, L. mexicana 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Patogenia – Leishimaniose mucocutânea 
Propagação por via hematogênica 
 
Porção cartilaginosa do septo nasal 
 
Nódulos com focos circunscritos ou infiltrados histiocitários com 
raros parasitos e tendência à ulceração 
 
Úlceras costumam progredir em extensão e profundidade 
 
Destruição das cartilagens e dos ossos do nariz, região palatina 
ou do maciço facial 
 
Perfuração do septo ou do palato, estendo-se até a faringe e 
laringe 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Leishimaniose mucocutânea 
• 15% a 20% dos casos 
• Sintomas iniciais: 
– Coriza crônica 
– Obstrução nasal 
– Dor 
• A destruição do septo 
provoca o abaixamento 
da ponta do nariz 
• Lábio superior também é 
atingido pela inflamação 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Fácies tapirídia 
Impressão sugestiva de focinho de anta 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
• Formas mais avançadas 
– Destruição do dorso do nariz 
– Mutilação do semblante do 
indivíduo 
– Perturbações da fonação ou 
afonia 
– Compromete a alimentação 
– Febre, mal-estar, anemia 
moderada 
 
• Segregação social do 
paciente 
– Aspecto repugnante 
– Mau cheiro 
– Repercutem sobre o 
psiquismo e o 
comportamento do doente 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LTA – Aspectos clínicos 
-Tegumentar: 
c) Cutânea difusa: 
- Quando as lesões não tornam-se ulcerativas, e 
sofrem metástase pela pele 
- Forma lepromatosa 
- Infecção confinada na derme, formando 
nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o 
corpo 
-Associado a deficiência imunológica do paciente 
- Reação inflamatória local muito reduzida ou 
ausente 
- Crescimento exagerado da população 
parasitária 
Produção de níveis elevados de antígenos 
Indução de tolerância imunológica 
-Novo mundo, L. pifanoi, L. amazonensis 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Leishmaniose Visceral ou Calazar 
• Medula óssea 
– Hipoplasia do setor hematopoético 
• Diminuição de hemácias, PMN, plaquetas, linfócitos 
– Hiperplasia do setor histiocitário 
• Resulta em anemia, hemorragias freqüentes, tolerância imunológica e 
imunodepressão 
 
• Baço e fígado 
– Hipertrofia dos órgãos (SFM), fibrose e atrofia morfofuncional, 
disfunção do órgão 
– Resulta em desnutrição (caquexia) 
 
• Febre constante, palidez e fraqueza, perda de apetite 
• Forma fatal de leishmaniose 
– Evolução lenta - 1-2 anos 
– Fulminante - poucos meses 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Características imunológicas 
• Ocorre hipersensibilidade tardia após recuperação 
espontânea ou quimioterapia 
 
• Proliferação policlonal de células B com aumento nos 
níveis de imunoglobulinas inespecíficas 
 
• Os parasitas encontrados em células distribuídas 
pelo corpo provocam doença sistêmica, caracterizada 
por leucopenia e esplenomegalia e liberação de 
caquectina (TNF)Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LV – Aspectos clínicos 
-P.I. - bastante variável tanto para o 
homem, como para o cão 
No homem, é de 10 dias a 24 meses 
(média entre 2 a 6 meses) 
No cão, varia de 3 meses a vários 
anos (média de 3 a 7 meses) 
-Hipertrofia e hiperplasia do sistema 
macrofágico do fígado, baço, medula 
óssea e linfonodos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
LV – Aspectos clínicos 
-Visceral ou Calazar (L. donovani, L. infantum): 
-Caracterizada por: 
• febre irregular e de longa duração 
• hepatoesplenomegalia 
• linfoadenopatia 
• Anemia e leucopenia 
• Hipergamaglobulinemia 
• Emagrecimento 
• Edema 
• Caquexia e morte se não for tratado, 
dentro de 2 anos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Visceral ou Calazar 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico - LT 
Clínico 
 Características da lesão e dados epidemiológicos 
 
Laboratorial 
-Exame direto de esfregaços corados (Romanowsky, 
Giemsa ou Leishman) 
 
 
 
 
-Cultura 
-Imunológico  reação de Montenegro 
- Biópsia ou raspagem, especialmente na 
borda, junto à base 
- Úlceras novas – ricas em parasitos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico - LT 
As Leishmanias são vistas nas formas amastigotas 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico - LT 
Imunológicos 
Teste de Montenegro 
-Injeção sob a derme, de promastigotas de L. braziliensis, mortas em suspensão 
-Leitura no terceiro dia 
-Positiva em 95% dos casos 
Teste de Montenegro 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico - LT 
Imunológicos 
Teste de Montenegro 
-Injeção sob a derme, de promastigotas de L. braziliensis, mortas em suspensão 
-Leitura no terceiro dia 
Teste de Montenegro 
- A positividade do teste significa que o indivíduo 
já foi sensibilizado mas não necessariamente que 
seja portador da doença 
 
- Negativo nas seguintes situações: fase inicial da 
doença (trinta primeiros dias de lesão), 
imunodeprimidos, forma cutânea difusa, quadros 
disseminados, leishmaniose visceral 
 
- As pessoas tratadas apresentam reações 
positivas durante muitos anos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico - LT 
Imunológicos 
Teste de Montenegro 
-Injeção sob a derme, de promastigotas de L. braziliensis, mortas em suspensão 
-Leitura no terceiro dia 
Teste de Montenegro 
- Uma reação de Montenegro positiva em 
indivíduos de áreas endêmicas sem história de 
LTA e sem qualquer lesão suspeita, aponta 
para a possibilidade de infecções subclínicas 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Tratamento - LT 
Controle de cura: 
 
- Não há método seguro para isso. Há necessidade de reavaliações periódicas durante 5 
a 10 anos. 
- espera-se que as lesões cutâneas permaneçam cicatrizadas, as alterações mucosas 
ausentes, a reação de Montenegro positiva e, no soro, ausência de anticorpos 
específicos, ou apenas baixos títulos de IgG. 
Tratamento da lesão ulcerativa de leishmaniose tegumentar americana com 
antimonial pentavalente 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Diagnóstico – LV ou Calazar 
Clínico: sintomas 
- Febre baixa recorrente, envolvimento linfohepático, esplenomegalia, 
caquexia e dados epidemiológicos 
 
Laboratorial: 
 
Exames Parasitológicos Testes Imunológicos Análise de DNA por PCR 
Demonstração direta do 
parasito Testes sorológicos Oligonucleotídeos espécie-
específicos do DNA do 
cinetoplasto Cultura Detecção do antígeno rk39 
na urina 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Tratamento – LV ou Calazar 
Antimoniais pentavalentes, pentamidinas, anfotericina B 
Todos eficientes 
Regressão da heptoesplenomegalia 20 dias após tratamento. 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Tratamento – LV ou Calazar 
• Critérios de cura – LV 
 
• São essencialmente clínicos. 
 
• O desaparecimento da febre é precoce e acontece por volta do 5º dia de medicação, a 
redução da hepatoesplenomegalia ocorre logo nas primeiras semanas. Ao final do 
tratamento, o baço geralmente apresenta redução de 40% ou mais, em relação à 
medida inicial. 
 
• O ganho ponderal do paciente é visível, com retorno do apetite e melhora do estado 
geral. Nessa situação, o controle através de exame parasitológico ao 
 
• término do tratamento é dispensável. 
 
• Seguimento do paciente tratado deve ser feito aos 3, 6 e 12 meses após o tratamento e 
na última avaliação se permanecer estável, o paciente é considerado curado 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Ecologia das leishmanioses do 
Velho Mundo 
 Contato íntimo entre humanos e 
seus animais domésticos criam 
condições ótimas para a 
transmissão dos parasitos 
 
 Áreas rurais: zoonose 
 
 Ambientes urbanos: infecção 
humano-humano 
 
 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Leishmaniose tegumentar 
americana em cães 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Calazar em cães 
Caquexia, distrofia, paralisia, apatia 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
 A maioria das pessoas se infectam 
enquanto trabalham ou caçam em 
florestas 
 
 roedores, marsupiais, edentados e 
canídeos silvestres representam os 
reservatórios para os parasitos 
 
 Padrão de transmissão silvático 
Ecologia das leishmanioses do Novo Mundo 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Aspectos Epidemiológicos - Brasil 
 
Leishmaniose Tegumentar Americana: 
 
Tempo: 2001 a 2007 - 185.037 casos. 
 
Lugar: Todas as Unidades Federadas: região Norte representa 40% dos casos, 
seguida pelas regiões Nordeste (31%), Centro-Oeste (16%), Sudeste (10%) e 
Sul (3%). 
 
Pessoa: Mais freqüente no sexo masculino (72%) e em maiores de 10 anos 
(91,5%). A forma cutânea representa 92% dos casos 
 
Notificação de casos confirmados: todo caso confirmado de LTA é de 
notificação obrigatória às autoridades locais de saúde (Portaria SVS/MS Nº 5 
de 21/02/06) 
 
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) – Ministério da Saúde 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Aspectos Epidemiológicos - Brasil 
 Leishmaniose Visceral: 
 
Tempo: 2001 e 2007 - 22.971 casos de LV 
 
Lugar: Distribuída em 20 Unidades Federadas, atingindo quatro das cinco 
regiões, com exceção da Sul. Atualmente, a região Nordeste representa 56% 
dos casos, seguida pelas regiões Sudeste (19%), Norte (18%) e Centro-Oeste 
(7%). 
 
Pessoa: É mais freqüente no sexo masculino (60%) e em crianças menores de 
5 anos (45%). 
 
Notificação de casos suspeitos: Todo caso confirmado de LV é de notificação 
obrigatória às autoridades locais de saúde (Portaria SVS/MS Nº 5 de 
21/02/06). 
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) – Ministério da Saúde 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Medidas profiláticas 
 Levantamento epidemiológico 
 
 Uso de repelentes, telas de proteção 
 
 Borrifação freqüente de ambientes 
 
 Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com 
alta incidência de flebotomíneos 
 
 Tratamento/exterminação de animais domésticos infectados 
 
 Construção de casas a grande distância da orla florestal 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Vacinação de cães 
 Desenvolvida pela UFRJ 
 
 Inúmeros estudos realizados em cães de áreas de grande 
incidência da doença demonstraram que a vacina confere 
proteção de 92 a 95% 
 
 Cães sadios e soronegativos para Leishmaniose Visceral 
Canina, a partir dos 4 meses de idade. 
 
 O protocolo completo de vacinação écomposto por 3 doses, 
respeitando um intervalo de 21 dias entre as aplicações. A 
revacinação deverá ser feita 1 ano após a primeira dose e 
repetida anualmente, proporcionando a manutenção da 
resposta imune, principalmente celular. 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Leishmaniose 
Vacinação de cães 
 O cão só é considerado protegido 21 dias após 
a terceira dose de Leishmune. Se o animal 
estiver previamente incubado ou infectar-se 
durante o programa de vacinação, a vacina 
não impedirá o desenvolvimento da doença, 
nem o aparecimento dos sintomas. 
 
 A vacina deve ser usada somente para a 
prevenção da Leishmaniose Visceral Canina e 
não como tratamento.

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