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Aula_8-Esquistossomose_mansônica[1]

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Helmintos 
Esquistossomose 
mansônica 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior 
Helmintos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Sub reino Filo Classe Gênero (exemplos) 
Metazoa 
Nemathelminthes 
Vermes cilíndricos, não 
segmentados, apresentam 
cavidades corporais, e sistema 
digestório completo 
Ascaris 
Trichuris 
Ancylostoma 
Necator 
Enterobius 
Platyhelminthes 
Vermes chatos, não apresentam 
cavidades corporais 
 
Cestoda 
Verme adulto encontrado no 
instestino de seu hospedeiro 
Cabeça (escólex) com órgãos de 
sucção, corpo segrmentado mas 
sem canal alimentar 
Cada segmento do corpo é 
hermafrodita 
Taenia 
 
Trematoda 
Não segementado, usualmente em 
forma de folha, com órgãos de 
sucção, mas sem cabeça distinta 
Apresentam canal alimentar e são, 
usualmente, hermafroditas 
(Schistosoma é a exceção) 
Fasciolopsis 
Schistosoma 
Reino: Animalia 
Classificação taxonômica dos helmintos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Filo Platyhelmintes 
• Representantes mais inferiores dos helmintos 
• Simetria bilateral 
• Ausência de exo ou endoesqueleto 
• Achatados dorsoventralmente 
• Sem celoma (cavidade embrionária) 
• Com ou sem tubo digestivo 
• Sem ânus 
• Sem aparelho respiratório 
• Sistema excretor tipo protonefrídico 
– formado por vários túbulos excretores com células-flama 
• Tecido conjuntivo enchendo os espaços entre os órgãos 
• Vida livre, ecto ou endoparasitas 
• Quatro classes: Turbellaria, Trematoda, Cestoda 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Classe Trematoda 
• Ecto ou endoparasitos 
• Corpo não-segmentado e recoberto por cutícula 
• Uma ou mais ventosas 
• Presença de tubo digestivo 
• Ânus geralmente ausente 
• Hermafroditas ou não 
• Evolução simples ou com hospedeiro intermediário 
• Forma típica de folha 
• Digenéticos – estágios de reprodução assexuada e sexuada 
• Cutícula de natureza acelular, lisa ou com espinhos, escamas ou cerdas 
• Camada muscular 
• Parênquima – onde encontram-se os sistemas digestivo, reprodutor, 
excretor e nervoso 
• Pobres em órgãos dos sentidos 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Uma das doenças mais largamente difundidas no mundo, com grande 
repercussão sócio-econômica; 
 
- No Brasil, o único agente etiológico é o trematódeo Schistosoma 
mansoni. 
www.uni-bielefeld.de/biologie/Didaktik 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Os hospedeiros intermediários são moluscos de água doce da família 
Planorbidae. 
 
- Biomphalaria glabrata assume grande importância, devido a sua distribuição 
e alta suscetibilidade à infecção pelo trematódeo (Souza et al. 1995). 
www.genome.edu 
Hospedeiro intermediário 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Moluscos transmissores 
• Ordem Pulmonata 
• Família Planorbidae 
• Subfamília Planorbinae: 
– Biomphalaria glabrata, B. straminea, B. tenagophila (Américas) 
– Biomphalaria pfeifferi (África e Ásia ocidental) 
– B. alexandria (Egito) 
 
 
• Subfamília Bulininae 
– Bulinus spp (África e Próximo Oriente) 
• Schistosoma haematobium 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- É encontrada na África e Península Arábica. Na América do Sul, fixou-se nas Antilhas, Venezuela, Suriname e Brasil. 
- No Brasil a transmissão ocorre principalmente numa faixa contínua, ao longo do litoral. A maior endemicidade da 
esquistossomose ocorre em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais 
OMS, 2004 
Ocorrência 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Número de Pessoas Afetadas 
-2 bilhões de pessoas (mais de 1/3 da população mundial) 
 
 
 
OMS, 2004 
Ocorrência 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Ovo 
– Casca dupla, espinho lateral, embrião incompleto (300 
ovos/dia) 
– Oviposição a nível da submucosa intestinal 
– Leva de 7 a 12 dias para atravessar os tecidos e ganhar a 
luz intestinal (mecanismo de migração desconhecido) 
– Embriogênese completa-se durante trajeto até as fezes 
 
• Miracídeos 
– Ciliados 
– Uma vez liberado do ovo, tem de seis a 8 horas para 
encontrar o caramujo 
– Células e estruturas internas embrionárias 
– Glândulas na extremidade anterior 
– Teriam quimiotaxia aos moluscos? 
Formas de vida 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Esporocistos / Rédias 
– Estrutura sacular alongada, perdem tecidos 
especializados 
– Formados cerca de 14 dias após a penetração do 
miracídio 
– Células germinativas  cercárias 
– Duas semanas depois iniciam a liberação de cercárias 
 
• Cercárias 
– Pouco maior que 1mm, passa a ser visível. 
– Corpo piriforme achatado dorsoventralmente 
– Órgãos de fixação, com glândulas de penetração 
– Cauda muscular bifurcada 
– Vive cerca de 36 a 48 horas 
 
• Esquistossômulos 
– Forma transportada pela circulação 
Formas de vida 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Adultos 
– Se tornam adultos no sistema porta hepático 
– Têm sexos separados 
– Macho (1cm): Canal ginecóforo 
– Fêmea (1,2 – 1,6cm): Corpo mais longo e fino 
 
• Características comuns: 
– 2 ventosas (trematódeos): oral e ventral 
(acetábulo) 
– Órgãos reprodutores 
– Alimentação: sangue (metabolismo 
anaeróbio) 
– Movimentação por distensão e contração dos 
músculos (ventosas) 
 Quando acasalados, migram para os ramos terminais da veia mesentérica inferior, principalmente 
vênulas do plexo hemorroidário. Aí vivem por 5 a 6 anos. Fêmea – oviposição diária 300 a 400 ovos 
Formas de vida 
PELE 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
FÍGADO (SISTEMA PORTA) 
VEIAS MESENTÉRICAS 
(INTESTINO/RETO) 
CERCÁRIAS 
ESQUISTOSSÔMULOS 
VERME ADULTO 
VERME ADULTO/OVIPOSIÇÃO 
Ciclo de vida 
Schistosoma mansoni crescendo no fígado 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Pode produzir alterações anatomopatológicas de caráter e 
gravidade diversas; 
 
 - Em algumas áreas, 4 a 5% dos doentes desenvolvem lesões 
esplênicas graves. A evolução do processo patológico 
depende de várias circunstâncias, entre elas: 
 
a) A linhagem do parasito, a carga infectante e a freqüência 
com que ocorrem as infecções; 
b) Características do hospedeiro e seu meio; 
c) Duração da infecção. 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Patogenia 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Patogenia e patologia 
• Varia com uma série de fatores: 
 
– Parasito: linhagem, carga infectante e condições 
fisiológicas das cercárias 
 
– Hospedeiro: idade, estado nutricional e fase do 
desenvolvimento, hábitos, condições de vida, etc 
 
– Duração da infecção, reinfecção e carga parasitária 
acumulada ao longo dos anos 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Revisando Características de Resposta Inflamatória... 
Inflamação Aguda 
 
Constitui um mecanismo de defesa local, exclusivo de tecidos mesenquimais 
lesados. Pode ser definida como sendo uma... 
 
 "... resposta local do tecido vascularizado agredido, caracterizada por alterações do 
sistema vascular, dos componenteslíquidos e celulares, bem como por adaptações 
do tecido conjuntivo vizinho". 
 
Sinais cardinais: dor, tumor, calor, rubor e perda de função 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Revisando Características de Resposta Inflamatória... 
Inflamação Crônica 
 
"Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros 
elementos teciduais, diante da permanência do agente agressor". 
 
Classicamente é composta por: 
- Células do SFM, linfócitos e plasmócitos, 
- Destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase 
degenerativo-necrótica), 
- tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de 
vasos sangüíneos (angiogênese) 
- pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose). 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Fase aguda da esquistossomose 
• Penetração das cercárias 
– Exantema 
– Prurido 
– Outras manifestações alérgicas locais 
 
• Forma toxêmica (reação imunológica provocada por 
imunocomplexos) 
– Febre 
– Eosinofilia 
– Linfadenopatia 
– Esplenomegalia 
– Urticária 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Morrem 
Produzem fenômenos inflamatórios locais bastante pronunciados = 
dermatite cercariana 
Cercárias de Schistosoma ou de outros trematódeos 
1-3 h após a penetração aparece na pele uma reação inflamatória com 
células polimorfonucleares / mononucleares 
Não conseguem completar sua atividade migratória 
Fase aguda da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Alterações cutâneas – penetração das cercárias 
 
http://dermis.net 
www.biology.iastate.edu 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Fase aguda da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Modificação do tegumento das larvas 
– Deixam de fixar anticorpos ou complemento 
 
• Contínua descamação da superfície externa do tegumento 
dos vermes adultos 
 
• Camuflagem 
– Presença de antígenos do hospedeiro (ou antígenos semelhantes aos 
do hospedeiro) adsorvidos ou incorporados à membrana do parasito 
Mecanismos de escape da 
resposta imunológica 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Ativação de células Th2 (IL-4, IL-5) 
Produção de anticorpos IgE 
Aderem-se à superfície dos helmintos 
Ativação de eosinófilos 
Secretam grânulos com enzimas que destroem os parasitas 
Respostas imunes adaptativas aos helmintos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Formas larvárias 
– Mais imunogênicas / mais sensíveis aos mecanismos imunológicos que os adultos 
– Impede que o número de vermes albergados vá aumentando continuamente 
sempre que exposto a reinfecções 
 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Alterações gerais: 
 
 Obstrução embólica de vasos e reação inflamatória; 
 
 Hepatite difusa – produtos dos vermes imaturos; 
 
 Esplenite aguda – hipersensibilidade (presença do 
parasito). 
 
Fase aguda da esquistossomose 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Fase crônica da esquistossomose 
• Ovo 
– Principal elemento responsável pela patogênese 
– Intestino  hemorragias 
– Fígado  reação inflamatória crônica: reação 
inflamatória granulomatosa ou granuloma 
 
• Adulto 
– Espoliação 
– Consome 1/5 de seu peso seco de glicose e 2,5mg 
de ferro/dia 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Migração do ovo pela luz intestinal 
Ovo na luz com muco inflamatório 
Sangue sob a 
mucosa intestinal 
Ovos em migração 
pela mucosa 
intestinal 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Ovos 
 
Neutrófilos(morte dos miracídios) 
Eosinófilos, linfócitos, plasmócitos 
Macrófagos 
 
Se justapõem (lembram células 
epitelióides) 
 
Ficam em contato direto com os restos 
ovulares 
 
Fundem-se: gigantócitos (massas 
sinciciais multinucleadas) 
 
Abarcam total ou parcial/ os ovos 
 
Digestão 
Depósito de fibras reticulares que se dispõem em 
círculo, na periferia do granuloma 
 
Depósito de fibras reticulares que se dispõem em 
círculo, na periferia do granuloma 
 
Alguns macrófagos se transforma em fibroblastos 
 
Fabricam colágeno 
 
Fibrócitos 
 
Granuloma: cicatriz fibrosa de estrutura lamelar 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Processo inflamatório ao 
redor de muitos ovos 
+ 
Contínua produção de 
mais ovos 
= 
Confluência de 
granulomas 
Extensas áreas cicatriciais 
 
Alteram a arquitetura 
dos tecidos onde se 
encontram 
Os granulomas 
servem para conter 
os ovos do S. 
mansoni 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Granuloma 
 Elemento anatomopatológico básico do processo 
esquistossomótico crônico; 
 
 Reação inflamatória que envolve os ovos que não 
conseguem deixar o organismo, mas evoluem até a 
produção do miracídio; 
 
 Localização – parede do intestino, fígado ou em 
vários outros órgãos; tanto dentro dos vasos como 
fora. 
 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
EVOLUÇÃO DO GRANULOMA 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/laminfl9.html 
1. Inicialmente aparecem em torno do ovo 
numerosos macrófagos, seguidos de 
eosinófilos, linfócitos e alguns plasmócitos; 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
EVOLUÇÃO DO GRANULOMA 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/laminfl9.html 
1. Inicialmente aparecem em torno do ovo 
numerosos macrófagos, seguidos de 
eosinófilos, linfócitos e alguns plasmócitos; 
2. Os macrófagos, em contato imediato 
com o parasito, se justapõem, lembrando 
as células epiteliais. Estas células se 
fundem, formando os gigantócitos; 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
EVOLUÇÃO DO GRANULOMA 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/laminfl9.html 
1. Inicialmente aparecem em torno do ovo 
numerosos macrófagos, seguidos de 
eosinófilos, linfócitos e alguns plasmócitos; 
2. Os macrófagos, em contato imediato 
com o parasito, se justapõem, lembrando 
as células epiteliais. Estas células se 
fundem, formando os gigantócitos; 
3. Começam a depositar-se fibras 
reticulares, que se dispõem em círculo, na 
periferia do tubérculo; 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
EVOLUÇÃO DO GRANULOMA 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/laminfl9.html 
1. Inicialmente aparecem em torno do ovo 
numerosos macrófagos, seguidos de 
eosinófilos, linfócitos e alguns plasmócitos; 
2. Os macrófagos, em contato imediato 
com o parasito, se justapõem, lembrando 
as células epiteliais. Estas células se 
fundem, formando os gigantócitos; 
3. Começam a depositar-se fibras 
reticulares, que se dispõem em círculo, na 
periferia do tubérculo; 
4. Alguns macrófagos transformam-seem 
fibroblastos, fabricando grande quantidade 
de colágeno; 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
EVOLUÇÃO DO GRANULOMA 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/laminfl9.html 
1. Inicialmente aparecem em torno do ovo 
numerosos macrófagos, seguidos de 
eosinófilos, linfócitos e alguns plasmócitos; 
2. Os macrófagos, em contato imediato 
com o parasito, se justapõem, lembrando 
as células epiteliais. Estas células se 
fundem, formando os gigantócitos; 
3. Começam a depositar-se fibras 
reticulares, que se dispõem em círculo, na 
periferia do tubérculo; 
4. Alguns macrófagos transformam-se em 
fibroblastos, fabricando grande quantidade 
de colágeno; 
5. À medida que aumentam os fibroblastos, 
as demais células vão desaparecendo, e 
por fim, o granuloma apresenta-se como 
uma cicatriz fibrosa de estrutura lamelar. 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Granulomas 
Granuloma intestinal Granuloma hepático 
Macrófagos e 
eosinófilos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Fibrose periportal 
 Muitos ovos são arrastados pela corrente sangüínea 
e ficam retidos nos capilares dos espaços porta do 
fígado, acumulando granulomas. 
 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/pecasdc13.html 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Fibrose periportal 
Fibrose periportal ou “fibrose em haste de cachimbo de barro” 
 
Dificuldades de circulação sanguínea hepática (1,5 l de 
sangue/min passa pelo fígado; 75% procedem da veia porta) 
 
Hiperplasia e hipertrofia do SFM 
 
Megalia do fígado, congestão funcional 
 
Hipertensão porta 
 
Congestão e edema na parede do estômago e dos intestinos 
Megalia do baço (congestão venosa e aumento de SFM) 
Alterações na circulação e atividade fisiológica de outros órgãos 
abdominais 
 
A fibrose esquistossomótica 
Esquema do sistema porta para explicar o arraste de ovos do 
intestino (seta azul) para o fígado (seta vermelha). 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Dificuldade circulatória aumenta 
 
Sangue abre passagem através das anastomoses que existem 
entre o sistema porta e cava inferior e entre porta e cava 
superior 
 
Vasos calibrosos muito evidentes 
 
Fases mais avançadas: 
 
Hepatoesplenomegalia descompensada 
Hemorragias digestivas (edema e derrame cavitário ou ascite) 
Fígado torna-se incapaz de cumprir suas funções (cirrose) 
podendo levar o paciente à caquexia e ao coma hepático 
 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
-Causada por obstrução do fluxo sangüíneo no sistema portal. 
 
Hipertensão no sistema venoso portal 
- esplenomegalia 
- circulação colateral 
- ascite 
 
Adaptado de: http://hopkins-gi.nts.jhu.edu/images/shared/disease/database/shared_9700_shared_7366_AD-07.jpg 
A circulação porta hepática 
desvia o sangue venoso dos 
órgãos gastrointestinais e do 
baço para o fígado antes de 
retornar ao coração. 
-Aumento da pressão hidrostática 
das veias dos órgãos abdominais 
(veias dilatadas) 
-Diminuição da pressão oncótica 
dos vasos (hipoalbuminemia) 
Hipertensão portal 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Hipertensão portal – Congestão passiva crônica do fígado 
- Acúmulo de sangue em leitos vasculares que normalmente 
drenam para a veia porta. 
 
http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/microscopia/dvicong.htm 
Lóbulo hepático Lóbulo hepático – grande aumento 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- Esplenomegalia 
- Sequestro sanguíneo pelo baço 
- Hiperplasia das células do sistema macrófago-linfocitário 
www.fcm.unicamp.br/.../anatomia/pecasdc14.html 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
- A hipertensão portal acarreta congestão e edema na 
parede do estômago e dos intestinos 
 
www.universityscience.ie 
- Alterações na circulação e fisiologia de 
órgãos abdominais 
 
- Aumento da pressão venosa – o sangue 
abre passagem através de anastomoses 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/pecasdc14.html#esofago 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
-Anastomoses portossistêmicas. Circulação colateral 
com as veias cavas 
 
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/pecasdc12.html 
Circuito mais importante: terço distal 
do esôfago – aumento da circulação: 
graves hemorragias 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
-Lesões cardiopulmonares 
 
www.pbs.org 
-Do território do sistema porta, alguns ovos são levados até os pulmões, através 
das vias anastomóticas porto-cavas que se abriram; 
-Retidos nos capilares e pré-capilares pulmonares, os ovos provocam 
aglutinação de plaquetas, formação de trombos intravasculares e a necrose dos 
vasos 
 
 
Formação de granulomas – hipertensão 
na pequena circulação 
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara Koogan, 2002. 
Hipertrofia e dilatação do coração direito 
Evolução: Insuficiência cardíaca – cor 
pulmonale esquistossomótico 
Fase crônica da esquistossomose 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Forma intestinal 
• Forma hepatointestinal 
• Forma hepatoesplênica 
• Forma cardiopulmonar 
 
• Outros órgãos: aparelho genital feminino, medula 
espinhal, rim, sistema nervoso central 
 
• Infecções associadas: Salmoneloses, Hepatite B 
Evolução patológica 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Exame parasitológico de fezes 
– Infecções recentes 
• O exame apresenta baixa sensibilidade 
• Para aumentar a sensibilidade podem ser usados 
métodos de coproscopia qualitativa, como Hoffman ou 
quantitativo, como Kato-Katz 
• A eficácia com três amostras chega apenas a 75% 
 
• Hemograma demonstra leucopenia (com neutropenia e 
eosinofilia), anemia e plaquetopenia 
 
• Alterações das provas de função hepática 
 
• Ultra-sonografia 
– Fibrose e espessamento periportal, hipertrofia do lobo hepático 
esquerdo, superfície bocelada e aumento do calibre da mesentérica 
superior 
Diagnóstico 
S. mansoni 
S. haematobium 
S. japonicum 
S. intercalatum 
S. bovis 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
• Biópsia retal 
 
• Métodos imunológicos 
– ELISA 
– Reação intradérmica 
– Reação de fixação do complemento 
– Imunofluorescência 
– Etc... 
Diagnóstico 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Helmintos – Esquistossomose mansônica 
Tratamento 
• Eficiente 
• Fácil administração 
• Baixa toxicidade 
• Controle de cura 
• Drogas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde 
– Oxamniquine 
– Praziquantel 
 
• Podem ser contra-indicadas devido ao quadro clínico grave 
do paciente 
• Pelo menos até que haja melhora 
 
• O tratamento cirúrgico é reservado para as complicações 
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• Cinco razões para o desenvolvimento da vacina 
contra esquistossomose 
 
– As vacinas são únicas em prover controle com custo-efetividade de 
muitas doenças infecciosas 
 
– Altonível de proteção é consistentemente obtido com cercárias 
irradiadas 
 
– A reinfecção rápida após o tratamento torna a quimioterapia dispendiosa 
 
– A distribuição do medicamento requer uma infra-estrutura substancial 
para cobrir todas as áreas endêmicas regularmente 
 
– A expansão de programas de quimioterapia trazem consigo o espectro da 
resistência à drogas 
Bergquist e Colley, 1998 
Vacina 
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Caramujos resistentes 
• Pesquisadores da Oregon State University, EUA, descobriram 
um grupo de genes na espécie de caramujo Biomphalaria 
glabrata que fornece uma resistência natural ao Schistosoma 
mansoni, helminto trematódeo causador da esquistossomose. 
Essa descoberta abre portas para o desenvolvimento de novas 
drogas ou maneiras de interromper o ciclo da doença. 
http://journals.plos.org/plosgenetics/article?id=10.1371/journal.pgen.1005067 
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• Doenças humanas antigas 
– Achados de ovos de Schistosoma em múmias egípcias humanas 
que viveram por volta do ano de 3.500 a.C. 
 
• Segunda maior prevalência entre as doenças tropicais 
– ~200 milhões de pessoas, no mundo, encontram-se infectadas 
– Outras centenas de milhões vivem em áreas endêmicas , expostas 
à infecção 
 
• Sério problema de saúde pública 
– Coloca em risco cerca de 600 milhões de pessoas, em 74 países 
– ~20 milhões de pessoas morrem em conseqüência de doenças 
associadas à esquistossomose 
• Como o câncer de bexiga (esquistossomose urinária) 
• Cirrose (esquistossomose intestinal) 
 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE-OMS, 1994) 
Epidemiologia 
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Prevalência maior no NE 
(ao longo do rio São 
Francisco). 
Quais fatores explicam 
esta distribuição? 
A distribuição de S. 
mansoni no Brasil coincide 
com a distribuição dos 
caramujos planorbídeos 
vetores (Biomphalaria spp). 
Condições climáticas e 
sócioeconômicas 
favorecem a transmissão. 
Distribuição no Brasil 
A. Açude 
B. Rio assoreado 
C. Represa 
D. Vala de cultura irrigada 
E. Canal de rio para 
irrigação 
F. Oásis 
Focos 
• Fatores importantes na 
transmissão: 
– Fontes de infecção: pessoas 
parasitadas 
– Molusco 
– Coleções de água doce e falta 
de saneamento básico 
– Hábitos da população: contato 
com a água, poluição com fezes 
humanas 
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Controle 
• Saneamento básico 
com esgotos e água 
tratadas 
 
 
 
• Erradicação dos 
caramujos que são 
hospedeiros 
intermediários 
 
• Proteção dos pés e 
pernas com botas 
de borracha quando 
é feita a cultura do 
arroz e outros 
vegetais 
 
• Informando a população 
sobre a doença e 
servindo água de 
qualidade a população 
 
• Não entrar em águas 
que tenham caramujos 
 
• Tratamento da 
população infectada

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