PORTFÓLIO PAOLA RODRIGUES ADM 2015

Prévia do material em texto

3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
bacharelado em administração
PAOLA RODRIGUES
PRODUÇÃO TEXTUAL: CONTABILIDADE, MATEMÁTICA FINANCEIRA E TRIBUTOS
BELO HORIZONTE - MG
2015
PAOLA RODRIGUES
PRODUÇÃO TEXTUAL: CONTABILIDADE, MATEMÁTICA FINANCEIRA E TRIBUTOS
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Matemática Comercial e Financeira, Planejamento Tributário, Contabilidade Aplicada à Administração e Seminário V 
Orientadores: Prof. Marcelo Caldeira Viegas, Paula Cristina O. Klefens, Regiane A. Brignoli, Karen H. Manganotti, Regis Garcia, Luciana Barbosa Fukuy. 
BELO HORIZONTE - MG
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 A importância da Matemática Financeira...............................................................4
2.2 O papel da Contabilidade.......................................................................................6
2.3 Situação Tributária no Brasil..................................................................................8
2.4 Regionalização.......................................................................................................8
2.4.1 Ramo de atividade..............................................................................................8
2.4.2 Tributos incidentes.............................................................................................9
2.5 Juros Simples X Juros Compostos......................................................................11
2.6 Equivalência de capitais e Sistemas de Amortização..........................................12
 
3 CONCLUSÃO	13
REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
A realização desta pesquisa visa proporcionar um melhor entendimento para o aluno a cerca dos temas apresentados nas disciplinas do semestre, na qual será necessário apontar a relevância da matemática financeira para os gestores dentro das organizações; determinar o papel da contabilidade para a administração de empresas; avaliar a atual situação tributária do Brasil e identificar possíveis impactos destes tributos para as operações empresariais.
É importante que se regionalize a pesquisa, selecionando uma empresa local, identificando seu ramo de atividade, e seu regime de tributação sobre o faturamento bruto e o lucro desta. 
A pesquisa ainda deve conceituar juros “simples” e “compostos” e suas diferenças para o cálculo de financiamentos efetuados pelas empresas, demonstrando exemplos. Entre os conceitos que deveram ser apresentados estão os de Equivalência de Capitais e Sistemas de Amortização.
DESENVOLVIMENTO
A Importância da Matemática Financeira
A matemática financeira é segundo Ferraz (2009, p. 1) “a ciência dos números e dos cálculos fundamentada na relação do dinheiro e do tempo”. Desde os primórdios da humanidade, o ser humano recorre à matemática tornar sua vida mais prática e organizada melhorando o convívio em sociedade, registros dão conta de que a matemática era usada por egípcios para a construção de pirâmides, açudes, canais de irrigação e estudo da astronomia. (FERRAZ, 2009) 
É importante conceituar a matemática financeira para compreender a relevância e a aplicabilidade desta para a vida cotidiana do ser humano e para as organizações empresariais. Assaf Neto (1998, p.13) a definem como o "estudo do dinheiro no tempo ao longo do tempo". 
Zentgraf (2003, p.2), afirma que “além de estudar os aspectos temporais do dinheiro, tais estudos objetivam estabelecer relações entre quantias monetárias expressas em datas diferentes”. 
A matemática financeira define-se ainda de forma objetiva como a aplicação da matemática para embasar as decisões tomadas por gerentes e diretores das organizações quanto ás operações financeiras. “Para que as operações financeiras sejam executadas, faz-se necessário a aplicação de cálculos adequados, sendo que o estudo desses cálculos é o objeto de estudo da matemática financeira” (VERAS, 2001, p.53).
Diante dos conceitos levantados, observa-se que a matemática financeira é de grande importância para o administrador de empresas já que avalia a forma como os recursos financeiros da organização estão sendo empregados possibilitando as formas de aprimorar o resultado tornando-o positivo. 
E a matemática financeira se ocupa em estudar e fornecer as tais ferramentas adequadas para a tomada de decisão com a maior precisão possível. Se na vida pessoal já temos que tomar decisões que nos afetarão por um bom tempo, imagine na vida de uma empresa cujo faturamento, na maioria das vezes é bastante superior a renda de uma família. Note que as decisões são, basicamente, as mesmas. O que muda são os efeitos e o grau de precisão com que os cálculos devem ser feitos. Assim a aplicação da matemática financeira nos dias de hoje se reveste de vital importância para qualquer pessoa que almeje entender o mundo atual tal qual ele se apresenta: Fluxos de capital em corrente pelo mundo, tornando economias, hoje estáveis, em instáveis de uma hora para outra. Decisões de cunho social, sendo tomadas considerando como mais relevantes aspectos financeiros. (FERRAZ, 2009, p. 1)
O administrador de empresas deve ter boas habilidades para lidar com a matemática financeira da empresa a qual gere, e saber ainda como utilizar as informações disponibilizadas por esta, de modo a evitar gastos exacerbados e garantir um bom rendimento para a mesma.
O papel da contabilidade
A contabilidade tem como finalidade transformar e gerenciar dados contábeis da organização, possibilitando que estes sejam utilizados para outros setores e atividades dentro da mesma, como por exemplo: no controle interno, para a informação do gestor a cerca da situação financeira da empresa, como base para ações e tomada de decisões, para prestar informações a bancos, para prestar contas ao governo, a acionistas e a demais públicos que possam se interessar. (MS BRASIL, 2012)
Uma contabilidade não pode ser considerada apenas como o setor que cuida de tributos e operações legais entre empresa e prestadores de serviço, existem muito mais procedimentos que são de competência da área contábil. O controle gerencial dos números de uma empresa dá embasamento ao rumo que ela deve tomar diante do mercado que se apresenta. Aquela que não conduz sua contabilidade por meio de profissionais especializados está de certa forma, sendo negligente com seu patrimônio, o que pode acarretar a falta de diretriz nas ações posteriores. (MS BRASIL, 2012, p. 1)
A contabilidade é hoje, a base para processos legais de qualquer organização, tanto para contratações, transações, e etc., ela é ainda a responsável por operações com tributos e operações trabalhistas que vão desde a folha de pagamento a rescisão do contrato de trabalho, a geração de descontos, a emissão de notas fiscais e ao gerenciamento de balanços da organização. (MS Brasil, 2012)
Todas as organizações carecem de apoio contábil, sendo a contabilidade essencial para que as organizações mantenham-se no mercado e pra que cresçam sob bases sólidas alcançando destaque no mercado. Sendo assim fica claro que a contabilidade desempenha inúmeros papéis dentro das organizações, entre eles a informação quanto à situação financeira da empresa servindo de base para a tomada de decisões. 
Situação Tributária no Brasil
A carga tributária do Brasil é crescente e tornou-se um dos maiores obstáculo para o crescimento do próprio país e de empresas, se destaca por ser maior que a de países semelhantes, e estar próxima a dos desenvolvidos, sendo semelhante a países com PIB extremamente mais elevado.(FREIRE, 2005) 
Estes tributos desestimulam a produção, os investimentos, as exportações, o emprego e induzem à informalidade. O peso excessivo dos tributos indiretos (45% sobre bens e serviços): oneram custo da mão-de-obra (20% recaemsobre folha salarial) e reduzem o poder de compra das famílias. O aumento da carga tributária tem se dado através de tributos de má qualidade e de baixa eficiência econômica: cumulativos ou “em cascata” Estes tributos desestimulam, a produção, os investimentos, as exportações, o emprego e induzem à informalidade. Para levantar um volume enorme de recursos, o Estado brasileiro acaba onerando fortemente o setor produtivo.(FREIRE, 2009, p. 25) 
Esta situação tributária reduz a competitividade e prejudica o crescimento das empresas conforme é possível observar no quadro de impactos dos tributos para as organizações a seguir:
Quadro 1 – Impacto dos Tributos para nas operações empresariais
Não permite tratamento isonômico entre produtos nacionais e estrangeiros; 
Distorce a alocação dos recursos e prejudica a eficiência produtiva;
Onera bens de capital e desestimula o investimento;
Tributa a intermediação financeira e eleva os spreads, encarecendo o custo do capital Prejudica a harmonização com sistemas tributários no plano internacional; 
Não permite tratamento isonômico entre produtos nacionais e estrangeiros; 
Distorce a alocação dos recursos e prejudica a eficiência produtiva; 
Onera bens de capital e desestimula o investimento; 
Tributa a intermediação financeira e eleva os spreads, encarecendo o custo do capital; 
Prejudica a harmonização com sistemas tributários no plano internacional;
Estimula a evasão e a sonegação fiscal e provoca competição desleal entre empresas; 
Carga elevada e complexidade do sistema é uma das razões para o aumento da informalidade, com impacto negativo para a produtividade e crescimento das empresas; 
Complexidade complica a vida das empresas e impõe altos custos com a burocracia associada às obrigações tributárias.
Fonte: FREIRE, 2005, p. 30 a 35
2.4 REGIONALIZAÇÃO
2.4.1 Ramo de atividade
Para a regionalização da presente pesquisa foi escolhida a empresa:
Davidson Rodrigo Geraldo Olivella
CNPJ: 17.451.455/0001-26
Nome fantasia: (Não tem)
Razão social: Davidson Rodrigo Geraldo Olivella
Data de abertura22/1/2013
Endereço: R. Ninive, N.º 285, Bairro: Gloria, Belo Horizonte - MG, CEP 30880-190, Brasil
Natureza jurídica: Empresário Individual - Código 2135
Status da empresa: Ativa
Atividade econômica principal: Serviços de entrega rápida 
CNAE 5320202
2.4.2 Tributos incidentes
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). (RECEITA FEDERAL, 2014)
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. OS tributos incidentes abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP), o recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS. (RECEITA FEDERAL, 2014, p. 1)
 
2.5 Juros Simples X Juros Compostos
Os juros existem para que seja possível realizar um consumo imediato de um bem, sem possuir o valor para comprá-lo a vista, comprando assim a um prazo com um valor bem acima do que se comprado com pagamento imediato.
A equação tempo x risco x quantidade de dinheiro disponível no mercado financeiro é que define o que é tão conhecida como taxa de juros.Para checar quanto o capital rende, é indispensável que se conheça os elementos necessários que compõem estes cálculos financeiros e também a forma de aplicação. Os juros simples são diretamente proporcionais ao tempo da operação em questão. Como de fato os juros são a variação entre o capita (valor principal) e o montante esta, deve ocorrer ao longo do tempo, o valor dos juros deverá sempre estar associado ao período de tempo que foi necessário para gerar este valor de juros. (FEERAZ, 2009, p. 3)
Na prática este conceito pode ser realizado com a seguinte formula:
J = P.i.n
Onde:
J = Juros
P = Principal (capital)
I = Taxa de juros
N = Número de período
De acordo com Ferraz (2009) o conceito de Juros Simples é raramente usado atualmente, pois, as aplicações financeiras estão em busca de retornos satisfatórios, diferente do que proporciona os juros simples e seu aspecto linear, sendo que não proporciona rendimento crescente. 
Exemplo:
Um funcionário tem uma dívida de R$ 500,00 que deve ser paga com juros de 6% a.m pelo sistema de juros simples e este deve fazer o pagamento em 03 meses.
Aplicando-se a fórmula de juros simples teremos (FERRAZ, 2009):
J = P.i.n
J = 500 x 0,06 x 3 = R$ 90,00
Total: R$ 590,00
Fonte: (Ferraz, 2009)
Formula para encontrar o Montante de um prazo de 120 dias: 
M = P . ( 1 + ( i . n ) )
M = 60.000 x [1 + (9,5/100).(120/360)] = R$ 61.896,00
Fonte: (Ferraz, 2009)
Nos juros compostos, ao longo do tempo, os juros são incluídos ao principal e passam a render mais juros, popularmente conhecido como: "juros sobre juros". (FERRAZ, 2009)
Assim devido o capitalismo vigente as financeiras, bancos, e demais instituições optam pela aplicação dos juros compostos em suas várias negociações, pois há uma possibilidade maior de rendimento de lucro. Este conceito apenas ratifica o que foi muito bem exposto por Albert Einstein quando afirma que: "O juro composto é a maior invenção da humanidade, porque permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza." Através de uma ilustração simples pode-se demonstrar a diferença existente entre os crescimentos de um capital aplicado em juros simples e juros compostos. (FERRAZ, 2009, p. 3)
Exemplo:
VF = VP (1 + i)n
Onde:
VF = valor futuro 
VP = valor presente
i = taxa de juros 
n = número de períodos que o principal ou capital inicial foi aplicado.
Fonte: (Ferraz, 2009)
Um mutuário comprou um apartamento por R$ 100.000,00 financiado por um banco com taxa de juros de 15% ao ano, financiado em 10 anos. Logo no primeiro mês, ele perde o emprego e não consegue pagar nenhuma prestação. O valor do montante ao final de 10 anos será (FERRAZ, 2009):
VF = valor futuro
VP = valor presente = 100.000,00
i = taxa de juros = 15% ao ano
n = tempo = 10 anos
VF = VP (1 + i)n
VF = 100.000 * (1+ 0,15)10
VF = 100.000 * (1,15)10
VF = 404.555,77
Fonte: (Ferraz, 2009)
2.6 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS E SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
A equivalência em seu sentido conceitual afirma que é possível transformar formas de pagamento ou recebimento, em formas equivalentes, que podem ser comparadas entre si. A equivalência de capitais permite avaliar entre alternativas de pagamento para uma mesma data, com valor atualizado, comparando entre as tais, a que produziu menor valor atualizado é a melhor, pois, apresenta menor custo.
O conceito de amortização  é o processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação corresponde a soma do reembolso do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o saldo devedor), podendo ainda ser o reembolso de ambos.(DUARTE, 2013, p. 1)
Os sistemas de amortização mais comuns são:
Sistema de pagamento único; 
Sistema de pagamento variável;
Sistema americano;
Sistema de amortização constante (SAC);
Sistema Price ou francês; e
Sistema de amortização misto.(DUARTE, 2013)
 
CONCLUSÃO
A realização deste trabalho possibilitou a compreensão da relevância da matemática financeira para a gestão das organizações e de sua utilidade para o gestor, bem como do papel da contabilidade para as empresas. 
O trabalhou proporcionou a avaliação da atual situação tributária d o Brasil, e foi criado um quadro para apresentar o impacto dos tributos para as operações empresariais. A empresa pesquisada para a regionalização do trabalho foi uma pequena empresa que oferece serviços expressos, optantespelo simples nacional, opção de tributação para pequenas empresas que engloba vários tributos em um único com redução. O trabalho possibilitou ainda a compreensão dos conceitos de juros simples e juros compostos, além da equivalência de capitais e dos sistemas de amortização.
REFERÊNCIAS:
BERUTTI, Flávio. Introdução a História da Matemática. Ed. Saraiva. 2004.
BOYER, Carl B. História da matemática. 2º ed. SP. Edgard Blucher, 2003.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática Comercial e Financeira. 13a. ed. São Paulo: Saraiva. 2001.
DUARTE, Marcos. Amortização. Disponível: < http://www.infoescola.com/economia/amortizacao/>. Acesso em 15 de Março de 2015.
.
FERRAZ, Talita Lacerda. A importância da matemática financeira. Disponível em: < http://admarteciencia.blogspot.com.br/2009/05/importancia-da-matematica-financeira.html>. Acesso em 15 de Março de 2015. 
FREIRE, Jorge Lins.Carga Tributária e seus Efeitos na Economia. Disponível em: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2012/07/31/1116/20120731164244728493a.pdf . Acesso em 15 de Março de 2015.
MATTOS, Antônio Carlos M. O Modelo Matemático dos Juros. Uma Abordagem Sistêmica - Ed Vozes – Petrópolis – 2003.
MATERIAL Didático. Matemática Fianaceira II. Unopar. Paraná. 2009
MS BRASIL. Qual o papel da contabilidade dentro de uma empresa? Disponível em:<http://msbrasil.com.br/blog/contabilidade/qual-o-papel-da-contabilidade-dentro-de-uma-empresa/>. Acesso em 17 de março de 2014
ROBERT, Jozsef – A Origem do Dinheiro - Global Editora – 1982.
STRUIK, História concisa das matemáticas. Gradiva. 1989.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: Aplicações à Análise de Investimentos. 4 a. ed. São Paulo: Pearson. 2006.
 
3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
bacharelado em administração
PAOLA RODRIGUES
PRODUÇÃO TEXTUAL: CONTABILIDADE, MATEMÁTICA FINANCEIRA E TRIBUTOS
BELO HORIZONTE - MG
2015
PAOLA RODRIGUES
PRODUÇÃO TEXTUAL: CONTABILIDADE, MATEMÁTICA FINANCEIRA E TRIBUTOS
Trabalho
 
apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Matemática Comercial e Financeira, Planejamento Tributário, Contabilidade Aplicada à Administração e Seminário V 
Orientadores: Prof. Marcelo Caldeira 
Viegas
, Paula Cristina O. 
Klefens
, Regiane A. 
Brignoli
, Karen H. 
Manganotti
, Regis Garcia, Luciana Barbosa 
Fukuy
. 
BELO HORIZONTE - MG
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 A importância da Matemática Financeira...............................................................4
2.2 O papel da Contabilidade.......................................................................................6
2.3 Situação Tributária no Brasil..................................................................................8
2.4 Regionalização.......................................................................................................8
2.4.1 Ramo de atividade..............................................................................................8
2.4.2 Tributos incidentes.............................................................................................9
2.5 Juros Simples X Juros Compostos......................................................................11
2.6 Equivalência de capitais e Sistemas de Amortização..........................................12
 
3 CONCLUSÃO	13
REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
A realização desta pesquisa visa proporcionar um melhor entendimento para o aluno a cerca dos temas apresentados nas disciplinas do semestre, na qual será necessário apontar a relevância da matemática financeira para os gestores dentro das organizações; determinar o papel da contabilidade para a administração de empresas; avaliar a atual situação tributária do Brasil e identificar possíveis impactos destes tributos para as operações empresariais.
É importante que se regionalize a pesquisa, selecionando uma empresa local, identificando seu ramo de atividade, e seu regime de tributação sobre o faturamento bruto e o lucro desta. 
A pesquisa ainda deve conceituar juros “simples” e “compostos” e suas diferenças para o cálculo de financiamentos efetuados pelas empresas, demonstrando exemplos. Entre os conceitos que deveram ser apresentados estão os de Equivalência de Capitais e Sistemas de Amortização.
DESENVOLVIMENTO
A Importância da Matemática Financeira
A matemática financeira é segundo Ferraz (2009, p. 1) “a ciência dos números e dos cálculos fundamentada na relação do dinheiro e do tempo”. Desde os primórdios da humanidade, o ser humano recorre à matemática tornar sua vida mais prática e organizada melhorando o convívio em sociedade, registros dão conta de que a matemática era usada por egípcios para a construção de pirâmides, açudes, canais de irrigação e estudo da astronomia. (FERRAZ, 2009) 
É importante conceituar a matemática financeira para compreender a relevância e a aplicabilidade desta para a vida cotidiana do ser humano e para as organizações empresariais. Assaf Neto (1998, p.13) a definem como o "estudo do dinheiro no tempo ao longo do tempo". 
Zentgraf (2003, p.2), afirma que “além de estudar os aspectos temporais do dinheiro, tais estudos objetivam estabelecer relações entre quantias monetárias expressas em datas diferentes”. 
A matemática financeira define-se ainda de forma objetiva como a aplicação da matemática para embasar as decisões tomadas por gerentes e diretores das organizações quanto ás operações financeiras. “Para que as operações financeiras sejam executadas, faz-se necessário a aplicação de cálculos adequados, sendo que o estudo desses cálculos é o objeto de estudo da matemática financeira” (VERAS, 2001, p.53).
Diante dos conceitos levantados, observa-se que a matemática financeira é de grande importância para o administrador de empresas já que avalia a forma como os recursos financeiros da organização estão sendo empregados possibilitando as formas de aprimorar o resultado tornando-o positivo. 
E a matemática financeira se ocupa em estudar e fornecer as tais ferramentas adequadas para a tomada de decisão com a maior precisão possível. Se na vida pessoal já temos que tomar decisões que nos afetarão por um bom tempo, imagine na vida de uma empresa cujo faturamento, na maioria das vezes é bastante superior a renda de uma família. Note que as decisões são, basicamente, as mesmas. O que muda são os efeitos e o grau de precisão com que os cálculos devem ser feitos. Assim a aplicação da matemática financeira nos dias de hoje se reveste de vital importância para qualquer pessoa que almeje entender o mundo atual tal qual ele se apresenta: Fluxos de capital em corrente pelo mundo, tornando economias, hoje estáveis, em instáveis de uma hora para outra. Decisões de cunho social, sendo tomadas considerando como mais relevantes aspectos financeiros. (FERRAZ, 2009, p. 1)
O administrador de empresas deve ter boas habilidades para lidar com a matemática financeira da empresa a qual gere, e saber ainda como utilizar as informações disponibilizadas por esta, de modo a evitar gastos exacerbados e garantir um bom rendimento para a mesma.
O papel da contabilidade
A contabilidade tem como finalidade transformar e gerenciar dados contábeis da organização, possibilitando que estes sejam utilizados para outros setores e atividades dentro da mesma, como por exemplo: no controle interno, para a informação do gestor a cerca da situação financeira da empresa, como base para ações e tomada de decisões, para prestar informações a bancos, para prestar contas ao governo, a acionistas e a demais públicos que possam se interessar. (MS BRASIL, 2012)
Uma contabilidade não pode ser considerada apenas como o setor que cuida de tributos e operações legais entreempresa e prestadores de serviço, existem muito mais procedimentos que são de competência da área contábil. O controle gerencial dos números de uma empresa dá embasamento ao rumo que ela deve tomar diante do mercado que se apresenta. Aquela que não conduz sua contabilidade por meio de profissionais especializados está de certa forma, sendo negligente com seu patrimônio, o que pode acarretar a falta de diretriz nas ações posteriores. (MS BRASIL, 2012, p. 1)
A contabilidade é hoje, a base para processos legais de qualquer organização, tanto para contratações, transações, e etc., ela é ainda a responsável por operações com tributos e operações trabalhistas que vão desde a folha de pagamento a rescisão do contrato de trabalho, a geração de descontos, a emissão de notas fiscais e ao gerenciamento de balanços da organização. (MS Brasil, 2012)
Todas as organizações carecem de apoio contábil, sendo a contabilidade essencial para que as organizações mantenham-se no mercado e pra que cresçam sob bases sólidas alcançando destaque no mercado. Sendo assim fica claro que a contabilidade desempenha inúmeros papéis dentro das organizações, entre eles a informação quanto à situação financeira da empresa servindo de base para a tomada de decisões. 
Situação Tributária no Brasil
A carga tributária do Brasil é crescente e tornou-se um dos maiores obstáculo para o crescimento do próprio país e de empresas, se destaca por ser maior que a de países semelhantes, e estar próxima a dos desenvolvidos, sendo semelhante a países com PIB extremamente mais elevado.(FREIRE, 2005) 
Estes tributos desestimulam a produção, os investimentos, as exportações, o emprego e induzem à informalidade. O peso excessivo dos tributos indiretos (45% sobre bens e serviços): oneram custo da mão-de-obra (20% recaem sobre folha salarial) e reduzem o poder de compra das famílias. O aumento da carga tributária tem se dado através de tributos de má qualidade e de baixa eficiência econômica: cumulativos ou “em cascata” Estes tributos desestimulam, a produção, os investimentos, as exportações, o emprego e induzem à informalidade. Para levantar um volume enorme de recursos, o Estado brasileiro acaba onerando fortemente o setor produtivo.(FREIRE, 2009, p. 25) 
Esta situação tributária reduz a competitividade e prejudica o crescimento das empresas conforme é possível observar no quadro de impactos dos tributos para as organizações a seguir:
Quadro 1 – Impacto dos Tributos para nas operações empresariais
Não permite tratamento isonômico entre produtos nacionais e estrangeiros; 
Distorce a alocação dos recursos e prejudica a eficiência produtiva;
Onera bens de capital e desestimula o investimento;
Tributa a intermediação financeira e eleva os spreads, encarecendo o custo do capital Prejudica a harmonização com sistemas tributários no plano internacional; 
Não permite tratamento isonômico entre produtos nacionais e estrangeiros; 
Distorce a alocação dos recursos e prejudica a eficiência produtiva; 
Onera bens de capital e desestimula o investimento; 
Tributa a intermediação financeira e eleva os spreads, encarecendo o custo do capital; 
Prejudica a harmonização com sistemas tributários no plano internacional;
Estimula a evasão e a sonegação fiscal e provoca competição desleal entre empresas; 
Carga elevada e complexidade do sistema é uma das razões para o aumento da informalidade, com impacto negativo para a produtividade e crescimento das empresas; 
Complexidade complica a vida das empresas e impõe altos custos com a burocracia associada às obrigações tributárias.
Fonte: FREIRE, 2005, p. 30 a 35
2.4 REGIONALIZAÇÃO
2.4.1 Ramo de atividade
Para a regionalização da presente pesquisa foi escolhida a empresa:
Davidson Rodrigo Geraldo Olivella
CNPJ: 17.451.455/0001-26
Nome fantasia: (Não tem)
Razão social: Davidson Rodrigo Geraldo Olivella
Data de abertura22/1/2013
Endereço: R. Ninive, N.º 285, Bairro: Gloria, Belo Horizonte - MG, CEP 30880-190, Brasil
Natureza jurídica: Empresário Individual - Código 2135
Status da empresa: Ativa
Atividade econômica principal: Serviços de entrega rápida 
CNAE 5320202
2.4.2 Tributos incidentes
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). (RECEITA FEDERAL, 2014)
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. OS tributos incidentes abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP), o recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS. (RECEITA FEDERAL, 2014, p. 1)
 
2.5 Juros Simples X Juros Compostos
Os juros existem para que seja possível realizar um consumo imediato de um bem, sem possuir o valor para comprá-lo a vista, comprando assim a um prazo com um valor bem acima do que se comprado com pagamento imediato.
A equação tempo x risco x quantidade de dinheiro disponível no mercado financeiro é que define o que é tão conhecida como taxa de juros.Para checar quanto o capital rende, é indispensável que se conheça os elementos necessários que compõem estes cálculos financeiros e também a forma de aplicação. Os juros simples são diretamente proporcionais ao tempo da operação em questão. Como de fato os juros são a variação entre o capita (valor principal) e o montante esta, deve ocorrer ao longo do tempo, o valor dos juros deverá sempre estar associado ao período de tempo que foi necessário para gerar este valor de juros. (FEERAZ, 2009, p. 3)
Na prática este conceito pode ser realizado com a seguinte formula:
J = P.i.n
Onde:
J = Juros
P = Principal (capital)
I = Taxa de juros
N = Número de período
De acordo com Ferraz (2009) o conceito de Juros Simples é raramente usado atualmente, pois, as aplicações financeiras estão em busca de retornos satisfatórios, diferente do que proporciona os juros simples e seu aspecto linear, sendo que não proporciona rendimento crescente. 
Exemplo:
Um funcionário tem uma dívida de R$ 500,00 que deve ser paga com juros de 6% a.m pelo sistema de juros simples e este deve fazer o pagamento em 03 meses.
Aplicando-se a fórmula de juros simples teremos (FERRAZ, 2009):
J = P.i.n
J = 500 x 0,06 x 3 = R$ 90,00
Total: R$ 590,00
Fonte: (Ferraz, 2009)
Formula para encontrar o Montante de um prazo de 120 dias: 
M = P . ( 1 + ( i . n ) )
M = 60.000 x [1 + (9,5/100).(120/360)] = R$ 61.896,00
Fonte: (Ferraz, 2009)
Nos juros compostos, ao longo do tempo, os juros são incluídos ao principal e passam a render mais juros, popularmente conhecido como: "juros sobre juros". (FERRAZ, 2009)
Assim devido o capitalismo vigente as financeiras, bancos, e demais instituições optam pela aplicação dos juros compostos em suas várias negociações, pois há uma possibilidade maior de rendimento de lucro. Este conceito apenas ratifica o que foi muito bem exposto por Albert Einstein quando afirma que: "O juro composto é a maior invenção da humanidade, porque permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza." Através de uma ilustração simples pode-se demonstrar a diferença existente entre os crescimentos de um capital aplicado em juros simples e juros compostos. (FERRAZ, 2009, p. 3)
Exemplo:
VF = VP (1 + i)n
Onde:
VF = valor futuro 
VP = valor presente
i = taxa de juros 
n = número de períodos que o principal ou capital inicial foi aplicado.
Fonte: (Ferraz, 2009)
Um mutuário comprou um apartamento por R$ 100.000,00 financiado por um banco com taxa de juros de 15% ao ano, financiado em 10 anos. Logo no primeiro mês, ele perde o emprego e não consegue pagar nenhuma prestação. O valor do montante ao final de 10 anos será (FERRAZ,2009):
VF = valor futuro
VP = valor presente = 100.000,00
i = taxa de juros = 15% ao ano
n = tempo = 10 anos
VF = VP (1 + i)n
VF = 100.000 * (1+ 0,15)10
VF = 100.000 * (1,15)10
VF = 404.555,77
Fonte: (Ferraz, 2009)
2.6 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS E SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
A equivalência em seu sentido conceitual afirma que é possível transformar formas de pagamento ou recebimento, em formas equivalentes, que podem ser comparadas entre si. A equivalência de capitais permite avaliar entre alternativas de pagamento para uma mesma data, com valor atualizado, comparando entre as tais, a que produziu menor valor atualizado é a melhor, pois, apresenta menor custo.
O conceito de amortização  é o processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação corresponde a soma do reembolso do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o saldo devedor), podendo ainda ser o reembolso de ambos.(DUARTE, 2013, p. 1)
Os sistemas de amortização mais comuns são:
Sistema de pagamento único; 
Sistema de pagamento variável;
Sistema americano;
Sistema de amortização constante (SAC);
Sistema Price ou francês; e
Sistema de amortização misto.(DUARTE, 2013)
 
CONCLUSÃO
A realização deste trabalho possibilitou a compreensão da relevância da matemática financeira para a gestão das organizações e de sua utilidade para o gestor, bem como do papel da contabilidade para as empresas. 
O trabalhou proporcionou a avaliação da atual situação tributária d o Brasil, e foi criado um quadro para apresentar o impacto dos tributos para as operações empresariais. A empresa pesquisada para a regionalização do trabalho foi uma pequena empresa que oferece serviços expressos, optantes pelo simples nacional, opção de tributação para pequenas empresas que engloba vários tributos em um único com redução. O trabalho possibilitou ainda a compreensão dos conceitos de juros simples e juros compostos, além da equivalência de capitais e dos sistemas de amortização.
REFERÊNCIAS:
BERUTTI, Flávio. Introdução a História da Matemática. Ed. Saraiva. 2004.
BOYER, Carl B. História da matemática. 2º ed. SP. Edgard Blucher, 2003.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática Comercial e Financeira. 13a. ed. São Paulo: Saraiva. 2001.
DUARTE, Marcos. Amortização. Disponível: < http://www.infoescola.com/economia/amortizacao/>. Acesso em 15 de Março de 2015.
.
FERRAZ, Talita Lacerda. A importância da matemática financeira. Disponível em: < http://admarteciencia.blogspot.com.br/2009/05/importancia-da-matematica-financeira.html>. Acesso em 15 de Março de 2015. 
FREIRE, Jorge Lins.Carga Tributária e seus Efeitos na Economia. Disponível em: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2012/07/31/1116/20120731164244728493a.pdf . Acesso em 15 de Março de 2015.
MATTOS, Antônio Carlos M. O Modelo Matemático dos Juros. Uma Abordagem Sistêmica - Ed Vozes – Petrópolis – 2003.
MATERIAL Didático. Matemática Fianaceira II. Unopar. Paraná. 2009
MS BRASIL. Qual o papel da contabilidade dentro de uma empresa? Disponível em:<http://msbrasil.com.br/blog/contabilidade/qual-o-papel-da-contabilidade-dentro-de-uma-empresa/>. Acesso em 17 de março de 2014
ROBERT, Jozsef – A Origem do Dinheiro - Global Editora – 1982.
STRUIK, História concisa das matemáticas. Gradiva. 1989.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: Aplicações à Análise de Investimentos. 4 a. ed. São Paulo: Pearson. 2006.