Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Cálculo dos Predicados ou Lógica de Primeira Ordem (Versão Reduzida) Claudio e Rogério (Lógica Matemática) Autorização de Uso Este conjunto de slides pertence ao Prof. José Augusto Baranauskas (http://dfm.ffclrp.usp.br/~augusto) Com sua autorização, alterei conforme interesses da disciplina de Lógica Matemática (LMA) Esta parte constitui-se de fundamentos (essenciais) de Prolog e da PLR Se algum erro for encontrado ... fui eu, pois alterei algumas fontes do ppt original, para odp Apenas anotem o que não está escrito : Anotem o que for interessante e que não está escrito O material de hoje está em : http://www.joinville.udesc.br/coca → cursos → LMA Ou: http://www2.joinville.udesc.br/~coca/index.php/Main/MaterialCursos Nota O conteúdo é relativamente longo … tinhoso Para o curso de LMA … ficaremos com a 1a parte, onde quantificadores serão reduzidos a proposições, e regras de inferência (teoremas) serão aplicados (ver livro da Judith Gersting – Matemática para Computação) A 2a. parte fica para os interessados em entender profundamente, como o PROLOG funciona. Variáveis Quantificadores Relações Lógica Proposicional Proposições Regras Inferenciais Teoremas Lógica dos Predicados Onde estamos? Introdução No Cálculo Proposicional, utilizamos proposições para representação de conceitos. Ex: O céu é azul. No Cálculo dos Predicados ou LPO utilizaremos: Objetos (pertencentes a um domínio D) Fatos sobre objetos Relações ou relacionamentos entre os objetos de domínios D = D1UD2UD3 ... Onde queremos chegar ? Seja o enunciado: “Todo homem é mortal Sócrates é um homem” Demonstre que Sócrates é mortal. Escrevendo em LPO 1. x ( homem(x) mortal(x) ) 2. homem(sócrates) E como resolver isto? Resolvendo com LPO+LP 1. x ( homem(x) mortal(x) ) 2. homem(sócrates) ------------------------------------------------- 3. homem(sócrates) mortal(sócrates) ..... Como? Particularização Universal (PU) em 1 com x/sócrates ….. 4. mortal(sócrates) ….. aplicando MP entre 2 e 3 CQD Em Prolog (a lógica em prática) mortal(X) :- homem(X). homem(socrates). No compilador/interpretador a pergunta : ?- mortal(X). X = socrates Yes ?- Logo ….... Entender a lógica é saber faz programas de computador Uma destas linguagens é o Prolog Há muitos elementos … muito o que estudar Contudo, há respostas rápidas em se fazer programas Os Elementos da LPO Conjunto de símbolos lógicos = { ~, , , , } Quantificadores = { , } Conjunto de variáveis = {x, y, z, w, ...} Conjunto de Símbolos (ctes) = {a, b, c, ..., “alba”, “bete”} Conjunto de Símbolos de Escrita = {(, ), ,, [, ], ... } Functores ou Funções Lógicas = {f, g, h, ...} Domínios = {V, F} Outros Domínios = {símbolos em gera, 1, 2, N, R …...} Motivação Dado o domínio D={Angélica, Ana Laura, Cláudia} Para expressar que todas as mulheres são bonitas no Cálculo Proposicional, é necessário definir uma proposição para cada mulher do domínio D p: Angélica é bonita q: Ana Laura é bonita r: Cláudia é bonita …..... faltarão símbolos proposicionais Motivação Suponha D = conjunto de todos brasileiros Expressar que todas as mulheres são bonitas torna-se inviável (para domínios com grande número de elementos) Por exemplo: Angélica é bonita Ana Laura é bonita Cláudia é bonita Wilma é bonita Maria Alice é bonita Ana Paula é bonita Maria Helena é bonita ... Solução Utilizar variáveis para representar elementos não específicos do domínio Por exemplo: Para todo XD, se X é mulher então X é bonita ou ainda, Para todo XD, mulher(X) bonita(X) ou ainda pode-se omitir D, já que é conhecido Para todo X, mulher(X) bonita(X) Predicados Para todo X, mulher(X) bonita(X) Para todo X: é o quantificador da variável X X: é uma variável mulher, bonita: são predicados Predicado é uma relação com argumentos que possui valor-verdade associado v(erdade) ou f(also) Em resumo: Interpretação(Predicado(xis))={V,F} Int(cao(rin-tin-tin))=V ... se existir um .... Acompanhe as explicações... Definições da LPO (uma linguagem formal precisa ter elementos para se demonstrar algo) Símbolos Constantes Símbolos Variáveis Símbolos Funcionais Símbolos Predicados Termos Átomos Símbolo de Igualdade Conectivos Quantificadores Símbolos Constantes Representam um objeto específico (ou elemento) do domínio do discurso (ou universo) D São representados por nomes que se iniciam com uma letra minúscula ou números inteiros ou reais Exemplos: a, b, x, maria, 3, 10e+5 Símbolos Variáveis Representam um objeto não específico domínio do discurso D São representados por nomes que se iniciam com letras maiúsculas Assumem apenas valores do domínio D Exemplos: A, B, X, Y, Alguém se D = {júlia, mônica, carolina}, X não pode assumir o valor “fernando” Símbolos Funcionais Representam funções f no domínio D f: Dn D, n é a aridade (nº de argumentos) Usados para rotular objetos sem dar nomes a eles São representados por nomes que se iniciam com letras minúsculas Não possuem valor-verdade associado Exemplos: pé_direito(joão) => Int(pé_direito(joão)) = chute mãe_de(maria) => Int(mãe_de(maria)) = josie idade(joao) => Int(idade(joao)) = 23 Símbolos Predicados Representam relação ou propriedade p de um ou mais objetos no domínio D p: Dn {v,f}, n é a aridade (nº de argumentos) São representados por nomes que se iniciam com letras minúsculas Possuem valor-verdade associado Exemplos: gosta(X,Y) empresta(Fulano,Objeto,Alguém) Observações Símbolos variáveis assumem apenas valores no domínio D Símbolos funcionais sem argumentos (n=0) são símbolos constantes Símbolos funcionais não possuem valor-verdade associado. Ex: maior(3,(4+5)), onde (4+5) estará associado ao símbolo 9. Símbolos predicados possuem valor-verdade associado. Ex: Int(maior(3,(4+5)))=F Termos Uma constante é um termo Uma variável é um termo f(t1, t2, ..., tn) é um termo, onde f é um símbolo funcional e t1, t2, ..., tn são termos (t1, t2, ..., tn) é uma tupla de termos Exemplos: a, baleia X, Alguém orelha(joão), orelha(mãe(joão)) onde mãe(joão)=dona_tereza (um mapeamento) Átomos (ou Fórmulas Atômicas) Átomo é um símbolo predicado aplicado a uma tupla de termos Um átomo assume a forma p(t1, t2, ..., tn) onde p é um símbolo predicado e t1, t2, ..., tn são termos Exemplos: gosta(maria,ana) gosta(maria,X) gosta(maria,mãe(joão)) empresta(maria,livro,joão) empresta(maria,livro,mãe(joão)) Símbolo de Igualdade O símbolo de igualdade é utilizado para fazer declarações que afirmam que dois termos se referem ao mesmo objeto Exemplo pai(joão) = henrique Indica que o objeto referido por “pai(joão)” e o objeto referido por “henrique” são iguais Conectivos Conectivos (onde X é variável, P é predicado): e conjunção ou disjunção não negação condicional condicional bicondicional bicondicional para todo X, P X P quant. universal existe X, P X P quant. existencial Conectivos Os conectivos: e conjunção ou disjunção não negação condicional condicional bicondicional bicondicional possuem o mesmo significado que no CP Mas não quanto os: X P e X P Quantificadores Permitem expressar propriedades ou relações de toda uma coleção de objetos Evitam enumeração de cada objeto separadamente Atuam apenas sobre objetos do domínio Pode-se definir vários quantificadores, desde que cada um atue apenas sobre objetos Os dois mais comuns: quantificador universal e quantificador existencial Quantificador Universal Permite enumerar todos os objetos do domínio D Representado pelo símbolo X P é lido como “para todo XD, P é verdade” ou “para todo XD, P” ou “para todo X, P” Exemplo X gosta(ana,X) é lido como “para todo X, Ana gosta deste X” ou “Ana gosta de todos” Quantificador Universal Exemplo: “Fredegunda gosta de todos” D={frajola, tom, fredegunda} X gosta(fredegunda,X) é equivalente a: gosta(fredegunda,frajola) gosta(fredegunda,tom) gosta(fredegunda,fredegunda) A interpretação acima de cada termo em “gosta” é V Fora dele é falso. Ex: Int(gosta(joe,jose)) = F. Ou seja, interpretação é a análise de sua consistência ou satisfatibilidade. Logo: se é para todos, então é um entre os termos! Quantificador Universal Exemplo: “Todos os gatos são mamíferos” D={fredegunda, frajola, tom} X(gato(X) mamífero(X)) equivale a: (gato(frajola) mamífero(frajola)) (gato(tom) mamífero(tom)) (gato(fredegunda) mamífero(fredegunda)) Note que existe uma conjunção entre cada sentença individual (sem o quantificador) Assim, é necessário que todas sejam v(erdade) para que X(gato(X) mamífero(X)) seja v (verdade) Exercício 01 Seja D = { joao , ana, paulo } x (gosta(ana,X)) Interprete e avalie a validade da fórmula acima: Φ(gosta(ana,ana)) = V % efetivamente ela se gosta Φ(gosta(ana,joao)) = V % namora o Joao e eh soh gosta um além dela : Φ(gosta(ana, paulo)) = F Quanto a interpretacao final? Φ(Conjunção de todos as Φ nos Domínios ) = Φ(gosta(ana,ana) AND gosta(ana,joao) AND gosta(ana, paulo) ) = Φ(gosta( V AND V AND F ) = F Então a fórmula é FALSA Exercício 02 Idem …. D = { joao , ana } x (gosta(ana,X)) Interprete? Φ(gosta(ana,ana)) = V %%% efetivamente ela se ama Φ(gosta(ana,joao)) = V %%% namora o Joao e eh só gosta de um além dela Quanto a interpretação final? Φ(Conjunção de todos as Φ nos Domínios ) = Φ(gosta(ana,ana) AND gosta(ana,joao) ) = Φ(gosta( V AND V ) = V Então a fórmula é VERDADEIRA Quantificador Universal X(gato(X) mamífero(X)) equivale a: ((gato(frajola) mamífero(frajola)) (gato(tom) mamífero(tom)) (gato(fredegunda) mamífero(fredegunda))) Sabendo que Frajola e Tom são gatos, tem-se: (v mamífero(tom)) (v mamífero(frajola)) (f mamífero(fredegunda)) Obtém-se uma afirmativa sobre sobre o lado direito da implicação apenas para objetos que satisfazem o lado esquerdo :: é o conectivo natural para uso com Exercícios: pausa para exercícios Exercício 03 Socrates é um homem e Zeus é um deus mitológico. D = { socrates, zeus } x (homem(X) ---> mortal(X) ) Interprete a fórmula acima. Esta éh verdadeira ou falsa? Φ(homem(socrates)) = V Φ(mortal(socrates)) = V Φ(homem(zeus)) = F Φ(mortal(zeus)) = F Compondo a interpretacao acima Φ( (V → V) AND (F → F)) = Φ( V AND V ) = V Então a fórmula é VERDADEIRA Exercício 04 Socrates é um homem e Zeus que é homem e é um deus mitológico. D = { socrates, zeus } x (homem(X) → mortal(X) ) Interprete a fórmula acima. Esta é verdadeira ou falsa? Φ(homem(socrates)) = V Φ(mortal(socrates)) = V Φ(homem(zeus)) = V %%% um homem Φ(mortal(zeus)) = F %%% que é imortal ... Compondo a interpretacao acima Φ( (V → V) AND (V → F)) = Φ( V AND F ) = F Então a fórmula é FALSA Quantificador Existencial Permite enumerar pelo menos um objeto do domínio D Representado pelo símbolo X P é lido como “existe um XD tal que P é verdade” ou “existe um XD, P” ou “existe X, P” Exemplo: X gosta(ana,X) é lido como “existe X tal que Ana gosta deste X” ou “Ana gosta alguém” Quantificador Existencial: Exemplo: D={frajola, tom, fredegunda} X gosta(fredegunda,X) é equivalente a: gosta(fredegunda,frajola) gosta(fredegunda,tom) gosta(fredegunda,fredegunda) Note que existe uma disjunção entre cada sentença individual (sem quantificador) Assim, é necessário que pelo menos uma seja v(erdade) para que X gosta(ana,X) seja :: é o conectivo natural do Exercício 01 Seja D = { joao , ana, paulo } x (gosta(ana,X)) Interprete e avalie a validade da fórmula acima: Φ(gosta(ana,ana)) = V % efetivamente ela se gosta Φ(gosta(ana,joao)) = V % namora o Joao e eh soh gosta um além dela : Φ(gosta(ana, paulo)) = F Quanto a interpretacao final? Φ(Disjunção de todos as Φ nos Domínios ) = Φ(gosta(ana,ana) OR gosta(ana,joao) OR gosta(ana, paulo) ) = Φ(gosta( V OR V OR F ) = V Então a fórmula é Verdadeira Exercício 02 Idem …. D = { joao , ana } x (gosta(ana,X)) Interprete? Φ(gosta(ana,ana)) = V %% efetivamente ela se ama Φ(gosta(ana,joao)) = V %% namora o Joao e eh só gosta dele além dela Quanto a interpretação final? Φ(Disjunção de todos as Φ nos Domínios ) = Φ(gosta(ana,ana) OR gosta(ana,joao) ) = Φ(gosta( V OR V ) = V Entao a formula eh VERDADEIRA Quantificador Existencial Exemplo: “Existe uma mulher bonita” D={frajola, tom, fredegunda} X (mulher(X) bonita(X)) é equivalente a: ((mulher(frajola) bonita(frajola)) (mulher(tom) bonita(tom)) (mulher(fredegunda) bonita(fredegunda))) Sabendo-se que Fredegunda é uma mulher bonita(!), a terceira disjunção é verdadeira, tornando a sentença original verdadeira : é o conectivo natural para uso com Exercício 03 Sócrates é um homem e Zeus é um deus mitológico. D = { socrates, zeus } x (homem(X) → mortal(X) ) Interprete a fórmula acima. Esta fórmula é verdadeira ou falsa? Φ(homem(socrates)) = V Φ(mortal(socrates)) = V Φ(homem(zeus)) = F Φ(mortal(zeus)) = F Compondo a interpretação acima : Φ( (V → V) OR (F → F)) = Φ( V OR V ) = V Logo, a fórmula acima é verdadeira Exercício 04 Socrates é um homem e Zeus que é homem e é um deus mitológico. D = { socrates, zeus } x (homem(X) → mortal(X) ) Interprete a fórmula acima. Esta é verdadeira ou falsa? Φ(homem(socrates)) = V Φ(mortal(socrates)) = V Φ(homem(zeus)) = V %%% um homem Φ(mortal(zeus)) = F %%% que é imortal ... Compondo a interpretacao acima Φ( (V → V) OR (V → F)) = Φ( V OR F ) = V Logo, a fórmula acima é verdadeira Observações Constata-se a forte dependência do domínio na interpretação das fórmulas Contudo há fórmulas sempre falsas ora sempre verdadeiras. Exemplos : x (px OR ~px) = x (p(x) OR ~p(x)) Exemplos : x (px AND ~px) = x (p(x) AND ~p(x)) Igualmente para o quantificador dos exemplos acima : Propriedades do e : São definições simples Usa-se na prova de teorema como na LP Particularização Existencial (PE) e Universal (PU) Generalização Existencial (GE) e Universal (GU) Há regras de uso …. mas a proposta é instanciar há objetos no domínio (a particularização), ou do domínio generalizar uma fórmula com e , desde que as variáveis não estejam relacionadas há outras já existentes. Propriedades Universal: Exemplo : PU: Se X(gato(X)), uma PU é dada por gato(frajola), dado que D={frajola}, pois frajola pertence a D Exemplo : GU: Se gato(frajola), temos u(gato(u)) onde u≠x onde x estava em alguma parte outra fórmula. O u é variável e não átomo. Propriedades Existencial: PE: Se X(gato(X)), uma PE é dada por gato(frajola), dado que D={frajola} GE: Se gato(frajola), temos u(gato(u)) onde u≠x onde x estava em alguma outra fórmula. O u é variável e não átomo. Cuidado na PE e GE … veja algo inválido: p(a) ├ xp(x) … isto é verdade Contudo: p(a,x) ├ xp(x,x) aqui o x já estava ligado a fórmula, logo é falso este teorema. ├ simbolo de teorema Exemplos x y(ama(x,y)) = x y(ama(x,y)) yx (ama(x,y)) = yx (ama(x,y)) Cuidados com GE, PE, GU e PU TEM QUE ATUALIZAR DO LIVRO DA JUDITH GERSTING Mover este conteudo para o final da parte 1 Incluir exercicios completos Exercícios agora Simbolização Assim, como na lógica proposicional é possível simbolizar sentenças em linguagem natural no Cálculo dos Predicados Normalmente, adotam-se nomes significativos para predicados, constantes e símbolos funcionais É comum também definir o significado de cada predicado ou símbolo funcional Ex: gosta(A,B): A gosta de B Exercício Dado o esquema abreviador e(X,Y): X estuda Y (para experts exy) gosta(X,Y): X gosta de Y (simplificada: gxy) Simbolizar as seguintes frases Ana gosta do livro Ana estuda o livro Se Ana estuda o livro então ela gosta dele Ana gosta da mão de Pedro Ana gosta do livro gosta(ana,livro) Ana estuda o livro e(ana,livro) Se Ana estuda o livro então ela gosta dele e(ana,livro) gosta(ana,livro) Ana gosta da mão de Pedro gosta(ana , mão(pedro) ), aqui mão(pedro) é uma função lógica, que está mapeada. mão(pedro) = anel ( ex: passagem a Paris) e(X,Y): X estuda Y gosta(X,Y): X gosta de Y Solução Simbolização Embora nomes significativos para os seres humanos sejam adotados para predicados, constantes e símbolos funcionais, é importante lembrar que, para o mecanismo de inferência, eles são apenas símbolos O mecanismo de inferência utiliza os símbolos respeitando as regras da linguagem para derivar novas sentenças válidas Entretanto, somente os seres humanos é que dão valor semântico real ao significado dos símbolos associados, por exemplo gato(X) indica que X é um animal mamífero com pelos, etc Para o mecanismo de inferência é indiferente representar um gato como “gato(X)” ou “g(X)” ou “cat(X)” ou “c(X)” ou “a(X)” ou ... Como diferenciar uma fórmula lógica de uma função? Em LP: { f1, f2, … fn}... estes são predicados, sempre, com mapeamento em {V,F} Agregando uma função g, então f(g(X,Y...)), onde f é predicado e g é função! Ex: impar(s(0)). Simbolização A simbolização permite transformar uma sentença ou fórmula em linguagem natural para a linguagem lógica (e vice-versa) Não existe uma única forma de simbolizar um determinado conhecimento Por exemplo: “A casa é amarela” amarela(casa1.3) cor(casa1,amarela) valor(cor,casa1,amarela) é(casa1,amarela) No slide seguinte (cuidado aqui...) X é uma variável (por estar sempre quantificada) m é uma propriedade ou relação (predicado) n é uma propriedade ou relação (predicado) Simbolização X (m(X) n(X)) Todo m é n m são n Cada m é um n Qualquer m é um n Todos os objetos com a propriedade m são objetos que têm a propriedade n X (m(X) ¬n(X)) Nenhum m é n Ninguém que seja m é n Nada que seja m é n Nenhum dos m é n X (m(X) n(X)) Alguns m são n Existem m que são n Há m que são n Alguns m são n X (m(X) ¬n(X)) Alguns m são não n Alguns m não são n Certos m não são n Existem m que não são n Pelo menos um m não é n Exemplos e Exercícios Todos os homens são mortais X (homem(X) mortal(X)) Alguns gatos são amarelos X (gato(X) amareloX)) Nenhuma baleia é peixe X (baleia(X) ¬peixe(X)) Nem tudo que é reluz é ouro X (reluz(X) ¬ouro (X)) ¬X (reluz(X) ouro(X)) Meninas e meninos gostam de brincar X (menina(X) menino(X) gosta(X,brincar)) X (menino(X) gosta(X,brincar)) Y (menina(Y) gosta(Y,brincar)) Leite e banana são nutritivos X (leite(X) banana(X) nutritivo(X)) Exemplos e Exercícios Há pintores que não são artistas mas artesãos X (pintor(X) ¬artista(X) artesão(X)) Não há crime sem lei que o define X (crime(X) Y(lei(Y) define(Y,X)) Jacó não foi o primeiro homem X (homem(X) nasceu(X,DataX) nasceu(jacó,D) DataX < D) Não há bom livro escrito por maus autores X ((livro(X) bom(X) Y(autor(Y) bom(Y) escreveu(Y,X))) Todos os números pares são divisíveis por dois X (natural(X) par(X) divisível(X,2)) Todos os animais devem ser protegidos pelos homens X Y (homem(X) animal(Y) protege(X,Y) ) Todos os homens foram gerados por alguma mulher X (homem(X) Y (mulher(Y) mãe(Y,X)) Há pelo menos dois senadores X Y (senador(X) senador(Y) XY) p(X) : X é uma pessoa e(X,Y) : X engana Y X((p(X) Y(p(Y) e(X,Y))) e(X,X)) Traduzir para Linguagem Natural Pessoas que enganam outras pessoas enganam a si mesmas e(X) : X é um erro h(X) : X é humano f(X,Y) : X faz Y 1) X(h(X) Y(e(Y) f(X,Y))) 2) X(Y(e(Y) f(X,Y)) h(X)) Traduzir para Linguagem Natural Todo ser humano erra Quem quer que não cometa erros não é humano Não é humano quem não erra Fórmulas Bem Formadas (wff) Well Formed Formula 1. um átomo é uma wff 2. se α e β são wff e X uma variável livre, então são também wff: 3. As únicas wff são definidas por (1) e (2) existe X, α X α para todo X, α X α α se e somente se β α se α então β α α ou β α α e β α não α ¬α lê-se wff Prioridade dos Conectivos maior prioridade menor prioridade ou X, X Prioridade dos Conectivos Exemplo X p(X) Y q(X,Y) p(Y) significa X (p(X) (Y (q(X,Y) p(Y)))) A precedência pode ser alterada pelo uso de parênteses Semântica da LPO Para interpretar uma wff no CR é necessário definir o domínio D Se os valores-verdade das fórmulas e são calculados, então os valores-verdade das fórmulas: ¬, ( ), ( ), ( ) e ( ) são determinados usando tabelas-verdade dos conectivos, como definido na Lógica Proposicional X é v se o valor-verdade de for v para todo X no domínio D; caso contrário será f X é v se o valor-verdade de for v para pelo menos um X no domínio D; caso contrário será f Semântica da LPO (interpretação: Φ) Uma fórmula é satisfatível (consistente) se e somente se existe uma interpretação Φ tal que é v em Φ Uma fórmula é insatisfatível (inconsistente) se e somente se não existe uma interpretação Φ tal que é v Uma fórmula é válida ou verdadeira (tautologia) se e somente se toda interpretação Φ de é v Conseqüência Lógica (f1,f2 … → g) Uma fórmula é conseqüência lógica de 1, 2, ..., n se e somente se para toda interpretação Φ, se (1 2 ... n) é v em Φ então é v em Φ Notação 1, 2, ..., n |= é equivalente a () se e somente se ( |= ) ( |= ) Os teoremas sobre conseqüência lógica vistos no LP também são válidos na LPO Fórmulas Válidas X P(X) X P(X) (X P(X) X Q(X)) X (P(X) Q(X)) X (P(X) Q(X)) (X P(X) X Q(X)) X (P(X) Q(X)) (X P(X) X Q(X)) X (P(X) c) (X P(X) c) Como exercício demonstre que as mesmas são válidas. Como diga, use a especificação e a generalização, afim de reduzi-las a LP. Equivalência entre e X P(X) (¬X) (¬P(X)) X (¬P(X)) (¬X) P(X) X (¬P(X)) (¬X) P(X) X P(X) (¬X) (¬P(X)) ¬(X P(X)) (¬X) P(X) ¬(X P(X)) (¬X) P(X) 2 e 3 são fundamentais !!! Resumo das Transformaçoes Judit-Gersting – Livro x p(x) p(a) Particularização Universal x p(x) p(a) Particularização Existencial p(x) x p(x) Generalização Universal p(x) x p(x) Generalização Existencial Fórmulas Relacionais Equivalentes (Ver GE a PU) P X Q X (P Q), se X não ocorre em P P X Q X (P Q), se X não ocorre em P P X Q X (P Q), se X não ocorre em P P X Q X (P Q), se X não ocorre em P (X P) (X Q) X (P Q) (X P) (X Q) X (P Q) (X P) (X Q) X Y (P Q) (X P) (X Q) X Y (P Q) P (X Q) X (P Q), se X não ocorre em P P (X Q) X (P Q), se X não ocorre em P X (P Q) X (P Q), se X não ocorre em Q X (P Q) X (P Q), se X não ocorre em Q Aqui se encerra a PARTE 1 Falta inserir o conteudo do livro da Judith Gersting PU, PE, GU, GE …. ver livro da Judith Rogerio tenho vários exercicios etc … Aqui se encerra o curso. De bom tamanho Exercícios para todos :: interpretações e teoremas básicos ….. com regras da LP. José Augusto Baranauskas Departamento de Física e Matemática – FFCLRP-USP Autorização de uso para Claudio Cesar de Sá – DCC-UDESC
Compartilhar