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Teoria da Jurisdição

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1 
Teoria da Jurisdição 
 
18/08/2015 
Teoria da Jurisdição 
 
 É a atividade do juiz, quando aplica o direito, em processo regular, mediante a provocação de algém que exerce o 
direito de ação. (Vicente Greco Filho) 
 Auto-tutela o sujeito impõe sua vontade através de sua força física, sem que nenhum outro interfira na relação jurídica 
(vedade mais com exceções em lei, tanto na esfera criminal ou civil), sendo que na criminal o estado faz prisão em flagrante, em civil 
reintegração de posse de um terceiro imediato. 
 Auto-composição as partes em conjunto chegam em um acordo sem que um terceiro faça qualquer tipo de interenção. 
1. desistência - Ex. de batida do carro, quando a pessoa desiste de exigir a parte. 
2. submissão - Ex. batida de carro, quando a pessoa se submete aquela situação assumindo que estava errada 
3. transação - uma parte cede a porcentagem para a outra. 
 
 hetero-composição um terceiro resolvera um conflito ou palpitará no mesmo. 
 
1. mediação - mediador não resolve, somente auxilia na resolução do problema. Precisa estar previsto em contrato. 
2. arbitragem - o árbitro da a decisão, e é previsto estar em contrato 
3. jurisdição - (voce esta aqui) 
 direito processual tem como intuito dizer como se deve proceder. 
 direito material subjetivo das partes. 
 
Teorias 
a. unitária (juiz cria direito│direito material → mera expectativa): o juiz tem a função de dar as partes o que delas são de 
direito. 
b. dualista ou declaratória o juiz não cria direitos, trabalhando com uma ordem processual pré-existente. 
 
• Estado não cira direito; 
• a norma jurídica cria o direito substancial; 
• a função estatal se limita aos direitos pre-existentes; 
• Estado atua para atender à vontade humana. 
Princípios fundamentais 
• inércia a jurisdição é inerte. (Ex. ninguém entrará com a ação para você) 
• indeclinabilidade; 
• inevitabilidade a decisão é inevitável; 
• indelegabilidade não se transfere a decisão. 
Caracterisitcas 
• una; 
• pacificação social; 
• substitutividade; o Estado substitui a vontade das partes 
• lide nem todo processo tem lide. Não é obrigatória. 
CPC - Parte Especial - Livro 1 
Título I - procedimento comum - arts 318 à 512; – Leva em consideração a ampla defesa e o contraditório, sendo um 
processo altamente complexo. 
Título II do cumprimento da sentença - arts 513 à 538: 
Título III - dos procedimentos especiais - arts 539 à 770 (matéria a ser estudadada); 
 
Procedimento Especias: 
Procedimentos comum X procedimento especial 
 
Procedimento especiais 
 
 A par do procedimento comum, regulado no interior do processo de conhecimento, disciplina o código em livro próprio 
vários procedimentos especiais destinados a orientar a tramitação judicial de certas pretensões que não encontrariam tratamento 
processual condizente dentro dos parâmetros do procedimento ordinário. (Humberto Theodoro Junior) 
 
Finalidade atender as necessidades da sociedade; 
Natureza jurídica contenciosa ou voluntária. 
Técnicas de especialização procedimental 
eliminação de atos desnecessários; 
delimitação do tema; 
 
2 
explicitação dos requisitos materiais e processuais; 
maior efetividade. 
Pressupostos processuais especiais é necessário observar se a ação a ser vinculada têm um procedimento comum ou especial. 
 requisitos materias direito material vinculado ao rito especial antes de buscar a forma especial deve-se analisar se não há 
forma comum. (Ex. juizado especial: a causa não precisa ser complexa, e não pode haver menor, também não pode passar de "X" 
salários mínimos) 
requisitos processuais 
i. conduta especifica do jurisdicionado; 
ii. sob pena de ineficácia do provimento → extinção prematura da ação. 
erro na forma do procedimento 
i. art. 283 O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser 
praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos 
praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. 
ii. não é fatal ou irremediável. 
25/08/2015 
Tutela provisória 
 
 Consiste na possibilidade de antecipação, total ou parcial, dos efeitos da própria sentença. Por seu intermédio o juiz 
concede, antecipadamente, aquilo que esta sendo pedido, embora ainda que em caráter provisório. 
 
Teoria geral da tutela provisória art. 59, XXXV, CF. 
 
 → função da justiça - tutelar direitos; 
 → processo - instrumento utilizado para obter a efetividade da tutela neste sentido. 
 
 Tutela principal diz respeito ao provimento que corresponde ao conflito de direito material de mero exauriente e definitivo. 
 Tutela provisória corresponde ao meio de regulação provisória da crise do direito (medidas de urgência foram introduzidas 
no CPC, apenas em 1994, com previsão no CDC art. 84 § 3 º. 
 
Tutelas provisórias podem ser: 
 Satisfativas de forma direta satisfazendo o direito. A satisfativa antecipam provisoriamente o resultado material do direito 
disputado. 
 Conservativas (urgência) é necessário uma providência do judiciário, para que o direito futuro, seja, resguardado se 
limitando a conservar o bem ou direito tutelado. 
 Evidência um direito evidente, acumulado com o perigo da demora. A tutela de evidência serve para afastar uma situação 
de perigo. 
Requisitos da tutela de "urgência" 
 
 As tutelas provisórias tem em comum a meta de combater os riscos de injustiça ou de dano, derivados da espera, sempre 
longa, pelo desata final do conflito submetido à solução judicial. Representa o provimento imediatos que, de alguma forma, possam 
obviar ou minimizar os inconvenientes suportados pela partes que se acha em uma situação de vantagem aparentemente tutelada 
pela ordem jurídica material ("Fumus Boni Iuris") sem embargos de dispor de méis de convencimento para evidenciar, de plano, a 
superioridade de seu posicionamento em torno do objeto litigioso, ou demandante segundo o procedimento comum, teria de se privar 
de sua uso fruição, ou teria que correr o risco de vê-lo perecer, durante o aguardo da finalização do curso normal do processo 
("Periculum in mora"). 
 
Requisitos da tutela de "evidência" 
 
 Trata se de uma espécie de antecipação dos efeitos da tutela ligados ao pedido incontroverso, abuso de direito e matérias 
unicamente de direito. 
 Prova evidenciada do direito, e risco de dano. 
 
Momento o requerimento 
 
 petição inicial (caráter antecedente) 
 forma incidental (caráter incidental). Peticiona –se a tutela no processo em qualquer momento, para informar algo novo que 
ocorreu de caráter de urgência. 
 
Obs. Os procedimento cautelares foram extintos. 
 
Semelhanças entre as tutelas de urgência e evidência 
 
 Sumariedade processual 
 Provisoriedade art. 269 Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. 
§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação 
e do aviso de recebimento. § 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença. § 3º A intimação da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada 
perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial. 
 Caráter antecedente ou incidental art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela 
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
 Isenção de custas art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
 
3 
 Poder tutelar geral do juiz o juiz para garantir a efetividadeda tutela antecipada, poderá determinar medidas de apoio 
para que o cumprimento da tutela seja feita. art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela 
provisória. 
 Poderão ser executado provisoriamente art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da 
tutela provisória. Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
 Decisões serão motivadas art. 298. na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de 
modo claro e preciso. 
 Regras de competência (se antecedem → juiz competente para o conhecimento da ação l se incidental → no mesmo 
processo. 
 Provocação para parte art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para 
conhecer do pedido principal. art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento 
da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado 
útil do processo. art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo, quando: IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova 
capaz de gerar dúvida razoável. 
01/09/2015 
Tutela de urgência art. 300, CPC e seguintes 
 
Tutela cautelar e antecipada 
 
 Tutela cautelar conservativa conservar alguma coisa. não concede, antecipadamente, aquilo que foi pedido, mas busca 
resguardar e proteger a futura eficácia do provimento final. Ela não satisfaz a pretensão do autor, não é uma tutela de mérito, mas 
consistiria em uma medida de proteção que asseguraria o resultado do provimento final. Seria tutela cautelar a concessão de um 
arresto, que impede o devedor de dilapidar o seu patrimônio em detrimento do credor. A medida cautelar conservativa, seria para 
conservar um direito que corre o risco de ser lesado. Ex: o nome corre o risco de ser inserido no SPC │ SERASA. 
 
 Por restringir direito, sem dar composição alguma ao litígio, não pode se estabilizar. Há a existência apenas de um direito 
que está sendo guardado para que não seja lesado. 
 
 Tutela antecipada satisfativa a lesão no direito já ocorreu. Ex: o nome já consta no CPC │ SERASA. Parte do pedido foi 
apreciado, se o réu não entrar com um recurso, parte do processo já foi decidido. A medida de antecipação de tutela pode, 
eventualmente, estabilizar-se, porquanto nela se obtém uma sumária composição da lide, com a qual os litigantes podem se 
satisfazer. 
 
AS TUTELAS PROVISÓRIAS (urgência e evidência) PODERÃO SER COMPATIDAS POR "ABRAVO DE INSTRUMENTO" 
 
TUTELA DE URGÊNCIA TUTELA EVIDÊNCIA 
 
Antecipada (satisfativa) antecipação do mérito, algo que 
você teria somente lá na sentença (Ex. "cirurgia" não pode 
esperar 
 
Satisfativa: 1°) há prática de abuso ao direito de defesa ou 
conduta proscatinatória do réu; 2°) o direito do autor puder 
ser comprovado APENAS documentalmente e houver tese 
firmada em IRDR ou súmula vínculante 3°) condenação por 
restituição de bem dado em contrato de depósito Cautelar (conservativa) preservar o processo, (Ex. testemunha esta próximo de falecer) 
"fumus boni iuris" Documentos ação de fato 
Comprovada. Ex. ação monitória "Periculum in mora" 
art. 300 
Incidental (depois) 
Antecedente ou Incidente 
art. 311 
Antecedente (antes) 
emenda para 05 dias, art. 308, § 6° 
Perigo de reversibilidade 
art. 300 § 3° 
Estabiliza no silêncio do réu 
Art. 304 
Não estabiliza 
Não há resolução de mérito 
Quando estabeliza 
Só estabeliza a tutela em carater antecedente 
No prazo de 02 anos após a extinção do processo poderá 
propor ação autonôma com pedido de revisão. 
Reforma a nulidade. art. 304 §§ 2° e 5° 
 
 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
 
TUTELA ANTECIPADA TUTELA CAUTELAR 
Finalidade Antecipar os efeitos da decisão Resguardar a futura eficácia da tutela 
Resultado final da ação principal 
Idêntico, afinal ocorreu aqui a 
precipitação dos efeitos da tutela 
pretendida 
Diverso, pois a cautelar não tem por fim 
antecipar o efeito da sentença, mas de 
dar segurança ao um bem jurídico 
Fundamento Urgência, diante de prova incontroversa 
ou de ação protelatória 
Necessidade, face ao "Periculum in 
Mora" e "Fumus Boni Iuris". 
Natureza Satisfativa, pois o próprio direito 
material discutido será tutelado 
Assecuratória, pois visa resguardar o 
direito material discutido, evitando um 
processo principal infrutífero. 
 
Requisitos da tutela provisória de urgência (vol. I pág. 606) 
 
 As tutelas de urgência - cautelares e satisfativas - fundam-se nos requisitos comuns do fumus boni iuris e do periculum 
in mora. 
 Os requisitos, portanto, para alcançar-se uma providência de urgência de natureza cautelas ou satisfativa são, 
basicamente, dois: 
 
4 
1. um dano potencial, um risco que corre o processo de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum 
in mora, risco esse que deve ser objetivamente apuravél. 
2. a probabilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni iuris. 
 
 "periculum in mora" a parte deverá demonstrar que, enquanto aguarda a tutela definitiva, venham faltar as circunstâncias 
de fato favoráveis à própria tutela. E isto pode ocorrer quando haja o risco de perecimento, destruição, desvio, deteriorização, ou de 
qualque mutação das pessoas, bens ou provas necessários para o provimento final do processo. 
 Periculum in mora nada mais é do que a possível inutilidade do processo, em razão da demora no julgamento. 
 Ele nasce de dados concretos, seguros, objeto de prova suficiente para autorizar o juízo de grande probabilidade em torno 
do risco de prejuízo grave. 
 
 "fumus boni iuris" para merecer a tutela cautelar, o direito em risco há de revelar-se apenas como o interesse que justifica 
o "direito de ação", ou seja, o direito ao processo de mérito, ou seja, a probabilidade de direito substâncial. O juízo necessário não é 
o de certeza, mas o de verosssimilhança, efetuado sumária e provisoriamente à luz dos elementos produzidos pela parte. Garantia 
do juízo art. 300 § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos 
que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. O juiz pode (de 
faculdade), conforme o caso, exigir a garantia do direito, ou seja, que se deposite valores para que o futuro do réu não seja 
prejudicado. 
 
Da reversibilidade do provimento (art. 300, § 3º) - (vol. I - pág. 611) 
 
 Quer a lei, assim, que o direito ao devido processo legal, com os seus consectários do contraditório e ampla defesa, seja 
preservado, mesmo diante da excepicional medida antecipada. 
 
 Adianta-se a medida de urgência, mas preserva-se o direito do réu à reversão do provimento, caso ao final seja ele, e não o 
autor, o vitorioso no julgamento definitivo da lide. 
 
• a medida de urgência não pode ser irrevível em razão do réu; 
• possibilidade de retorno ao "status quo"; 
• segurança jurídica; contraditório e ampla defesa. 
• a proteção jurisdicional é para o autor e para o réu. 
 
 Exceções: casos especialíssimo. Sempre que for uma situação extretamente urgente, em que o bem patrimonial for a vida. 
(Ex: risco à vida, nenhum juiz quer ter sangue nas mãos). 
 
Tratamento igualitário entre as partes 
 
� as partes devem sertratadas igualmente (art. 139, I); 
� o juiz deve ser imparcial; (art. 144 e 145, CPC) 
� a função do juiz é eliminar, sempre que possível, os riscos da demora às partes. 
Da fungibilidade das tutelas de urgência (conservativas ou satisfativas) 
 
art. 305. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. 
 
 Certamente não se pode negar a diferença existente entra a tutela cautelar e a tutela satisfativa. Cada uma, exerce função 
distinta. No entanto, ambas as tutelas integram um só gênero, o das tutelas de urgência. O novo código unificou, inclusive, os 
requisitos que cada uma delas deve preencher para sua concessão, razão pela qual a distinção torna-se cada vez menos 
sinificativa. Por isso, poderá haver uma certa dificuldade em descobiri, com rigor, a qual das duas espécies pertence a providência 
que, em concreto, se via adotar para contornar o periculum in mora. 
 
 E o que distingue o procedimento de um e de outro pedido de tutela de emergência, atualmente, é basicamente a 
possibilidade de a tutela satisfativa estabilizar-se na ausência de recurso da parte contrária, o que não acontece na tutela 
conservativa. Assim, a utilização de uma ao invés da outra é, na verdade, mero equívoco formal, que pode e deve ser corrigido pelo 
juiz. 
 
 Se o autor erra na identiicação da peça, o juiz irá adequar a situação na correta. Vai ser deferido de acordo com o que deve 
ser deferido. 
� incorporam um único gênero; 
� procedimento: unificado; 
� requisitos: idênticos; 
� fungibilidade quanto ao erro de forma; 
� instrumentalidade das formas (o que importa é o pedido formulado). 
Momento da concessão 
 
 Antecedente ou Incidental. 
 Se, o deferimento for antes do início do prazo para oferecimento da defesa - será uma medida liminar. 
 
Medida liminar inaudita altera parte 
 
 É um adjetivo que atribui a algum substantivo a qualidade de inicial, preambular, vale dizer, "é tudo aquilo que se situa no 
início, na porta, no limiar". (Humberto Theodoro Jr) 
 
 
5 
 Na linguagem jurídica usa-se a expressão liminar para identificar qualquer medida ou provimento tomado pelo juiz na 
abertura do processo, vale dizer: liminar é o provimento judicial emitido "no momento mesmo em que o processo se instaura", em 
regra, se dá antes da citação do réu, embora depois da justificação para que foi citado o réu, mas antes ainda da abertura do prazo 
para resposta à demanda (arts. 562 e 564). 
 
 Art. 562 Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de 
reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. 
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos 
representantes judiciais. 
 Art. 564 Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subseqüentes, a citação do 
réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será 
contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar. 
• evitar que o dano se propague; 
• casos excepcionais (inegável urgência). 
* A tutela de urgência poderá ser deferida até mesmo na senteça. 
Estabilização da tutela antecipada requerida com caráter antecedente 
 
art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
 
• é antecedente a tutela requerida e apreciada antes do mérito; 
• uma vez deferida ela se estabilizará se não houver a interposição do recurso pelo réu; 
• no prazo de 2 anos qualquer das partes poderá ajuizar ação para rediscutir a decisão - (art. 304, § 5º); 
• a decisão não faz coisa julgada. 
08/09/2015 
Responsabilidade civil (tutela de urgência) 
 
 art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à 
parte adversa, se: I – a sentença lhe for desfavorável; II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação 
do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV – o juiz acolher a alegação de decadência 
ou prescrição da pretensão do autor. 
 Definição o requerente da tutela de urgência, age à base de uma sumária e superficial demonstração de seu direito, quase 
sempre impõe restrições mais ou menos graves aos direitos do promovido. O Estado defere essas restrições no pressuposto de que 
o bom resultado do processo, que aparentemente deve ser favorável ao requerente, esteja de fato dependendo das medidas de 
prevenção. 
� sentença lhe for desfavorável; 
� não houver o cumprimento dos meios necessários à citação; 
� ocorrer a cessação da eficácia da medida; 
� reconhecimento de prescrição ou decadência. 
 O requerimento de reparação será nos autos art. 302 parágrafo único A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver 
sido concedida, sempre que possível. 
 
Tutela de urgência antecedente 
 
 A tutela de urgência é satisfativa quando, para evitar ou fazer cessar o perigo do dano, confere, provisoriamente, ao autor a 
garantia imediata das vantagens de direito material para as quais se busca a tutela definitiva. Seu objeto, portanto, se confunde, no 
todo ou em parte, com o objeto do pedido principal. São efeitos da futura acolhida esperada desse pedido que a tutela satisfativa de 
urgência pode deferir provisioriamente à parte. 
 
Obs. O Direito formal, descreve a maneira de obter tais "direitos", as formas percorríveis, o caminho a proceder. E esse caminho 
segue os critérios processuais.O Direito material,é exatamente aquele direito que o cidadão encontra por força do direito positivo, ou 
seja, do direito que está na norma, é o objeto da lide. 
 
Procedimentos da tutela de urgência satisfativa antecedente 
 
 É tratada particulamente nos arts. 303 e 304, que traçam um procedimento próprio para o caso de tutela provisória 
satisfativa antecedente ao aforamento da demanda principal, cujas principais caracterisitcas são: 
 art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada 
e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
 art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
� peticionar requerendo apenas a tutela provisória; 
� indicando de forma sumária a lide e o direito, podendo o pedido ficar adstrito a tutela - art. 303; 
� demonstrando o perigo da demora; 
� o juiz poderá: deferir, indeferir ou determinar o aditamento; 
� a petição inicial será aditada em 15 dias - art. 303, § 1º; 
� o réu será citado para a audiência de conciliação │ mediação - tendo início o prazo para agravar - sob pena de 
estabilização da decisão. 
Conceito 
 
 Considera-se antecedente toda a medida urgente pleiteada antes da dedução em juízo do pedido principal, seja ela cautelar 
ou satisfativa. Em regra, ambas são programadas para dar seguimento a uma pretensão principal a ser aperfeiçoada nos próprios 
autos em que o provimento antecedente se consumou. 
 
6 
 
 O novo código, entretanto, faz uma distinção entre medidas antecedentes conservativas e medidas antecedentes 
satisfativas, para tratar as primeiras como acessórias do processo principal,e as ultimas como dotadas, eventualmente, de 
autonomia frente a este processo. 
 
Procedimento da tutela de urgência conservativa 
 
 A parte terá sempre de formular o pedido principal em trinta dias após a efetivação da medida deferida em caráter 
antecedente ou preparatório, sob pena de cessar sua eficácia. A medida de urgência nessas condições, não tem vida própria capaz 
de sustentá-la sem superveniência do tempestivo pedido principal (ou de mérito). 
 
 A petição inicial deverá conter a indicação da lide e seu fundamento; a exposição sumária do direito que visa assegurar; a 
demonstração do "periculum in mora" ou o risco ao resultado útil ao processo, requisito do art. 309, CPC. 
 Se deferida 30 dais para complementar (art. 308, "caput" - contados da sua efetivação) 
 Se indeferida extinção do processo art. 309 cessa a eficácia da tutela em caráter antecedente, se: art. 310 o indeferimento da tutela 
cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salve se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de 
decadência ou de prescrição. 
 
 Réu: será citado para oferecer defesa em 05 dias. 
 
Procedimento da tutela de urgência satisfativa 
 
 O regime pode, eventualmente ser o de autonomia, visto que se permite estabilizar sua eficácia, não ficando, assim, na 
dependência de formulação do pedido principal. O que, na espécie, se prevê é a possibilidade de recurso contra a respectiva 
decretação e de demanda posterior para rever, reformas ou invalidar a tutela satisfativa estabilizada. Seus efeito, no entanto, se 
conservarão, enquanto não ocorrer a revisão, reforma ou invalidação por ação própria. Na sistemática instituída pelo código, 
portanto, para que a estabilização da tutela satisfativa ocorra, basta que o demandado não interponha recurso contra a decisão que 
se concedeu. 
 
 Poderá haver a necessidade de complementação de petição inicial, contudo, se a medida estabilizar, poderá não haver a 
necessidade. Aqui não se ocorre o fenômeno da coisa julgada. 
 
Da tutela de evidência 
 
 A tutela da evidência não se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão de tutela 
imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte. Justifica-se pela possibilidade de aferir a liquidez e 
certeza do direito material, ainda que sem o caráter de definitividade, já que o debate e a instrução processuais ainda não se 
completaram. No estágio inicial do processo, porém, já se acham reunidos elementos de convicção suficientes para o juízo de mérito 
em favor de uma das partes. (Humberto Theodoro Jr) (Vol I - pág. 675) 
 
Ela se funda na evidência, na prova documental. 
 
O argumento legal da tutela da evidência (vol I - pág. 679) 
 
 art. 311 A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas 
apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em 
prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a 
petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida 
razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
 
 Segundo o art. 311, a tutela em causa, sem exigir demonstração do perigo da demora da prestação jurisdicional, terá 
cabimento quando: 
 
Será requerida na petição inicial ou de forma incidenta. 
a. ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte (inciso I) 
"fumus boni iuris" e a verosimilhança do direito; 
não se trata de punição ao réu; 
a conduta do réu impulsiona o direito de autor. 
b. as alegações de fatos puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos ou em súmula vinculante (inciso II) 
documento idôneo (não, necessáriamente irrefutável); 
elevado grau de probabilidade do direito. 
c. se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será 
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa (inciso III) 
contrato - recuperar a coisa sob custódia; 
"fumus boni iuris". 
d. a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não 
oponha prova capaz de gerar dúvida razoável (inciso IV) 
prova documental │ apenas será possível de forma incidental. 
 
 Em todas as quatro hipóteses, o traço comum é a necessidade de uma prova completa que permita ao juiz reconhecer a 
comprovação do quadro fático-jurídico suficiente para sustentar a pretensão da parte, ou seja, o direito tutelado em juízo se acha 
comprovado de tal maneira que, no momento, não se divisa como a parte contrária possa resisti-lo legitimamente. 
 
 
7 
 Obs. Se for indeferido a tutela será extinta, se for deferida a tutela o réu poderá se utilizar do agravo de instrumento como 
recurso, à ordem de citação. Caso o réu não entrar com o agravo, haverá a preclusão e a tutela irá se estabilizar. A petição inicial 
tem que ser objetiva, focando apenas o motivo da tutela. 
15/09/2015 
Da coisa Julgada (Res iudicata) - art. 502 à 508, CPC e art. 5º, XXXVI, CF livro pág. 90 vol. II 
 
 A autoridade da coisa julgada, de que se tenha revestido uma decisão judicial, cria para o juiz um vínculo consistente na 
impossibilidade de emitir novo pronunciamento sobre a matéria já decidida. Essa possibilidade às vezes só prevalece no mesmo 
processo em que se defiriu a decisão (coisa julgada formal), e nos outros casos em qualquer processo (coisa julgada material). 
 
 A coisa julgada é uma qualidade dos efeitos da sentença (ou do acórdão) que se tornam imutáveis quando contra ela já não 
cabem mais recurso. Ela não é propriamente um efeito da sentença - efeitos são condenação, declaração e a constituição, com as 
conseqüências daí decorrentes. 
 
 Esgotados os recurso, a sentença transita em julgado, e não pode ser modificada. Até então, a decisão não se terá tornado 
definitiva, podendo ser submetida por outra. 
 
 A razão jurídica da coisa julgada é a segurança das decisões, que ficaria seriamente comprometida se houvesse a 
possibilidade de rediscutir questões julgadas em caráter definitivo. Ela acarreta, e uma vez por todas, a controvérsia ou o conflito 
levado ao juízo. 
 
� não é efeito; é só uma consequência, ela apenas torna efetivo. 
� representa a imutabilidade; ou seja, não pode ser mudado a coisa julgada material. A coisa julgada formal poderá haver 
mudanças. 
� presuposto processual negativo; 
� poderá ser modificada em até 02 anos; 
� tem força de lei art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente 
decidida. 
 Após sentença o juiz não poderá alterá-lo de ofício salvo para suprir erros matérias ou de cálculo art. 494. Publicada a 
sentença, o juiz só poderá alterá-la: I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; 
 
Pode ser total ou parcial 
 
 A lide se apresenta com questões anônimas (capítulos). Algum capítulo poderá não ser apreciado pelo juiz, ou não ser 
objeto de recurso pela parte (impondo o transito em julgado da parte não atacada pelo recuros, desde que um capítulo não esteja 
ligado ao outro). O juiz divide os pedidos em capítulos: poderá não haver recurso quanto a algum deles.Coisa julgado formal e material 
 
 Não há propriamente duas espécies de coisa julgada, como preconizam alguns. Ela é um fenômeno único ao qual 
correspondem dois aspectos, um de cunho meramente processual, que se opera no mesmo no qual a sentença é proferida, e outro 
que se projeta para fora, tornando definitivos os efeitos da decisão. Isso impede que a mesma pretensão seja rediscutida em juízo, 
em qualquer outro processo. Ao primeiro aspecto dá-se o nome de coisa julgada formal. Todas as sentenças, mesmo aquelas em 
que não haja resolução de mérito, tornam-se imutáveis em determinado momento, quando contra elas não cabem mais recurso. O 
segundo aspecto é denominado coisa julgada material, que recai apenas sobre as sentenças de mérito, impedindo que a mesma 
pretensão venha a ser rediscutida posteriormente em outro processo. Com as sentenças meramente terminativas isso não ocorre, 
porque nelas o juiz não se pronunciou a respeito da presentão posta em juízo. Por isso, elas se tornam definitivas no processo em 
que proferidas, mas não impedem que a pretensão venha ser objeto de outra demanda. O mesmo não ocorre com as sentenças de 
mérito, porque nelas o juiz apreciou o pedido. Assim que contra elas não couber mais recurso, a mesma pretensão não poderá mais 
ser levada a juízo. 
Coisa julgada formal 
 
 Consiste na imutabilidade da sentença contra a qual não caiba mais recurso dentro do processo em que foi proferida. O 
ordenamento jurídico prevê um numero limitado de recursos, que podem ser interpostos pela parte insatisfeita com a decisão judicial. 
Enquanto houver a possibilidade de recorrer, ela não terá tornado definitiva porquanto haverá a possibilidade de recorrer, ela não se 
terá tornado definitiva, porquanto haverá a possibilidade de substituição por outra. Mas haverá um momento em que todos os 
recursos terão se esgotado, e a sentença não poderá ser mais modificada, seja ela definitiva ou terminativa. Quando isso ocorre, 
diz–se que ela transitou em julgado. Naquele processo, tornou-se indiscutível. Todas as sentenças, de mérito ou terminativas, em 
determinado momento fazem coisa julgada formal, quando contra elas não caibam mais recursos. Isso não nos diz sobre a 
possibilidade do aforamento de nova demanda, com a mesma pretensão e os mesmos fundamentos. 
 
 Verifica-se, portanto, a coisa julgada formal quando tiver havido preclusão, temporal, consumativa, ou lógica, para 
interposição de recurso contra a sentença (ou acórdão). Findo o processo e preclusos todos os recursos, haverá a coisa julgada 
formal, por isso mesmo chamada de preclusão máxima. 
 
Coisa julgada material 
 
 É própria dos julgamentos de mérito, e consiste na imutabilidade não mais da sentença, mas de seus efeitos. Projeta-se 
para fora do processo em que ela foi proferida, impedindo que a pretensão seja novamente posta em juízo, com os mesmos 
fundamentos. 
 Quando o juiz acolhe a pretensão, concedendo uma tutela condenatória, constitutiva ou declaratória, ou a rejeita, a 
sentença se torna, quando não cabível mais nenhum recurso, definitiva, e resolve em caráter imutável o conflito. Aquilo que ficou 
decidido não pode mais ser discutido em juízo, não apenas naquele processo, mas em nenhum outro. A coisa julgada formal tem 
natureza processual; a material a transcende, e projeta suas conseqüências no aspecto substancial. Ela torna imutável a solução 
judicial dada para determinada situação jurídica que se tornara controversa. 
 
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 No CPC 2015, a coisa julgada material é definida como autoridade que torna imutável e indiscutível decisão de mérito não 
mais sujeita a recurso. 
 "denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a 
recurso." art. 502. Relacionada à lide. 
 art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. 
 Coisa julgada formal existe em todos os processos, e são duas as possibilidades: 
� sozinha nos casos de sentenças terminativas ou processo de jurisdição voluntária; 
� acompanhada coisa julgada formal + material. 
 
Faz coisa julgado o dispositivo de sentença. 
 Os motivos que formaram o convencimento do juiz não transita. 
 
Exceção: coisa julgada "rebus sic stantibus" (enquanto as coisas estão assim) art. 507 É vedado à parte discutir no curso do processo as 
questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. 
A contagem do prazo quanto aos pedidos de coisa julgada material e formal é contado a partir da última decisão proferida. 
Para cada ação rescisória só pode ser discutido um capítulo. PROVA 
Da ação rescisória - art. 966 à 975 
 
 A lei prevê uma ação autônoma de impugnação, que visa desconstituir a sentença transitada em julgado, postulando 
eventualmente a reapreciação daquilo que já estava decidido em caráter definitivo. É a última oportunidade que se dá ao interessado 
para tentar desfazer a decisão. Não se trata mais de um recurso, porque estes já foram esgotados, mas de uma ação autônoma, de 
cunho cognitivo e natureza descontitutiva, que procura desfazer o julgado. 
 
Requisitos de admissibilidade: 
a. decisão de mérito transitada em julgado (Não cabe nas homologações de acordo com o art. 966 § 4º) art. 966 § 4o Os atos 
de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos 
homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. 
b. ou de decisões que impeçam o ajuizamento de nova ação ou admissibilidade de recurso (ainda que o mérito não tenha sido 
analisado); 
c. poderá ter por objeto apenas 1 capítulo da senteça; 
d. prazo decadencial: 2 anos 
As hipóteses de cabimento de ação rescisória estão prevista no art. 966. 
i. quando se verificar prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; (o lulgado pratica ilícito penal); prevaricação é o ato de 
retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal. A concussão consiste em "exigir, para si ou para outrem, direita ou indiretamente, ainda que 
fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida". E a corrupção passiva em "solicitar ou receber 
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promoessa de tal vantagem. 
ii. quando a sentença for proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; A competência e a imparcialidade do 
juiz são pressupostos processuais de validade do processo. Mas há dois graus em ambas, há a incompetência relativa e a 
absoluta, a suspeição e o impedimento. A incompetência relativa e a suspeição sanam-se dentro do próprio processo, antes que 
transite em julgado, porque não são de ordem pública. Compete ás partes sua alegação (embora a suspeição possa ser 
reconhecida pelo juis de oficio), por meio de exceção ritual, pena de preclusão. 
pressupostos processuais de validade do processo; 
suspeição ligação com a parte; art. 145 há suspeição do juiz. 
impedido ligação com o processo art. 144 há impedimenteo do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo. 
iii. quando a sentença resultar de dolo da parte vencedora ou colusão art. 142 convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu 
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, 
de ofício, as penalidades da litigância e má-fé. 
 Ocorre o dolo da parte vencedora quando ela engana o juiz ou a parte contraria para infuenciar o resultado do julgamento. 
Um dos deveres dos litigantes é o de agir com lealdade e boa-fé. Sem um deles emprega ardis para induzir emerro o adversário ou 
o juiz ou a parte contraria para influenciar o resultado do julgamento. Um dos deveres dos litiganes é o de agir com lealdade e boa-
fé. Sem um deles emprega ardis para induzir em erro o adversário ou o juiz a respeito de fatos relevantes para a causa, que 
influenciam no julgamento, haverá dolo. É indispensável que o ardil da parte vencedora teha sido a causa de seu sucesso. Somente 
o dolo do vitorioso ensejará a rescisão, desde que se demonstre que foi a causa do êxito. 
litigância de má-fé 
o dolo deve ter ligação direta com a decisão 
o prazo começa a contar do conhecimento. 
iv. ofensa a coisa julgada a contar do conhecimento a coisa julgada só diz respeito ao dispositivo da sentença. Isto é, aquilo 
que foi decidido a respeito da pretensão posta em juízo. Não recai sobre seus fundamentos, que poderão ser rediscutidos. 
v. violação manifesta à norma jurídica; se a sentença deu à lei uma interpretação razoável, ainda que não seja a predominante, 
ou que divirja de outra dada pela doutrina ou jurisprudência, não cabe a rescisória. Nesse sentido, não caba ação rescisória por 
ofensa literal a disposição de lei, quando a decisão rescindenda se estiver baseada em texto legal de interpretação controvertida 
nos tribunais. Não cabe a rescisória se, na época em que a decisão foi proferida, a matéria era controvertida, embora, 
posteriormente a interpretação se tenha pacificado no sentido da tese do autor. É preciso que a violação da lei tenha nexo de 
causalidade com o resultado obtido. Se ela não repercutiu no julgamento, nada há a rescindir. A ofensa pode ser a lei material 
ou processual. 
 
9 
vi. prova falsa; é indispensável que a prova falsa tenha nexo de causalidade com o resultado, isto é, que a sentença se tenha 
baseado nela, e não se possa substituir sem a prova falsa. Se ela se baseia em várias provas, de forma que a falsa não possa 
ser decisiva para o resultado, não haverá razão para rescisão. 
motivadora da sentença; 
pode ser documental, pericial ou testemunhal 
vii. prova nova documento novo não é aquela que se formou após a prolação da setença, mas aquele anterior, cuja existência era 
ignorada pelo autor da ação resisória, ou de que ele não pode fazer uso, não pode ser considerado como tal aquele que deixou 
de ser apresentado por desídua ou negligência, cuja existência se conhecia, ou cuja, obtenção era acessível. Não cabe ação 
rescisória se a parte interessada deixou de apresentar o documento por culpa própria. 
o documento já existia à época da decisão 
desconhecida ou se dela não pode fazer uso 
viii. erro de fato; o juiz considera válido um ato inexistente ou válido, e esse fato, tem que ser a causa da decisão. 
 Esse dispositivo é seguido de dois parágrafos, que tratam do erro de fato. O primeiro estabelece que "há erro, quando a 
sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido." E o segundo dispõe que "é 
indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamente judicial sobre o fato." 
(Ex. julga que o documento é inexistente por conta dele ter entendido que a pessoa era incapaz, e aí você consegui provar 
que o mesmo não é incapaz.) 
fato inexistente admitido; ou fato existente considerado inexistente; 
deve ser a causa da decisão. 
22/09/2015 
Da ação de consignação em pagamento (coisas móveis ou imóveis) art. 344 - 345, CC e art. 539 e 549, CPC 
 
 O pagamento por consignação consiste num deposito judicial ou extrajudicial do dinheiro ou da coisa que são os objetos da 
obrigação, e na citação do credor, para vir recebê-lo. Não se restringe às obrigações em dinheiro, podendo atingir a entrega de coisa 
determinada, móvel ou imovel, como ocorre com frequência com as chaves do imóvel dando em locação, quando o locador se 
recusa a recebe-las de volta injustificadamente. 
 direito do devedor é um direito do devedor ver cessada a sua mora 
 forma especial de pagamento porque a formal normal vai lá e se paga 
 finalidade: extinguir obrigações. Evitar que o devedor fique a mercê do arbitro ou da malícia do credor, ou que pague mal. 
 natureza jurídica híbrida pois existe tanto no direito material (código civil art. 344 e 345) quando no direito processual 
(código de processo civil art. 539 e 549) 
 natureza processual cognitiva, porque após a notificação o credor poderá se manifestar nos autos, em desacordo com o 
que foi relatado, e ele prosseguirá na justiça comum. 
 
Hipóteses da ação de consignação em pagamento 
 
� impossibilidade real de pagamento 
• recusa injusta; 
• ausência, desconhecimento, inacessibilidade do sujeito ativo (credor) 
� insegurança ou risco da ineficácia do pagamento voluntário 
• recusa do credor em fornecer a quitação da dívida 
• fundada vítima quanto a pessoa do credor; 
• litigiosidade em torno da prestação, já há uma ação de mora, com algumas parcelas atrasadas, preciso quitar essas 
parcelas atrasadas para poder, consignar o valor total para quitação da dívida. 
• credor incapaz. 
Formas de consignação em pagamento: 
 
 Extraprocessual (apenas para obrigação em dinheiro) não sendo admissível para o deposito de coisas. 
� depósito em estabelecimento bancário oficial (no lugar do pagamento); 
� notificação com AR, para que o credor se manifeste em 10 dias - art. 539, §§, 1º e 2º. 
 
Processual (dá uma atenção especial para a PROVA) 
 
Pressuposto processuais especiais: 
� mora do credor ou risco de pagamento ineficaz; 
� dívida líquida e certa (vencida) 
� depósito judicial (5 dias) se não depositar nesse período, poderá ter declarada a extinção. 
 
 Se as prestações forem sucessivas, o devedor deverá realizar os depósitos mensais no prazo de 05 dias da data do 
vencimento. 
 
 Requerer, se necessário, a continuidade dos depósitos com efeito liberatório. 
 
• competência (art. 540) ou seja, lugar do pagamento. Ex. SP, SANTOS, etc. 
� lugar do pagamento; 
� se não tiver - regra geral do CPC, domicilio do réu 
• poderá ser: 
� principal; só entra com a ação de consignação em pagamento (pedido único) 
� incidental - quando houver na inicial outros pedidos - rito comum (Ex. pedido de danos morais, anulação do 
contrato.) dá uma atenção especial para a PROVA 
• legitimidade: 
� polo ativo: devedor - sucessor e│ ou terceiro interessado 
3º interessado - paga em seu nome e se subroga. (Ex. fiador) 
3º não interessado - paga em nome do devedor (não se subroga) 
 
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� polo passivo: credor; e possíveis interessados. 
Obs. tanto o devedor quando o credor estão em mora. 
13/09/2015 
Tempo para ajuizamento 
 Enquanto ao devedor é permitido pagar, admite-se requerer o deposito. A consignação pode abranger inclusive os casos de 
mora debitoris, pois servirá a purgá-lá. Ocorrida a mora do credor, irrelevante a questão do tempo, pela permanência da recusa. 
 
O Objetivo da consignatória 
 
 O pedido, na consignatória, será sempre de liberação da dívida. Para isso decidir, entretanto, haverá o juiz de examinar 
quantas questões sejam colocadas, para que possa verificar se o depósito é integral. 
 Adimplemento art. 366, CC Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal. satisfação da dívida. 
 
Do procedimento especial 
 
 Citação após depósito; 
 O réu pode: 
� aceitar aí o processo será extinto com condenação em honorários. art. 546, parágrafo único. 
� se não aceitar ou se for revel processo será instruído e julgado. 
Se a coisa for incerta e a escolha couber ao credor, ele será citado para execer o seu direito (prazo de 5 dias). 
 
Do levantemento dos valores 
 
 O réu não poderá levantar os valores até o trânsito em julgado. Salvo, se alegar que o saldo é insuficiente. 
 Após o oferecimento da defesa o rito será comum. 
 
Efeitos da sentença 
 
 declaratória se julgar (im) procedente somentedeclara se está ou não com a razão. 
 condenatória se reconhecer a insuficiência do depósito. 1. levanto o valor, e, 2. reconhece que o saldo é insuficiente e 
condena ao depósito. 
 
Ação Monitória 
 
 Consise na emanação de uma ordem do juiz, para que o credor pague uma importância em dinheiro (ou uma quantidade 
certa de coisas fungíveis e infungíveis) no prazo estabelecido, facultando-se embargos do devedor, cuja a falta a ordem adquirirá o 
valor de sentença condenatória passado em julgado. Humberto Theodoro Jr. 
 A ação monitória tem por finalidade permitir ao credor não munido de título executivo judicial ou extrajudicial obter com mais 
rapidez a satisfação de seu crédito, sem uma sentença de mérito, sempre que não haja resistência do devedor. Marcus Vinicius R. 
Gonçalves. 
 
Prazo de 15 dias para os embargos monitórios (defesa). 
 
Requisitos 
 
 É indispensável documento escrito, sem força executiva, que embase a monitória; e que seu objeto seja a entrega de soma 
em dinheiro, coisa fungível ou bem móvel determinado. Não há requisitos específicos quanto aos sujeitos da ação. Ela pode ser 
ajuizada por, e em face de, pessoas jurídicas ou naturais, capazes ou incapazes, de direito público ou de direito privado. 
 
 documento escrito (sem eficácia de título executivo) 
 demonstrar o direito ao recebimento de uma obrigação: 
• pecúnia; dinheiro 
• entrega de coisa fungível (substituível) ou infungivél (insubstituível); 
• entrega de bem móvel ou imóvel; 
• cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. 
Petição inicial 
 
 preencher os requisitos dos artigos 319 e 320 
 prova escrita sem eficácia de título executivo; 
 especificação do direito perseguido; 
 apresentação de memória de cálculo; 
 pedido: expedição de mandado de pagamento ou de determinação ao cumprimento da obrigação 
 O valor da causa será o objeto da obrigação. 
 
Legitimidade passiva devedor pessoa física ou jurídica (capaz ou incapaz). 
 
Documento escrito (vol II pág. 467) 
 O documento escrito é aquele idôneo para, em uma análise inicial, fazer crer na existência do crédito afirmado pelo autor. 
Há de ser uma prova desse crédito que mereça fé, de acordo com as regras do livre convencimento do juiz. 
 
 
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� não pode ser título executivo (líquido, certo e exigível), ou seja, valerão como documentos escritos as declarações ou 
confissões do devedor, em que ele reconheça a existência da dívida, ou prometa pagá-la, ou manifeste seu acordo com o 
valor que esteja sendo cobrado. 
� em sede de cognição sumária deverá convencer o juiz, ou seja, é preciso que o documento escrito seja tal que permita 
ao juiz, em cognição sumária, e sem ouvir a parte contrária, concluir pela plausibilidade ou verossimilhança do direito do 
credor. 
� serve declaração ou confissão do devedor 
� títulos executivos - SIS (judiciais) e 784 extrajudiciais 
� se faltar o documento a falta dele, ou a eficácia executiva, tornarão o autor carecedor de ação (carência de agir), por falta 
de interesse de agir, pois inadequada a via eleita. 
Juízo de admissibilidade 
• o juiz analisará a forma o juiz deve ser cuidadoso, porque não lhe cabe decidir, nessa faze, sobre a existência ou não do 
crédito, mas apenas sobre o preenchimento ou não dos requisitos da ação. 
• deferindo ou não a citação nessa decisão fundamentada, o juiz determinará a expedição do mandado monitório e a 
citação do réu. 
Citação do réu 
 Citado, pode o réu, no prazo de 15 dias, (lembrando que o réu toma conhecimento da ação monitória quando é citado) 
tomar uma entre três atitudes possíveis, sendo elas: cumprir o mandado de pagamento, apresentar resposta ou simplesmente omitir-
se. Vejamos cada uma delas: 
1. cumprimento do mandado - cumprir o mandado e fazer o pagamento daquilo que está sendo cobrado, ou a entrega da 
coisa ou do bem móvel. Ao fazer isso, estará extinta a obrigação, e o réu será isentado do pagamento das custas desde 
que satisfaça a obrigação no prazo, e o mesmo deverá pagar somente os honorários advocatícios de 5 % do valor atribuído 
à causa. 
2. resposta do réu - poderá opor "embargos" (embargos monitórios), ou seja, se defender da ação 
3. omissão do réu - ficar inerti, ou seja, não cumprir o mandado, nem apresentar resposta. 
Embargos à ação monitória (art. 702 - 15 dias) 
Art. 702 Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória. 
 § 1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum. 
 § 2º Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando 
demonstrativo discriminado e atualizado da dívida. 
 § 3º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único 
fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso. 
 § 4º A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o julgamento em primeiro grau. 
 § 5º O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 
 § 6º Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção. 
 § 7º A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à 
parcela incontroversa. 
 § 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no 
Título II do Livro I da Parte Especial, no que for cabível. 
 § 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. 
 § 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento 
sobre o valor da causa. 
 § 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à 
causa, em favor do autor. 
� Não precisa de caução; 
� possui efeito suspensivo. 
 27/10/15 
Ações possessórias (estudar para prova) 
 
 Ações possessórias tem a finalidade de defender somente a posse, e a mesma deve ser legitima. Posse legitimidade a 
usar, gozar. Não serve para defender a propriedade, mas, sim a posse. 
 
POSSE – A teoria adotada pelo nosso CÓDIGO CIVIL é a objetiva. Neste sentido, não é necessário o "animus" de possuidor. 
Conceito (posse): "exercício, de fato, dos poderes constitutivos de domínio, ou propriedade, ou de algum deles somente" (Clóvis 
Bevilaqua). 
 
� Teoria objetiva: poder de fato sobre a coisa (iuspossessonis), móvel ou imóvel (regra geral). 
� Natureza Jurídica da Posse: direito real 
� Pode ser direta (quem detém o bem) e indireta (quem “entregou” o bem) 
 
Exceção (detenção) – Na detenção não se têm o direito da coisa tem apenas a detenção – DIFERE DA POSSE – art. 1.198 e 1.208, 
código civil. 
 
 art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à 
outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. 
 art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou 
clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
 
 
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 Pode o legislador, a seu critério, desqualificar certas situações em que o agente tem poder de fato sobre a coisa, atribuindo-
lhe apenas detenção, que, para a teoria objetiva, é excepcional. A regra é quea exteriorização do domínio (poder de fato sobre a 
coisa) gere posse. Pode o legislador prever o contrario desqualificando-a para detenção. 
 
 Os dois exemplos fundamentais de detenção mencionados no Código Civil estão nos artigos mencionados acima. Neles, 
descreve-se uma situação em que o agente tem o poder de fato sobre a coisa, deveria ter posse, mas, por opção legislativa, houve 
desqualificação para detenção. Aquele que se encontra na situação desses dois dispositivos não se considerará possuidor, embora 
em tudo se pareça com ele. Não devera valer-se das ações possessórias, nem usucapir, nem conseguir outro efeito qualquer que a 
lei atribua à posse. 
 
Classificação da posse 
 
 Distingue o legislador entre posse direta e indireta. A posse é um fenômeno desmembrável, e a direta e a indireta são os 
frutos dessa divisão, provocada por um contrato ou direito real sobre coisa alheia, pelo qual haja a entrega temporária de um bem, 
como ocorre, por exemplo, com a locação, o comodato e o usufruto. Sempre que, por força de uma coisa ou outra, um bem, móvel 
ou imóvel, for transferido em caráter provisório a outrem, a posse se desmembrará: aquele que o receber terá posse direta; e o que o 
entregar, a indireta. Ambos são possuidores e poderão valer-se dos interditos possessórios, até mesmo contra o outro. Pode o 
locatário ou usufrutuário valer-se de proteção possessória contra o locador ou nu-proprietário, se estes não respeitaram os direitos 
que aqueles têm sobre a coisa. 
 
Conceito – O detentor, o fâmulo, nesse caso, não usufrui do sentido econômico da posse, que pertence a outrem. Nessa situação, 
colocam-se os administradores da propriedade do imóvel, os empregados em relação às ferramentas e equipamentos de trabalho. 
(Silvio de Salvo Venosa) 
 
AUTOTUTELA art. 1.210, § 1º, CC – art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e 
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1° O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria 
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
 
art. 1.196, CC (definição de possuidor – "todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade"). 
 
art. 1.228, CC (definição de propriedade – "o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de 
reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha). 
 
� Usar – é colocar a coisa a serviço do titular sem alterar-lhe a substância. Ex. o proprietário usa seu imóvel quando 
nele habita ou permite que terceiro o faça. A utilização pode ser de forma estática, sem a utilização do bem; 
� Gozar – extrair do bem benefícios e vantagens; 
� Dispor – o poder de consumir o bem, alterar-lhe a substancia, aliená-lo, gravá-lo. Somente o proprietário tem o 
poder de dispor da coisa. 
� Natureza Jurídica – direitos reais 
 
Uso, gozo e disposição. 
 
Proteção possessória 
 
Duas são as formas de proteger a posse: 
 
 1 – AUTOTUTELA – legítima defesa da posse e desforço imediato; art. 1.210, § 1° CC O possuidor tem direito a ser mantido 
na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1° O possuidor turbado, ou 
esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do 
indispensável à manutenção, ou restituição da posse. § 2° Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito 
sobre a coisa. 
 2 – HETECOMPOSIÇÃO ou HETEROTUTELA (um terceiro que tenta resolver) – ações possessórias. 
 
Ação possessória 
 
 Conceito A ação possessória é a ação do possuidor contra quem não tenha a posse, como o detentor ou o exercente de 
atos de mera permissão ou tolerância; ou contra o possuidor injusto, cuja posse seja violenta, clandestina ou precária; ou até mesmo 
contra o proprietário, porque essa ação não admite discussão sobre a propriedade, a não ser que ambos os litigantes disputem a 
posse a esse título. Por isso se diz que a ação possessória é a ação do possuidor não proprietário contra o proprietário não 
possuidor; enquanto que a ação reivindicatória é a ação do proprietário não possuidor contra o possuidor não proprietário. (J E Carreira 
Alvim. P. 344). 
� Ação utilizada para defender a posse (ameaçada, turbada ou esbulhada); 
� Não se discute a propriedade – art. 557 Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de 
reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à 
reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa., 
� Vencerá a ação quem demonstrar a melhor posse; 
� Após o ajuizamento da ação possessória, o proprietário não poderá ajuizar ação reivindicatória (dominial). 
� O inverso não é verdadeiro, durante a ação reivindicatória (dominial), poderá ser proposta ação possessória. 
 Imóvel de A que regularmente está sob a posse de B. Se o proprietário buscar reaver a coisa deverá ingressar com a 
ação reivindicatória. Contudo, se tomar a possa pela força, o B poderá valer-se da ação possessória para expulsá-lo. 
 Contudo, nada impede que no curso da ação dominial seja proposta ação possessória. 
 
Espécies de ações possessórias 
 
 São apenas três: a reintegração de posse, adequada em caso de esbulho; manutenção de posse, em caso de turbação, e 
a do interdito proibitório, quando houver ameaça. Apenas essas podem ser qualificadas como tal, porque nelas se procura reaver a 
 
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posse de um bem com base no fato de o requerente ter ou ter tido, posse que foi perdida, ou está sendo violada ou ameaçada. 
(Marcus Vinícius). 
 
1 – Reintegração de posse (caso de esbulho – posse perdida) quando a vítima for desapossada do bem, é o que ocorre se o imóvel 
foi invadido e a vítima expulsa, ou se o agressor se posta na entrada do imóvel e não permite mais que ela ingresse. 
� a vítima foi desapossada do bem; 
� imóvel invadido e a vitima foi expulsa. 
2 – Manutenção de posse (caso de turbação – ameaça) aqui já existem atos concretos de agressão, mas a vítima ainda não foi 
desapossada. Se um potencial invasor, acompanhado de várias pessoas, todas elas munidas de armas, posta-se na vizinhança do 
imóvel, e, por sua atitude, deixa entrever a intenção de invadir, haverá ameaça (interdito proibitório). Mas, se tais pessoas 
derrubarem a cerca, ou postarem-se na frente do portão, dificultando o ingresso, haverá turbação. 
� Já existem atos concretos de agressão; 
� A vítima, ainda, não foi desapossada. 
3 – Interdito proibitório (ameaça) não há atos concretos de agressão à posse, ela ainda não se consumou, mas existe um 
fundamento sério para que ocorra. A ameaça tem de ser tal que incuta na vítima o temor de que possa vir a concretizar-se. 
� não há atos concretos de agressão à posse; 
� existem fundado receio de que ocorra a agressão à posse; 
� A ameaça deve trazer o temor de perda da posse. 
Peculiaridades das ações possessórias 
Da fungibilidade das ações possessórias (dos interditos) art. 554 
 
 art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal 
correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1o No caso de ação possessória em que figure no pólo passivo grande número de pessoas, serão 
feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério 
Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiênciaeconômica, da Defensoria Pública. § 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de 
justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla 
publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da 
publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. 
 
 Cada uma das ações possessórias deve ser manejada de acordo com o tipo de agressão que a posse sofreu. A 
reintegração de posse será a adequada em caso de esbulho; a manutenção, quando houver turbação, e o interdito proibitório, em 
caso de ameaça. Mas nem sempre é fácil distinguir cada um dos vícios. 
 Como o direito material não fornece critérios precisos para distinguir, com segurança, entre as diversas formas de violação 
à posse, o legislador processual valeu-se do princípio da fungibilidade das ações possessórias. 
 No processo, é aplicada para amenizar a regra de que o juiz fica adstrito, no julgamento, àquilo que foi pedido, não 
podendo julgar nem a mais nem além. 
 É essa mesma razão que justifica sejam fungíveis entre si as ações possessórias: a dúvida a respeito de qual o tipo de 
agressão que a posse sofreu, se esbulho, turbação, ou ameaça, e de qual a ação apropriada. 
 Com a fungibilidade, o juiz pode julgar uma ação possessória pela outra, sem que sua sentença seja tida por extra petita. 
 Ela pode ser usada ainda em outra situação. Imagine-se que, no momento da propositura da demanda, o invasor se tenha 
limitado a derrubar a cerca do imóvel da vítima. Isso constitui turbação. A vítima ajuíza ação de manutenção de posse. 
Posteriormente o invasor consuma seu intento, e toma o imóvel da vítima. Bastará que ela comunique o fato ao juízo, para que ele 
conceda, ao final, a reintegração de posse. Tal comunicação poderá ser feita até a sentença. 
 
� Para cada tipo de agressão (ameaça, turbação ou esbulho) há um procedimento adequado; 
� Entretanto, nem sempre é possível identificar com clareza a distinção existente entre cada um dos interditos; 
� Em razão desta dificuldade, o legislador estabeleceu a fungibilidade dos institutos, sendo a dúvida objetiva, opera-se o 
fenômeno da fungibilidade. 
� Desta forma, o juiz ao julgar poderá reconhecer qualquer um dos institutos (esbulho, ou turbação ou ameaça) sem que 
ocorra o julgamento extra petita. 
 
Competência 
 
 Foro da situação do imóvel – situação da coisa. art. 47 Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de 
situação da coisa. 
 Se o bem for imóvel – domicilio do réu. art. 46 A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em 
regra, no foro de domicílio do réu. 
 
Da legitimidade 
� Ativa possuidor (art. 18); em caso de morte, seu herdeiro ou sucessor (art. 1.207, CC); espólio; 
� Passiva quem esbulhou, turbou, ameaçou, o espólio, os herdeiros, sucessores (se tiver falecido); Se for incapaz, em face 
dos pais ou do responsável. Art. 554, §1º, CPC de 2015 – citação pessoal dos que forem localizados e por edital dos 
demais. 
 
 "Não constitui óbice ao prosseguimento do feito o fato de, em ação possessória, o autor não indicar, desde logo, na inicial, 
todas as pessoas que acusa de esbulho". (RT, 704:2013). 
 
 "Em caso de ocupação de terra por milhares de pessoas, é inviável a citação de todas para compor a ação de reintegração 
de posse, eis que essa exigência tornaria impossível qualquer medida judicial". (STJ, RT, 744:2012). 
 
 
 
 
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Procedimentos das ações possessórias 
 
 Desde que ela o faça no prazo de um ano e um dia a contar da agressão, ele será de força nova, e seguirá o rito especial 
("ação possessória"). Passado o prazo de um ano e um dia, a posse do invasor continuará injusta, e à vítima continuará sendo 
autorizada valer-se da ação possessória, porém, ela será de força velha, e procedimento ordinário ("ação comum"). 
� posse nova – ação possessória – até 1 ano e um dia – no momento que tem ciência. 
� posse velha – ação comum – após 1 ano e um dia. 
� Contagem: 
a) Enquanto os atos violentos perdurarem não há que se falar em posse, mas em mera detenção; 
b) Ao cessarem o invasor terá a posse injusta; 
c) O prazo tem início neste momento; 
d) Se a vítima não presenciar o esbulho: o prazo conta da data do conhecimento (art. 1.224, CC). 
 
Petição Inicial 
 
 Deve preencher todos os requisitos dos art. 319 e 561, a inicial deve descrever o fato e os fundamentos jurídicos do 
pedido, além do mais, é preciso que se descreva, com precisão, a posse, quais os atos pelos quais ela se manifesta. Deve o autor 
fornecer ao juiz todos os dados a respeito da agressão a sua posse. Se se tratar de ameaça, deve descrevê-la com todos os 
detalhes, para que o juiz possa verificar sua seriedade; se for turbação ou esbulho, deve indicar os atos que os constituíram. Para 
verificar o procedimento, é indispensável que a petição inicial indique as datas em que ocorreram as ofensas à posse. 
 O autor ainda pedirá a citação do réu e indicará as provas com que pretende demonstrar os fatos. Por fim, fixará o valor da 
causa, que deve coincidir com o do bem que se está postulando. 
� preencher requisitos da petição inicial dos arts. 319 e 361 
� prova da posse; 
� individualização do bem; 
� natureza jurídica da ação – condenatória (ressarcir os prejuízos); 
� valor da causa; será o valor do bem. 
Da Medida liminar – art. 561 e 562 
 
 O que torna especial o procedimento das ações de força nova é a liminar, pela qual o juiz concede, em uma fase inicial, 
aquilo que só daria no final. Com a liminar, o autor já obtém a satisfação, ainda que provisória, de seu direito. Não há necessidade de 
que o autor demonstre a existência de perigo iminente, pois tem natureza de verdadeira antecipação de tutela, e próprias das ações 
possessórias de força nova, e que depende de requisitos próprios. Para a obtenção art. 561 Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a 
turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a 
perda da posse, na ação de reintegração. 
 Pode ocorrer que o juiz encontre na inicial elementos suficientes para formar sua convicção a respeito da liminar. Se 
estiverem preenchidos os requisitos, o juiz deverá concedê-la. Do contrário, não. O mais freqüente é que o juiz designe audiência de 
justificação. 
 Tendo o autor postulado a concessão de liminar, cabe ao juiz verificar se os elementos por ele trazidos são suficientes para 
a concessão de liminar. Se não forem, não vislumbra razão para que o juiz indefira a liminar, sendo necessário que primeiro designe 
audiência de justificação, dando ao autor nova oportunidade para demonstrar o alegado. Essa interpretação é que resulta do, art. 
562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso 
contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as 
pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais, no 
qual se estabelece que o juiz determinará a realização da audiência se não puder conceder logo a liminar. 
 
� Característica marcante do procedimento é a liminar (inaudita altera pars) 
� Tutela satisfativa 
� Não é necessária a comprovação do prejuízo irreparável e nem do perigo iminente (Periculum in mora) 
� Deverá o autor demonstrar: 
a) Sua posse; 
b) A turbação (atos concretos de agressão) ou esbulho (perda posse) praticado pelo réu; 
c) A data da turbação oudo esbulho; 
d) A continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; 
e) A perda da posse na ação de reintegração. 
 
• Pode o juiz determinar a audiência de justificação prévia - art. 562 
Nesta audiência é imprescindível a participação dos réus, contudo, incumbe ao autor fazer a prova do seu direito. Não correndo o 
prazo para a defesa do réu. Apenas acompanhará o feito. 
 
• O autor providenciará o necessário para a citação do réu, em 5 dias após a decisão que apreciar a medida liminar 
 
Cumulação de pedidos – art. 555 
 
 art. 555 É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II - indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o 
autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: I - evitar nova turbação ou esbulho; II - cumprir-se a tutela provisória ou final. 
 No CPC de 2015, o art. 555 permite a cumulação dos pedidos possessórios com condenação em perdas e danos, 
indenização dos frutos e a imposição de medida necessária para evitar nova turbação ou esbulho ou para cumprir-se a tutela 
provisória ou final. 
� mais perdas e danos; 
� mais indenização – frutos. 
Defesa – 15 dias (art. 564) 
 
15 
 De maneira geral, na contestação, não pode o réu formular pedidos, senão a improcedência, de natureza declaratória 
negativa. Não é essa a sede apropriada para outros. Se o réu pretende pedidos diante do autor, deve valer-se da reconvenção. 
 A lei permite ao réu, em certa ações, formular pedidos em face do autor, sem reconvir. A contestação deixa de ser 
unicamente peça de defesa, e torna-se sede de pedido, do réu contra o autor. 
 Quando isso é permitido, diz-se que as ações são dúplices. Permite o art. 556, do CPC, ao réu, "na contestação, alegando 
que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do 
esbulho cometido pelo autor. 
 Depois da liminar, o procedimento será ordinário "ação comum", e o prazo de resposta, de quinze dias. 
 
Natureza Jurídica DA CONTESTAÇÃO 
 
� A contestação não é simples peça de defesa, nela poderá o réu formular pedido de condenação do autor, sem a 
necessidade de reconvir nos autos. 
� Natureza Jurídica: DÚPLICE – art. 556 (forma expressa) art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o 
ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do 
esbulho cometido pelo autor. 
� Poderá o réu formular os mesmos pedidos do autor (exceção feita ao pedido liminar) por questão lógica, se o pedido de 
tutela do autor foi indeferido, não se faria presente o interesse do réu, contudo, se foi deferido, não faria sentido uma nova 
liminar, contra o deferimento feito ao autor. É a hipótese de agravar de instrumento. 
� Se o réu optar por fazer pedidos incompatíveis com a natureza possessória, deverá fazê-lo por reconvenção. 
 
Da Idoneidade Financeira 
 
art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de 
sucumbência, responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser 
depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
 
FUNÇÃO DA JUSTIÇA – tutelar direitos das partes. 
 
 O réu poderá provar, em qualquer tempo, que o autor carece de idoneidade financeira – requer a caução sob pena de ser 
depositada a coisa litigiosa. 
 
� Pode ser requerida em qualquer tempo 
� seria uma contracautela 
� há liminar deferida em sede de cognição sumária 
� há nesta fase o indício do direito 
� portanto, o réu poderá comprovar que o autor não tem saúde financeira para suprir eventual dano pela improcedência 
� o juiz poderá determinar que o autor caucione o juízo em 5 dias, sob pena de depósito do bem. 
 
O CPC de 2015 "ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente". 
 
 INSTRUÇÃO 
 
Após o oferecimento da defesa (ou decurso do prazo) o processo seguirá para a fase de instrução pelo rito comum – art. 558. 
art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e 
dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. 
 
 SENTENÇA 
 
• Será executiva LATO SENSU; 
• Cumprimento de entregar coisa certa (reintegração de posse); 
• Abster-se (caso de turbação ou ameaça); 
• Não há fase de execução; 
• Expedir-se-á mandado de cumprimento da ordem (conteúdo mandamental). 
 
 PARTICULARIDADES DO INTERDIDO PROIBITÓRIO (art. 567) 
 
art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, 
mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. 
 
� Por não ter ocorrido um ato concreto de agressão à posse, mas apenas ameaça; 
� Caráter: cominatório; 
� Objeto: obrigação de não fazer, sob pena de multa. Tutela inibitória; 
� Mandado proibitório; 
� Admite pedido liminar. 
03/11/2015 
Embargos de terceiro - art. 674 – 681 
 
 Em geral, não é possível que a constrição judicial recaia sobre bens de quem não é parte no processo. Os embargos de 
terceiros são a ação atribuída àquele que não é parte, para fazer cessar a constrição judicial que indevidamente recaiu sobre um 
bem do qual é proprietário ou possuidor. Aqui se defende a posse e a propriedade. 
 
Pressupostos dos embargos de terceiro 
 
 São dois os pressupostos: 
 
16 
1. que haja um processo em curso, no qual tenha ocorrido uma constrição judicial (daí por que os embargos de terceiro 
estão sempre associados a um outro processo); 
2. que essa constrição tenha recaído sobre um bem de alguém que não participa do processo (ou seja, condição decorre 
de não ter sido incluído no processo. O terceiro reclamará: turbação, esbulho ou ameaça decorrente de ato judicial. 
 A perda da posse, sempre será em razão de uma determinação judicial (justa ou não), de quem não é parte no processo. 
Não se confunde com possessórias (perda prática por ato não judicial), nem como oposição (ingresso no processo, de terceiro, 
dizendo ser o titular do direito). Sua intenção é afastar a constrição indevida (sobre bem de sua titularidade ou posse). 
 A parte tem outros mecanismos para defender-se de indevidas apreensões judiciais. Pode recorrer da decisão que a 
determinou, ou, na execução, valer-se dos embargos de devedor. Os embargos de terceiros opostos por quem tenha a qualidade de 
parte serão extintos, sem apreciação de mérito, por falta de interesse de agir (inadequação da via eleita). 
 
� Natureza Jurídica 
� Constituirão uma nova ação (AUTONOMA) – natureza cognitiva 
 Eles constituem uma nova ação, e um novo processo, embora estejam ligados àquele no qual se deu a apreensão judicial. 
Não são meros incidentes da execução, mas têm natureza de processo de conhecimento, de natureza constitutiva negativa, que 
visam desfazer a constrição judicial indevida. 
 
 Somente os embargos de terceiro pressupõem ato de apreensão judicial, realizado por oficial de justiça. Neles, a perda 
da posse decorre de uma determinação judicial, ainda que indevida. 
 
 Nos embargos de terceiro, o embargante não tem a mesma pretensão que o autor da lide principal, mas busca afastar a 
constrição judicial que recaiu indevidamente sobre um bem que lhe pertence, ou do qual tem posse. O acolhimento dos 
embargos de terceiro não implica a improcedência da ação principal, e entre elas não existe relação de prejudicialidade. 
 
 Nos embargos, o terceiro não formula pedido coincidente com o da lide principal, mas reclama de turbação,

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