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Wallon Fases do Desenvolvimento

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PSICOLOGIA SOCIO-INTERACIONISTA
 
 
 
 
SÃO PAULO
2018
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
HENRI WALLON: FASES DO DESENVOLVIMENTO
SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO
 
Sumário ………………………………………………………………………………...03
Fases do desenvolvimento segundo Wallon ……………………………………04
Tirinha ......……………………………………………………………………………....07
Referências.........................…………………………………………………………...08
Fases do desenvolvimento segundo Wallon
Para Henri Wallon, o desenvolvimento não poderia ser analisado separadamente, fosse nas esferas cognitiva, afetiva ou motora. Ao produzir sua teoria, ele propõe cinco estágios do desenvolvimento, que vão do nascimento à adolescência. São eles:
Impulsivo-emocional (0 a 1 ano), Predominância Afetiva e Endógena: diferentemente de Piaget, Wallon dá ênfase especial ao primeiro ano de vida da criança, o qual ele julgava ser decisivo para um futuro equilíbrio das funcionalidades motora, afetiva e cognitiva. 
Ele divide o primeiro estágio em dois (impulsivo e emocional). O primeiro período (0 a 3 meses) se caracteriza pela impulsividade motriz, ou seja, por movimentos desordenados que ajudam o bebê a experienciar o mundo. Esses espasmos, contrações e gritos são puramente fisiológicos. Ao fim dele, o indivíduo, que repete vastamente estes movimentos citados, seleciona inconscientemente as reações que melhor atendam suas necessidades. Nesse período caracteriza-se a simbiose fisiológica.
No segundo período (3 a 12 meses), já se torna possível reconhecer padrões de reação para emoções básicas como medo, alegria, raiva, etc. A partir dos seis meses, ocorre o que Wallon chama de “atividade circular”, em que criança percebe (mas não faz associação) que determinado gesto produz um resultado (auditivo ou visual), e ela tenta imitá-lo. O ideal nessa fase a que a criança tenha o mesmo cuidador. 
Ao longo desse processo, ela passa também a copiar as expressões do outro (mímica), e por isso podemos dizer que é neste período que a vida psíquica começa de fato. Nessa fase aparece a simbiose afetiva.
Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos), Predominância Cognitiva e Exógena: O foco deste estágio é o de tatear o mundo. A criança passa a se mover mais livremente no espaço físico, e a utilizar as mãos para tocar e diferenciar objetos. Caraterizado pela Marcha.
A fala recém-aprendida auxilia nesse processo de categorização, e isso ajuda a preparar o indivíduo para o próximo estágio. Aqui, gestos e palavras não se dissociam, de modo que ele ainda é incapaz de imaginar algo sem demonstrá-lo gestualmente. 
Vários movimentos projetivos caracterizam essa fase do movimento, como: imitação, simulacro (ato mental expresso pelo ato motor), animismo (dar vida a objetos inanimados, exemplo: fala com boneca como se tivesse vida) e uso da terceira pessoa. Nessa fase ainda sem noção de corpo, e até dois anos por exemplo procura a criança por detrás de um espelho. 
Personalismo (3 a 6 anos), Predominância Afetiva e Endógena: neste período, a criança deve formar sua personalidade e autoconsciência, e ela o faz ao identificar o outro e dele se diferenciar. Durante o processo, ocorrem dois movimentos opostos: o de oposição (expulsar o outro) e o de imitação (assimilação do outro). 
Aqui aparecem conflitos próprios da relação entre o eu e o outro, como ciúmes, agressividade, sentimento de posse, etc. Essa fase é também notória pelo questionamento de figuras de autoridade. Também chamada de idade da graça, sedução do outro e narcisismo. Também se verifica uma inércia mental, onde a criança fica absorvida numa mesma proposta por muito tempo. Ver televisão. Brinquedo, etc.
Categorial (6 a 12 anos), Predominância Cognitiva e Exógena: Este período pode também ser dividido em duas fases (pré-categorial e categorial). A primeira (6 a 9 anos) traz pensamentos ainda imaturos, ou sincréticos, marcados pela afetividade. Nele, a criança ainda tem dificuldades para formular frases e contar histórias, e relaciona incorretamente acontecimentos. Essa fase sincrética do pensamento é expressada de 4 maneiras: 1. Tautologia: (repete uma determinada expressão várias vezes. Exemplo: vi o cachorro, o cachorro era grande e etc), 2. Elisão: (Fala confusa. Ela fala e come parte do texto e não se entende nada. Mas tem sequência lógica), 3. Fabulação (pensamento imaginário. Viver num mundo Lucas Silva e Silva. No mundo da lua), 4. Pensamento por par: (lógica absurda. Ela pensa alguma coisa pensando em outra. Exemplo: vento no mar por causa árvore).
Na segunda (9 a 12 anos) o sincretismo desaparece, dando lugar a um pensamento mais complexo e baseado no real. Ele passa a fazer generalizações e abstrações mais complexas, a categorizar os objetos externos com mais precisão.
A distinção bem resolvida entre o “eu” e o “outro” possibilita que o indivíduo agora explore melhor o mundo a nível cognitivo. Isso possibilita que ele desenvolva também uma concepção mais ampla de si mesmo.
 
Puberdade e Adolescência (12 a 17 anos), Predominância Afetiva e Endógena: a última etapa do desenvolvimento segundo Wallon é marcada novamente pelos conflitos entre o eu e o outro. Em meio a alterações biológicas e psicológicas, o indivíduo passa a questionar o mundo em busca de sua autoafirmação. Surge a crise com adultos e a oque eles representam, necessária para se diferenciar dos mesmos. Transição com grupo de iguais e crise com limites do não. Uma volta do personalismo. Além de uma flutuação afetiva intensa.
O espelho é o grande amigo e vilão do adolescente nesta fase. As mudanças corporais causam estranhamento, de modo que muitas vezes ele não se enxerga neste novo “eu”. Os grupos sociais em que está inserido têm papel fundamental nessa identificação/individualização, pois é a partir deles que o indivíduo confronta seus valores e solidifica sua identidade. No final desse processo acontece ou deveria acontecer a Integração Funcional (emocional, cognitivo e motor). 
Tirinha
Como visto anteriormente, o personalismo é o terceiro período do desenvolvimento proposto por Henri Wallon. Ele se caracteriza notoriamente pela dialética entre identificação e oposição ao outro. Aqui, há tendência da criança a questionar e negar o outro, ou seja, a afastar e diferenciar de si mesma tudo que é produto das pessoas com que convive. Ela tende a dizer “não” a tudo, bem como se utilizar de seus recursos (como birras, por exemplo), para obter o que deseja ou manter o que não deseja perder. Este movimento é visto principalmente em relação a figuras de autoridade, como os pais, por exemplo.
Na tirinha apresentada acima, a menina Mafalda, personagem já famosa por seus questionamentos e reflexões, começa perguntando ao pai sobre a existência do ano que vem. Ao obter a resposta afirmativa, ela confronta a certeza com que o pai afirma que o “ano que vem” seja real, duvidando do mesmo pois ele nunca existiu. Como argumento final, ela afirma por meio de uma pergunta retórica que, se ele nunca o viu, não pode dizer que ele será real, deixando-o sem palavras ao fim da história. Trata-se de uma reflexão sobre o futuro, afinal, não há certeza de que de fato ele chegará. 
Apesar de se tratar de uma personagem e não de uma criança real, podemos perceber na tirinha a característica confrontadora do estágio do personalismo. Mafalda expressa desconfiança, e opõe-se, apesar de não utilizar de fato o termo “não”, ao pai, questionando a crença com que ele defende uma ideia tão inculcada em nós, a de que o amanhã obviamente virá, não importa o que aconteça.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Wallon e a Educação. ln: Henri Wallon: Psicologia e educação. São Paulo: Loyola, 2000.
	
	
	
	
	
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