Buscar

Aula 4 - HM - UNIPLAN (1)

Prévia do material em texto

AULA 4
HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO
Professora Kesy
Renascimento
Transição – Luís XIII
Durante o reinado de Luís XIII (1610 –
1643) o estilo maneirista favorecido por
sua mãe, Maria de Médici, continuou a
dominar na arte francesa. Neste período
de transição, o mobiliário novo
gradualmente adquire algumas novas
funcionalidades, mas também algumas
deficiências, incluindo o conforto. A curva
e a linha estão disputando a supremacia
na ornamentação.
Embora já não houvesse tantos artista
italianos trabalhando na França, a Itália é ainda
considerada grande inspiradora na arquitetura
e na pintura e , além disso, haviam certos
artigos tidos como especialidades italianas que
os nobres faziam questão de possuir, tais como
os espelhos de Veneza; os veludos de Gênova
e as sedas de Milão...........................................
Os flamengos, principalmente pintores,
gravadores e arquitetos, exerceram grande
influência em toda a arte dessa época, sendo
considerados os criadores da indústria da
tapeçaria na França.
Muito típica do reinado de Luís 
XIII as curvas são de origem 
flamenga,.
As estruturas são mais claras, 
mas ainda carregam as linhas da 
Renascença.
Com Luís XIII começa o uso
de espaldares e assentos
estofados.
Em vários tipos de cadeiras
são usados ornamentações
de origens espanhola, assim
como o uso de couro.
Braços e pernas 
na mesma direção
torno
franjas
Trava em 
H
A mais importante inovação 
na arte do mobiliário de Luis
XIIÍ é o de transformar a 
madeira que parecia tímida 
no reinado anterior, 
utilizando-se de elementos 
italianos nos 
incrustados(cobre e estanho) 
e embutidos. No revestimento 
é usada a técnica de 
marchetaria.
O quarto era a 
principal peça do 
ambiente: a cama 
continuava 
encostada à 
parede.
Presença de dossel, 
baldaquim.
A mesa era em madeira 
natural, carvalho ou 
nogueira; algumas vezes, 
em ébano com 
incrustações em marfim 
ou em osso. Era comum 
as mesas serem cobertas 
com tapetes, prendendo-
os nas extremidades com 
nós de fitas.
Torno
Pé de bola
Sendo assim, observamos 
que a principal característica 
do estilo Luís XIII era a 
madeira torneada que 
compunha os pés dos móveis 
como as travessas das mesas 
e cadeiras, as laterais dos 
buffets e até os balaústres 
das escadas.
A escrivaninha, vinda da Itália, 
também apareceu neste 
período.
O armário de tamanho menor 
prenunciava o advento do 
estilo Luís XIV, onde aparecerá 
com mais frequência.
Pé de bola
torno
balaústre
volutas
No final do reinado de Luís XIII há uma 
redução das Influências estrangeiras, assim 
a arte ficou mais elegante e suntuosa.
Os móveis mais usados eram os armários, 
os gabinetes, as camas, as mesas e as 
cadeiras.
A cadeiras tornaram-se mais numerosas.
A moda das franjas dá-se não somente nas 
cadeiras como também nas cortinas.
A arca e os banquinhos em X , mais 
precisamente o Curule, são muito 
presentes na composição dos ambientes. 
Pé de animal
Precursor do 
Canapé
Cores claras
Braço 
arqueado
Trava em X com 
acabamento ao 
meio
Altura do 
encosto 
quadrado
Braço na 
mesma direção 
das pernas
voluta
Encosto e 
braços altos
Vários pés em 
volutas e travas 
em volutas
Barroco – Luís XIV
O reinado de Luís XIX está inserido no movimento 
Barroco que surgiu na Itália através do estilo de 
Miguelandego entre outros, que se opunha à cópia 
exta da arte clássica – que é mais pesada e mais 
severa. 
Luminária no Salão dos Espelhos
A iluminação era feita com lustres em cristal, bronze ou prata. Os 
lustres também eram chamados de girândolas e eram enfeitados com 
placas de cristal lapidado em forma de pirâmide e suspensos por 
correntes de prata ou seda.
Usavam-se apliques (as nossas arandelas hoje) e candelabros de prata, 
bronze ou cristal.
Durante a primeira parte do 
século, o novo estilo 
influenciou basicamente só a 
superfície, mas não as formas; 
já no último quarto, várias 
novidades começam a ser 
produzidas, entre elas uma 
maior utilização da figura 
humana esculpida, empregada 
em forma de coluna, como 
suporte.
A moda, a linguagem, a 
literatura e as artes 
francesas eram imitadas 
e invejadas em toda a 
Europa. Foram fundados 
institutos, bibliotecas de 
astronomia, botânica e 
zoologia e construídos 
muitos edifícios públicos 
e castelos, onde se 
destacava Versailles.
Luís XIV, com 
apenas 
1,60m, lança 
a moda do 
salto alto. 
Apenas os 
homens 
usavam-no.
Sapato de Luís XIV
Sabemos que os estilos refletem 
os costumes, espírito do seu 
tempo e ainda muitas vezes a 
personalidade de um dirigente, de 
um rei.
Luís XIV subiu ao trono em 1643, 
aos 4 anos de idade, e reinou por 
72 anos, até sua morte em 1715.
Resolveu reinar fazendo refletir seu 
prestígio em cada momento e em 
cada ambiente.
A riqueza e a decoração excede 
tudo o que se possa imaginar.
Como ornatos, usaram 
cariátides, cornucópias, 
emblemas militares, a 
flor de lis, o sol com raios 
se alargando e os dois “L” 
entrelaçados
O “rei sol” foi um grande promotor da 
cultura. O seu grande interesse nas 
áreas da as artes em geral levou-o a 
formar a “Academia de Pintura e 
Escultura” (1665) e a “Academia 
Francesa e Roma” (1666) e a 
“Academia de Arquitetura” (1671), nas 
quais seus membros promoveram as 
artes visuais, construção e projetos. 
Construiu Versailles foi pioneiro na 
iluminação urbana, distribuidor de 
água potável, construiu praças e 
palácios para Paris. 
As melhorias na cidade foram 
consideráveis.
Paris reflete a glória real. As Praças 
das Vitórias e a de Vendôme são 
construídas paras ostentar as estátuas 
do rei.
Mansart é 
considerado o 
verdadeiro 
criador de 
Versailles, apesar 
de sua 
remodelação ter 
começado com 
LêVau, que foi o 
primeiro 
arquiteto do Rei 
responsável pela 
construção do 
pavilhão de caças 
de Luís XIII.
Mansart fez toda a 
ala norte de 
Versailles, criou a 
famosa galeria dos 
espelhos, aumentou 
a fachada do parque 
e construiu uma 
série de corpos 
salientes com 
colunas e 
balaustradas.
• Versailles
Ebanista Boulet
André-Charles Boulle, desenhou e 
produziu mobiliário para a corte de 
Luís XIV como mestre ebanista, 
ficando principalmente famoso pelo 
seu trabalho de marchetaria de alta 
qualidade. Usava tartaruga, estanho, 
latão e madrepérola, com incrustações 
de prata, ouro, cobre, bronze, marfins 
ou trabalhava mosaicos de madeiras 
provenientes da Índia e d Brasil , 
formando desenhos de motivos os 
mais variados.
Barroco Francês Cupboard, 1700t
Os armários eram opulentos, 
pesados e de um só corpo 
em madeira ou todo 
trabalhado com bronze.
As cômodas eram 
ricas e também 
trabalhadas à 
maneira Boulle, 
com duas ou três 
grandes gavetas e 
o tampo em 
mármore.
As mesas console de 
Boulle eram estreitas e 
colocadas junto à 
parede e entrou na 
moda no século XVIII. 
Tem 4 pernas 
trabalhadas, unidas 
porá travessa de 
madeira semelhante às 
das cadeiras.
Bureau - um pouco 
diferente da Secrétaire de 
Luís XV, que é mais 
feminina e delicada.
O bureau tem as pernas 
retas e firmes, proporções 
sólidas e com o mesmo 
ornamento encontrado em 
outros móveis da época.
As mesas tinham formatos bem 
variados e com decorações 
luxuosas. Algumas em 
mármores e outras em madeira 
dourada.
Eram ornamentadas com 
inscrições de tartaruga, bronze 
ou de prata maciça.
O mobiliário de Luís XIV era 
simétrico, de caráter masculino, 
apesar das ornamentações 
extravagantes, sendoos móveis 
folheados a ouro, isso quando 
não eram inteiramente dourados 
e possuíam ornamentações com 
metais e trabalho de 
marchetaria.
As madeiras utilizadas eram 
nobres, principalmente nogueira, 
carvalho, castanheiro e ébano.
Em sua estrutura predominavam 
as linhas retas com curvas 
severas e dignas de um rei.
Neste período as 
cadeiras se tornaram 
mais confortáveis do 
que as do tempo 
anterior. 
A palavra chaise era o 
diminutivo de chaire, 
encontrando seu 
caminho para o 
dicionário francês para 
denotar algo que era 
menos que um trono e 
mais que uma poltrona, 
a qual era muito 
utilizada. Era estofada 
em veludo, tapeçaria ou 
bordada.
No início as cadeiras continuam fiel ao 
estilho Luís XIII, com espaldar reto e 
alto, contrastando com os braços 
encurvados e terminados em volutas, 
pernas e travessas semelhantes, tendo 
pés em balaústre, pequenas bolas, 
cubos ou discos unidos por travessa 
em H ou X.
Depois recebem linhas que se repetem 
nas travessas, com volutas.
As cadeiras aparecem 
de inúmeras formas 
no barroco de Luís 
XIV.
Um sofá, chamado lit
a la duchesse, pintado 
e envernizado fez sua 
aparição.
As travessas horizontais sob a 
cadeira são abolidas, os pés 
passam a receber um 
acabamento: o florão.
Pouco a pouco estas cadeiras, 
inteiramente cobertas por 
tapeçaria começam a deixar 
entrever madeira em volta do 
assento e do espaldar que, a 
princípio reto, se encurva.
Braços na mesma 
direção das pernasSuporte do braço em 
voluta
Perna em cabriolét
Braço forrado com 
tapeçaria tem o 
nome de MANCHETE
Chapéu de Gendarme
CONCHA 
(rocaille em 
francês) marco 
que o Rococó
começa a 
aparecer
GILTWOOD = madeira 
dourada
O canapé, com 6 ou 8 
pés, se parece muito 
com a poltrona em 
estrutura. Tem linhas 
retangulares.
Comporta de 3 a 4 
pessoas.
É um móvel 
característico dos 
salões.
Begère
Novo mobiliário, como se 
fosse um poltrona mais 
profunda e que tem o 
espaldas em continuidade 
com os braços.
As lareiras, de pedra ou de 
mármore colorido, não iam 
mais até o teto como na época 
de Luís XIII.
Na parte de cima havia 
enfeites, quadros enormes, 
espelhos.
Eram decoradas com 
esculturas e entalhes.
A cama ainda era monumental e sem madeira 
aparente.
A cortina era suspensa no baldaquim que 
recobriam a peça de forma bela e luxuosa com 
tapeçarias, rendas, veludos, cetim.
A cores usadas eram : damasco, branco, vermelho, 
roxo; tudo bordado com ouro ou prata.
As cortinas eram de muito uso.
O medalheiro era um móvel muito apreciado. Nele eram 
guardados materiais preciosos como joias, medalhas, pedras 
preciosas e etc..
O billard era a 
mesa de jogos, 
paixão de Luís XIV
Com Luís XIV mais velho, há uma mudança também no seu 
estilo. Há uma necessidade de um pouco de mocidade e 
alegria na decoração. Então esta fica mais leve, os 
emblemas de guerreiros, capacetes e troféus foram 
abandonados e também as alegorias muito pomposas.
A ornamentação torna-se mais naturalista com motivos 
novos: a concha e o florão e também há início à arte 
oriental.
Regência
Cariátide
CRESSENTE – móveis de madeira mais clara, 
marchetaria, incrustações em dourado
A Regência dura apenas 8 anos, mas é um estilo 
muito importante para a história do mobiliário.
É um estilo difícil de definir, porque é formado por 
elementos dos estilos Luis XIV e Luis XV.
É um passo intermediário entre o gosto majestoso , 
controlado e da liberdade espontânea do segundo 
momento.
Na Regência 
francesa fundem-
se a solenidade do 
Barroco com a 
suntuosidade e 
leveza do Rococó, 
demonstradas na 
graciosidade e 
liberdade das 
linhas.
A arte ganha alguma 
expressividade, pois fica 
livre do controle real. As 
linhas ficam mais 
delicadas e as 
proporções menores, 
adaptando-se aos 
espaços da época.
As duas épocas se fundem.
Os ambientes são bem 
mistos.
Mas a leveza já é 
perceptível.
No período da Regência, 
onde Luís XV ainda era 
criança e o o trono 
estava sob o poder de 
Felipe, as cadeiras 
começam a apresentar 
os braços afastados da 
direção das pernas....
Rococó – Luís XV
Sofreu influências orientais, 
como chinesas e turcas, por 
causa da Companhia 
Marítima.
O estilo Luís XV é 
considerado o mais original 
dos estilos franceses, 
totalmente livre da 
inspiração clássica.
Em Luís XV há um grande momento de convívio 
social, alegria, fantasia e a arte bem como a 
mentalidade da época não se separam.
As mulheres ganharam importância social.
Essa época de prazeres e alegrias estava 
intimamente ligada à figura feminina, tendo sido as 
mulheres motivos das maiores inspirações para a 
decoração da corte.
A figura feminina em destaque é 
Madame Pompadour, amante 
do monarca Luís XV. Mulher de 
grande cultura, exemplo e 
elegância, influenciando 
politicamente as decisões reais.
Ela se tornou empreendedora e 
foi a peça principal na 
promoção de produções 
artísticas na época.
Aqui surgem 
móveis para 
diferentes 
finalidades, 
porém cheios de 
delicadeza.
Possuem 
esculturas, às 
vezes são 
assimétricos, são 
minunciosamente 
trabalhados em 
cada detalhe de 
sua decoração.
Os elementos decorativos do período 
tinham a natureza como motivo. 
Buscavam fantasia como inspiração: 
conchas, caules, flores com caule, 
ramos, folhagens, rochas....
O mobiliário pintado também se 
tornou muito popular: vermelho vivo, 
amarelo, azul, preto ou dourado e a 
laca era muito utilizada.
As cômodas proliferaram nesse período com uma 
variedade enorme de formas. Existiam os 
toucadores (mesa com espelho) e as secréterie
com inúmeras gavetas.
O formato bombé ou serpentine (ligeiramente 
abaulada ou com ondulações).
As camas ficam menores 
que no período anterior. 
Já no fim de Luís XV há liberdade, superficialidade 
e maneirismo levados ao exagero, numa 
proliferação de formas confusas, curvas e motivos 
ornamentais.
A decadência deste estilo começa e a necessidade 
de uma forma mais clama chega.
Como consequência desse período de opulência, 
irá surgir o Neoclassicismo – uma reação dos 
excessos do Rococó. É como voltar à estética 
clássica, exatamente quando o Rococó atingiu seu 
máximo esplendor.
Os projetistas trouxeram de volta as fontes 
clássicas greco-romanas.
Algumas Releitura 
de cadeiras Luís 
XV
Caríssimos Alunos, 
Lembrem-se que para se obter uma vitória é 
necessário batalhar muito.
Não desistam quando obstáculos aparecerem.
O seu maior aliado no seu sonho é você mesmo.
Bons estudos!
Kesy Valverde

Outros materiais