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Aula - 2 Movimento em uma dimensão Física Geral I -‐ F-‐128 2o semestre, 2012 Ilustração dos “Principia” de Newton mostrando a ideia de integral Movimento 1-D • Entender o movimento é uma das metas das leis da Física. • A Mecânica estuda o movimento e as suas causas. • A sua descrição é feita pela CinemáFca. • As suas causas são descritas pela Dinâmica. • Iniciamos com o movimento em 1-‐D. Conceitos: posição, movimento, trajetória Velocidade média Velocidade instantânea Aceleração média Aceleração instantânea Exemplos F128 – 2o Semestre de 2012 2 Questão 1: 1. m/s; m; s; 2. km; km/h; m/s2 3. m/s; m/s; m/s2 4. m; m/s; m/s2 5. nenhuma das alternaFvas Quais são, no SI, as unidades referentes a distância, velocidade e aceleração? F128 – 2o Semestre de 2012 3 Em cinemática, os conceitos de tempo e posição são primitivos. Um objeto é localizado pela sua posição ao longo de um eixo orientado, relativamente a um ponto de referência, geralmente tomado como a origem (x = 0). Exemplo: O movimento de um objeto consiste na mudança de sua posição com o decorrer do tempo. t7 x 7x≡ Um conceito importante é o da relatividade do movimento: sua descrição depende do observador. Já a escolha da origem é arbitrária. A trajetória é o lugar geométrico dos pontos do espaço ocupados pelo objeto que se movimenta. t1 x4 x5 x3 x6 x2 x1 t2 t3 t4 t5 t6 0 Posição – 1D F128 – 2o Semestre de 2012 4 Deslocamento e Velocidade média O deslocamento unidimensional de um objeto num intervalo de tempo (t2-t1) é a diferença entre a posição final (x2 ) no instante t2 e a posição inicial (x1) no instante t1. t x tt xxvm Δ Δ= − −= 12 12 Se (movimento para a direita, ou no sentido de x crescente); Se ou no sentido de x decrescente). 00 >⇒>Δ mvx 00 <⇒<Δ mvx (movimento para a esquerda, ou no (unidade: m/s) A velocidade média é definida como: • • F128 – 2o Semestre de 2012 5 Exemplo: (uma possível representação do movimento) )eentre(0 )eentre(0 )eentre(0 64 46 46 71 17 17 32 23 23 ttv tt xxv ttv tt xxv ttv tt xxv mm mm mm < − −= = − −= > − −= de 0 a 5,0 s : vm = 40 m/5,0s = 8,0 m/s de 5,0 a 10,5 s: vm = 60 m/5,5s = 10,9 m/s Em todo o intervalo (de 0 a 10,5 s) : vm = 100 m/10,5s = 9,5 m/s Exemplo numérico: corrida de 100 metros. Exemplo: F128 – 2o Semestre de 2012 6 )(tx t )(txΔ tΔ 0t tt Δ+0 θ Velocidade média entre: ttet Δ+00 θtg t txvm =Δ Δ= )( 1 ( )x t v t = DD Velocidade média F128 – 2o Semestre de 2012 7 A velocidade média nos dá informações sobre o movimento em um intervalo de tempo. Mas podemos querer saber a velocidade em um dado instante. )(tx t )(txΔ tΔ 0t tt Δ+0 θ 12v v< Velocidade média F128 – 2o Semestre de 2012 8 Velocidade média entre: ttet Δ+00 θtg t txvm =Δ Δ= )( )(tx t )(txΔ tΔ 0t tt Δ+0 θ Velocidade média F128 – 2o Semestre de 2012 9 Velocidade média entre: ttet Δ+00 θtg t txvm =Δ Δ= )( )(tx t0t tt Δ+0 θ Velocidade média F128 – 2o Semestre de 2012 10 Velocidade média entre: ttet Δ+00 θtg t txvm =Δ Δ= )( )(tx t θtg dt tdx t txtv t =≡ Δ Δ= →Δ )()(lim)( 0 θ 0t Velocidade instantânea em t0 reta tangente à curva Velocidade instantânea F128 – 2o Semestre de 2012 11 (a velocidade instantânea é a derivada da posição em relação ao tempo) Velocidade instantânea F128 – 2o Semestre de 2012 12 ( ) dt dx t xtv t = Δ Δ= →Δ 0 lim sm0,8 s2,11 m90)s2( ≅==tv Geometricamente: Exemplo: No gráfico abaixo (corrida de 100 m), a velocidade em t = 2s é tangente Derivada Visualização gráfica da derivada F128 – 2o Semestre de 2012 13 http://mathdl.maa.org/images/upload_library/4/vol4/kaskosz/derapp.html 0 )(tf dttbdgdttadf /)(/)( +)()( tgbtfa + dttdf /)( constante=a nt 1−nnt tωsin tωω cos tωcos tωω sin− teλ teλλ tλln 1t -‐ Algumas derivadas importantes F128 – 2o Semestre de 2012 14 Em muitas situações, . Entretanto, essas duas velocidades podem ser bastante diferentes. Exemplo: partícula parte de O, descreve uma circunferência de raio r e retorna a O, depois de decorrido um tempo T. Neste caso: A velocidade escalar média é uma forma de descrever a “rapidez” com que um objeto se move. Ela envolve apenas a distância percorrida, independentemente da direção e do sentido: t vem Δ = percorrida totaldistância A velocidade escalar é o módulo da velocidade; ela é destituída de qualquer indicação de direção e sentido. (O velocímetro de um carro marca a velocidade escalar instantânea e não a velocidade, já que ele não pode determinar a direção e o sentido do movimento). mem vv = 0=mv T rvem π2= e Velocidade escalar média e velocidade média F128 – 2o Semestre de 2012 15 r o Questão 2 F128 – 2o Semestre de 2012 16 1. 60 e 0 km/h 2. 0 e 60 km/h 3. 100 e 60 km/h 4. 60 e 100 km/h 5. Nenhuma das acima Uma viagem de Campinas a São Paulo é feita, em média em 1,5 horas. A distância entre estas duas cidades é de 150 km. Quais são a velocidade média e escalar média numa viagem de ida e volta à São Paulo, com uma parada total de 2 horas durante o percurso? Um caso particular: velocidade constante 0 0)( tt xxv dt dxtv m − −=== Graficamente: )( 00 ttvxx −=−ou: Velocidade instantânea F128 – 2o Semestre de 2012 17 t0 t x0 x t0 t )(tv)(tx Note que v(t-t0) é a área sob a curva da velocidade v = constante em função do tempo. O cálculo de x(t) a partir de v(t) F128 – 2o Semestre de 2012 18 ,)( ttvx Δ=Δ )( 00 ttvxx −=− Este é o problema inverso. Considere inicialmente o caso de velocidade constante, isto é: onde v(t) é a velocidade instantânea em t. t v t0 v Este é um resultado geral. Para demonstrá-lo, usaremos que para intervalos de tempo muito curtos podemos escrever: )(tv O cálculo de x(t) a partir de v(t) F128 – 2o Semestre de 2012 19 No limite N e t0: 0 ( ) ( ) ( ) ( ) i i i i i i x v t t x t x t x v t t Δ ≈ Δ ⇓ − = Δ = Δ ∑ ∑ Dividimos o intervalo (t-t0) em um número grande N de pequenos intervalos tΔ ∫ ′′=− t t tdtvxtx 0 )()( 0 )(tv t0t it )( itv tΔ )(tv t0t área=Δx ∫ ′′=−= t t tdtvxtx dt tdxtv 0 )()(e)()( 0 A velocidade é obtida derivando-se a posição em relação ao tempo; geometricamente, a velocidade é o coeficiente angular da reta tangente à curva da posição em função do tempo no instante considerado. O deslocamento é obtido pela anti-derivação (ou integração) da velocidade; geometricamente, o deslocamento é a área sob a curva da velocidade em função do tempo. O cálculo de x(t) a partir de v(t) F128 – 2o Semestre de 2012 20 )(tf )()( tGbtFa +)()( tgbtfa + )(tF 1, −≠ntn 1/1 ++ nt n tωsin ωω /cos t− tωcos ωω /sin t teλ λλ /te ||ln t1−t atconstante=a Algumas integrais importantes F128 – 2o Semestre de 2012 21 Questão 3: F128 – 2o Semestre de 2012 22 • I • II • III • IV • V Qual desses cinco gráficos de coordenada versus tempo representa o movimento de uma partícula cujo módulo da velocidade está aumentando? Aceleração média F128 – 2o Semestre de 2012 23 t v tt vvam Δ Δ= − −= 12 12Aceleração média: de 0s até 4s: am = 10 m/s / 4s = 2,5 m/s2 Exemplo: Um corredor acelera uniformemente até atingir 10 m/s em t = 4,0 s. Mantém a velocidade nos próximos 4,0s e reduz a velocidade para 8,0 m/s nos 5,0s seguintes. Acelerações médias: de 4s até 8s: am = 0 m/s / 4s = 0 m/s2 de 8s até 13s: am = -2 m/s / 5s = -0,4 m/s2 (unidade: m/s2) Note que am também pode ser >0, <0 ou =0. v(m/s) t(s) 10 2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 0 )(tv t )(tvΔ tΔ 0t tt Δ+0 θtg t tvam =Δ Δ= )( θ Aceleração média entre: ttet Δ+00 Aceleração média F128 – 2o Semestre de 2012 24 )(tv t θ 0t Aceleração instantânea em t0: reta tangente à curva da velocidade (a aceleração instantânea é a derivada da velocidade em relação ao tempo) Aceleração instantânea F128 – 2o Semestre de 2012 25 θtg dt tdv t tvta t =≡ Δ Δ= →Δ )()(lim)( 0 Aceleração instantânea F128 – 2o Semestre de 2012 26 dt dv t va t = Δ Δ= →Δ 0 lim 2sm2,2 s7,2 sm9,5)s2( ===ta 2 2 dt xd dt dx dt d dt dva =⎥⎦ ⎤ ⎢⎣ ⎡== Gráficos Exemplo: Na corrida de 100 m, a aceleração em t = 2s é: Note que v(t) v(t) a(t) Segunda derivada Primeira Derivada ( ) ( ) 0 0 tt tvtvaa m − −== atvv += 0 2 )(00 tvv t xxvm +=−= Se a aceleração a é constante: Se t0 = 0 e v(t0) = v0, a velocidade fica: Note que neste movimento a velocidade média é dada por 2 2 00 attvxx ++= temos: Como tvxx m+= 0 , Aceleração constante F128 – 2o Semestre de 2012 27 t/2 t v v0 v(t) vm Resumo: aceleração constante F128 – 2o Semestre de 2012 28 ( ) ( )tvvxx xxavv attvxx atvv ++= −+= ++= += 00 0 2 0 2 2 00 0 2 1 2 2 1 As equações de movimento para o caso de aceleração constante são: O movimento de uma partícula é descrito pela equação: Exemplo 1: F128 – 2o Semestre de 2012 29 )sememem(342 txttx +−= a) fazer o gráfico de x(t); b) calcular v(t) e a(t) e fazer os gráficos correspondentes. ( )m/s42)( −== t dt dxtv ( )2m/s2)( == dt dvta O GP de Mônaco F128 – 2o Semestre de 2012 30 1 volta = 3,340 km Vettel no GP de Mônaco F128 – 2o Semestre de 2012 31 Tempo Velocidade Tempo Velocidade Tempo Velocidade 0 218 25 90 50 104 1 242 26 143 51 158 2 260 27 101 52 200 3 272 28 62 53 227 4 273 29 49 54 183 5 157 30 55 55 181 6 114 31 95 56 210 7 136 32 89 57 104 8 179 33 89 58 223 9 213 34 133 59 168 10 238 35 93 60 117 11 256 36 88 61 99 12 266 37 110 62 114 13 272 38 176 63 162 14 209 39 212 64 197 15 174 40 237 65 123 16 155 41 253 66 68 17 161 42 263 67 61 18 137 43 272 68 82 19 138 44 281 69 112 20 175 45 279 70 84 21 207 46 166 71 110 22 175 47 91 72 161 23 100 48 74 73 207 24 75 49 69 74 233 0 10 20 30 40 50 60 700 50 100 150 200 250 300 Tempo (s) Ve loc ida de (k m /h ) Link: http://www.youtube.com/watch?v=boQqf49sd8g&feature=related Distância Percorrida e Velocidade Escalar Média F128 – 2o Semestre de 2012 32 0 10 20 30 40 50 60 700 50 100 150 200 250 300 Tempo (s) Ve loc ida de (k m /h ) Área sob a curva = deslocamento 1 volta = 3.35km!!!!! ∫ ′′=−= t t tdtvxtx dt tdxtv 0 )()(e)()( 0 0 10 20 30 40 50 60 700 50 100 150 200 250 300 Tempo (s) Ve loc ida de (k m /h ) hkm163 h1 s3600 s74 km35.3totaldistância =×= Δ = t vem dt dv t va t = Δ Δ= →Δ 0 lim Aceleração F128 – 2o Semestre de 2012 33 42 44 46 48 50 52 54 56 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 X: 49 Y: 0.7324 Tempo (s) Ac ele ra çã o (m /s2 ) X: 52.9 Y: 2.439X: 44.1 Y: -0.1142 0 10 20 30 40 50 60 700 50 100 150 200 250 300 Tempo (s) Ve loc ida de (k m /h ) Deriva Aceleração da gravidade F128 – 2o Semestre de 2012 34 Galileu, o primeiro físico moderno, estudou a queda dos corpos. Refutou as hipóteses de Aristóteles. Através de experimentos, mostrou que os corpos caem com a mesma velocidade (aceleração), independente- mente de sua massa. x ~ t2 , v ~ t : consequências de uma aceleração constante! Aceleração da gravidade F128 – 2o Semestre de 2012 35 Mas... devemos notar que há, em geral, outras forças atuando no corpo em queda considerado, o que pode frustrar uma experiência se não formos suficientemente cuidadosos. a resistência do ar!! Resumo: aceleração constante (-g) F128 – 2o Semestre de 2012 36 ( ) ( ) tvvyy yygvv gttvyy gtvv ++= −−= −+= −= 00 0 2 0 2 2 00 0 2 1 2 2 1 As equações de movimento para o caso da aceleração da gravidade -g são (ao longo do eixo y): g y Todo objeto em queda livre fica sujeito a uma aceleração dirigida para baixo, qualquer que seja seu movimento inicial (objetos atirados para cima ou para baixo ou aqueles soltosa partir do repouso). Exemplo 2 F128 – 2o Semestre de 2012 37 gtvgty −=−= e 2 1 2 Um corpo cai livremente a partir do repouso; calcule a sua posição e sua velocidade em t = 1,0, 2,0 e 3,0 s. Em t = 1,0 s: y = - 4,9 m e v = -9,8m/s Continuando, obtenha os resultados da tabela ao lado. y g Note que a(t-t0) é a área sob a curva da aceleração a(t) = constante em função do tempo. Este também é um resultado geral. Para demonstrá-lo, usaremos que para intervalos de tempo muito curtos podemos escrever O cálculo de v(t) a partir de a(t) F128 – 2o Semestre de 2012 38 ttav Δ=Δ )( )( 00 ttavv −=− Este é novamente o problema inverso. Considere inicialmente o caso de aceleração constante. Então: onde a(t) é a aceleração instantânea no instante t. t a 0t a(t) O cálculo de v(t) a partir de a(t) F128 – 2o Semestre de 2012 39 ( ) tdtavv t t ′′=− ∫ 0 0 Dividimos o intervalo (t-t0 ) em um número grande N de pequenos intervalos . 0 ( ) ( ) ( ) ( ) i i i i i i v a t t v t v t v a t t Δ ≈ Δ ⇓ − = Δ = Δ ∑ ∑ tΔ No limite N à ∞ e Δtà0: t0t )(ta área=Δv t0t it )(ta )( ita tΔ ∫ ′′=−= t t tdtavtv dt tdvta 0 )()(e)()( 0 A aceleração é obtida derivando-se a velocidade; geometricamente, é o coeficiente angular da reta tangente à curva da velocidade em função do tempo no instante considerado. A velocidade é obtida pela anti-derivação (ou integração) da aceleração; geometricamente, a variação de velocidade é igual à área sob a curva da aceleração em função do tempo. O cálculo de v(t) a partir de a(t) F128 – 2o Semestre de 2012 40 Questão 4 F128 – 2o Semestre de 2012 41 1. I 2. II 3. III 4. NDA Baseado na curva da velocidade em função do tempor e sabendo que em x=0 para t=0, escolha os gráficos de posição e aceleração que melhor representam o movimento desta partícula. 2 4 6 8 - 10 10 20 30 v(t) t 2 4 6 8 - 10 10 20 30 v(t) t x(t) t 0 2 4 6 8 - 10 10 20 30 v(t) t a(t) t 0 x(t) t 0 a(t) t 0 x(t) t 0 0 a(t) t Dadas as posições xA e xB de dois corpos A e B em relação a uma origem 0 (referencial), a posição relativa de A em relação a B é dada por: xAB = xA – xB Então, a velocidade relativa vAB de A em relação a B é: Movimento relativo 1D F128 – 2o Semestre de 2012 42 BA BAAB AB vvdt dx dt dx dt dxv −=−== BA AB AB aadt dva −== E a aceleração relativa aAB de A em relação a B é: Alternativamente, podemos escrever: BABA vvv += BABA aaa += Regra mnemônica: BTABAT vvv += Referencial Relativo: Exemplo F128 – 2o Semestre de 2012 43 Ao fazer o reabastecimento aéreo, os dois aviões têm velocidade relativa próxima de zero. Link: http://www.youtube.com/watch?v=ullR3nN8x8w&hd=1 http://www.youtube.com/watch?v=AJMVTqRWHC4
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