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22/01/14 Economia - Prof. Guaraci (guaracimorais@fatec.sp.gov.br) Bibliografia de apoio: - Introdução a Economia (Rossetti, J. P. Atlas, 2010) Economia Trata-se de um ramo das ciências sociais, que estuda a acumulação de riquezas, e em especial, as relações que envolvem: - Emprego (pessoas e recursos) - Renda - Consumo - Investimento - Endividamento - Oferta e Procura Visão Econômica X Visão Financeira De um modo geral existe a tendência de se interpretar economia e finanças como coisas analógicas, o que é um erro, uma vez que: - Economia = Acumulação de riquezas - Finanças = Capacidade/Meios de pagamento Em termos empresariais pode-se entender que: - Visão Financeira: trabalha as questões intra empresa, em particular "fluxo de caixa". - Visão Econômica: trata-se das questões inter empresa (competição / concorrência, clientes, governo, centros de pesquisa, mídia, vizinhança, entre outros) de forma a estabelecer relações entre o perfil de procura (demanda) e os atributos / capacidade oferta de produtos e serviços. 28/01/14 Economia Positiva x Economia Normativa Em geral as pessoas (físicas e jurídicas) agem no momento presente com base no histórico passado, e nas expectativas futuras. Em termos que: A economia POSITIVA trata dos fatos econômicos já ocorridos, os quais são pesquisados (para levantar os dados brutos), analisados à luz de teorias econômicas pertinentes, devidamente contextualizados, de modo a gerar índices e indicadores econômicos (ex. IGP, ICV, ICC, entre outros). No Brasil o órgão oficial encarregado da economia positiva é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. A economia NORMATIVA trata das projeções econômicas futuras, feitas a partir da análise de séries históricas dos índices e indicadores econômicos e setoriais, utilizando-se ainda a análise de cenários, juntamente com a aplicação de teorias econômicas pertinentes, a fim de se possibilitar a divulgação de um índice (sinalizador) apropriado, que, no Brasil é a taxa SELIC (tx. básica de juros da economia). O órgão oficial responsável pela economia normativa, no Brasil é o Conselho de Política Monetária, do Banco Central (COPOM-BACEN). O resultado do debate que ocorre no COPOM é expresso por meio da variação da Tx. SELIC, e evidenciada no boletim econômico que acompanha a interpretação da variação da taxa SELIC segue a seguinte lógica: • Aumentos = Cenário futuro melhor para especulação financeira; • Redução = Cenário futuro melhor para o investimento produtivo. • Manutenção = Cenário futuro igual ao atual. 29/01/14 Análise dos cenários • Trata-se de uma importante ferramenta de projeção futura, onde: • Trabalha-se com horizonte de longo prazo (maior, guia a cinco anos). • Três cenários base: otimista = limite saturação médio = manutenção dos resultados atuais pessimista = limite ociosidade • Meta se localiza entre o cenário médio e o otimista. • Necessita de revisão periódica, e acompanhamento constante dos resultados obtidos X meta Observações: •Só se gerência o que se mede. •Abaixo do limite pessimista "paga-se para trabalhar". •Acima do limite otimista não há como atender. •Empresas novas não tem histórico e posição atual, e devem utilizar no cenário médio dados ele mercado que sejam compatíveis com a operação em questão. Economia Positiva Fato econômico Pesquisa dados Análise { -Contexto e -t. econômica Índice / Indicador Econ. Séries Históricas Fatos econômicos recentes / tendências Análise cenários Análise { -contexto -t. econômica Indicador Economia Normativa Economia Real Atos praticados por atores econômicos sociais. - Indivíduos - Empresas - Governo - Associações - Academia - Ong's - Igrejas - Mídias - Entre outros Passado Futuro Presente Mercado Trata-se de um conceito não existindo fisicamente sendo caracterizado pela existência simultânea de oferta, procura e preço (preço de equilíbrio) Oferta Compreende a lógica do produtor na relação de mercado. A relação preço X quantidade ofertada é diretamente proporcional, o que é representado através da curva de oferta. Procura Também denominado de demanda, representa a lógica do consumidor na relação de mercado, existindo uma relação inversamente proporcional entre preço e a quantidade demandada,conforme curva de demanda. Competidor é no mesmo seguimento e concorrente é qualquer segmento que tire o poder de compra do seu cliente antes da sua empresa. 05/02/14 Preço de Equilíbrio Compreende o valor capaz de igualar matematicamente a quantidade de demanda (Qd) e, a quantidade ofertada (Qs), a partir das respectivas equações de demanda e de oferta. Tal valor tem como característica equilibrar a produção e o consumo de determinado bem ou serviço; quando uma empresa resolve praticar preços acima do equilíbrio tende a ficar com excesso de estoque; quando prática valor abaixo do equilíbrio tende a ter escasses de estoque. Exemplo: Pede-se calcular o preço de equilíbrio, a partir das equações dadas a seguir; comprovar matematicamente, e, representar graficamente. Qd = 120-3p Qs = 70-2p Solução: Qd = Qs : . 120-3p = 70+2p 120-79=2p+3p 50=5p P=50/5 P=10 Comprovação: Qd= 120-3(10)=90 Qs= 70+2(10)=90 Representação Gráfica: Ponto de equilíbrio financeiro: não há lucro e nem prejuízo financeiro. Ponto de equilíbrio econômico: não há excesso e nem escassez de estoque. Precificação Considera-se: - Perfil Público Alvo • Poder aquisitivo X Gostos e Preferências - Rotatividade Consumo • Fluxo Único X Recorrente - Apelo do Produto • Produto Valor • Produto Utilidade Preço: ? Custo: R$10,00 Lucro: 50% Preço = custo/1 - margem de lucro Preço = 10 / 1 - 0,5 = 20 P Qd Qs 5 115 80 10 90 90 15 75 100 Estrutura dos Mercados Com a finalidade de facilitar o estudo e compreensão dos mecanismos que regem os mercados, criou-se uma estrutura capaz de representar os três atos comuns a qualquer organização: A compra, a produção e a venda. • A compra é representada pelo mercado de fatores. • A produção pelo mercado derivado. • A venda pelo mercado de produtos. Desta forma é possível visualizar os pontos de conexão que são ao mesmo tempo riscos e oportunidades para as empresas envolvidas. A análise desta estrutura é dinâmica, podendo ser aplicada a qualquer elo de uma cadeia produtiva, de modo a evidenciar fragilidade ou pontos críticos. Mercado de Produtos Trata do ato de vender produtos, ou disponibilizar serviços úteis; onde a oferta é gerada pelas empresas que compõe o mercado derivado; a demanda pelos clientes; e, o valor a ser pago é o preço. Nota: • A lógica da estrutura dos mercados se dá a partir do mercado derivado. • As conexões entre os componentes devem ser alvo de contínua análise, buscando-se identificar fragilidade e oportunidades com o máximo de antecedência, a fim de que se trace planos alternativos de compra, produção e venda. Esquema da Estrutura dos Mercados Sistema Produtivo: trata da identificação dos componentes necessários à operação de uma empresa, ou seja, os elementos necessários à produção, e os resultados desejados (produtos e serviços), e, indesejados resíduos. Mercado de produtos CLIENTES Mercado derivado Mercado de fatores Demanda (Venda) Preço (Produção) (Compra) RemuneraçãoFORNECEDORES Oferta EMPRESA: Imóveis Máquina/Equipamento Outros Ativos Produtos / Serviços Resíduos Energia Matéria Prima e InsumosMão de Obra Cadeia Produtiva:Trata de identificar o maior númerode componentes que interagem numa relação cliente X fornecedor para produção de algo. Exemplo: cadeia produtiva TRIGO MAPAN = Melhor Alternativa Para Acordos Negociados. Bens de Capital: São equipamentos envolvidos diretamente na produção. 18/02/2014 Crescimento sustentável só é sustentável se crescer em ritmo igual ou menor que o crescimento dos fatores envolvidos. Produtividade é produzir mais por unidade de tempo, considerando a mesma base instalada e desconsiderando importações e terceirizações. 19/02/2014 Tipos de Mercado Existem quatro classificações possíveis, sendo três usuais, e uma especial a saber: Monopólio: termo que significa "poder de um", tem as seguintes características: Unicidade: termo que vem da palavra único, se refere a quantidade de empresas que atua em determinado segmento/lugar, que neste caso é de apenas uma empresa. Opacidade: termo que vem da palavra OPACO (que não deixa passar a visão), se refere a informação, que, neste caso é sigilosa (segredo comercial/industrial). Insubstitutibilidade: termo que vem da palavra INSUBSTITUÍVEL, se refere aos produtos e/ ou serviços. Barreiras: ao ingresso de competidores no segmento/lugar, e são de três ordens: - Legal; por força de lei - Tecnológica; por força de patente, e - Econômica; por inviabilidade econômica (baixa taça de retorno do investimento; alto prazo de retorno, alto risco) Poder: sobre o preço e quantidade ofertada, que teoricamente é total (na prática há mecanismos estatais para coibir esse tipo de abuso de poder, no Brasil este é o papel do C.A.D.E. - Conselho Administrativo de Defesa Econômica). OBS.: quando há apenas um vendedor da-se o nome de monopólio, e quando há só um comprador/cliente chama-se MONOPSÓNIO (Fornecedor) ... Implementos Fazenda Indústria Distribuidor Atacado Varejo Padaria Lanchonete ... (Cliente) Fluxo de Materiais Fluxo de Pagamentos ou Financeiro Oligopólios: termo que significa poder de poucos (por isso, no plural). Número de empresas: neste caso existe o domínio do segmento por parte de um pequeno grupo de empresas (ainda que existam inúmeras outras). Visibilidade: trata-se de um mero termo entre a opacidade e transparência, onde a(s) empresa(s) só divulgam a públicos as informações que lhe convém; em geral com o objetivo de restringir a competição, evitando que rivais copiem sua atividades/produtos. Está diretamente relacionada as áreas comerciais, e de marketing, sendo considerado estratégico. Rivalização: se refere ao alto grau de competitividade do segmento/setor, que admite práticas lícitas, mas convive com as ilícitas também, pois ninguém admite "perder mercado", todos querem crescer. Similaridade: se refere aos produtos e serviços, que podem ser substituídos por outros semelhantes, porém com restrições de ordem técnica ou tecnológica (a opção de escolha só é válida antes da efetivação da compra). Barreiras: são as mesmas do monopólio; Extra preço: se refere aos artifícios utilizados para diferenciar produtos e serviços, que neste caso tem por objetivo "garantir a preferência do consumidor na hora da compra". Poder: se refere ao preço e quantidade ofertada, que neste caso se dá de duas formas: - Situação normal; em função da rivalização não há poder. - Situação de cartel; condição ilegal, onde empresas ditas rivais se unem para acertar preços e condições de venda, com o objetivo de lesar o consumidor. Neste caso há o mesmo poder do monopólio. NOTA: A ação do cartel é chamada de CONLUIO. Concorrência Perfeita: Atomização: termo que vem da palavra átomo, e se refere ao grande número de empresas que atuam em determinado segmento/lugar de tal modo que nenhuma consegue estabelecer poder sobre as demais. Transparência: se refere a informação, que, neste caso é livre,de domínio público. Homogeneidade: se refere aos produtos e serviços, que, neste caso admitem a substituição por semelhantes sem restrição de qualquer natureza. Permeabilidade: se refere a inexistência de barreiras ao ingresso de novas empresas no segmento/lugar. Preço limite: se refere aos valores praticados em determinado lugar (sem tabelamentos), de forma análoga ao preço de mercado, mas se diferenciando deste pela impossibilidade de manipulação. Mobilidade: se refere a autonomia que as empresas deste segmento de seguir ou não o preço limite. Extra preço: se refere aos artifícios utilizados para diferenciar produtos e serviços. Neste caso com o objetivo de "fugir do preço limite", ou seja, cobrar mais caro. Concorrência Imperfeita ou Monopolista: Trata-se de uma caso especial, onde o segmento é dominado por um produto ou serviço específico, e não por uma empresa, ou seja, a organização não consegue ter o mesmo nível de excelência em todos os seus produtos e serviços. Ex.: Guaraná Jesus, Financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal, Sistema Operacional Windows. OBS.: Antes de iniciar qualquer análise que envolva a classificação dos tipos de mercado é necessário fazer a delimitação geográfica e temporal da área em análise.
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