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Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Belo Horizonte, Minas Gerais 2 Professores: Luiz Alberto do Lago Rubens Antonio Carneiro Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho Thais Coelho Lopes, monitora de Semiologia Veterinária, 2015. 3 Semiologia Veterinária Sumário: Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Exame de mucosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Exame de linfonodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Termorregulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Semiologia da Pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Semiologia do Sistema Respiratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Semiologia do Sistema Cardiovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Semiologia do Sistema Digestivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Semiologia do Sistema Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Semiologia do Sistema Genital Feminino . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Semiologia do Sistema Genital Masculino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Semiologia do Sistema Locomotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Semiologia do Sistema Nervoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 4 Semiologia Veterinária Introdução: A semiologia é o segmento da patologia que pesquisa sintomas com o objetivo de formar base clínica para o diagnóstico, prognóstico e tratamento. Semiologia funcional: explora a parte funcional, busca informações de como está o desempenho das diversas funções. Semiologia anatômica: informações a respeito do padrão anatômico dos vários órgãos. Semiologia experimental: faz experimentações para saber como uma determinada função acontece, quando não se consegue obter a informação funcional diretamente. É importante seguir uma sequência sistemática e estratégica no exame clínico, pois quando você sistematiza uma sequência para o exame e segue essa sequência sempre, você diminui o risco de esquecer de examinar alguma parte. Além disso, se inverter a ordem do exame, pode acabar levando a um raciocínio errado (diferente) sobre o caso clínico. Áreas da Semiologia: Semiotécnica: área da semiologia que ensina a examinar o doente. Ensina como pegar o animal, como contê-lo e como explorá-lo para obter as informações. Semiogênese: Área da Semiologia que procura explicar o mecanismo de formação (origem) dos sintomas. Clínica Propedêutica: ensina a agrupar e interpretar os sintomas, e, com isso, chegar a uma conclusão. Como os animais não se comunicam na linguagem humana, nós veterinários, temos que aprender a linguagem deles. Sintoma: é qualquer alteração que revele doença. Classificação: Quanto à manifestação: - Objetivo: “Você bate o olho e vê”. A informação está clara. Ex: numa fratura, você consegue facilmente ver o osso fraturado, seja através da inspeção, palpação ou métodos auxiliares como o Raio X. 5 - Subjetivo: Requer interpretação. Você precisa fazer uma avaliação. Ex: apatia, letargia Quanto ao mecanismo: - Anatômico: Ex: Esplenomegalia - Funcional: Ex: sopro cardíaco - Reflexo: Uma manifestação que para sua produção haja necessidade de um reflexo retrógrado. Ex: sudorese: mecanismo desencadeado por um processo anterior (aumento de temperatura, por exemplo). Quadro sintomático: é a coleção de sintomas que você observa no paciente. Síndrome: é um estado orgânico revelado por um quadro sintomático específico. Ex: Síndrome febril: traz em si um quadro sintomático, caracterizado por: animal apático, com pêlos eriçados, hipertermia, mucosas secas. Sinal clínico: alteração revelada após a interpretação dos sintomas. Diagnóstico: é o reconhecimento da doença ou do estado do doente. Classificação: Quanto ao tipo: - Comparativo: comparar o quadro sintomático de diversas doenças. - Terapêutico: Desconfio desta doença ou daquela. Se eu administrar esta droga, terei tal resposta esperada. - Clínico ou nosológico: Reconhecimento direto da doença. Já examinei o paciente, considerei o quadro sintomático e não foi necessário comparar ou fazer algum exame complementar para fechar o diagnóstico. - Etiológico: identificação do agente através de experimentação. Quanto ao valor: - Provisório: Em muitas ocasiões não é possível estabelecer de imediato o diagnóstico exato da enfermidade. Solicitar exames complementares e observar a evolução do caso para se estabelecer o diagnóstico definitivo. - Definitivo: realizado através do exame clínico e/ou de exames complementares. É definitivo, ou seja, não há dúvidas quanto ao diagnóstico. Prognóstico: previsão da evolução e cura da doença. Classificação: 6 - Favorável: é aquele em que já se conhecem as ferramentas necessárias para a cura da doença. - Reservado: é aquele em que há recursos, mas não são totalmente eficientes. Ainda há dúvidas sobre a possibilidade de recuperação. - Desfavorável: é aquele em que você já sabe de antemão que não há chances de recuperação. Tratamento: É o meio do qual lançamos mão para combater a doença. Quanto ao tipo pode ser cirúrgico, manejo, terapêutico, fisioterápico. Quanto à finalidade pode ser etiológica, sintomática e vital. Eutanásia é uma forma de tratamento. É uma prerrogativa absoluta do veterinário e só pode ser recomendada como tratamento depois de reconhecer a indicação. Deve ser feita somente se não há possibilidade de cura ou aumento da sobrevida do animal. Exame clínico: É o conjunto de procedimentos executados pelo clinico de forma metódica e sistemática visando o estabelecimento de um diagnóstico presuntivo. É uma busca de informações. Métodos de exploração clínica ou Métodos de exploração semiológica: São recursos de que dispomos para a avaliação clínica dos animais. - Métodos clássicos ou convencionais: Inspeção: Tem que olhar querendo ver. Assim, ela fará 78% do exame clínico. Por isso deve-se fotografar mentalmente tudo aquilo que vemos para utilizar comparativamente nos exames futuros. Fazendo somente a inspeção, é possível dar um diagnóstico com segurança, enquanto com todos os outros métodos, se utilizados isoladamente, isso não é possível. Pode ser direta, quando não há nada entre o olho e a área observada (utilizar uma lanterna para iluminar a região continua sendo inspeção direta, pois não há nada entre o olho e o que está sendo inspecionado. E pode ser indireta, quando há algo entre o olho e o que se está vendo. Ex: lupa. Palpação: Sentido do tato. É direta quando se utiliza direto as mãos e indireta quando se utiliza algum instrumento, por exemplo, uma sonda. Para ser feita uma palpação 7 adequada é necessário que o animal esteja contido de uma forma adequada