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AULA 10 SOCORROS E URGENCIAS EM ATIVIDADES FÍSICAS

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SOCORROS E URGENCIAS EM ATIVIDADES FÍSICAS
AULA 10
 TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO E LESÕES MEDULARES
Traumatismo Cranioencefálico (TCE)
Também chamado de lesão craniana traumática, é uma agressão na região encefálica, causada por uma força mecânica externa maior que a força interna.
Este tipo de lesão pode produzir no indivíduo um estado alterado de consciência, resultando em algum tipo de comprometimento das habilidades cognitivas (do pensamento) ou do funcionamento físico do indivíduo. Também pode causar distúrbios do funcionamento comportamental ou emocional.
A lesão pode ser temporária ou permanente, ocasionando neste último caso, maiores danos. 
O que pode agravar o quadro lesivo é uma associação com o traumatismo raquimedular, assunto que abordaremos mais adiante.
Causas (etiologia)
As causas mais frequentes dos traumatismos cranioencefálicos são: acidentes automobilísticos, quedas, agressões, dentre outros fatores. 
Podemos também acrescentar as atividades físicas esportivas recreacionais e de alto rendimento como sendo fatores para desencadearem as lesões traumáticas cranianas.
Sintomatologia do TCE
O traumatismo cranioencefálico afeta todos os sistemas do organismo do indivíduo, e seus sintomas (embora não apareçam todos e de imediato) mais comuns são: 
Epistaxe (sangramento nasal);
Estomatorragia (sangramento bucal);
Otorragia (sangramento nos ouvidos);
Perda da consciência;
Anormalidade no diâmetro das pupilas (o trauma pode ocasionar dilatação da pupila, chamada midríase pupilar) ou ainda, elas podem ficar sem reação à luz;
Crises convulsivas;
Equimose (rouxidão superficial) ao redor dos olhos, na região periorbital (também conhecidos como “olhos de guaxinim”);
Equimose atrás dos ouvidos, na região do processo mastóide  (também conhecido como “marca da batalha”);
Deformidades na calota craniana;
Alterações no ritmo respiratório, podendo ocorrer parada respiratória e até parada cardiorrespiratória;
Náuseas e vômitos;
Diplopia (visão dupla);
Cefaleia (dores de cabeça);
Fraqueza ou perda do equilíbrio;
Deformidades cranianas;
Edema localizado;
Lesão craniana visível.
Formas de apresentação
Lesão no couro cabeludo
Por ser a região mais superficial da calota craniana, o couro cabeludo pode sofrer danos em uma lesão traumática, através de contusões diretas, avulsões, lacerações e abrasões. O trauma com impacto direto e com violência pode ocasionar ferimentos extensos do couro cabeludo.
Hemorragia volumosa e significativa
Pelo fato de a área encefálica possuir uma ampla rede capilar (vasos sanguíneos) altamente vascularizada, pode-se observar extenso sangramento.
Lesão cerebral
A maioria das lesões cerebrais é causada por traumas diretos, onde a pressão externa vence a pressão interna da região, ocasionando um trauma localizado.
Fraturas de crânio
A fratura de crânio não necessariamente está associada à lesão cerebral grave, mas indica uma severidade do trauma e maior probabilidade de lesão intracraniana.
Tipos de lesão craniana
Lineares ou simples
Sem desvio. É o tipo mais comum de fratura de crânio, com uma rachadura fina no local da lesão.
Fraturas cranianas abertas
Devido a traumatismos penetrantes e potencial para infecções.
Fraturas cranianas com afundamento ou deprimidas
Há maior probabilidade de lesão cerebral, devido à depressão ou deformidade evidente da calota craniana.
Atendimento de emergência nas lesões traumáticas cranianas
Ao abordar uma vítima de lesão traumática craniana, avalie seu nível de consciência. 
Caso a vítima se encontre inconsciente, peça para alguém ligar para o serviço de resgate. 
Verifique se ela está respirando e possui sinais de circulação (respiração, pulso carotídeo, movimentação).
Pergunte o que aconteceu a quem estava no local do acidente. 
Avalie se possui algum tipo de sangramento e realize o processo de hemostasia com uma gaze, tomando cuidado com a compressão direta no local para não agravar a lesão ou despertar mais dor na vítima. Crie um curativo no local da lesão e aguarde o serviço de resgate. 
É importante destacar que movimentar o indivíduo deve ser o último recurso. Caso seja absolutamente necessário, tome muito cuidado e proteja a coluna vertebral da vítima.
Procure estabilizar, com as mãos, a cabeça e o pescoço da vítima, verificando a respiração e auxiliando sua ventilação. 
Se possível, ofereça oxigênio suplementar. 
Controle o sangramento cobrindo todas as feridas abertas do seu aluno/ paciente e também seus sinais vitais, ficando sempre alerta para qualquer modificação que ele possa apresentar. 
Converse sempre com a vítima, para avaliar se há alteração no nível 
de consciência. 
Aguarde o serviço de resgate, e não se esqueça de tentar tranquilizar 
a vítima.
Traumatismo raquimedular
Também conhecido como lesão traumática medular, é um processo de rompimento da medula espinhal, devido a uma fratura ou luxação da coluna vertebral. Pode ser uma secção (corte) total ou parcial da medula. 
Uma força externa intensa, aplicada em alguma área da coluna vertebral, pode deslocar (luxar) ou fraturar seus componentes ósseos. Com isso, desalinha-se o canal vertebral, lesionando a medula espinhal. Costuma ser um trauma agudo, de origem súbita, podendo também ser irreversível. 
A maioria das lesões medulares de origem traumática ocorre na região cervical, que é a região mais flexível, móvel e com maior propensão a lesões.
Mecanismo de lesão
Diversos são os mecanismos de lesão traumática medular, dos quais podemos destacar:
Lesões por compressão
Uma sobrecarga axial pode causar uma compressão em todo o corpo vertebral.
Hiperflexão
Excessivo movimento de flexão da coluna vertebral.
Hiperextensão
Muito comum em acidentes de trânsito. Este movimento também é chamado de movimento de chicote. Pode haver uma lesão total da medula espinhal.
Lateralização
A exacerbação da movimentação lateral da cabeça força o pescoço lateralmente em uma movimentação forte e agressiva para a medula, ocasionando um dano medular.
Distração
É a separação súbita (aguda) dos corpos vertebrais no alinhamento da coluna, estirando e lacerando a medula, comum nos enforcamentos.
Causas (etiologias)
Dentre as diversas lesões que podem ocorrer nos traumas medulares, destacamos os acidentes automobilísticos, as quedas, os acidentes desportivos e de trabalho, enforcamentos e as lesões por projétil de arma de fogo.
Sintomatologia das lesões traumáticas medulares 
Dentre os diversos sintomas que pode apresentar um indivíduo com lesão traumática medular, podemos destacar: 
• Dor aguda localizada, associada à movimentação e à palpação;
• Deformidades ósseas;
• Edemas;
• Equimoses;
• Dificuldade de alinhamento da coluna vertebral e principalmente da região cervical;
• Diminuição da sensibilidade da área lesionada;
• Fraqueza nos membros superiores e inferiores;
• Incontinência urinária ou fecal;
• Comprometimento da respiração
Atendimento de emergência nas lesões traumáticas medulares
Devemos ter muito cuidado ao manipular qualquer indivíduo com suspeita de lesão traumática, principalmente nos casos de lesão traumática medular. A manipulação de forma incorreta pode causar um trauma secundário, portanto nunca faça nada bruscamente. Sempre avalie tudo e peça ajuda. 
Em sua maioria, a vítima das lesões traumáticas medulares também pode apresentar lesões cranianas. Portanto, leve isso em conta ao socorrer um paciente de trauma medular.
ATENDIMENTO DE EMERGENCIA EM CASO DE LESÃO TRAUMÁTICA CRANIANA 
Ao abordar a vítima, verificar o grau de consciência do aluno. Pedir para contactarem o serviço de resgate. Caso a vítima se encontre inconsciente, verificar se ela está respirando e se é necessário realizar a ressuscitação cardiopulmonar. Pedir que ela não se mova ou balance a cabeça. Devemos estabilizar, com as mãos, a cabeça e a região cervical da vítima, evitando traumas secundários. Se ela apresentar sangramento, realizar uma leve compressão direta no local da hemorragia. Aguardar a chegada do serviço deresgate, colocando a vítima na ambulância o mais breve possível.

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