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SOCORROS E URGENCIAS EM ATIVIDADES FÍSICAS
AULA 6 
EPILEPSIA, TONTURAS E DESMAIOS
Realizando atendimento de emergencia
Ao abordar a vítima, verificar o grau de consciência do nosso aluno. Perguntar se alguém que estava no local presenciou e viu o ocorrido. Pedir para ligarem para o serviço de resgate. Verificar as vias aéreas e se estão desobstruídas, elevar um pouco as pernas da vítima para melhorar o retorno venoso e com isso aumentar a irrigação cerebral e o conteúdo de oxigênio e de nutrientes no cérebro. Você deve coloca-lo em um local tranquilo e arejado. Verificar ainda se está respirando, com sinais de circulação presentes (respiração, pulso, movimentos), coloca-lo na posição lateral de segurança ou posição de recuperação até a chegada do serviço de resgate.
Crise convulsiva
Este é um distúrbio clínico comum a diversos tipos de enfermidades e é causado por uma ampla variabilidade de problemas. Costuma ser uma síndrome  caracterizada por uma determinada condição repentina.
A convulsão é uma modificação aguda e súbita do estado de consciência, resultante de um estímulo anormal  dos neurônios, propagando-se por todo o cérebro. Há contrações musculares generalizadas e repetitivas. Como as células cerebrais direcionam os movimentos do indivíduo, estes movimentos se tornam descontrolados, levando a vítima à queda, podendo vir a desencadear outras situações, como um trauma secundário.
A crise convulsiva pode ser generalizada  ou ainda se apresentar como um tipo focal.
Etiologia (causas)
Em sua maioria, a causa costuma ser uma desordem da atividade elétrica no cérebro. Existem diversas causas secundárias para a crise convulsiva, das quais podemos destacar:
• Epilepsia;
• Reações alérgicas: substâncias químicas; overdose de drogas; ou até mesmo alimentos ou medicamentos, em indivíduos com hipersensibilidade;
• Traumas em geral, como o traumatismo crânio-encefálico;
• Problemas cardiovasculares e cerebrovasculares: relacionado a qualquer situação onde haja uma redução no fluxo sanguíneo cerebral, por hipóxia  ou anóxia  cerebral. Outras situações que podem ocorrer são paradas respiratórias ou cardiorrespiratórias;
• Hipertermia: é mais comum em crianças e em bebês, devido ao aumento rápido da temperatura corporal;
• Idiopatia;
• Degenerativa: relacionada ao sistema nervoso central da vítima, devido a alguma enfermidade neurológica;
• Outras causas: hipertensão arterial sistêmica, eclâmpsia e pré-eclâmpsia, queimaduras graves, alterações endócrino-metabólicas.
Sintomatologia
Fraqueza muscular no primeiro momento da crise convulsiva, vindo a desencadear movimentos bruscos e involuntários da musculatura esquelética;
• Trismo, que é o enrijecimento da musculatura da mandíbula, mais especificamente os músculos masseter e bucinador, travando  os dentes;
• Sialorreia, situação em que a vítima pode vir a engasgar e broncoaspirar a secreção;
• Queda da própria altura, podendo desencadear traumas secundários e outras lesões;
• Cianose  nos lábios e em extremidades, devido à diminuição da oxigenação;
• Relaxamento dos esfíncteres, ocasionando micção e evacuação.
ESTADO EPILÉTICO
É uma importante emergência neurológica específica do indivíduo epilético, na qual há um agravamento da convulsão, tornando-se progressiva na maioria dos casos. A terapia medicamentosa pode se tornar inadequada, caso o indivíduo não use adequada e frequentemente conforme prescrição médica. Com isso, pode vir a agravar o quadro de epilepsia, gerando uma convulsão que pode perdurar por 10 minutos ou mais, dependendo do caso.
Os indivíduos epiléticos apresentam uma descarga elétrica neuronal anormal, gerando as convulsões. Estas podem ser resultantes de massas tumorais cerebrais, processos infecciosos como a meningite e a encefalite, traumatismo crânio-encefálico, problemas isquêmicos ou hemorrágicos como os acidentes cérebro-vasculares, ou uma privação de sangue contendo oxigênio e nutrientes ocasionados por uma anóxia ou hipóxia cerebral.
Atendimento de emergência na crise convulsiva
A maioria dos estados convulsivos dura aproximadamente cinco minutos, sendo auto-limitantes e de início e fim súbitos e espontâneos.
Num atendimento de emergência, você deve verificar a causa da crise convulsiva e tentar combatê-la; pesquisar sobre intercorrências  ou crises convulsivas recidivas . Perguntar à vítima, caso esteja consciente, se as crises estavam controladas ou se vinham frequentemente.
O passo a passo do atendimento de emergência e primeiros socorros é:
Ao abordar a vítima após a crise convulsiva, verificar seu grau de consciência e ligar para o serviço de atendimento de emergência (SAMU e/ou BOMBEIROS);
Verificar e manter as vias aéreas pérvias ;
Tranquilizar a vítima devido à situação em que ela se encontra, caso ela continue ansiosa, agressiva e irritadiça;
Pesquisar sobre um possível esquecimento da medicação (ou interação medicamentosa) utilizada pela vítima sob prescrição médica;
Posicione a vítima de lado após a crise convulsiva, com o intuito de desobstruir as vias aéreas e evitar que a vítima broncoaspire alguma secreção, dente ou corpo estranho;
Retirar ou afastar todo e qualquer objeto que possa vir a machucar a vítima quando ela estiver tendo convulsões.
Vertigens e desmaios
Um indivíduo com tonturas tem a sensação de que tudo ao seu redor parece estar girando e o ambiente se movimentando. Com isso, ocorrem diversas quedas, já que ele não consegue se equilibrar de pé.
Já o desmaio (LIPOTEMIA OU SINCOPE)  costuma ser uma emergência clínica desencadeada por um breve e repentino estado de inconsciência, ou ainda uma perda temporária do estado de consciência não causada por uma lesão direta na cabeça, e em sua maioria é devido a uma hipóxia cerebral (DIMINUIÇÃO OU INTERRUPÇÃO MOMENTANEA DO FLUXO SANGUINEO CEREBRAL).
Etiologia (causas)
Em sua maioria, as causas das vertigens e desmaios costumam ser:
• Movimentos bruscos de decúbitos  e movimentos giratórios rápidos. 
• Hipotensão postural ;
• Mudanças bruscas de pressão atmosférica;
• Permanência em ambientes aglomerados, muito quentes e abafados;
• Alturas elevadas;
• Hipoglicemia devido ao jejum prolongado;
• Fadiga muscular;
• Grandes hemorragias;
• Infarto agudo do miocárdio (IAM).
Sintomatologia
O indivíduo com desmaio (síncope) ou com tonturas (vertigens) pode apresentar uma gama de sinais e sintomas específicos, a saber:
• Cansaço, fraqueza e relaxamento muscular;
• Escotomas cintilantes  e escurecimento da visão;
• Respiração superficial;
• Pulso fraco e filiforme;
• Sudorese intensa;
• Palidez;
• Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos);
• Dispneia, dificuldade respiratória;
• Perda da consciência com a queda da vítima, podendo desencadear um trauma secundário;
• Midríase.
Atendimento de emergência para as tonturas e desmaios
Aborde a vítima e verifique seu grau de inconsciência;
Ative o serviço de resgate caso haja necessidade;
Verifique se as vias aéreas se encontram desobstruídas;
Caso a vítima se encontre em decúbito dorsal, eleve suas pernas a 20 a 30 cm do solo, para melhorar o retorno venoso e a oxigenação cerebral;
Se possível, afrouxar a roupa da vítima, para melhorar a expansibilidade da caixa torácica, evitando a restrição da respiração;
Fique sempre próximo à vítima e em contato com ela, conversando e fazendo perguntas para que ela fique acordada.

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