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AULA 10 Educação física nas unidades e programas de saúdE

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Educação física nas unidades e programas de saúde
AULA 10
ELABORAÇÃO DE PRÁTICAS CORPORAIS
O profissional de Educação Física e o Programa de Saúde da Família
O modo de produção capitalista, consolidado no século XIX, vem impor um estilo de vida sedentário e estressante, pela necessidade de acumular riquezas. 
Diante deste contexto, são relegadas à situação de menor importância atividades como o lazer e a atividade física.
Nesse sentido, com o comprometimento do estado de saúde da população, retratados nos altos índices de mortalidade pelas doenças crônicas não transmissíveis, a Política Nacional de Promoção à Saúde divulga, como metas de desenvolvimento do milênio , a alimentação saudável e a atividade física, visando reduzir a mortalidade por doenças relacionadas aos padrões de consumo de alimentos e sedentarismo (BRASIL, 2004).
O programa de saúde da família (PSF), que surge como uma das alternativas de reorientação do modelo de atenção à saúde, torna-se um possível local para a intervenção multidisciplinar do profissional de Educação Física, estabelecendo vínculos e criando laços de compromisso e corresponsabilidade entre os poderes políticos e a comunidade.
Metas do PSF
A meta do PSF é propiciar o enfrentamento e resolução dos problemas identificados. Para tanto, deverá procurar atender as principais metas do PSF apontadas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 1997):
Prestar, na UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA (USF) e no domicilio, assistência integral, continua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adscrita;
Intervir sobre os fatores de risco aos quais a população esta exposta;
Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde;
Huamnizar as praticas de saúde através do estabelecimento de um vinculo entre os profissionais de saúde e a população;
Proporcionar o estabelecimento de parcerias através do desenvolvimento de ações intersetoriais;
Contribuir para a democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde;
Fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito da cidadania e, portanto, expressão da qualidade de vida; 
Estimular a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social.
Ações do professor de Educação Física
Uma vez inserido na Equipe de Saúde da Família (ESF), o professor de EF será capaz de desenvolver ações que sejam compatíveis com as metas desta estratégia. Poderá atuar:
1 - Avaliando o estado funcional e morfológico dos sujeitos acompanhados;
2 - Estratificando e diagnosticando fatores de risco à saúde;
3 - Prescrevendo, orientando e acompanhando atividades físicas, tanto para as pessoas ditas "saudáveis", objetivando a prevenção e a promoção da saúde, como para grupos portadores de doenças e agravos, utilizando-a como tratamento não farmacológico, e intervindo nos fatores de risco;
4 - Socializando junto à comunidade a importância da atividade física, com base em conhecimentos científicos e desmistificando as concepções equivocadas acerca de sua prática (CRUZ et al., 2006).
Inserção do professor de Educação Física no Programa de Saúde da Família. Discussões preliminares.
Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd103/professor-educacao-fisica.htm
Oportunidades para o profissional de EF
O profissional de Educação Física encontra uma grande oportunidade de atuar nos serviços de saúde pública pelos altos índices de sedentarismo, de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis.
Porém, deve estar atento ao fato de que promover saúde envolve a incorporação de objetivos das políticas e da ação social, para criar ambientes favoráveis, promovendo mudanças no estilo de vida. Assim, irá assumir um papel fundamental para a aquisição de um estilo de vida mais ativo.
A inserção do Profissional de Educação Física no Programa de Saúde da Família segundo opinião dos profissionais integrantes do programa em uma unidade básica de saúde da cidade de Coronel Fabriciano – MG. 
Disponível aqui:
http://www.unilestemg.br/movimentum/Artigos_V2N2_em_pdf/movimentum_V2_N2_miranda_franciele_melo_rosangela_2_2006.pdf
Barreiras para a atividade física
Segundo Allison et al.6, existem dois tipos de barreiras para a atividade física:
Fatores Internos:
• Características individuais;
 • Menor prioridade para a atividade física;
 • Envolvimento com atividades relacionadas à tecnologia.
Fatores Externos:
• Influência de amigos ou parentes;
• Falta de tempo;
• Inacessibilidade e facilidades de custo.
Prevenção e tratamento de doenças
Segundo a OMS, de 50 a 70% das consultas médicas no mundo geram algum tipo de prescrição medicamentosa?
Os gastos referentes ao custeio de medicamentos do Ministério da Saúde brasileiro no ano de 2007 ultrapassaram os 4,6 bilhões de reais.
Apesar de o SUS propor um modelo mais democrático de gestão pactuada, apresentando características mais adequadas às necessidades e realidades regional e local, a atenção continua centrada no atendimento médico, voltada ao tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico.
A atividade física tem sido uma forma não medicamentosa muito eficiente para prevenir e tratar diversas doenças, principalmente as crônicas não transmissíveis (DCNTs). Porém, o serviço encontra problemas de estrutura física dos serviços, suficiência e perfil dos profissionais de saúde, acesso oportuno aos recursos e efetividade de políticas e ações de saúde.
Apesar de os benefícios na saúde alcançados mediante prática regular de atividades físicas estarem bem discutidos na literatura, a porcentagem de indivíduos sedentários ainda é muito alto. O desafio da saúde pública está em tornar as pessoas sedentárias ativas, em vez de aumentar o nível de atividade física daqueles já ativos.
Abordagem ampliada de saúde
Reflexão do profissional de Educação Física sobre o desenvolvimento de uma intervenção que procure enfocar, além do âmbito individual e clínico, a atenção a grupos, através de ação multiprofissional.
Adoção de uma abordagem ampliada de saúde, onde se assuma a responsabilidade de atuar como mediador entre os diversos interesses que atravessem a produção da saúde.
Isto significa estabelecer relações e acordos entre os diferentes interlocutores, representados por setores e organizações, para se atingir as metas determinadas. Esta relação poderá estar apresentar conflitos, contradições e problemas. Assim, é importante que se desenvolva a capacidade de escuta e negociação, pois o compartilhamento do saber e poder tornar as ações mais resolutivas.
Planejamento das atividades
O planejamento das atividades depende do contexto comunitário da intervenção para atender às questões sociais e de saúde, devendo ser utilizada uma vasta diversidade de estratégias. 
É fundamental atender a um modelo que contemple o deslocamento da atenção para a família, para estabelecer laços de compromisso e vínculos de corresponsabilidade com a população. Também é importante fortalecer ações intersetorais e estímulo à participação popular, através de propostas pedagógicas alternativas que efetivamente se comprometam com a mudança. 
Tal complexidade é ampliada pela necessidade de se usar, com frequência, processos avaliativos, que identifiquem as mudanças intermediárias qualitativas na realidade em intervenção, e não só quantitativas. Não devemos nos prender a modelos e protocolos estabelecidos, uma vez que as realidades sociais são singulares, o que irá exigir a elaboração de práticas pedagógicas progressivas e alternativas que efetivamente se comprometam com a mudança na problemática da saúde.
Orientação sobre atividade física
Nos últimos anos, diversas recomendações já foram realizadas pelos mais importantes órgãos internacionais sobre a prática de atividade física:
1972 - A Associação Americana do Coração recomenda exercitar-se a 70–85% da frequência cardíaca máxima (FCMax) de 3 a 7 vezes na semana, com duração de 15–20 minutos por sessão.
1978 - O ACSM recomenda que atividades para a aptidão cardiorrespiratóriasejam realizadas a uma intensidade de 60–90% da FCmax de 3 a 5 vezes na semana, com duração de 15–60 minutos por sessão.
1992 - A Associação Americana do Coração reconhece a inatividade física como fator de risco para a doença arterial coronariana.
1995 - CDC & ACSM recomendam 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana.
1996 - Publicação do Surgeon General’s Report on Physical Activity and Health, concluindo que quantidades moderadas de atividades físicas diárias melhoram a saúde e a qualidade de vida.
1998 - A ACSM publica um artigo a respeito de seu posicionamento oficial sobre “exercício e atividade física para idosos”, salientando que os benefícios das atividades físicas trazem melhorias na saúde e capacidade funcional, além de maior independência na vida.
Aspectos motivacionais
Os aspectos fisiológicos são importantes; porém, devemos nos preocupar em desenvolver métodos empolgantes e capazes de mudar o estilo de vida dos indivíduos, assim como manter essa mudança ao longo do tempo. 
Aumentar a atividade física é um problema social, não apenas individual, e exige enfoques baseados em população, multissetoriais, multidisciplinares e culturalmente relevantes. O prazer é fundamental.

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