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AULA 9 ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO

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ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO
AULA 9
DOENÇAS REUMATOLÓGICAS
Introdução
Com o envelhecimento da população, ocorre um aumento significativo da prevalência de doenças responsáveis pela incapacidade funcional. As doenças reumáticas como artrite reumatoide, osteoartrite e osteoporose são bastante incidentes em indivíduos idosos. Nesta aula, vamos descrever como estas doenças diminuem a capacidade funcional de idosos e como o exercício físico pode ser usado na sua prevenção e tratamento.
 Os problemas de saúde que acometem as articulações e estruturas osteomusculares adjacentes, associados à dor e rigidez articular, são denominados de doenças reumáticas (MACHADO, 2004).
 Entre as doenças reumáticas mais comuns em idosos, podemos destacar a artrite reumatoide, a osteoartrite e a osteoporose.
Artrite reumatoide (AR)
A artrite reumatoide (AR) é uma das doenças crônicas mais comumente relatadas, acometendo cerca de 1% da população mundial, sendo caracterizada como uma doença sistêmica, de curso progressivo, tendo com principal manifestação a inflamação articular.
Os principais critérios de diagnóstico da AR são:
Rigidez pela manhã, dor pela manhã ou dor ao movimentar a articulação afetada;
Histórico ou observação de edema da articulação;
Palpação de nódulos subcutâneos;
Resultados positivos de testes laboratoriais;
Detecção de alterações radiográficas ou histológicas da articulação afetada (SHEPARD, 2003).
Gravidade da AR
A Associação Americana de Reumatismo classifica a gravidade da doença em quatro classes:
Classe 1 
Capacidade completa de desempenhar todos os trabalhos usuais.
Os pacientes da classe I conseguem desempenhar a maioria dos exercícios, desde que a doença esteja em remissão. Contudo, exercícios mais intensos, como corridas ou esportes com raquete, colocam uma pressão excessiva na articulação afetada, podendo agravar a situação.
Classe 2 
Capacidade adequada de desempenhar atividades normais, embora com certa incapacidade, desconforto ou limitação dos movimentos.
Indivíduos dessa classe conseguem realizar exercícios com pouca sobrecarga, como caminhadas e bicicleta ergométrica. É aconselhado reduzir a sobrecarga em períodos de pioras da doença.
Classe 3 
Capacidade limitada de desempenhar ocupações usuais ou cuidados próprios.
Em relação aos exercícios, o cenário é o mesmo da classe II: conseguem realizar exercícios com pouca sobrecarga, como caminhadas e bicicleta ergométrica.
É aconselhado reduzir a sobrecarga em períodos de pioras da doença.
Classe 4 
Incapacidade grande ou total.
Já para pacientes da classe IV, o exercício físico é difícil de ser realizado. Em algumas situações, é possível realizar atividades na água com esses pacientes.
Osteoartrite
A osteoartrite é a forma mais comum de artrite, e a OMS estima que 25% dos indivíduos acima de 65 anos sofrem de dor e incapacidade associadas a essa doença.
As articulações mais afetadas pela osteoartrite são o quadril e os joelhos, que sofrem a ação direta do peso corporal. Essa doença na articulação do quadril atinge 20% das pessoas com mais de 55 anos de idade, embora seja menos comum que na articulação do joelho (RICCI; COIMBRA, 2006).
Articulações normais e saudáveis (a) e articulações com cartilagem danificada (b).
Tratamento da osteoartrite
De acordo com o Colégio Americano de Reumatologia (2002), o tratamento da osteoartrite deve incluir:
Modificações no estilo de vida
Exercícios para fortalecer a musculatura, redução do peso corporal para reduzir a pressão sobre ossos e articulações.
Tratamento da dor
Tratamento fisioterápico e farmacológico.
Educação do paciente
Informar o paciente sobre a doença e fornecer ferramentas para auxiliá-lo a superar a dor.
ATENÇÃO
A prescrição de exercícios para indivíduos com osteoartrite incluem exercícios de amplitude de movimento e força. Além disso, exercícios com baixa sobrecarga articular, como a natação, também são recomendados (BROOKS et al, 2000).
Objetivos dos exercícios na osteoartrite
Existem três objetivos principais a serem alcançados com a prática de exercícios físicos em pacientes com osteoartrite, segundo NIEMAN (1999):
1 Preservação ou restauração da amplitude de movimentos e da flexibilidade de cada articulação afetada;
2 Aumento da força e da resistência musculares, para melhorar a estabilidade articular;
3 Aumento da aptidão aeróbia, para melhorar o estado psicológico e diminuir o risco de doenças.
Osteoporose
A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual da massa óssea, que enfraquece os ossos por deterioração da microarquitetura tecidual óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.
Conheça agora algumas estatísticas sobre a doença:
Tecido ósseo
Para falarmos de osteoporose, devemos relembrar um pouco sobre tecido ósseo e suas adaptações. 
O tecido ósseo é bastante forte, sendo uma das estruturas mais rígidas do corpo humano. É formado pelos minerais cálcio e fosfato, que junto com o colágeno são responsáveis por aproximadamente 70% do tecido ósseo. A água perfaz o restante da constituição.
Adaptações do Tecido Osseo
Modelagem: É o aumento da massa óssea.
No processo de modelagem óssea, a atividade dos osteoblastos (depositando novas células ósseas) é mais intensa que dos osteoclastos (removendo células ósseas). Esse processo termina por volta dos 25 anos de idade, quando alcançamos o pico de massa óssea.
Remodelagem: Processo pelo qual a massa óssea é mantida ou diminuída.
Na idade adulta, até por volta dos 40 a 45 anos, o processo de remodelagem mantém a massa óssea relativamente estável, devido a um equilíbrio na atividade de osteoblastos e osteoclastos. 
A partir deste ponto, a atividade dos osteoclastos passa a predominar, iniciando o processo de osteopenia (redução da massa óssea com o envelhecimento). Uma acentuada redução da massa óssea produz uma condição não saudável, denominada osteoporose.
Tipos de osteoporose
A osteoporose pode se apresentar de dois tipos:
Tipo I ou pós menopausa
Inicia-se após a menopausa, por volta dos 50 a 60 anos, provocando perda óssea mais significativa no tecido esponjoso. Os locais mais comuns de fratura são punhos e vértebras.
Tipo II ou senil 
Começa após os 70 anos, provocando perda óssea significativa nos tecidos esponjoso e compacto. “Os locais mais comuns de fratura são o quadril e as vértebras” (NIEMAN, 1999).
ATENÇÃO
Os fatores de risco para a osteoporose e fraturas são, segundo ARAÚJO et al (2005):
Idade pós-menopausa;
Raça caucasiana ou asiática;
Baixo peso;
Menopausa precoce;
Menarca tardia;
Sedentarismo;
História prévia de fratura após os 50 anos;
História familiar de osteoporose;
Ingesta deficiente de cálcio;
Baixa exposição ao sol;
Doenças que afetem o metabolismo ósseo, como o hiperparatireoidismo primário e o uso crônico de corticosteroide.
Prevenção da osteoporose
Agora que entendemos as adaptações ósseas durante a vida, é fácil entender qual a principal forma da prevenção da osteoporose:
A resposta é alcançar o maior pico de massa óssea na idade adulta, através de alimentação adequada e estímulos ao sistema esquelético, alcançados através da atividade física.
Além da alimentação adequada e do uso de medicamentos, um estilo de vida mais ativo é imprescindível na prevenção e no tratamento da osteoporose.
Mas por que ter um estilo de vida mais ativo?
As forças tensivas e compressivas sobre os tecidos ósseos estimulam a remodelagem óssea, principalmente a atividade dos osteoblastos. A sobrecarga mecânica de compressão é o fator exógeno mais importante a afetar o desenvolvimento ósseo. 
Durante a contração muscular, as forças tensivas agem diretamente sobre os ossos para produzir o movimento esperado. Com isso, a prática de atividades física aumenta o estímulo de tensão sobre os ossos. 
Os estímulos de compressão são alcançados a partir da ação força peso (gravidade X massa corporal) e da carga sustentada.
Exercícios para a prevenção da osteoporose
Para finalizar,a prescrição de exercícios para a prevenção da osteoporose deve contemplar exercícios para:
Condição cardiorrespiratória
Para melhorar a condição cardiorrespiratória, dando preferência por atividades em que o indivíduo deva vencer a resistência do peso corporal (caminhada e corrida, se possível).
Força e a massa óssea
Para aumentar a força e a massa óssea, dando preferência a exercícios com pesos que estimulem tanto a tensão quanto a compressão óssea. 
Em indivíduos com estado mais avançado da doença, é recomendado cuidado na aplicação de estímulos de compressão óssea. Com isso, as atividades realizadas em ambiente aquático passam a ser mais indicadas.
Por que a caminhada ao ar livre, no início da manhã ou no final da tarde, é
amplamente recomendada para a prevenção e tratamento da osteoporose?
A caminhada gera estímulos ósseos de tração e compressão, que ativam a atividade dos osteoblastos. Além disso, os raios solares incentivam a síntese de vitamina D na pele, que é responsável pela absorção de cálcio no trato digestório.

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