Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ DE ITAPERUNA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO ANGELO MENDES VALENTE JÚLIA LACERDA LEITE PASSOS RIBEIRO O PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM EM SAÚDE DO TRABALHADOR NO AMBIENTE INDUSTRIAL MACAÉ 2013 ANGELO MENDES VALENTE JÚLIA LACERDA LEITE PASSOS RIBEIRO O PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM EM SAÚDE DO TRABALHADOR NO AMBIENTE INDUSTRIAL MACAÉ 2013 Trabalho apresentado ao Centro Universitário São José de Itaperuna - UNIFSJ como requisito parcial para obtenção da Pós Graduação em Enfermagem do trabalho Orientador Prof. Marcelo Damasceno SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 1. O SISTEMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE .................................................... 6 1.1. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ........................................................................ 8 1.2. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA APRENDIZAGEM ............................................ 10 2. ATRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO AMBIENTE DE TRABALHO INDUSTRIAL ....................................................... 13 2.1. O ENFERMEIRO DO TRABALHO COMO EDUCADOR ...................................... 15 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 18 4 INTRODUÇÃO Acompanhamos hoje, através de nossos veículos de comunicação, diversas reportagens sobre falhas nas ações dos profissionais de saúde, aqui enfocando, especificamente, ações da enfermagem. Recentemente tivemos casos de administração de alimento em via endovenosa, medicações erradas, entre diversas outras ações. No ambiente industrial, as falhas são de menor repercussão e, na maioria das vezes, de ordem administrativa, mas também podem ocorrer falhas na parte assistencial, uma vez que existe essa modalidade mesmo dentro do ambiente de saúde ocupacional industrial. Como Técnico de Enfermagem do Trabalho, e vivenciando de perto as atividades de saúde ocupacional no ambiente industrial da empresa onde trabalhei por aproximadamente 4 anos, pude perceber que a maioria dos profissionais de enfermagem que atuam nesse segmento acaba deixando de acompanhar as evoluções técnicas e tecnológicas que envolvem a assistência, muitas vezes por estarem exclusivamente ligados a serviços administrativos, mas não podemos esquecer que mesmo sendo ambulatórios de saúde ocupacional, temos atendimentos a funcionários e podemos ter situações de emergência onde precisamos de nossa capacitação técnica atualizada, já que é uma atividade inerente à profissão. Por este motivo, resolvemos investigar que ações o enfermeiro do trabalho pode desenvolver para manter a atualização, a uniformização dos conhecimentos técnicos e administrativos e o mesmo padrão de qualidade de sua equipe dentro da empresa. Para isso, procuramos identificar os mecanismos do processo ensino-aprendizagem, determinar que procedimentos podem ser adotados para proporcionar o acesso a novas informações pelos profissionais de enfermagem ocupacional e apresentar argumentos que estimulem seu interesse pelo aprendizado. Abordaremos o processo de educação permanente, que deve proporcionar uma atitude reflexiva da equipe de saúde quanto à necessidade de se elevar a qualidade do atendimento prestado aos trabalhadores que nos procuram em nosso ambulatório ocupacional, seja para execução de um procedimento administrativo como o atestado de saúde ocupacional, seja para 5 um procedimento técnico como um curativo ou remoção de um corpo estranho superficialmente aderido ao olho, ou mesmo para um atendimento que envolva questões de ordem emocional ou psicológica. Nessas condições, se faz relevante uma pesquisa sobre a necessidade da educação permanente para os profissionais de saúde ocupacional tendo em vista a melhoria do atendimento aos demais trabalhadores e os impactos que esse atendimento pode causar positiva ou negativamente conforme conduzido. Esta atualização permite que estes profissionais de enfermagem ocupacional tenham uma maior capacidade de prestar atendimento aos demais trabalhadores da empresa, proporcionando uma atenção mais humanizada. 6 1. O SISTEMA DE EDUCAAO PERMANENTE O Ministrio da Sade, em sua portaria 198 de 2004, relata a importncia da integra o entre o ensino da sade, o exerccio das aes e servios, a gest o e o controle da sociedade como dispositivos de qualifica o da educa o dos profissionais de sade e considera que a Educa o Permanente o caminho para a agrega o entre aprendizado e reflex o crtica sobre o trabalho. Encontramos na literatura, os termos “Educa o Continuada”, “Educa o Permanente”, “Educa o em Servio”, que muitas vezes s o entendidos como sinnimos, mas que possuem sensvel distin o em sua essncia e aplica o (PASCHOAL, 2007). Para a Organiza o Pan Americana da Sade (OPAS) e para a Organiza o Mundial da Sade (OMS), a educa o continuada , respectivamente: “Processo permanente que se inicia aps a forma o bsica e est destinado a atualizar e melhorar a capacidade de uma pessoa ou grupo, frente s evolues tcnico-cientficas, e s necessidades sociais.” (OPAS, 1978). “Processo que inclui as experincias posteriores ao adestramento inicial, que ajudam o pessoal a aprender competncias importantes para o seu trabalho.” (OMS, 1982). De acordo com Silva et al (2008), o Ministrio da Sade descreve que alguns programas do servio de Educa o Continuada possuem limitada capacidade de produzir impacto sobre as instituies formadoras, uma vez que n o desafiam os profissionais para problematizar suas prprias prticas e da equipe. Paschoal et al (2007) define a educa o continuada como toda a o desenvolvida aps a profissionaliza o para a aquisi o de novas informaes por meio de mtodos formais como a ps-gradua o, cursos de extens o, programas de treinamentos, entre outros. Nesse aspecto, surge o termo Educa o Permanente como uma nova estratgia para o desenvolvimento das prticas educativas e recurso inovador para a gest o do trabalho, onde a estratgia ser construda nos problemas do dia a dia das equipes e n o somente a partir de listas de necessidades individuais. Ainda vemos, de acordo com Paschoal et al (2007) a educa o em servio, como processo educativo aplicado no trabalho. Diante de todas essas definies, usaremos o termo educa o permanente neste trabalho. 7 Mancia et at (2004) nos apresenta as principais diferenças entre educação continuada e educação permanente onde a primeira parte de uma prática autônoma, tem seu enfoque em temas de especialidades, objetiva a atualização técnico-científica, ocorre com periodicidade esporádica e baseia-se na transmissão de informações enquanto que a educação permanente tem sua prática institucionalizada, enfocando problemas de saúde, objetiva transformações das práticas, acontecendo continuamente, centrada na resolução de problemas, promovendo mudanças. Esta autora também nos mostra que os adultos possuem alguns pontos que caracterizam a teoria de que a educação de adultos difere da educação de crianças onde aqueles, por exemplo, questionam por que aprender determinado assunto antes do trabalho, sem falar no fato de possuírem experiência de vida que pode diferenciar da teoria; a capacidade de se responsabilizar pelos seus próprios atos, etc. Esse comportamento faz com que o adulto se volte para aprender aquilo que ele precisa naquele momento para resolver um problema daquele momento. É nesse aspecto que a educaçãopermanente se fortalece, trabalhando em cima dessa necessidade do profissional. Sendo assim, a educação permanente em saúde é uma redefinição da educação continuada com algumas evoluções. Essa inovação vem para aprimorar o método educacional em saúde, tendo o processo de trabalho como seu objeto de transformação, com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços, visando alcançar equidade no cuidado, tornando-os mais qualificados para o atendimento das necessidades da população (EZEQUIEL ET AL, 2012). Trazendo para a realidade da enfermagem ocupacional, encontramos os profissionais voltados com maior frequência para assuntos administrativos como manipulação de documentos, confecção de Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), controle de medicamentos, entre outras ações que geralmente são executadas com auxílio de computadores e equipamentos tecnológicos, além das ações de assistência, quando algum trabalhador precisa de atendimento médico ou de enfermagem. Pensando inicialmente no uso de equipamentos de informática para as atividades de saúde, entendemos que a Educação Permanente se faz presente quando a empresa faz uso de softwares que registram e armazenam informações de saúde do funcionário e capacitam seus profissionais de enfermagem para operá-los, bem como promovem reciclagens ou atualizações periódicas ou pontuais. No segmento off-shore, temos ainda maiores preocupações quando nos lembramos que, normalmente, temos apenas 1 profissional de enfermagem a bordo de uma unidade 8 marítima (navio ou plataforma) e muitas vezes esse profissional é um técnico de enfermagem que precisa estar atualizado e seguro de suas atividades e responsabilidades, uma vez que um atendimento de emergência pode ser necessário e o contato com o suporte de base pode ser demorado e o envio do resgate pode levar mais de 1 hora. 1.1. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM Sabemos que o ciclo biológico da vida é nascer, crescer, passar um período de vida e, inevitavelmente, morrer. Entre o nascer e o morrer, estamos constantemente em processo de aprendizagem, ou seja, sempre aprendemos alguma coisa nova enquanto vivemos. Existem diversas teorias e estudos de inúmeros pesquisadores e cientistas sobre os vários aspectos da aprendizagem, sejam eles aspectos fisiológicos, psicológicos, educacionais, emocionais, entre outros. Neste trabalho, tentamos fazer uma abordagem superficial sobre o processo de aprendizagem. Através da teoria do processo ensino-aprendizagem de Henri Wallon, descrita por Mahoney (2005), vimos que apesar de todos os aspectos da educação, a ideia é tentar explicar um ser indivisível, que é a pessoa, o ser humano. O autor apresenta algumas divisões do processo e as chama de conjuntos funcionais, onde o conjunto afetivo trata das emoções; o conjunto motor aborda o deslocamento corporal, reações posturais, bem como equilíbrio corporal e de sustentação para a expressão emocional; o conjunto cognitivo diz respeito ao pensamento, armazenamento e processamento de informações e projeções futuras e, a pessoa, como sendo o conjunto que integra todos os demais. Para Fonseca (1995), os mecanismos envolvidos na aprendizagem não estão ainda totalmente conhecidos. Por meio de investigações, reconhecem-se já os seguintes fatores: a importância dos processos neurológicos; o papel da atividade bioelétrica; a dependência de reações químicas; os arranjos moleculares nas células nervosas e gliais; a eficiência sináptica; os traços de memória; o metabolismo protéico, etc. A aprendizagem é, portanto, uma função do cérebro. Não há uma região específica do cérebro que seja exclusivamente responsável pela aprendizagem. O cérebro é no seu todo, funcional e estrutural, responsável pela aprendizagem. A aprendizagem é uma resultante de complexas operações neurofisiológicas. Tais operações associam, combinam e organizam estímulos com respostas, assimilações com acomodações, situações com ações, gnosias com praxias, etc. 9 Tolman, a quem se deve a teoria do sinal, descrita por Fonseca (1995), introduz a no o de significa o entre o estmulo e a resposta correspondente, sublinhando a totalidade do comportamento, ao contrrio de outras teorias, que, por fragmentarem o comportamento, foram consideradas como moleculares. As variveis intervenientes entre a situa o e a a o s o diferenciadas em: interesse, apetite, tendncia, aquisies anteriores, motiva o, etc. Para Piaget, citado por Foulin & Mouchon (2000), a aprendizagem consiste numa modifica o do estado dos conhecimentos. Seu modelo do desenvolvimento estruturalista. Postula a existncia de uma srie de organizaes internas cada vez mais potentes, que permitem integrar dados cada vez mais complexos. O behaviorismo foi uma revolu o metodolgica (estudo apenas dos fatos observveis) e uma teoria da aprendizagem ao mesmo tempo. Oriundo da fsica clssica, o modelo da aprendizagem do tipo associativo: E—›R. Estímulos (externos) chegam ao indivduo, que produz Respostas (internas ou comportamentais). A instala o de novos comportamentos pela repeti o das associaes E-R define a aprendizagem por condicionamento. Est concebida como um processo mecnico no qual o repertrio de comportamento daquele que aprende determinado pelos reforços encontrados no meio. As respostas “certas” s o recompensadas e reproduzidas; as respostas “erradas” s o punidas e abandonadas. Este processo constituiria uma forma elementar de aprendizagem cujo campo de aplica o concerniria tanto ao desenvolvimento dos hbitos ou aos fenmenos comportamentais relacionados com as emoes como s aprendizagens complexas. (FOULIN & MOUCHON, 2000). De acordo com Carvalho, citado por Leite & Pereira (1991), a reten o na memria est relacionada conforme esquema abaixo: Como aprendemos: 1% atravs do paladar 1,5% atravs do tato 3,5% atravs do olfato 11% atravs da audi o 83% atravs da vis o Dados retidos pelos estudantes: 10% do que lem 20% do que escutam 30% do que vem 50% do que vem e escutam 70% do que dizem e discutem 90% do que dizem e logo realizam 10 Corroborando com a idéia de Carvalho, Kelvin Miller, apud Cavalcanti (1999), afirma que estudantes adultos retém apenas 10% do que ouvem, após 72 horas. Entretanto serão capazes de lembrar de 85% do que ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de uma aula ou palestra. Partindo desse pensamento, entendemos que a educação do profissional adulto deve conter aulas com atividades práticas, que não sejam monótonas e sejam do interesse do profissional, ou seja, deva tratar suas dúvidas e necessidades. Neste trabalho, nosso foco é a aprendizagem do indivíduo adulto, uma vez que nosso público alvo são profissionais de enfermagem do trabalho e, portanto, adultos que se sujeitam a um processo de aprendizagem para solucionar problemas de seu ambiente de trabalho. Alguns estudiosos da educação como Brundage e Mack (1980); Wilson e Burket (1989); Robinson (1992), citados por Cavalcanti (1999) observaram diversas diferenças no processo de aprendizagem de adultos em relação ao das crianças e evidenciaram que, no adulto, a relação professor-aluno tem como característica o foco no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem; em relação às razões da aprendizagem, os adultos aprendem o que realmente precisam saber (ou seja, para aplicação na vida prática); a experiência do adulto é fonte de aprendizagem e baseia-se no problemas vividos, exigindo amplo conhecimento para se chegar a uma solução. 1.2. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA APRENDIZAGEM A psicologia da educação encontra-sehoje numa posição muito diferente. As pesquisas de um lado e a prática docente do outro constataram que as escalas ditas de desenvolvimento têm um grande número de itens que requerem conhecimentos culturais, por isso, não avaliam uma maturidade independente das influências do meio; algumas atividades apresentam dificuldades específicas, não ligadas ao quociente de inteligência como, por exemplo, a aprendizagem da leitura, concluída com fracasso em alunos normalmente dotados ou até mesmo superdotados como os disléxicos. Abordamos, aqui, a educação de profissionais de saúde, adultos, que trabalham em ambiente empresarial e prestam serviços de saúde a outros trabalhadores da mesma empresa ou de outras, caracterizando, assim, seu cliente interno. Assim entendemos que se uma 11 empresa deseja melhorar a qualidade do atendimento aos seus clientes internos, um processo de educação constante de seus funcionários se faz necessário. A implantação de um programa de educação dentro da instituição promove a satisfação pessoal do profissional quando este entende que a instituição visa seu aprimoramento técnico e sua melhor capacitação para o atendimento, pois existe uma correlação positiva entre a qualidade da assistência e o preparo do pessoal. Sendo assim, todos ganham porque o profissional tem seu currículo e sua experiência valorizados, a instituição tem um profissional competente e atualizado e, principalmente, o trabalhador tem um atendimento de maior qualidade. Para Leite et al, (1991), esse processo não é apenas formal, mas pode incluir as trocas de informações com colegas no cotidiano e o auto-aprendizado. Esse pensamento de melhorias das condições de trabalho e desenvolvimento profissional já vem desde o período pós-revolução industrial, com as teorias da administração, propostas por Taylor e demais pensadores (KURCGANT, 1991) e amplamente difundidas no período pós-guerra, onde novos teóricos demonstraram que o aumento da produção está relacionado à motivação do grupo, que pode ser incentivada pelo favorecimento da auto- realização e satisfação do funcionário em seu local de trabalho (LEITE, 1991; PEREIRA, 1991). Ainda dentro dos aspectos psicológicos, temos a questão da idade, uma vez que o público alvo das instituições são pessoas adultas e portadoras de experiências de vida e profissionais e essas experiências devem ser levadas em consideração no processo ensino- aprendizagem para que o profissional não se sinta desvalorizado e desmotivado em seu trabalho. O adulto busca aprender algo que torne sua vida mais fácil e seu trabalho mais produtivo, tendo sua motivação proveniente de fatores internos que o faça acreditar que pode melhorar sua qualidade de vida e auto-estima (MANCIA, 2004). O trabalho realizado pelo professor Roberto Cavalcanti (1999) relata que Malcom Knowles, a partir de 1970, introduziu e definiu o termo Andragogia, que é a arte e ciência de orientar adultos a aprender. Segundo esse estudioso, a medida que as pessoas amadurecem, passam a ser independentes e autodirecionados; acumulam experiências de vida, que irão substanciar seu aprendizado futuro; seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento das habilidades necessárias em sua profissão; procuram uma aplicação prática imediata daquilo que aprendem em detrimento de algo que poderão ou não utilizar num futuro distante; preferem aprender pra resolver problemas e desafios e não apenas para 12 armazenar informações e passam a apresentar motivações internas mais relevantes, como ser capaz de resolver um problema ou almejar uma promoção, do que simplesmente obter notas em provas. De acordo com a OMS, algumas técnicas podem ajudar na educação de adultos, tais como: - incentivar a participação no planejamento do programa; - fazê-los expressar suas dificuldades; - favorecer troca de experiências entre eles; Todas estas manobras permitem uma melhor adaptação e rendimento do adulto no processo ensino-aprendizagem. 13 2. ATRIBUIÇOES DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO AMBIENTE DE TRABALHO INDUSTRIAL A lei 7.498 de 1986 (BRASIL, 1986), que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem determina que o Enfermeiro exerça todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe a direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem; participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; educação visando à melhoria de saúde da população; entre outras ações. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento. A Enfermagem em Saúde do Trabalhador é uma especialização da Enfermagem (Resolução COFEN 389/2011), mas não há uma lei ou resolução específica sobre as ações do enfermeiro do trabalho no Brasil, entretanto, de acordo com a Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (ANENT), as atribuições dos profissionais de enfermagem ocupacional são as descritas a seguir: O Enfermeiro do Trabalho executa atividades relacionadas com o serviço de higiene, medicina e segurança do trabalho, integrando equipes de estudos, para propiciar a preservação da saúde e valorização do trabalhador; estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do trabalho; elabora e executa planos e programas de promoção e proteção à saúde dos empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a continuidade 14 operacional e o aumento da produtividade; executa e avalia programas de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e não profissionais, fazendo análise de fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservação da integridade física e mental do trabalhador; presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico adequado, para atenuar conseqüências e proporcionar apoio e conforto ao paciente; elaborar e executar e avaliar as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos, curativos, inalações e testes, coletando material para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos para reduzir o absenteísmo profissional; organiza e administra o setor de enfermagem da empresa, prevendo pessoal e material necessários, treinando e supervisionando técnicos e auxiliares de enfermagem adequados às necessidades de saúde dotrabalhador; treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes; planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais e melhorar as condições de saúde do trabalhador; entre outras. O Técnico de Enfermagem do Trabalho participa com o enfermeiro no planejamento, programação, orientação e execução das atividades de enfermagem do trabalho, nos três níveis de prevenção, integrando a equipe de saúde do trabalhador. O Auxiliar de Enfermagem do Trabalho executa as atividades de enfermagem do trabalho, sob a supervisão do enfermeiro, no desenvolvimento dos programas nos três níveis de prevenção, integrando a equipe de saúde do trabalhador. No ambiente industrial, os profissionais de enfermagem do trabalho ainda têm diversas outras atividades determinadas pela direção da empresa, que podem, ou não, ser inerentes à profissão da enfermagem. 15 2.1. O ENFERMEIRO DO TRABALHO COMO EDUCADOR De acordo com o código de ética dos profissionais de enfermagem (RESOLUÇAO COFEN 311/2007), o profissional de enfermagem tem direitos, responsabilidades e deveres, entre outros, de: - Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional; - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional; - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa, respeitadas as normas ético-legais. Partindo dessas orientações do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), entendemos ser de extrema importância a capacitação e o aprimoramento das competências profissionais dos trabalhadores da enfermagem em suas atividades para, assim, promover melhorias na qualidade dos serviços prestados ao demais trabalhadores. A educação é o processo pelo qual as pessoas são abastecidas do conhecimento necessário para a vida em sociedade. Na enfermagem, o processo de educação remonta os tempos de Florence Nightingale, fundadora da enfermagem moderna, que dedicou grande parte de sua vida ao ensino de enfermeiros, médicos e agentes de saúde, sobre a importância de condições apropriadas de higiene e saúde, como a nutrição adequada, ar fresco e exercícios, higiene pessoal, entre outras ações. (BASTABLE, 2010). Bastable (2010) também nos relata que, nos Estados Unidos, diversas instituições como a National League of Nursing Education (NLNE) e a American Nurses Assocition (ANA) e o International Council of Nurses (ICN) têm defendido a importância do ensino em saúde como prática da enfermagem, promovendo mudanças no currículo dos cursos de enfermagem e apoiando o papel do enfermeiro como educador na oferta de assistência de enfermagem. Em 1993, a Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization (JCAHO) estabeleceu normas para a educação de pacientes em reconhecimento de sua importância em ser executada por enfermeiros. Em uma pesquisa realizada por Backes et al (2008), reunindo 32 sujeitos (aqui identificados com nomes de países) envolvidos no processo de educação em saúde, podemos destacar relatos de alguns desses profissionais, como os que seguem: “Na equipe que estou hoje, a gente v superviso como uma coisa do processo de aprender”. (Mar da Tasmnia); e 16 “Quanto a minha experincia de docente, eu procuro abrir os horizontes porque a gente nunca sabe onde esse funcion rio vai trabalhar”.(Chile). Nessa pesquisa, uma das categorias abordadas foi a “educa o para e com a equipe de enfermagem”, onde Backes et al (2008) apresentam aspectos que demonstram que a maioria dos sujeitos enfoca a educa o em sade como processos voltados treinamentos, atualizaes e capacitaes, focando na importncia de manter o grupo de trabalho atualizado. Para a autora, o modelo de ensino na enfermagem ainda constitudo de caractersticas prprias da escola tradicional, enfatizado no desenvolvimento de habilidades tcnicas, execu o mecnica e acrtica de procedimentos manuais para o cumprimento da prescri o mdica e gerenciamento do servio, esquecendo-se que existe uma contnua evolu o no processo de aprendizagem na rea da sade e importante que o profissional esteja atento s mudanas, buscando sempre uma educa o transformadora. O enfermeiro deve ser um facilitador do processo de aprendizagem, criando um ambiente favorvel aprendizagem, motivando e possibilitando o indivduo a querer aprender. (MUSINSKI, 1999 apud BASTABLE, 2010). Na enfermagem ocupacional, a educa o da equipe de enfermagem precisa ser reforada constantemente, uma vez que, conforme j mencionado, temos situaes, no mundo offshore, onde existe apenas um profissional de enfermagem, que precisa estar familiarizado com novas tcnicas e procedimentos modernos de assistncia sade em emergncias e na preven o das mesmas. O enfermeiro do trabalho um profissional enfermeiro, que tem uma especializa o em Enfermagem em Sade do Trabalhador e que, atravs dessa especializa o, moldado a desenvolver uma vis o mais apurada da quest o da segurana do trabalho e procura direcionar seu foco de aten o na promo o da sade e preven o de acidentes no ambiente de trabalho. Essa caracterstica intrnseca da fun o do enfermeiro do trabalho exige que ele esteja sempre disponvel para aes de educa o, sejam elas mais elaboradas como palestras e seminrios ou at mesmo com bate-papo informal, conhecidos como DDSMS (Dilogo Dirio de Segurana, Meio Ambiente e Sade), onde o profissional de enfermagem ensina aos funcionrios da empresa aes de higiene como lavagem das m os antes de se alimentar e ao usar o banheiro; benefcios da alimenta o saudvel e prtica de atividades fsicas; asseio corporal e higiene pessoal; segrega o de resduos e manipula o de resduos de sade a profissionais de limpeza, entre outras inmeras aes. Isso nos mostra que o enfermeiro do trabalho desenvolve aes educativas n o apenas com sua equipe, mas com diversas pessoas de variadas funes e grau de instru o. 17 Conforme mencionado nas funções do enfermeiro do trabalho (ANENT), este, quando assume a coordenação de seu grupo de profissionais de enfermagem, atua fornecendo apoio às ações de promoção da saúde montando atividades e palestras para sua equipe divulgar nos postos de trabalho aos demais trabalhadores, fazendo assim, tanto a educação de sua equipe quanto, indiretamente, a dos trabalhadores daquele ponto afastado, por intermédio do profissional de saúde local. Assim, mais uma vez vemos q importância do contato próximo e diário de toda a equipe de enfermagem pela busca, divulgação e propagação do conhecimento, pela padronização da equipe e pela manutenção da qualidade do serviço prestado. 18 CONCLUSÃO Através das informações aqui expostas, identificamos a importância da educação continuada para os profissionais de enfermagem em saúde do trabalhador visto que a atualização constante proporciona maior segurança e eficiência do profissional e eleva a qualidade do atendimento prestado. Em resposta ao objetivo proposto de identificar os mecanismos do processo ensino- aprendizagem, entendemos que jamais poderíamos esgotar o assunto e muito menos abordar toda a biologia, fisiologia e psicologia e demais ciências que tratam deste processo dinâmico da capacidade de aprender do ser humano, mas procuramos apresentar algumas características do aspecto geral deste processo nas diversas áreas do conhecimento biológico, comportamental e educacional. Trouxemos alguns conceitos estabelecidos há longos anos e alguns estudos mais recentes, mas que, ainda, não podem determinar comoverdade absoluta o funcionamento final desse complexo processo neuro-psico-fisiológico do ser humano. Atendendo, também, ao outro objetivo de determinar que procedimentos devem ser adotados para proporcionar o acesso a novas informações pelos profissionais de enfermagem, concluímos que podemos utilizar atividades como: discussões de grupos, que exigem idéias e experiências individuais para se alcançar um objetivo maior, que é a solução de um determinado problemas que pode ser comum a diversos colegas; exercícios de simulações, que permitem que sejam colocados em prática os conhecimentos previamente existentes ou novos conceitos aprendidos e permitem a fixação do conteúdo e a análise crítica das ações empreendidas; estudos de casos, onde encontramos uma boa ferramenta de trabalho em grupo e troca de informações. Certamente existem diversas outras formas de se promover aprendizagem e não conseguiríamos descrevê-las aqui em sua totalidade, mas entendemos que as aqui referidas atendam ao que foi proposto neste trabalho. Em relação aos argumentos para o estímulo do funcionário, entendemos que a direção da empresa deve estar incluída e de acordo com todo e qualquer programa de incentivo ao crescimento do empregado. Vivemos em um mundo capitalista e, por mais que tentemos fugir, somos necessitados do dinheiro para viver. Dessa forma, o primeiro argumento para se estimular um empregado a buscar crescimento é a possibilidade de ascensão na carreira com aumento salarial através de iniciativa própria de desenvolvimento técnico e acadêmico. Vemos essa política com maior ênfase no ambiente privado, pelo fato de seus funcionários não estarem vinculados a concurso público e poderem ser promovidos pelas conquistas 19 acadmicas. Essa possibilidade de crescimento tcnico pode e deve ser proporcionada pela empresa, como forma de valorizar seu funcionrio e demonstrar para ele que os argumento n o s o mera demagogia, mas sim, que s o reais e as possibilidades est o disponveis para todos. Outro argumento, menos voltado para o aspecto financeiro, o desenvolvimento intelectual e pessoal do funcionrio, apresentando a ele a possibilidade do aumento da qualidade de vida pela aquisi o de conhecimento; a satisfa o pessoal de possuir informaes atuais e relevantes para seu trabalho; a intera o social que uma institui o de ensino proporciona, com pessoas de diferentes costumes, personalidades, ideias e sonhos; a capacidade de poder ensinar filhos com os conhecimentos adquiridos e a imensurvel satisfa o de ouvir deles que seu pai ou sua m e “sabe tudo”. Enfim, o processo de aprendizagem algo natural do ser humano e est intimamente ligado sua essncia, basta, apenas, que queiramos aprender e que nos deixemos envolver pela magia da aprendizagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAAO NACIONAL DE ENFERMAGEM DO TRABALHO. Perfil e atribuições. 05 Jul. 2012. Disponvel em: <http://www.anent.org.br/atribuicoes/perfil-e-atribuicoes>. Acesso em 12 Abr. 2013. BACKES, Vnia Marli Schubert et al. Competncia dos enfermeiros na atua o como educador em sade. Rev. bras. enferm. Braslia, v. 61, n. 6, Dez. 2008. Disponvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672008000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 Set. 2013. BASTABLE, Susan B. O Enfermeiro como Educador: Princípios de Ensino- Aprendizagem para a Prática de Enfermagem, 3 Ed. Artmed. Porto Alegre – RS, 2010. BRASIL. Ministrio da Sade. Lei 7.498 de 25 de junho de 1986: Dispe sobre a Regulamenta o do Exerccio da Enfermagem e d outras Providncias. Disponvel em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7498.htm>. Acesso em 12 Abr. 2013. BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria GM/MS nº 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Poltica Nacional de Educa o Permanente em Sade como estratgia do Sistema nico de Sade para a forma o e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e d outras providncias. Disponvel em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portariagm198po os.pdf>. Acesso em 14 Abr. 2013. CAVALCANTI, Roberto de Albuquerque. Andragogia: a aprendizagem nos adultos. Revista de Clínica Cirúrgica da Paraíba. Paraba, N 6, Ano 4, Jul. 1999. Disponvel em: <http://www.ccs.ufpb.br/depcir/andrag.html>. Acesso em 07 Set 2013. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução do COFEN 389/2011: Atualiza, no mbito do sistema COFEN / Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de ttulo de ps-gradua o lato e stricto sensu concedido a enfermeiros e lista as especialidades. Disponvel em: <http://novo.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/ resolucao_389_2011.pdf.>. Acesso em 14 Abr. 2013. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução do COFEN 311/2007: Aprova a Reformula o do Cdigo de tica dos Profissionais de Enfermagem. Disponvel em: http://site.portalcofen.gov.br/sites/default/files/resolucao_311_anexo.pdf>. Acesso em 12 Abr. 2013. EZEQUIEL, Maria Cristina Diniz Gonalves et al . Estudantes e usurios avaliam ferramenta de educa o permanente em sade - Sieps. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 36, n. 1, Mar. 2012 . Disponvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0 100-55022012000300017&lng=en&nrm=iso>.Acesso em 08 Jul. 2013. FONSECA, Vitor da. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. 2 Ed. Artes Mdicas. Porto Alegre - RS, 1995. FOULIN, Jean-Noel; MOUCHON, Serge. Psicologia da Educação. Trad. Vanise Dresh. 1 Ed. Artmed. Porto Alegre - RS, 2000. GIL, Antnio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 Ed. Atlas. S o Paulo - SP, 2002 KURCGANT, Paulina. Administração em Enfermagem, 7 ed. E.P.U. S o Paulo – SP, 1991. MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psicologia da educação, São Paulo, n. 20, jun. 2005 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S1414-69752005000100002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 16 jul. 2013. MANCIA, Joel Rolim; CABRAL, Leila Chaves; KOERICH, Magda Santos. Educação permanente no contexto da enfermagem e na saúde. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 57, n. 5, Set/Out 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n5/a18v57n5.pdf>.Acesso em 14 Abr. 2013. MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22ª ed. Vozes. Petrópolis - RJ, 2003. PASCHOAL, Amarílis Schiavon; MANTOVANI, Maria de Fátima; MEIER, Marineli Joaquim. Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de ensino. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 41, n. 3, Set. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_Arttext&pid=S0080-623420070 00300019&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 17 Abr. 2013. SILVA, Milena Froes da; CONCEIÇÃO, Fabiana Alves da; LEITE, Maria Madalena Januário da. Educação continuada: um levantamento de necessidades da equipe de enfermagem. O Mundo da saúde. São Paulo, v. 32, n. 1, Jan/Mar 2008. Disponível em: < http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/58/47a55.pdf>. Acesso em 14 Abr. 2013. TAORMINA, D; BURGEL, BJ. Development of a Respiratory Protection Survey Instrument for Occupational Health Nurses: An Educational Project. Workplace Health & Safety. V. 61, n. 2, Fev 2013. Disponível em: <http://www.healio.com/nursing/journals/AAOHN/%7B9 1352EDC-C67A-46B2-828A-3980EFFB4329%7D/Development-of-a-Respiratory- Protection-Survey-Instrument-for-Occupational-Health-Nurses-An-Educational-Project>. Acesso em 12 Jun. 2013. TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo - SP: Atlas, 1987.
Compartilhar